Luci Collin, gravando para o Rádiocaos. © Samuel Ferrari Lago

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Sou, mas quem não é?

PORTAIS de notícias e blogs de oposição divulgam a viagem do ministro Kássio Marques para assistir a Champions League. Ele foi de carona em jatinho de advogado que tem causas no STF e depois esticou a Mônaco para ver a Fórmula 1. No Congresso, nada, nada nos jornalões, e na televisão o silêncio tumular. Num país que cultuasse o rigor das aparências, seria um escândalo. No Brasil, não, pois aqui vale a filosofia do político desonesto de Chico Anísio: “Sou, mas quem não é?”

O brasileiro, alguém lembrou ontem na imprensa, sofre de analgesia moral, a insensibilidade e a indiferença à moralidade pública. A conduta do ministro não choca seus pares, acima de tudo estes, nos quais o problema respinga em termos de credibilidade do tribunal e biografias pessoais; aqui impera o sentimento de casta, de superioridade, de inatacabilidade, que os magistrados cultivam; eles julgam, mas não toleram ser julgados. Fazem os desentendidos de que no órgão colegiado o pecado de um macula a todos.

Nem os pares, por quê? Ora, porque os pares fazem o mesmo, há antecedentes e literatura de sobra. O ministro pode ser bolsonarista e muitos dirão que seu comportamento é bolsonarista. Mas o problema não é este. Ele é só o mais recente personagem da novela da impunidade, da imprudência e da impudência dos homens públicos. Impudência é falta de pudor, cara de pau. E seu homógrafo com ‘r’, a imprudência, está em falta no vocabulário dos homens públicos.

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Jean-Michel Basquiat – 1960|1988. Foto Andy Warhol

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Flagrantes da vida real

Turca na burca. © Maringas Maciel

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All Poetry

Em meio a tantas notícias ruins e trágicas, estou feliz por anunciar uma ótima. Saiu nos Estados Unidos, pela editora New London Librarium, All Poetry, versão integral ao inglês que eu e o emérito professor Charles A. Perrone fizemos de Toda Poesia, best-seller poético de Paulo Leminski. Agradeço a todos os envolvidos no projeto, na pessoa da Aurea Leminski, que desde o início acreditou na capacidade minha e do Charles de levar a cabo essa empreitada. Agora todos os poemas de Paulo Leminski estão disponíveis aos leitores de língua inglesa, o que não é pouca coisa.

Ivan Justen Santana

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Fora, Bozo!

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O coworking da cigana tabagista

O CASARÃO aqui ao lado de casa instalou um coworking, a cooperativa de inquilinos que dividem o aluguel. Coworking é palavra de gringo, não se impressione pensando que é importante; é apenas a divisão da pobreza. O coworking vizinho se intitula multidisciplinar. No tempo dos leitores do Insulto multidisciplinar era ensino fundamental e médio, ensinava-se de tudo. Hoje é a mistureba de atividades que podem ou não ser correlatas ou complementares. Tem o ortodontista perto do clínico, do endodontista, do maquiador de dentes, a tal lente de contato dental, que sequer enxerga quando o dente quebra com piruá de pipoca e semente de goiaba. Tem o coworking de médicos, ginecologista, clínico, cirurgião plástico, nutrólogo, psiquiatra e psicólogo. O da casa vizinha é verdadeira torre de Babel, só falta garota de programa, daquelas multidisciplinares.

O coworking associa divisão do espaço com divisão do cliente: cada profissional encontra problemas para os vizinhos tratarem. Aprendi isso na clínica da família de oculistas: do avô ao neto, passando pela mãe, conjes e conjas, cada um tirava um naco de meu olho, menos cílios e sobrancelhas. Não compro essa coisa, parece frigorífico, que aproveita até o berro do boi. Minha última experiência foi a mulher do shiatsu, a massagem oriental. Ela me virou, mexeu e encaminhou à vizinha de porta, leitora de cartas, onde enfrentei o suspense: a senhora entrou vestida de cigana, cigarro no canto da boca e um rolo de papel higiênico na mão. Em trinta anos nada que previu aconteceu. O tempo todo imaginei o que o raio da cigana tabagista faria comigo e com o papel higiênico. Inventei a desculpa que exige papel higiênico, e dei no pé.

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Salacia_0615. © IShotMyself

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Perícia não encontra resquícios de material humano em Bolsonaro

Numa semana trágica, o brasileiro teve mais uma confirmação de algo que já sabia: não existe humanidade no presidente da República. “O Brasil entrou numa aventura não recomendada em 2018”, disseram, em nota, grupos de povos nativos. “Esse brasileiro que vocês escolheram é muito malvisto. Podem ter feito uma maldade com o país”, completaram.

Os médicos que fizeram os exames em Bolsonaro encontraram uma pedra de Nióbio no lugar do coração. “A cabeça está mais cheia de ar do que o tanque de combustível do brasileiro”, disse um deles.

Empolgado com a PEC dos Combustíveis, Bolsonaro passou a semana ensaiando a assinatura que dará na Lei que pode lhe garantir muitos votos. Precisou treinar bastante porque a caneta vivia escorregando de sua mão, que estava cheia de sangue.

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Made in Brasil

República dos Bananas

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Entenda por que Bruno e Dom eram cabras marcados para morrer

Os desaparecimentos do sertanista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips ecoam como um trágico grito de socorro da floresta amazônica e de seus habitantes originais. Hoje, todo o mundo sabe que ali, naquele monte de folhas que se vê pelo Google Maps, onde fica a Terra Indígena Vale do Javari (a segunda maior do Brasil), dois heróis empenharam suas vidas individuais para defender as vidas coletivas, destruídas diariamente pelo garimpo, pela ganância, pelo ouro, pelo agronegócio, pelo narcotráfico, pela pesca predatória e, até, por missionários religiosos, inescrupulosos defensores de um deus da morte.

Bruno Pereira não era para estar lá. Ele já tinha sido vestido pelos genocidas com uma camisa desenhada com dois alvos: um na frente e outro atrás. Um terceiro estava estampado em sua testa. Ele era o cabra marcado para morrer.

O estudo dos boletins de serviço da Funai fornece provas eloquentes do compromisso de Bruno com a defesa dos povos isolados e de recente contato. No dia 2 de janeiro de 2020, por exemplo, o boletim registra que Bruno realizou “reunião com autoridades ref. ao assunto presente no documento sigiloso Ofício 219/Gabinete do Procurador/PRM/Tabatinga, de 17/06/2019, que trata da promoção de ações de combate a ilícitos na região do Alto Solimões, com presença de povos indígenas isolados.”

Laura Capriglione

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E deu nisso…

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Retrato de amigo

Rogério Dias, em rápidas pinceladas. © Dico Kremer

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