Amil deve continuar com carteiras de planos individuais

A AMIL, operadora de planos de saúde havia transferido os planos para a Saúde APS em dezembro de 2021.

Após intensa movimentação realizada pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e pela sociedade civil, a Diretoria Colegiada da ANS (Agência Nacional de Saúde) determinou que os planos de saúde que a Amil tentou transferir para a APS fiquem com a própria Amil.

A venda da AMIL para a APS foi anulada pela ANS e envolveu 340 mil planos individuais e familiares.

A decisão foi tomada após a agência requerer informações e constatar que a APS não tem capacidade financeira para administrar, de maneira autônoma, os consumidores vinculados à AMIL, sem colocar em risco a continuidade e qualidade da assistência à saúde.

Com a decisão, a Amil deve manter o atendimento aos consumidores que têm planos individuais e familiares com a operadora, sem qualquer prejuízo ao direito à informação e à qualidade de atendimento.

Além disso, as condições dos contratos devem ser mantidas e nada pode mudar quanto aos critérios de reembolso, rede credenciada, procedimentos para cancelamento, condições de franquia e coparticipação.

Caso ocorra alguma alteração os usuários devem entrar em contato com a operadora e com a ANS para registrar uma reclamação.

O atendimento da ANS é realizado pelo telefone 0800 701 9656.

A tentativa de transferência da AMIL para a APS encontrou esse obstáculo, que determina que o plano de saúde continue intacto para o consumidor.

Essa importante decisão da ANS, pressionado pelo IDEC e outros órgãos, significa um precedente contra a tentativa de transações que envolvam planos de saúde, com a redução da qualidade do atendimento aos usuários.

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O grande caçador branco

BOLSONARO trocou o ministro das Minas e Energia, com este fechando 29 já abatidos a 9 meses do fim do mandato. O presidente faz lembrar o grande caçador branco dos filmes americanos dos anos 30/50, como os do Tarzan e do Jungle Jim (Jim das Selvas, no Brasil): o caçador segue garboso pela floresta, seguido pela fila de carregadores nativos. Ocultos na mata, à espreita, armados de zarabatanas com setas envenenadas, guerreiros de tribo refratária ao avanço do branco. Os guerreiros passam a matar os carregadores a partir do último da fila, até chegarem ao grande e desavisado caçador branco, a quem preservam para comer, cozido no grande caldeirão da tribo.

Bolsonaro deixa seus carregadores pelo caminho, como o general que chega ao destino sem tropa. Ah, se em 1o. de janeiro o Brasil acendesse o grande caldeirão. Nem que seja com lenha da Amazônia, que nosso grande caçador derruba e queima.

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Com a tag | Deixar um comentário
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Até que o sexo quatro vezes por semana nos separe

Será que um contrato pré-nupcial impede a traição conjugal?

Uma suposta cláusula do contrato pré-nupcial de Jennifer Lopez e Ben Affleck se tornou manchete na mídia internacional e nacional na semana passada: “Acordo pré-nupcial de JLo e Ben Affleck cobra sexo quatro vezes por semana”

O contrato seria uma forma da atriz e cantora proteger sua fortuna de 400 milhões de dólares. Ela teria estabelecido uma regra de que o casal precisa ter sexo ao menos quatro vezes na semana.

Sem entrar no mérito se a cláusula existe ou não, é interessante observar o rebuliço que ela causou.

Se Affleck não conseguir transar quatro vezes por semana, JLo recebe uma indenização milionária? Se ele gozar e ela não, como fica? Se ele estiver com problemas sérios no trabalho ou doente, tem direito a transar só três vezes na semana?

Descobri no Google que o mesmo burburinho aconteceu quando os dois estavam prestes a se casar, em 2004. Só que daquela vez a cláusula teria sido exigida por Affleck. Na época, ele afirmou que tudo não passava de um boato. Poucos dias antes da cerimônia, os dois se separaram.

Boato ou não, a cláusula do sexo quatro vezes por semana me fez pensar sobre o que podemos exigir de nossos cônjuges como obrigações a serem rigorosamente cumpridas e, caso não forem, seria motivo não apenas de separação, mas também de indenizações milionárias.

Aqui no Brasil parece que a moda ainda não pegou, mas nos Estados Unidos é comum fazer acordos pré-nupciais. Encontrei outros exemplos que podem ser apenas boatos.

Catherine Zeta-Jones teria exigido uma indenização de US$ 5 milhões caso houvesse traição por parte de Michael Douglas. Já Justin Timberlake teria que pagar (apenas?) US$ 500 mil a Jessica Biel em caso de infidelidade.

Priscilla Chan, esposa de Mark Zuckerberg, teria determinado por escrito que o marido era obrigado a ter pelo menos um encontro romântico com ela por semana, além de dedicar 100 minutos a ela quando estiver fora de suas empresas.

Alguns contratos exigem que o marido ajude nas tarefas domésticas e no cuidado com os filhos. Em outros, o marido exige que a mulher não pode pesar mais de 61 kg.

Fiquei imaginando o que eu colocaria como cláusula a ser cumprida no meu casamento. Em vez de obrigar meu marido a transar quatro vezes por semana, exigiria que ele me fizesse dar risadas todos os dias. E que também me escrevesse cartinhas de amor antes de dormir.

Perguntei ao meu marido que cláusula ele colocaria. Sem titubear, ele respondeu: “Cafuné e massagem dos pés à cabeça, todos os dias de, no mínimo, uma hora. Não vale aperitivo de 15 minutos. Não preciso de mais nada, isso me basta”.

No entanto, e aqui está um segredo que aprendi com minha própria vida e com minhas pesquisas, existe uma distância enorme em fazer algo porque “eu preciso fazer” (por obrigação, coerção e medo de punição) e fazer algo porque “eu quero fazer” (por minha própria vontade e por me sentir feliz de fazer o meu amor feliz).

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Publicado em Mirian Goldenberg - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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#elenão

Se Michelle já pode fazer campanha, começo a minha

Difícil imaginar que por trás de um homem desprezível haja uma mulher muito diferente. Se ela permanece firme ao seu lado, diante de horrores ditos e praticados talvez seja conivente ou, no mínimo, uma sonsa insensível.

Então, por que Michelle Bolsonaro seria diferente de Jair, com quem é casada há 14 anos?

O presidente quer usar a mulher como cabo eleitoral para tentar reverter a rejeição que sofre entre o eleitorado feminino.

Teve quatro anos para se preocupar com a imagem que já era péssima em 2018, quando 49% das mulheres disseram quer não votariam em Jair de “jeito nenhum”, segundo o Datafolha. Entre os homens, o índice era de 38%.

O desprezo só piorou. Na pesquisa divulgada em março, 60% das entrevistadas não querem saber de sua reeleição. Bolsonaro acha que vai amansar as eleitoras, escalando a senhora Jair para dar feliz Dia das Mães em rede nacional?

Fora o crime eleitoral, que o TSE segue fingindo que não vê, o presidente mostra o que já sabemos: é um sujeito desinteressado e refratário às demandas femininas, que ele abomina porque considera assuntos de esquerda.

Igualdade salarial, direitos reprodutivos, fim da violência doméstica são bandeiras que guiarão a agenda política e já têm impacto nos processos eleitorais por causa da participação cada vez maior de mulheres jovens e solteiras. O político que não percebeu que precisa dar respostas a esse público vai ficar pelo caminho.

Não adianta a Michelle “que Queiroz depositou R$ 89 mil na conta” surgir na TV falando de flores, quando o marido chafurda na misoginia.

Para ele, a filha foi uma fraquejada, diz que não estupra porque a mulher não merece, diz que igualdade salarial prejudica a contratação feminina, acena para o turismo sexual ao deixar à vontade quem quiser sexo com brasileiras. E faz piada sobre política de distribuição de absorventes: “mulher começou a menstruar no meu governo”.

Se Michelle já pode fazer campanha, começo a minha: #elenão.

Publicado em Mariliz Pereira Jorge - Folha de São Paulo | Com a tag , | Deixar um comentário
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Playboy|1970

1970|Avis Miller. Playboy Centerfold

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Não senti firmeza

O MINISTRO Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, aceitou responder questionário do ministro da Defesa sobre a condução da justiça eleitoral nas eleições. Nas presidenciais, óbvio, porque as demais pouco importam ao ministro da Defesa, que se reúne com o presidente da República e candidato à reeleição para tratar das fantasias conspiratórias deste, o temor de ser derrotado por Lula. Nunca antes na história deste país o mais alto órgão da justiça eleitoral se submeteu a exigências do poder executivo. Pior que isso, a exigências do ministro da Defesa, órgão do poder executivo. Visto por outro lado, nunca antes um ministro militar cobrou satisfações do poder judiciário.

Esse “nunca antes” não é evocação de Lula, a besta-fera que assusta o presidente e seu ministro da Defesa. O “nunca antes” lembra que tal só aconteceu em períodos nas ditaduras, que resolviam questões eleitorais em decretos e atos institucionais. Portanto, as exigências do ministro da Defesa, atendidas pelo ministro Fachin, presidente do TSE, apenas antecipam o que metade do Brasil (60% mais via cearense) vê pelo retrovisor e pelo pára brisa: a ditadura a caminho (leia o alerta do ombudsman da Folha de S. Paulo, hoje). O comportamento do ministro da Defesa não impressiona, como general formado nas academias militares ele reza pelo anticomunismo e pela desconfiança na classe política.

Interessa o comportamento do ministro Fachin, vacilante desde que assumiu o STF. Um comportamento que já lhe rendeu a perda de amigos de décadas, companheiros de política estudantil e forças decisivas em sua nomeação ao STF. Um fato de ampla divulgação, em que o advogado Wilson (Xixo) Ramos Filho tachou-o de “verme” quando o ministro votou contra Lula em decisivo julgamento. Seria um compreensível desabafo de amigo decepcionado e de militante apaixonado se o ministro, quando a operação Lava Jato caía pelas tabelas, morta pela ambição do juiz Sérgio Moro, não tivesse votado pela absolvição e liberdade de Lula. Até o momento o ex-amigo Xixo não vitaminou a amizade que extinguiu com o vermífugo.

Dilma Rousseff amargou mais que o amigo Xixo. Em sua mesa passou duas vezes a proposta de nomeação de Fachin para o STF. Na primeira, depois de ouvi-lo na costumeira entrevista, Dilma descartou a nomeação; suas palavras hoje soam como vaticínio: “não senti firmeza [nele]”. Luís Roberto Barroso foi nomeado, “caroneou” Fachin, como dizem os militares do general favorito que perde a promoção para outro. Na segunda indicação, Dilma nomeou o ministro Fachin para o STF. Desta vez ela não mostrou firmeza. O ministro Fachin ficou com receio de ser o estopim do golpe antecipado, será a pergunta que pode manchar a biografia de juiz do STF, vistos os antecedentes “firmes” e “frouxos” do tribunal.

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Que país é este?

© Tiago Recchia. Plural

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Dia das Mães

Carmen Silvia, Nadyr do Prado (1929/2016) e Vera Solda.  © Luana Todt

mãe
como a senhora pode notar
tudo está limpo e arrumado
só há alguma louça para lavar
e seu quarto zoneado
mas como tudo volta ao lugar
após mudar de estado
a sra. tem o direito de limpar
porque não foi sujo e sim sujado
agora, se estiver demais bagunçado
perdoe, que perdoar limpa
e é certo que o fedor não sinta
se chamas ainda Nadyr Prado

marcos prado (década de 1980)

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A prova do amor eterno

Quatro homens que dedicaram a vida a Frank Sinatra

Cada um escolhe a quem dedica a vida, e conheci no Rio três pessoas que dedicaram grande parte dela a Frank Sinatra. Um deles, Flavio Ramos. Em 1939, ele tinha 12 anos e escutou um 78 rpm da big band de Harry James, “All or Nothing at All”, com o novo crooner Frank Sinatra. Ali Flavio decidiu que viveria em função de Sinatra ou em torno dele. Em 1962, sua boate Bon Gourmet, em Copacabana, acolheu por 40 noites o maior show da história da bossa nova: “O Encontro”, com João Gilberto, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Os Cariocas. E, em 1980, Flavio apertou a mão de Sinatra no camarim deste, no Maracanã.

Um amigo de infância de Flavio ouviu com ele o 78 de Sinatra: Ronaldo Bôscoli, no futuro um dos pais da bossa nova. Flavio chamou-o a acompanhá-lo ao camarim de Sinatra no Maracanã, mas Ronaldo tremeu e não foi. Ronaldo ficaria famoso também como namorador, embora dissesse: “Gosto mais de Frank Sinatra do que de mulher”. Sabendo disso, a então sra. Bôscoli, Elis Regina, vingou-se de suas escapadas jogando seus LPs de Sinatra no mar.

E Roberto Quartin, produtor musical, foi um dos grandes colecionadores de Sinatra no mundo. Seu acervo incluía edições alternativas de LPs, prensadas, digamos, em Honolulu, com diferenças que só outro colecionador identificaria. E Roberto conheceu Sinatra, que o autorizou a copiar a íntegra das fitas originais de seus LPs na Capitol, com tudo o que não saiu nas versões finais.

Mas nenhum deles supera o radialista americano Sid Mark. Ele também se apaixonou pelo cantor em criança e, durante 43 anos, desde 1979, apresentou quatro programas semanais dedicados a Sinatra em emissoras de Filadélfia. Isso significa 8.600 programas. Quando Sinatra o via na plateia de seus shows, apontava-o e dizia ao microfone: “Eu amo esse cara!”.

Sid Mark morreu há duas semanas, aos 88 anos, feliz, na ativa e provando que o amor eterno existe.

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Alexandre Garcia se alista nas Forças Armadas para conseguir Viagra de graça

O ex-jornalista em atividade Alexandre Garcia foi flagrado em público usando uma farda camuflada completa. Depois, soube-se que ele se alistou para comprar Viagra de graça. Garcia foi seduzido por um comercial das Forças Armadas: “Jovem, se você completou 70 anos ou mais e sofre de problema de ereção, aliste-se.” Ele escolheu o esquadrão de bombas. Bombas penianas.

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Sempre medíocre, sempre Ricardo Barros

DE VEZ em quando aparece um instituto de pesquisas do Paraná para quebrar nossa placidez bovina e cretina. Ontem saiu a pesquisa eleitoral das três vias: Lula 44%, Bolsonaro 24 e mixaria %, Ciro 14 e merreca %. Uma chatice. A gente aqui vive bem com a pesquisa que dá 200% para reeleger o governador Ratinho Júnior. Por que 200%? Ora, simples, o próprio governador explica. Primeiro, ele não é inimigo ou adversário nem de Lula nem de Bolsonaro. Muito pelo contrário (só o governador merece a glória de antepor um advérbio ao valor absoluto, como esse muito pelo contrário). Ratinho fará um repasse equitativo de suas urnas: 100% para Lula e 100% para Bolsonaro.

Fosse o governador homem de leituras, recomendaria a ele o Se, do inglês Rudyard Kipling, na tradução de Guilherme de Almeida, melhor que o próprio original. Kipling ensina que o homem de verdade, entre outras virtudes, deve ser fiel aos amigos, com a ressalva de que nunca os deve abandonar, sejam bons, sejam maus; deve se defender desses amigos, mas jamais deixar de lhes ser de “alguma utilidade” (Deus é minha testemunha do quando é impossível seguir o conselho. Kipling não conheceu os políticos brasileiros, mestres no inverter a utilidade). Nosso grande estrategista sabe que se elege coligado com os dois e governa coligado com qualquer deles.

Não foi o jovem governador quem inventou a jogada. Foi o pai, porque é jogada de dono de empresas de comunicação, que não pode criticar o anunciante, nem mesmo no noticiário. O anunciante está acima do leitor-consumidor, credor da verdade. A estratégia reforça-se quando o anunciante tem o poder de detonar a concessão da empresa de comunicação. Então, essa ciranda, essa gangorra de Lula sobe, Bolsonaro desce, Ciro arranha no barranco, que acabe nas fronteiras do Paraná com estados politizados. Nós paranaenses estamos na nossa, nunca elegemos o melhor, mas conseguimos escapar do pior. É a glória do Paraná, sempre apagado, sempre medíocre, sempre Ricardo Barros.

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Os carrascos da democracia

Militares não têm de dar pitaco em assunto que não lhes diz respeito

O governo Bolsonaro emprega em relação às eleições a mesma estratégia que usou desde o começo da pandemia. O negacionismo científico assume agora sua versão de negacionismo eleitoral. A cloroquina da campanha é o ataque incessante à urna eletrônica.

No auge da pandemia, Bolsonaro teve no general Eduardo Pazuello o executor do trabalho sujo que aumentou exponencialmente a mortandade dos brasileiros. Na fase atual da desconstrução nacional, o posto de capataz do assalto à democracia foi ocupado com desembaraço pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

Quase um ano atrás, Pazuello, ainda general da ativa, transgrediu regulamentos militares ao participar de ato político de apoio a Bolsonaro, no Rio de Janeiro, dias depois de ter prestado depoimento à CPI da Covid, no Senado. Na época, Oliveira era comandante do Exército, livrou a cara de Pazuello e ainda aplicou sigilo de cem anos ao processo disciplinar.

Com que moral Oliveira cobra, agora, transparência do TSE sobre os questionamentos feitos pelas Forças Armadas à votação eletrônica? No intuito de perturbar o processo eleitoral, Oliveira exibe perfil ousado e provocador. Fustiga o poder civil enquanto tabela com Bolsonaro, que anuncia auditoria privada das urnas.

É ação de sabotagem escancarada, e facilitada por obra e graça do próprio TSE, que caiu numa armadilha criada por ele mesmo ao convidar militares para a Comissão de Transparência das Eleições. Foi um erro grave, que deu margem a este cenário anômalo e ameaçador.

Militares não são tutores nem moderadores do poder civil para serem chamados a dar pitaco em assunto que não lhes diz respeito. Ao contrário, eles têm uma dívida com o país, com a democracia e com os direitos humanos pelos 21 anos de ditadura. O TSE precisa exercer seu papel com altivez e coragem, bem como as demais instituições do poder civil. Tibieza e covardia servirão apenas para pavimentar o caminho dos carrascos da democracia.

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Playboy|1980

1982|Henriette Allais. Playboy Centerfold

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