O menino foi com paipai lá na Russolândia com o objetivo de aprender como usar as redes sociais para pescar em zona proibida, como paipai costuma fazer. Levou consigo uma bonita rede com a qual prendia os cabelos. Para garantir, levou também uma rede de armar embaixo de umbuzeiro. O líder máximo da Russolândia recebeu o garoto. É que o piá não parava quieto, queria pegar no svonorova do russo, comparar tamanho com o seu bimbiririm, e o líder máximo decidiu render-se ao garoto.
Deu-lhe um papel onde estavam escritos todos os planos de redes e rendados daquela voinarósca, e o piá voltou pra casa, lampeiro – seja lá o que isso signifique – e confiou aquele segredo à digníssima. A qual, seguindo as instruções postas no papel, conseguiu produzir uma torta alemã de virar os olhinhos.
Discurso do Presidente da Representação Central Ucraniano Brasileira na concentração da Marcha pela Paz em solidariedade à Ucrania realizada dia 19 de março de 2022 em Curitiba.
Sra Marilena Winter DD Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Senhor Consul Honorário da Ucrânia em Curitiba Mariano Czaikowski Comunidade Ucraniana Brasileira Povo paranaense. Povo brasileiro. Como é a Ucrânia?
A Ucrânia é suave como os versos da poetisa Helena Kolody, A Ucrânia é colorida como as tintas dos pincéis de Miguel Bakun. A Ucrânia é espiritual como o apostolo André. A Ucrânia é musical como a voz de Vitório Scarpi e som do violino da Oksana Meister. A Ucrânia é dedicada ao trabalho como os 500 000 descendentes que ajudaram a tornar o Estado do Paraná pujante e forte.
No solo em que a Ucrânia existe nós temos uma história cultural de 7 mil anos. A Ucrânia é um dos berços da Civilização Europeia. Ali naquele solo nasceu a língua comum indo-europeia. Ali se domesticaram os cavalos.
Mas tanques, aviões, misseis e soldados profanaram o nosso solo sagrado a mando de Vladimir Putin. Cidades são cercadas e levadas à ruína. Residências, teatros, hospitais e pessoas na fila do pão são bombardeados e mortos. Mais de 3 milhões sãos os refugiados após 24 dias de guerra de agressão. A Ucrânia que aspira a paz foi agredida criminosamente.
A Ucrânia perdeu milhões filhos no século passado, durante a primeira guerra mundial, a guerra civil de 1917 a 1921, o Holodomor de 1932/33 e na segunda grande guerra mundial. Foram soldados ucranianos que libertaram o campo de concentração de Auschwitz. Foram os ucranianos que desenvolveram o Tanque-34 decisivo na vitória contra o nazismo. Soldado ucraniano estava entre três que levantaram a bandeira sobre o Reichstag. E a Ucrânia como fênix renasceu das cinzas. Nós somos fortes e resilientes. Nós aspiramos a paz porque vamos reconstruir a Ucrânia palmo a palmo, tijolo por tijolo. Nosso compromisso é com a paz e a reconstrução da Ucrânia livre e soberana.
Nós brasileiros descendente de ucranianos vendo a bravura de nossos soldados e de nosso povo na resistência à agressão do segundo maior exército do mundo queremos dizer a todos que cada vez mais nos sentimos mais orgulhosos de sermos ucranianos.
Nós brasileiros descendentes de ucranianos vendo a torrente de solidariedade do povo brasileiro para com a Ucrânia queremos dizer a todos que cada vez mais nos sentimos orgulhosos de sermos brasileiros.
Como filhos desta mãe gentil exigimos que o Brasil aja já para parar a guerra de agressão. O Brasil é muito maior que um balcão de negócios para vender carne e soja e comprar uréia e potássio. O Brasil deve de agir em conformidade com a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ), com sede em Haia, que ordenou no dia 16 que a Rússia interrompa imediatamente as operações militares na Ucrânia. Pois se o Brasil ainda não aderiu a jurisdição obrigatória da corte de Haia, o Art. 4.º da Constituição Federal sinaliza para a obrigatoriedade da condenação da agressão russa. O Brasil não vai dançar ao som dos Estados Unidos, o Brasil também não pode dançar ao som da balalaika russa, o Brasil deve dançar em conformidade com os acordes do Artigo 4.º da Constituição Federal Brasileira obedecendo os princípios do reconhecimento da autodeterminação dos povos, da não intervenção, da defesa da paz e da solução pacífica dos conflitos.
Neutralidade não. Parar a guerra de agressão russa já. Viva a Ucrânia.
Vitório Sorotiuk Presidente da Representação Central Ucraniano Brasileira
O ministro Alexandre de Moraes mandou bloquear o aplicativo de mensagens Telegram na tarde de hoje. A rede social era usada por grupos bolsonaristas para espalhar mentiras e negacionismo.
Agora, os marginais que agem como gangue fascista apoiados pelo presidente da República terão que trocar mensagens impressas — e nessas mensagens eles negam que o Telegram tenha saído do ar. “É tudo invenção da mídia comunista, estamos trocando mensagens de papel mas isso aqui é só o recibo para conferência”, disse um deles.
Ou o presidente aceita seus limites de ação e sofre o desgaste inevitável ou aprova subsídios para a gasolina, o que pode lhe custar a reeleição. Bolsonaro vive o segundo grande dilema de seu mandato. O primeiro foi a pandemia. Saiu-se mal. Sabia, desde o início, que o vírus enfraqueceria a economia e tinha medo de sofrer um desgaste que ameaçasse sua reeleição. Bolsonaro optou por negar a pandemia, recusar o isolamento social e combater a vacina, a única saída racional.
Passado esse período, o enorme desgaste já eliminou o favoritismo nas pesquisas.
O momento, agora, é da guerra na Ucrânia e suas consequências no País. Antes do conflito, o preço do barril de petróleo rondava os US$ 90. Com a eclosão da guerra, o preço do barril disparou.
Os analistas costumam afirmar que aumentos no preço do combustível atingem os governos. Nem é preciso de sua expertise para confirmar essa realidade. Não só Bolsonaro, como seus adversários, sabem que o aumento se expande por toda a economia e faz crescer a insatisfação popular.
De um modo geral, aumento no combustível repercute em outro tipo de aumento também explosivo: o dos preços dos alimentos. Quase todas as análises da Primavera Árabe, por exemplo, convergem para apontar o preço dos alimentos como o estopim da revolta.
Rússia e Ucrânia são grandes produtoras de trigo e milho. É um fator que se alia à repercussão do aumento dos combustíveis, que também pode pesar, assim como a possível escassez de fertilizantes.
Bolsonaro compreendeu o impasse e condena o aumento de preços decretado pela Petrobras. Mas a empresa levou 57 dias para equiparar a gasolina ao preço internacional, como determina a sua política aprovada em 2016. Mesmo assim, a equiparação não foi completa, a defasagem beirava os 40%.
Os rivais de Bolsonaro na disputa eleitoral também condenam o aumento e prometem mudar a política de preços. Mas suas alternativas só vigoram a partir de janeiro de 2023, caso vençam as eleições. O problema está nas mãos de Bolsonaro.
Além de reclamar dos preços, Bolsonaro zerou o PIS-Cofins do diesel e apoiou a iniciativa parlamentar para reduzir o ICMS. Foi um passo. Mas tudo indica que não é suficiente.
Seu dilema, agora, é este: aceitar esses limites de ação e sofrer o desgaste inevitável ou aprovar subsídios para a gasolina, o que poderia realmente ter um efeito.
Alguns países europeus pensam em subsídio para a gasolina. Mas a guerra é no seu continente e eles dispõem de uma situação mais confortável.
Bolsonaro sente que o desgaste pode crescer daqui para as eleições. Mas, ao mesmo tempo, é advertido pela equipe econômica de que aprovar subsídios pode lhe custar a chance de reeleição.
É um grande dilema. Existem algumas medidas complementares, como ajuda aos caminhoneiros e ampliação dos que recebem auxílio para o gás de cozinha. Mas será que isso bastaria?
Um outro caminho aberto para Bolsonaro será o de mudar a correlação de forças no Conselho da Petrobras e derrubar a norma que define a equiparação com os preços internacionais.
Também isso não será fácil. Como ficariam as importadoras comprando mais caro para vender mais barato dentro do Brasil? Como ficariam os sócios minoritários, que costumam entrar na Justiça quando se sentem prejudicados?
Interessante é que, apesar desta situação complicada, Bolsonaro segue na sua política de isolamento. Está lutando para aprovar um projeto de mineração em terras indígenas rejeitado por amplos setores da sociedade, por empresas e até mesmo pelas grandes mineradoras, sem falar na repulsa internacional.
O único momento em que Bolsonaro parece ter recuado taticamente foi em sua campanha contra as vacinas. Mas recuou quando o tema já não estava mais na agenda com a intensidade que esteve no passado.
Bem fez o indigenista Sidney Possuelo, que devolveu a medalha recebida há 35 anos
Com a campanha eleitoral na porta, Bolsonaro vai empregar, cada vez mais, estratégias da guerra de comunicação que ele sabe manejar como poucos, é preciso admitir. Deve-se a isso a medalha do mérito indigenista que ele e alguns puxa-sacos receberam. Sendo o presidente o maior inimigo dos povos indígenas, dar a ele essa honraria equivale a premiá-lo pela excelência no combate à pandemia no Brasil.
Esse tipo de provocação captura a agenda do debate público, dispersa o foco, ocupa as instituições, que precisam responder aos seguidos abusos. É forçoso manifestar nossa indignação contra o escárnio, como bem fez o indigenista Sidney Possuelo, que devolveu a mesma medalha, por ele recebida há 35 anos.
Possuelo é um desses brasileiros gigantes, descendente direto da linhagem que começa com o marechal Rondon, passa pelos irmãos Villas-Bôas e chega ao médico Erik Jennings. Ex-presidente da Funai, ao tempo em que a instituição defendia os indígenas, Possuelo foi quem idealizou a política de respeito ao isolamento voluntário de algumas etnias.
A ira santa que o fez devolver sua medalha —esta, sim, merecida— deve nos servir de guia e inspiração. Precisamos lembrar e falar, o tempo todo, do que realmente importa. E o que importa? A fome, o desemprego, a miséria, o aumento da gasolina e do gás, o PIB minguante, a inflação crescente, a carne trancada a cadeado na geladeira do supermercado. E o crime maior: o genocídio de 660 mil brasileiros. Mudar a classificação de pandemia para endemia não diminuirá a torpeza do delito.
Importam ainda a devastação da Amazônia, a expansão das milícias, a sociedade intoxicada de armas e violência, as negociatas da família presidencial, da base corrupta no Congresso e dos generais malandros, as rachadinhas e a pergunta: quem mandou matar Marielle? Vital é também resistir aos ataques contra a democracia e eleições limpas. O resto é truque de distração da cartilha extremista.
O ministro Alexandre de Moraes do STF, mandou bloquear o aplicativo de mensagens Telegram de todos os provedores de internet. Moraes estabeleceu ainda que quem não obedecer a decisão fica sujeito a multa diária de R$ 100 mil.
Moraes atendeu a um pedido da Polícia Federal, que afirmou à Corte que “o aplicativo Telegram é notoriamente conhecido por sua postura de não cooperar com autoridades judiciais e policiais de diversos países, inclusive colocando essa atitude não colaborativa como uma vantagem em relação a outros aplicativos de comunicação, o que o torna um terreno livre para proliferação de diversos conteúdos, inclusive com repercussão na área criminal”.
Segundo Moraes, a autoridade policial que tentou o contato com a plataforma pelos canais disponíveis, a fim de encaminhar as ordens judiciais de bloqueio de perfis, indicação de usuários, fornecimento de dados cadastrais e suspensão de monetização de contas vinculadas ao blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, não obtendo resposta em nenhuma das ocasiões.
Em 25 de fevereiro, o ministro já havia ameaçado bloquear o funcionamento do Telegram e aplicar-lhe multa diária, caso descumprisse ordem para suspensão de perfis de usuários, como o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. No dia seguinte, a plataforma suspendeu as contas.
O aplicativo tem sido uma dor de cabeça para as autoridades brasileiras, ainda mais em ano eleitoral, em razão das fake news. Como a Crusoé mostrou, o aplicativo deverá ser o vilão das eleições.
O TSE, por exemplo, tem defendido que só podem operar no país mídias sociais e aplicativos de comunicação que tenham sede ou representação oficial, para que a empresa possa ser responsabilizada segundo a legislação eleitoral.
No final de sua gestão no TSE, Luís RobertoBarroso tentou sem sucesso contato com o Telegram, pedindo a Pavel Durov, fundador do aplicativo, uma reunião para discutir possíveis formas de cooperação.
Um grupo de procuradores do Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo, que está conduzindo um inquérito sobre desinformação e fake news em redes sociais e aplicativos de mensagens, considera solicitar o bloqueio temporário do Telegram durante as eleições de 2022.
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