Jair Messias…

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Demarcando o espaço indígena nas telas

Comunicadores e cineastas indígenas vêm ocupando o cinema como forma de resistência

O Brasil ainda não reconhece (ou nem mesmo conhece) sua própria história. Continua ensinando para suas crianças que o país foi descoberto quando, na verdade, ele foi invadido. Até hoje nega que esta terra já era habitada, não por uma, mas por várias nações indígenas.

Apesar de figurar como um dos países com maior presença de povos originários, não valoriza a sabedoria desses povos, tampouco sabe o que significa ser indígena. Indígena pode viver na cidade? Pode ter celular? Pode ter cabelo enrolado? Pode ir para universidade? Pode ser artista? Médico? Cantor?

O que a cosmologia indígena nos ensina? O que os sonhos yanomamis têm a nos dizer? E a reza guarani? E o canto suruí? E as histórias passadas milenarmente de geração em geração? Como os povos originários estão conectados com a floresta? Quanto saber estamos deixando de ouvir?

Para podermos responder alguma dessas perguntas precisamos que a realidade dos povos indígenas e suas culturas sejam contadas através de suas próprias narrativas.

Comunicadores e cineastas indígenas vêm ocupando o cinema como forma de resistência e de valorização da cultura.

“O Território”, filme premiado em festivais em todo o mundo, coproduzido pelo povo uru-eu-wau-wau, estreia nos cinemas do país em 8 de setembro. Mostra a luta desse povo para defender seu território e a importância da floresta para o futuro do planeta.

De 2 a 11 de dezembro acontece o 1° Festival de Cinema e Cultura Indígena (FeCCI), em Brasília. Idealizado pelo cineasta indígena Takumã Kuikuro, é o primeiro festival de cinema indígena pensado por indígenas. Focado na produção audiovisual de origem indígena, quer contribuir para a difusão de filmes e da cultura dos povos originários.

O FeCCI é composto por uma mostra competitiva e uma mostra paralela, além de sessões online. O festival conta com prêmios oficiais e prêmios de parceiros, contemplando filmes de curta e longa-metragem. Além disso, inclui uma mostra no Território Indígena do Xingu, localizado em Mato Grosso.
Até o dia 28 deste mês, o festival está com inscrições gratuitas para o laboratório de finalização de filmes em curta-metragem. Para quem tiver interesse, basta acessar o site: www.fecci.com.br.

Aos comunicadores, coletivos e associações indígenas, peço que se inscrevam. Vamos ocupar a sétima arte e contar a nossa própria história, agora através do nosso próprio olhar e conhecimento de mundo.

Aos demais, digo que apoiar os povos indígenas também significa apoiar nossa arte, ouvir e amplificar nossas vozes. Assistam e acompanhem nossas produções para um cinema mais diverso e mais rico.

Publicado em Sem categoria | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Jair Bolsonaro entre o gozo e o tédio

João Moreira Salles|Revista Piauí

Publicado em Sem categoria | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Publicado em Charge Solda | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Arte de Viver – Poesias e Pinturas

Janssen-Cilag Farmacêutica

“Acho que qualquer criação artística, na verdade qualquer forma de expressão, já é, por si, regeneradora. Concursos como esse têm uma importância enorme, pelo incentivo que apresentam para a reestruturação e reintegração social das pessoas que vivem essa realidade apartada. E, para nós, que olhamos de fora, por revelarem riquezas imprevistas, que nos aproximam desse universo aparentemente tão distante.

Fiquei surpreso com a quantidade de participantes e com a qualidade específica de vários dos poemas concorrentes. Foi impossível estabelecer um parâmetro único de avaliação, dada a diversidade de temas, tons e formas do material. De qualquer forma, nossa escolha procurou sempre se nortear pela qualidade estética dos textos, sem ceder a apelos puramente emotivos nem fazer nenhuma concessão paternalista; procurando sempre manter um olhar crítico e criterioso. Dessa forma creio que conseguimos chegar a um resultado bastante expressivo do que havia de melhor na produção apresentada.

Espero que iniciativas como essa continuem acontecendo, contribuindo com o benefício terapêutico que a arte propicia… Gostei muito de ter participado!” Arnaldo Antunes – Presidente da Comissão Julgadora de Literatura

Modéstia à parte, um poema meu: “Tenho medo”, foi incluído neste volume. Pra louco, falta pouco, muito pouco. 8 de maio, 2007.

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Bolsonaro, sobre ato pró-democracia: “Micareta do PT”

O presidente, que não assinou os manifestos, voltou a dizer que “o Brasil já tem sua carta pela democracia: a Constituição”

Jair Bolsonaro afirmou, em suas redes sociais, nesta quinta-feira (11) que o ato marcado pela leitura dos manifestos pró-democracia em São Paulo foi uma “micareta do PT”.

“Acredito que a carta pela democracia, que foi lida na micareta do PT, teve algumas de suas páginas rasgadas, principalmente nas partes em que deveriam repudiar o apoio, inclusive financeiro, a ditaduras como Cuba, Nicarágua e Venezuela, bem como o controle da mídia/internet”, escreveu o presidente.

Bolsonaro, que não assinou os manifestos, voltou a dizer que “o Brasil já tem sua carta pela democracia: a Constituição”.

“Essa é a única carta que importa na garantia do estado democrático de direito, mas foi justamente ela que foi atacada pelos que agora promovem um texto paralelo que, para efeitos legais, vale menos que papel higiênico”, completou.

Como mostramos, Bolsonaro já havia ironizado os manifestos pró-democracia que foram lidos na Faculdade de Direito da USP em outras ocasiões.

Publicado em Antagonista | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Requiescat in pace

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Deus não vota, Michelle!

Ao misturar religião e política, a primeira-dama tenta negar o óbvio: seu marido é símbolo da injustiça e do ódio

Ao voltar para casa no início da semana, vi um adesivo verde-amarelo no vidro de trás de um carro de preço médio, longe de ser luxuoso. Aproximei-me no sinal e li: “Deus, Pátria, Família e Liberdade”. Fiquei espantado com a novidade no trânsito. A frase, no estilo da antiga TFP (Tradição, Família e Propriedade), identifica o motorista com o famigerado Jair Bolsonaro. No domingo, uma motociata em apoio ao ex-capitão passou pela Conde de Bonfim, na Tijuca, entre gritos de protesto (Fora Bolsonaro!) e também de apoio. No andar de baixo do meu prédio, uma vizinha berrou: “Deus está com Bolsonaro!”. Não sou de bater-boca, mas rebati na hora: “Não seja herege. Deus não vota!”. E fez-se silêncio.

Fiz essa introdução porque me espanta a desenvoltura com que a primeira-dama Michelle Bolsonaro anda por aí com seu discurso messiânico — dizem que é pentecostal — misturando política com religião. Tudo começou no lançamento da candidatura do marido, no Maracanãzinho, quando ela afirmou, entre dezenas de améns e exaltações ao Senhor, que Bolsonaro “é o escolhido de Deus para governar o Brasil”.

Segundo ela,“Deus tem promessas para o Brasil e todas as promessas irão se cumprir. Enquanto existir esse joelhinho aqui, as promessas de Deus irão se cumprir”. Em meio às demonstrações de fé e religiosidade, Michelle só não nos revelou quando se deu sua conversa com Deus a respeito da política brasileira. E muito menos forneceu maiores detalhes sobre a declaração de voto do todo-poderoso. Vai ver que ela está ouvindo vozes por aí.

Nos últimos dias Michelle prosseguiu com sua pregação radical e enviezada. Numa madrugada, levou grupo de amigos e amigas para benzer o Palácio do Planalto. E no domingo, diante culto evangélico em Belo Horizonte, afirmou que antes do governo Bolsonaro, o Planalto era “consagrado a demônios”. Disse ela: “Podem me chamar de fanática, podem me chamar de louca. Eu vou continuar louvando nosso Deus. Vou continuar orando (…) porque, por muitos anos, por muito tempo, aquele lugar foi consagrado a demônios. Planalto consagrado a demônios. E, hoje, consagrado ao Senhor Jesus”.

Cá entre nós, ou Michelle Bolsonaro é ingênua ou está enlouquecida mesmo. Seu discurso bate de frente com a realidade e com a própria fé cristã. Como sabem, mesmo os que não acreditam em Deus, uma das peças mais belas no Novo Testamento é o Sermão das Montanhas de Jesus Cristo. Lá está dito para quem tem ouvidos para ouvir: “Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;

Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus”.

Portanto, um imenso fosso separa as ações (ou a inação) de Bolsonaro do que está escrito no Evangelho. Bolsonaro prega o ódio e é impiedoso. Jamais mostrou um pingo de solidariedade aos milhões de brasileiros e brasileiras que têm fome e sede de justiça. Jamais pisou num hospital para consolar doentes acometidos pela Covid-19. Em seu mandato, jamais pisou numa comunidade ou num bairro de periferia. Bolsonaro é o antipovo. Não tem nada a ver com a justiça e a liberdade. Sua visão de família é misógina e ultraconservadora. Seu patriotismo é o do último refúgio dos canalhas, como disse Samuel Johnson.

Ontem, Michelle voltou a atacar o ex-presidente Lula por ter participado de cerimônia de uma religião de matriz africana. Compartilhou o vídeo e comentou: “Isso pode, né! Eu falar de Deus, não!”. Novamente, mostrou que anda muito confusa. Ninguém criticou a primeira-dama por “falar de Deus”. Inaceitável é o fato de ela atribuir ao todo-poderoso preferência pela candidatura de seu inominável marido. Mas, desta vez, ela recebeu resposta à altura da socióloga Rosângela da Silva, a Janja, mulher do ex-presidente Lula. Nas redes sociais, Janja lembrou a Michelle que “Deus é sinônimo de amor, compaixão e, sobretudo, respeito”. A Frente Inter-Religiosa Dom Paulo Evaristo Arns também pediu que Michelle “se retrate dentro dos princípios do amor ao próximo que afirma professar”.

Ao misturar alhos com bugalhos e falar de visões e demônios, Michelle Bolsonaro parece mesmo fora de si.  Fanática ou louca, como ela mesmo diz. Fico aqui pensando em Lady Macbeth, quando viu o reinado do marido chegar ao fim. Vendo fantasmas dos inimigos mortos pelo usurpador, ela enlouqueceu. Mas eu não desejo o mesmo final trágico para Michelle. Espero, sinceramente, que ela tenha saúde para acompanhar a tarefa árdua de reconstruir o Brasil após o terrível mandato do seu marido. O ex-presidente Lula terá um grande desafio pela frente. Repôr o Brasil nos eixos vai exigir energia e tempo. Amém!

Octavio Costa

Publicado em Ultrajano | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Tempo

Ars Magoo (caingangue) e Neri da Rosa (waurá).  © Myskiciewicz (polaco)

Publicado em tempo | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Portrait of Pregnant Woman. © Jan Saudek

Publicado em Jan Saudek | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

O golpe do SMS

O consumidor recebe em seu aparelho celular a seguinte mensagem de SMS: “Olá Sr. (a) (primeiro nome ou nome completo da pessoa), empréstimo no valor de R$5.177,30 foi aprovado com sucesso caso não reconheça ligue 0800878 2562.”

A pessoa se preocupa e crê que alguém fez um empréstimo em seu nome e no número indicado atende a telefonista da falsa central telefônica, encaminha um falso motoboy, entre outros procedimentos, e eles conseguem os dados sensíveis do consumidor para submetê-lo a um golpe digital.

Ao perceber, o cliente deve avisar seu banco sobre essa tentativa de burlar a segurança pessoal. Havendo dúvida, deve falar com seu gerente ou servidor de confiança da instituição financeira.

Caso seja vítima do golpe deve, imediatamente, bloquear o cartão de crédito, avisar o banco e entrar em contato com a Polícia Civil registrando o golpe,por meio de boletim de ocorrência digital ou pessoalmente.

Alguns bancos possuem SMS gratuito e centrais específicas para receber essas denúncias.

Os bancos e instituições financeiras deveriam intensificar os avisos de possíveis fraudes aos clientes, pois possuem responsabilidade quanto prevenção de fraudes.

Esse limite de responsabilidade e sua indenização aos consumidores ainda não está bem definido por lei ou pelo Banco Central.

Na prática, muitas vezes o cliente arca com o golpe e as instituições financeiras ficam impunes.

A forma de prevenção obrigatória é que os bancos acompanhem esses crimes e suas tentativas e alertem, periodicamente, aos seus clientes dando publicidade e informando o uso correto dos meios digitais.

Publicado em Claudio Henrique de Castro | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Tempo

© Foca Cruz

Publicado em tempo | Com a tag , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

As limitações de consultas nos planos de saúde

A partir de 1º de agosto a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) colocou um fim na limitação feita pelos planos de saúde nas consultas de psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas.

Ante o paciente pagava pelos atendimentos excedentes. A decisão é válida para todos os planos contratados após a Lei 9.656/1998, ou adaptados à lei, que tiverem cobertura ambulatorial, ou seja, de consultas e exames.

A limitação no caso do plano antigo e não adaptado é abusiva e há como questionar esse fato no Poder Judiciário. O requisito é que deve haver prescrição médica para os atendimentos.

Se houver recusa pelo plano, o consumidor deve reclamar no Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da operadora, anotar o protocolo e ir adiante nos Procons e na ANS.

O paciente tem direito ao reembolso, em trinta dias, se este procedimento estiver previsto em contrato ou em casos de urgência e emergência.

Se o plano não tiver profissional ou estabelecimento credenciado para a consulta ou sessão indicada pelo médico, deve-se solicitar a cobertura ou o reembolso (STJ, EaREsp 1.459.849 – fonte IDEC).

No início de agosto a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2033/22 que estabelece hipóteses de cobertura de exames ou tratamentos de saúde que não estão incluídos no rol de procedimentos e eventos da ANS.

O objetivo é dar continuidade a tratamentos que poderiam ser excluídos da cobertura dos planos de saúde. O Projeto está no Senado Federal que votará a matéria na última semana deste mês.

Esse projeto visa reverter a decisão equivocada do Superior Tribunal de Justiça que deu ganho de causa às operadoras de planos de saúde quanto à limitação de tratamentos.

Publicado em Claudio Henrique de Castro | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Hoje, 11 de agosto, dia de palavra

No dia 11 de agosto de 1827, Dom Pedro I sancionou e promulgou a lei que criou os cursos jurídicos no Brasil. No ano seguinte nasceram duas escolas, uma em São Paulo, no Largo de São Francisco, e outra em Olinda. Mais tarde, a primeira delas passou a integrar a Universidade de São Paulo (USP), fundada em 1934. Naquela época, a “velha academia”, como os estudantes gostam de chamá-la, já era uma instituição centenária, orgulhosa de seu papel determinante na luta pela abolição e na luta pela República. Dentro da USP, suas tradições nunca se diluíram e sua personalidade jamais se esmaeceu. Tanto melhor. Seu Centro Acadêmico, criado em 1903 com o nome óbvio de XI de Agosto, é ainda hoje uma das entidades estudantis de maior projeção no País. Nenhuma outra encarnou com tanta legitimidade e tanta substância a causa democrática.

Ora, a causa democrática só pode existir quando, primeiro, é elaborada em palavras e, depois, é traduzida em ações – necessariamente nessa ordem. No dia de hoje, 11 de agosto, testemunharemos mais uma prova disso. No Largo de São Francisco e em várias outras faculdades de Direito do Brasil teremos atos públicos em defesa do Estado Democrático de Direito, que vem sendo fustigado pelo presidente da República e seus seguidores, armados ou não. Quem puxa o movimento é a Carta às brasileiras e brasileiros, que foi escrita por antigos alunos e já conta com a assinatura de mais de 800 mil pessoas. Ou seja, quem puxa é a palavra.

O texto tem o mérito insubstituível de ser impessoal e apartidário. Logo em seu início, homenageia uma carta anterior, que foi lida pelo professor Goffredo da Silva Telles Jr., em 1977, no pátio da Faculdade. Na década de 70, as Arcadas se levantaram contra a ditadura militar, num discurso que mudou o curso dos acontecimentos. Agora, as Arcadas enfrentam os golpistas e as vivandeiras tardias, que espalham mentiras sobre as urnas eletrônicas. As duas cartas são, sem nenhum recurso de retórica, a mesma voz.

Eugênio Bucci

Publicado em Ultrajano | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Tempo

Luiz Rettamozo e Vera Solda, no Original Beto Batata, em algum lugar do passado. © Kito Pereira

Publicado em tempo | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter