21 jogadores da Seleção não devem votar e com isso Lula pode ganhar no primeiro turno

Um levantamento feito pelo UOL mostrou que pelo menos 21 jogadores da Seleção estão com títulos cancelados ou não transferidos e não deverão votar no próximo domingo. Segundo o estatístico Josias Numerinho, essa diferença pode garantir a vitória de Lula no primeiro turno, uma vez que a turma do futebol costuma gostar de capim.

“A pessoa é criada nessa relação com a grama, o capim, e a bola, que é de couro, que vem do gado, que escuta berrante, e também tem o apito, então existe mesmo essa relação”, disse o especialista em futebol Josias Radin de Pilha.

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As bicicletas dos homens-cavalos

A prefeitura terá bicicletas para alugar. Beleza, típico da cidade que vende fumaça para esconder o incêndio. Em uma Curitiba não muito distante, tirou-se uma comissão de notáveis para organizar a visita de alguém importante, papa ou coisa assim. Tinha o problema da Vila Pinto, o ventre exposto da miséria exato no caminho do aeroporto; ficaria chato exibir logo aquilo para o visitante. A dondoca do soçaite, escolhida para a comissão, teve a ideia luminosa: construir um tapume para encobrir a chaga urbana.

Curitiba tem os catadores de recicláveis, os “homenscavalos“, que puxam carroças com o material. A expressão veio de nosso grande frasista Rafael Greca, quando prefeito pela primeira vez. Ele criticava o fenômeno numa idiossincrasia, ou visão de mundo, da mesma índole que a da dondoca do tapume. No entanto, se a dondoca foi escanteada, Rafael Greca elege-se e se reelege apesar das vilas pinto e dos homens-cavalo. O Nero da Vicente Machado dá o circo e nega o pão. Coisas de reizinho criado pelas tias.

Os homens-cavalo são uma chaga, urbana e social. Urbana, porque negam a cultivada marca registrada de Curitiba, o planejamento urbano. Social, porque os catadores circulam com seus carrinhos improvisados, eles, mulher, filhos e cachorros, boa parte associando a recolha de papeis com o pedido de esmola. O prefeito católico fez ou pensa fazer algo a respeito? Algo como fornecer carrinhos mecânicos para reduzir o impacto físico do trabalho dos catadores? Talvez um programa de educação e treinamento?

Nada contra o investimento em bicicletas, embora ele não passe de perfumaria urbana, que é moda quando lançado e fiasco a curtíssimo prazo. Mas nossos prefeitos de matriz conservadora e lúdica não resistem às perfumarias para agradar turistas e jornalistas estrangeiros. Acontece que os catadores são socialmente mais úteis que os turistas; com perdão da franqueza, são como os peixes que limpam o oceano. São ignorados, mendigos funcionais, gente de favela, que um dia irão catar as bicicletas abandonadas pelas esquinas.

Alguns municípios, como o da imagem abaixo, uniram o útil ao racional: forneceram bicicletas com basculantes para recolher e armazenar o lixo. Aliás, bicicletas amarelas. Se o prefeito de Curitiba insistir nas bicicletas, pode fazer melhor: transformá-las em riquixás para transportar os interessados, alternativa mista entre o táxi, o über, o transporte coletivo e a coleta de lixo reciclável. Se o prefeito de Curitiba não tivesse a adolescente pelo exibicionismo e pela originalidade pífia, estaria aí a solução tanto para o problema como para o capricho.

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A História é uma história…

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O cadastramento de preços dos postos de combustíveis

Desde janeiro deste ano a lei estadual 5.785/2022 do estado do Amazonas obriga os postos de combustíveis a informar os preços dos combustíveis. Os postos devem noticiar de forma atualizada quando os preços sofrem alteração junto ao Procon/AM.

Desta forma há um banco de dados para o público, em tempo real.

Se houver descumprimento da lei, o infrator sujeita-se à pena da multa, cujo valor será revertido em favor do Fundo Estadual de Defesa do Consumidor, sem prejuízo das sanções de natureza civil, penal e das definidas em normas específicas.

A multa prevista é aplicada mediante auto de infração, observado o procedimento administrativo.

Será que preços idênticos ou bastante próximos praticados nos postos de gasolina identificam a prática do crime de cartel?

A livre concorrência é característica do sistema capitalista, mas no Brasil as coisas são diferentes do resto do mundo.

A combinação ou ajustes de preços promovida por sindicatos ou associações de postos de combustíveis caracteriza abuso do poder econômico e a lei amazonense é uma importante medida para investigar esse crime.

A lei é um passo importante para combater a máfia dos combustíveis.

Seja também para o enfrentamento da compra clandestina, do superfaturamento de combustíveis, da gasolina batizada (adulterada), das fraudes nas bombas de abastecimento, e da necessária transparência dos preços para combater o cartel e o abuso de poder econômico desse segmento.

O tabelamento de preços máximos, por meio de um órgão regulador, que tenha poderes de ampla fiscalização nesse segmento pode ser a solução.

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Bolsonaro está perto do fim

O presidente tem um alto índice de rejeição. É algo que não se resolve nos últimos dias, porque representa o julgamento de todo um governo Esta semana pode ser a última de uma época marcada pela passagem da extrema direita no poder. Bolsonaro se inspirou no governo militar, mas a História não se repete. Ele chegou pelo voto e será despachado pelo voto.

No período militar, a Guerra Fria dominava o contexto, o comunismo era visto como uma grande ameaça. O medo da época concentrava-se muito na estatização, na ameaça à propriedade privada.

Bolsonaro manteve o discurso anticomunista, mas agora centrado nos temas culturais. Os grandes países comunistas não tiveram peso em suas diatribes, mas sim as organizações multilaterais. Agora era preciso defender Deus, pátria e família de elementos morais que poderiam desintegrá-los.

O Brasil era complexo demais para uma visão tão estreita. Mas sua complexidade nos mostrou que há espaço para a extrema direita e que teremos de conviver com ela como uma força considerável, como na França. Possivelmente, aqui como lá, dificilmente será majoritária. Na França, chegou duas vezes ao segundo turno e fracassou.

Não temos no Brasil o combustível que incendeia a extrema direita de lá: os fluxos migratórios, vistos como ameaças ao emprego e ao modo de vida local. No Brasil, a saída para seu crescimento é ficar à espreita, esperando os erros do governo. Pode haver muita gritaria no campo dos costumes, mas ela só tem consequências maiores se a economia não reencontrar um ritmo de crescimento sustentável.

Ainda assim, mesmo com o país crescendo, surgem problemas: uma concentração apenas nas melhorias materiais, como se isso fosse o único objetivo nacional, e, eventualmente, a tendência à corrupção.

Não vejo como exercício inútil falar dessas preocupações na que pode ser a última semana de Bolsonaro no governo. A derrota da extrema direita é essencial, a maioria parece decidida a realizá-la e, sinceramente, não há no horizonte nada que possa mudar esse quadro no domingo.

Bolsonaro tem um alto índice de rejeição. É algo que não se resolve nos últimos dias, porque representa o julgamento de todo um governo, a soma de todas as falas e ações de um presidente. A tentativa mais audaciosa, a criação de um novo auxílio emergencial, acabou fracassando porque os mais pobres continuam votando no adversário.

Alguns jornalistas chamavam a emenda que criou o auxílio de Kamikaze porque desequilibrava o Orçamento. Resisti a esse nome, porque os pilotos kamikazes na Segunda Guerra Mundial colocavam a própria vida em risco, e não o dinheiro dos outros. Olhando para trás, creio que estava equivocado. De certa forma, era uma emenda Kamikaze: Bolsonaro colocaria todas as esperanças nela, e sua campanha explodiria como um avião japonês pilotado por um suicida.

Certamente, minhas preocupações atuais estão fora de época. O que acontecerá com a derrota de Bolsonaro será uma grande celebração. Mas, assim que passar a festa, certamente haverá espaço para esta pergunta, para mim indispensável: como evitar que aconteça de novo?

Basta considerar a Floresta Amazônica e concluir, depois de tanta devastação, que um novo período de barbárie simplesmente arruinará as chances futuras do Brasil, que dependem de sua riqueza natural.

Bolsonaristas radicais fizeram um grande auê no funeral da rainha e disseram que a BBC não era bem-vinda em Londres. Nada impedirá que continuem falando bobagens; se voltam ao poder, continuaremos resistindo, mas nas ruínas do que chamávamos o país do futuro.

Agora, que está quase acabando, nada mais razoável do que intensos estudos sobre como começa, o que come, onde a serpente bota os ovos, qual o antídoto para movimentos tão raivosos. Vivemos uma tempestade perfeita. Há o que comemorar, mas como esquecer quase 700 mil mortos? Não podemos mais suprimir a solidariedade, a compaixão num país em frangalhos.

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Playboy|1960

1963|Sharon Cintron. Playboy Centerfold

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Para conquistar bolsonaristas, Ciro vai a clube de tiro atirar contra o próprio pé

O candidato do PDT à presidência deve anunciar nos próximos dias que a terra é plana e de qualquer ponto se vê Paris. Ciro segue na sua campanha para ser o novo velho.

Ciristas rejeitaram a acusação de que o candidato está fazendo o mesmo que Bolsonaro. Segundo eles, Bolsonaro está muito à esquerda. Ciro levará à próxima reunião do PDT a ideia de mudar a bandeira do partido. No lugar da rosa vermelha entrará um fuzil verde e amarelo. Procurado, Ciro chamou nossa reportagem de imprensa fascista.

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Inteligência de piás que piam

PIA Paraná Inteligência Artificial: empresa do governo estadual que sofreu invasão hacker para distribuir mensagens contra o PT. Vai dar em nada, tem fumos de conspirata, direta ou indireta. Explico, na direta a milícia bolsonarista ataca a campanha petista; na indireta a milícia petista (ou você acha que ela não existe?) ataca própria campanha para atingir pela suspeita o bolsonarismo.

Depois de Bolsonaro o ódio que vinha em fogo baixo tornou-se labareda, lava de vulcão. Não neste caso, porque vem do Paraná, tímida e acanhada como a gente do Estado. Tão poucas pessoas atingidas pelas mensagens que estas só balançam o palanque de Ratinho Júnior, estável demais para uma democracia pluralista – que significa Ratinho no singular e gatões no plural.

Desse imbróglio só se aproveita o nome, PIA. Não puseram acento agudo porque é sigla, mas a pronúncia piá é inevitável, tanto no sujeito quanto do predicado, piá pia, pia piá. Porque piá é do uso no Paraná. Os gênios que batizaram a criança não tropeçaram na besteira do nome. Acabou em carma, castigo : uma inteligência artificial de crianças que piam.

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Deixar um comentário
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Peso de fantasma sobre Ciro Gomes é imprevisível

Caso do americano Ralph Nader ronda candidato do PDT se Bolsonaro derrotar Lula em eventual 2º turno

Ralph Nader foi um tremendo sujeito. Aos 88 anos, está vivo, mas foi. Ele apareceu nos anos 60 do milênio passado mostrando a falta de segurança dos carros americanos. Daí, tornou-se o rosto de uma figura nascente: o consumidor.

Ciro Gomes nunca empunhou uma bandeira universal como Nader, mas os dois têm um ponto em comum: ambos disputaram a presidência de seus países quatro vezes, sempre com mínimas chances de vitória. Na última, em 2000, Nader teve três milhões de votos.

Não fez maioria em qualquer estado do Colégio Eleitoral, mas teve 97 mil votos na Flórida. Lá, George W. Bush derrotou o democrata Al Gore por uma diferença de 537 votos. Essa margem foi contestada nos tribunais, mas a Suprema Corte suspendeu a recontagem e o republicano levou a Casa Branca. Desde então, Nader carrega a cruz de ter ajudado a eleição do republicano.

É uma acusação aritmeticamente justificada, pois dos 97 mil votos de Nader certamente sairia uma vantagem de 538, o que daria a vitória a Gore. O fantasma de Nader (que está vivo, é bom repetir) ronda Ciro Gomes.

É uma possibilidade lógica, na hipótese de haver um segundo turno, e, como em 2018, Bolsonaro sair vitorioso. Aceitando-se que Nader decidiu a eleição a favor de Bush, deve-se reconhecer que ele não poderia prever a encrenca da Flórida, onde 537 votos elegeram o republicano. (A Flórida tinha 25 votos eleitorais e foi o segundo maior estado capturado por Bush.)

Além disso, sete outros candidatos independentes disputavam a eleição no estado e tiveram votos que cobriram a maldita diferença. Há mais de 20 anos Nader reclama de que só ele é responsabilizado pela vitória de Bush. Ciro Gomes vai para o primeiro turno sabendo que não chegará ao segundo.

Suas mágoas com Lula e o PT são conhecidas e justificadas. Os comissários descumpriram promessas e traíram-no em várias ocasiões. No último debate dos candidatos, Lula chamou-o de “amigo”, mas no inferno petista abundam amizades. Bolsonaro não é George W. Bush, assim como Lula não é Al Gore.

Ciro Gomes sabe essas diferenças. Imprevisível, contudo, será o peso do fantasma de Ralph Nader (repetindo, ele está vivo).

FHC

Fernando Henrique Cardoso divulgou uma nota declarando seu voto em termos programáticos. Não citou nomes, nem deveria citá-los, pois a senadora tucana Mara Gabrilli é candidata a vice na chapa de Simone Tebet.

É preciso beber uma chaleira de água fervendo para supor que ele possa pedir voto para Bolsonaro. Mesmo assim, teve gente que não gostou. Nada se compara à intolerância bolsonarista, mas ela não é a única.

Publicado em Elio Gaspari - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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Novidades nos planos de saúde

Foi publicada a Lei 14.454 de 21 de setembro de 2022 que trata dos Planos de Saúde quanto as coberturas não previstas nos contratos. Esse segmento do mercado, que tem lucros bilionários e muita gordura financeira para gastar, tinha sido beneficiado por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça, mas a nova lei alterou esse cenário.

A norma concede amplos poderes à Agência Nacional de Saúde (ANS) para disciplinar a matéria das enfermidades e tratamentos que deverão ser cobertos pelos planos privados de saúde.

Em caso de tratamento ou procedimento prescrito por médico ou odontólogo assistente que não estejam previstos no rol da ANS, a cobertura deverá ser autorizada pela operadora de planos de assistência à saúde, desde que:

  1. a) exista comprovação da eficácia, à luz das ciências da saúde, baseada em evidências científicas e plano terapêutico; ou
  2. b) existam recomendações pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), ou exista recomendação de, no mínimo, 1 (um) órgão de avaliação de tecnologias em saúde que tenha renome internacional, desde que sejam aprovadas também para seus nacionais.

E se o pedido do consumidor preencher esses requisitos, e mesmo assim o Plano negar a cobertura?

Há três hipóteses prováveis: a primeira; um pedido na ouvidoria da operadora, que na prática não adianta nada, a segunda; recorrer à ANS, que também é demorada e poucas vezes é reverte a decisão e, a terceira; ajuizar uma demanda judicial.

E os planos de saúde pagarão alguma multa ou sanção caso se comprove que indeferiram algo que deveriam realizar a cobertura?

Nada, a lei silencia nesse aspecto. Mantendo a tradição de passar o pano nos grandes grupos econômicos a legislação continua dando com uma mão, mas não punindo caso a regra seja descumprida.

Pelo menos a atabalhoada decisão do STJ serviu para mobilizar o Congresso a tomar uma atitude legislativa e reverter a situação de desamparo na qual ficaram os pacientes-consumidores. Ponto para o Congresso Nacional.

Publicado em Claudio Henrique de Castro | Deixar um comentário
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