O local pertence à família do Governador de Minas Gerais, Romeu Zema
Após ser flagrada vendendo roupas e sapatos sujos de barro em Brumadinho, a loja Zema, que pertence a rede da família do Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, é notificada e pode ser penalizada com multa ou com a interdição, caso o episódio se repita.
Em nota, a direção da rede alegou que os produtos estavam expostos pois não havia mais espaço no local para guardá-los. A rede também informou que os artigos não tinham preço e que seriam encaminhados para a central, onde seria avaliada a possibilidade de doação ou descarte.
O barro é proveniente de uma enchente que atingiu a cidade de Brumadinho no mês passado. Os itens foram recolhidos pela Vigilância Sanitária e descartados em um aterro sanitário.
A turbulência está só começando; apertemos os cintos
Bolsonaro apresentou, nos últimos dias, pequena mostra de como será sua campanha à reeleição. Dá para identificar três eixos muito bem coordenados. Um deles é o discurso e a produção de símbolos para arregimentação de suas bases. Nisso, merecem destaque sua imagem em um clube de tiro e os palavrões, emitidos em estudado tom de desabafo, em comício, no Nordeste.
Também voltaram os ataques golpistas ao sistema eletrônico de votação e deturpações, como a expressão “ditadura das canetas”, em evidente alusão às decisões de ministros do STF. Misturadas a muitas baboseiras, proliferam ameaças explícitas, como a que foi feita por Eduardo Bolsonaro: “(…) a gente vai dar um golpe que a gente vai acabar com o Lula”. São apitos para mobilizar os cães de guerra.
Um segundo eixo é tentar inundar a sociedade com mais armamento e munição, como se pode notar na proposta de “anistia” para quem tem armas em situação irregular. É o anabolizante que vem apascentando (não apenas) milícias e facções bolsonaristas. Por último, há a engrenagem digital do ódio, operada de dentro do governo.
Essas dimensões convergem para promover a violência em escala individual e coletiva, num ciclo multiplicador e permanente de tensões sociais. Esse é o terreno onde grassaram o nazismo e o fascismo. Não é à toa que a defesa do nazismo surge com aparente naturalidade em um podcast com milhões de seguidores.
Nada é aleatório. É perceptível um método de propagação e reverberação de ondas de fúria, que degradam os valores da civilidade e sedimentam a brutalidade e a estupidez como referências para o convívio social e a resolução de conflitos cotidianos.
Bolsonaro age com desenvoltura no pântano e é assim que ele imagina enfrentar Lula, chegar ao segundo turno e vencer. Se não der certo, restará o delírio de insuflar algo semelhante ao “capitólio” de Trump, nos EUA. A turbulência está só começando. Apertemos os cintos.
PGE alertou governo sobre uso de recursos da lei Aldir Blanc fora do prazo
Superintendente de Cultura diz que é preciso correr riscos na administração pública
Os últimos cinco meses de 2021 não foram suficientes para a Superintendência de Cultura distribuir R$ 36 milhões dos R$ 72 milhões da verba emergencial prevista pela Lei Aldir Blanc para socorrer trabalhadores ameaçados pela falta de renda provocada pela pandemia. A superintendente da pasta, Luciana Casagrande Pereira, acredita que o problema será resolvido por meio de editais abertos fora do prazo e atualmente em andamento.
A Procuradoria Geral do Estado (PGE) chegou a fazer um alerta para o risco de mudança na data de uso da verba para este ano. “Um gestor que tem medo não pode trabalhar na administração pública”, argumenta Luciana Pereira, completando que “o gestor público precisa fazer opções e decidi correr o risco de usar os recursos da lei fora do prazo para garantir que o dinheiro chegue a quem precisa”.
E caso o TCU (Tribunal de Contas da União) venha a condenar o uso incorreto da verba? Nesse caso “o Estado devolve o dinheiro”, afirma a superintendente. Pela Lei Aldir Blanc, os recursos não utilizados até o final do ano teriam de ser devolvidos ao Tesouro da União, impreterivelmente.
O caso está sendo contestado pelo deputado estadual Jorge Brand, o Goura (PDT), que pediu esclarecimentos à PGE por acreditar tratar-se de flagrante ilegalidade. Na próxima semana, o deputado protocola pedido de investigação e posicionamento por parte do Ministério Público Federal, do Tribunal de Contas da União e do Tribunal de Contas do Estado.
Este processo também está ligado à demissão de Monica Rischbieter, diretora do Teatro Guaíra nos últimos doze anos. Ela soube da exoneração pelo Diário Oficial no dia 2 deste mês, provocando fortes reações entre artistas.
chegou a consultou a PGE sobre o uso da verba da Lei Aldir Blanc fora do prazo previsto. O movimento não agradou a superintendente de Cultura, que exonerou Monica com o aval da Secretaria da Comunicação e Cultura.
Nesta sexta-feira, 11, o deputado Gora entrou também com um pedido para que seja divulgada a resposta da PGE ao questionamento que havia sido feito por Monica e que foi colocada sob sigilo pela Secretaria Estadual de Comunicação e Cultura
Questionada sobre a forma com que Monica Rischbieter foi demitida, Luciana Pereira respondeu que não sabia quando sairia a publicação no Diário Oficial. “Eu gostaria de ter falado com ela antes, foi uma falha muito grande”.
Quando Mônica Rischbieter foi demitida do Teatro Guaíra, sem qualquer comunicação pessoal, via Diário Oficial, deixei um comentário num dos textos que o Zé Beto publicou, lamentando o mérito e a forma da exoneração. Volto ao tema em virtude de dois textos publicados no dia 9 de fevereiro pelos dois Rogérios: O Galindo (Mônica Rischbieter questionou uso de verba da Lei Aldir Blanc antes de ser exonerada – Plural) e o Distéfano (Oxigenação é a … – O Insulto Diário).
É evidente que todo aquele que exerce cargo em comissão, de livre nomeação e consequentemente de livre demissão, pode ser exonerado sumariamente pelo agente que o nomeou. Como a demissão é discricionária, nenhuma satisfação precisa ser dada. ao exonerado. Caso seja servidor público, resta voltar ao seu cargo originário. Ao não servidor público, o caminho é o de casa. É a regra do jogo. Mônica, ao que parece, não é servidora pública e se encontra no lar, junto aos seus. A boa educação recomenda, apenas, que antes do ato ser publicado no Diário Oficial, o demitido seja avisado, ao menos recebendo um telefonema, sendo que o ideal é uma conversa franca e aberta, daquelas “olho no olho”. Preferiram a falta de educação, o que é lamentável, conforme se vê de todos os textos publicados sobre a questão. Quanto à competência de Mônica, é indiscutível e unânime. Vai fazer muita falta, muito embora o substituto seja do ramo.
No caso de Mônica, segundo o texto do Distéfano, era melhor não haver explicação alguma. As apresentadas, com uma semana de atraso, são de lascar.
Sorte Mônica não ser servidora pública de carreira. Quando Perón assumiu o poder na Argentina, sua assessoria resolveu dar uma “oxigenada” na Biblioteca Nacional, onde o já mundialmente famoso poeta Jorge Luís Borges dava expediente como diretor. Alguém lembrou que Borges era servidor público e não poderia ser simplesmente demitido. Perón resolveu a questão nomeando Borges como diretor do Mercado Público de Abasto. Borges, com toda razão, não querendo mexer com cebolas e repolhos, entregou o cargo, recolheu seus pertences, foi ao aeroporto e embarcou para a Suíça, onde viveu até morrer. Mônica, ao menos, não vai ser nomeada para um cargo muito abaixo de suas capacidades, que são imensas.
Já sobre a tal “oxigenação”, que tanto repúdio mereceu do Distéfano, é importante apontar que as mesmas, operadas na “subpasta” da Cultura, foram de doer a alma. Primeiro, “oxigenaram” a TV Educativa, que virou Turismo. Pelo nível da programação, era melhor ter sido modificada para TV Turfística, ao menos divulgariam e transmitiriam as corridas do Hipódromo do Tarumã e fomentariam a criação nacional de equinos.
A Rádio Educativa, então, foi devidamente “oxigenada”. Da melhor da cidade, passou a ser a pior. Ouvir a sua “nova programação” é manifestação sadomasoquista a ser tratada por um bom psiquiatra.
Meu medo é que com a “oxigenação” do Teatro Guaíra o mesmo venha a ser privatizado. Se faz uma licitação e assume a concessão a BR Travessias… Antes que algum chato apareça dizendo que a tal BR não tem experiência em teatros, respondo que também não tinha em travessia marítima e mesmo assim ganhou a licitação.
Com a tal empresa, já é possível imaginar o primeiro concerto da Orquestra Sinfônica do Paraná: No primeiro ato, a “9ª Sinfonia”, de Beethoven, em ritmo sertanejo, com Bruno e Marrone cantando a “Ode à Alegria”, de Friedrich Schiller. No segundo ato, todas as Bachianas Brasileiras, de Villa-Lobos, em ritmo funk, com solo da Anitta. Vai ser um sucesso de arromba. Corre o risco o Teatro Guaíra, com a fantástica lotação que vai ter, de afundar, já que tudo da BR Travessias vai por água abaixo.
Nos tempos do secretário René Dotti, também havia muita pressão pela “popularização” do Teatro Guaíra e da Orquestra Sinfônica. Deputados e prefeitos queriam que a orquestra se apresentasse nos seus municípios, mas com um repertório “popular”. Dotti topou, desde que, como disse a Mônica, os municípios se responsabilizassem pelo transporte dos músicos e dos instrumentos. As ordens do secretário chegaram aos maestros da orquestra e eles foram peremptórios: não tocariam música popular. Sabendo da novidade, o professor René ligou para o Guaíra e perguntou se os maestros estavam presentes. Disseram que sim. O secretário levantou da mesa e foi andando até o teatro. Chegando lá, pediu uma reunião com os maestros. Depois de uma curta conversa, estava tudo acertado: A orquestra iria ao interior e começaria atacando com “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso. Depois, com chorinhos de Ernesto Nazareth e “Trenzinho Caipira”, do citado Villa-Lobos. Quando menos se esperava, a orquestra enfiava Mozart, Franz Liszt e outros da mesma qualidade. No “grand finale”, vinha a já citada 9ª de Beethoven. Para o “bis”, reservavam a “Abertura 1812”, de Tchaikovski. As vezes, invertiam, fechavam com o russo e deixavam o alemão para o “bis”. O público, em praça pública, delirava.
Com vida simples de homem do campo e sem estudos, Patativa é um dos principais representantes da arte popular do século XX no Nordeste.
O presidente Bolsonaro é do tipo sincerão que não perde a viagem em matéria de preconceito. Deve achar bonito pisar na casa dos outros e tratar os anfitriões como paus de arara, cabeçudos e aratacas — para ficar apenas nos escárnios mais recentes da sua visita aos sertões de Pernambuco, do Ceará e do Rio Grande do Norte.
Há quem siga normalizando todas as infâmias que saem da boca do homem. Uma pequena claque vê até como piada, pilhéria, gracejo etc. Sou da terra do humor e não vejo nada de engraçado nisso. Prefiro não me acostumar com essa fala que repete uma surrada maneira de diminuir ou folclorizar, no pior estilo, o povo do Nordeste.
“Eu sempre me referi com os amigos, né, cabra-da-peste, pau de arara. Me chamam de alemão também, sem problema nenhum. Arataca, cabeçudo, pô”, disse o veterano político em Salgueiro (PE). A novidade é o uso desse “arataca” no seu discurso. Trata-se de uma armadilha para pegar pequenos animais silvestres. É também uma velha denominação depreciativa para os brasileiros nascidos nos estados do Norte, não do Nordeste.
Até na hora de assumirem a castração, resolveram perder para outro homem
Na faculdade, o professor de Marketing 3 tinha uma máxima: desodorante roll-on vende muito porque tem o formato exato de um pênis. Ele ainda completava, achando que provocava as moças da classe: “Quem aguenta entrar em uma farmácia e já não ir logo segurando um?”.
Dessa frase tiro uma quantidade enorme de conclusões. A primeira, mais óbvia, é a de que eu estava no curso errado. A segunda é que o pênis do professor não era exatamente grande. A terceira é que o professor não sabia que seu pênis era médio-menos (se ainda fosse um aerossol família!), pois profanava suas teorias mercantis com a segurança trouxa de um “exibe rola” de vestiário. A quarta é que ele provavelmente não explorou sua bissexualidade antes de casar e tentava tirar alguma emoção de uma gôndola de antitranspirantes em promoção (e sonhava com pelo menos 48 horas de proteção aos desejos que lhe faziam suar). A quinta, e paro por aqui para não perder uma crônica dissecando esse senhor, é que o homem branco já era bem ridículo em 1999, mas eles ainda não eram demitidos por isso.
Houve um tempo em que os únicos vibradores do mercado eram um pauzão meio torto. Era como esconder na gaveta um troféu errado, trocado, que deveria agraciar outra pessoa. Eu não vou fazer essa pesquisa, mas aposto meus dois sugadores de clitóris e a minha língua pink com 25 estimulações diferentes que as vendas aumentaram vertiginosamente quando entenderam que era muito mais negócio para a mulher ter um batonzinho pequeno e discreto que salpica, estremece e peteleca os pontos certos do que ostentar uma ode descabida a outro gênero. Para que eu vou ter uma escultura feia de pinto, um ex-voto emborrachado e macabro no quarto? Até na hora da masturbação feminina tinha designer macho sem talento que resolvia homenagear a si mesmo.
Um dia desses, em um grupo de WhatsApp com jornalistas, escritores, economistas e intelectuais de toda espécie, alguém lançou uma “bomba”: os tubarões têm dois pênis. Das mulheres do recinto virtual não se ouviu qualquer deslumbramento. Era como se nosso silêncio dissesse: caros, francamente, tô muito ocupada aqui e caguei pra um peixe com dois pintos. Amigos tão eruditos e progressistas, sinceramente, por mais que Freud tenha sido o único homem que amei de verdade nos últimos 20 anos, pau é uma coisa muito legal se antes todo o resto de vida que há no dono do membro tiver servido para, no mínimo, provocar nossa audição com inteligência e a nossa tez com criatividade.
Mas os homens do grupo, meu Deus. O assunto durou dias. O que o tubarão faria, o que eles fariam, teria a baleia duas vaginas, com quantos “dois paus” se faz uma canoa, por isso o “dois de paus” significa autoridade e domínio no tarô, por isso aquela canção infantil diz “como é legal lá no fundo do mar?”. Nunca senhores com especializações internacionais foram tão falantes, histéricos, humoristas e garotos. E daí chegaram aonde sempre chegam: o que o escritor português Ricardo Araújo Pereira tem que na presença dele os homens se sentem sem pau? Até na hora de assumirem a castração, resolveram perder para outro homem. Alto, branco, bonito, rico, europeu.
Um brinde às vibrações vulvísticas, às parceiras que me salvaram nos últimos tenebrosos meses, à minha filha genial e sobretudo a uma mulher trans, minha grande amiga Tuba, que vem me ensinando a ser mais forte. Eu pago uma vagina para vocês. Ou duas.
Afirmar que Lula e Bolsonaro são faces do mesmo mal corresponde a repudiar a vontade de 70% do eleitorado, como se o povo atrapalhasse o Brasil
Falemos de futuro em vez de alimentar as ideias mortas que ainda matam. É preciso cultivar nosso jardim. Sempre me incomoda quando os tais “mercados” —às vezes, com cara; com frequência, sem ela — resolvem comparecer ao debate público para demonizar a política, como se a empresa de expectativas chamada “Brasil” fosse uma potência massacrada por interesses mesquinhos, que têm de ser exorcizados.
No que há de sincero nessa conversa, trata-se de uma ilusão entre tecnocrática e autoritária. No que há de insincero, é só o vício de sempre se vendendo como virtude, muitas vezes na pena de rufiões da opinião. Isso tem custo. Observo, à partida, que nem sei direito quem é esse “ente” que fala.
As vozes parecem vir de alguma racionalidade empírea, que nos faz o favor de baixar lá do mundo das ideias para nos libertar das correntes da escuridão. Na última vez em que esses arautos julgaram ter visto a luz para nos relatar a verdade do mundo, escolheram Jair Bolsonaro e Paulo Guedes para nos tirar da caverna. Deu no que deu.
Ah, obviamente eu não quero esculhambar as contas públicas; mandar o teto de gastos às favas —até porque a dupla milagrosa já fez isso—; defender que se gaste à vontade; que se aposte em um pouco mais de crescimento ainda que isso custe um tanto extra de inflação.
Noto à margem que temos produzido inflação alta, com baixo crescimento e juros na estratosfera. Se indagarmos ao “ente” o que há de errado na equação, a resposta vem de pronto: é a questão fiscal.
Eu gostaria sinceramente que os nossos pensadores, que tiveram acesso às luzes, oferecessem, então, o seu padrão de resposta fiscal, mas sem provocar uma convulsão social —afinal, suponho que o plano não contemple tropas nas ruas. Em outubro de 2020, por exemplo, Guedes especulou sobre a privatização das UBSs. A Covid-19 já matava a rodo.
Em abril de 2021, com o gráfico de mortos em escalada vertiginosa, resolveu refletir sobre a Saúde nos seguintes termos, com a habilidade de sempre quando trata da questão social: “Pobre? Está doente? Dá um voucher para ele. Quer ir no Einstein? Vai no Einstein. Quer ir no SUS, pode usar seu voucher onde quiser”. Já havia proposto, àquela altura, a “vaucherização” da Educação.
Eis aí. Então vamos cortar radicalmente as despesas, acabando com as vinculações orçamentárias. Ao mesmo tempo, é preciso tocar as reformas administrativa e tributária e levar adiante as privatizações. E por que não se fez? “Ah, é que a política e os políticos impediram o governo de levar adiante o seu projeto”.
É? O atual comando da Câmara decorreu de uma escolha feita por Bolsonaro, com o aplauso de seu ministro da Economia.
Ocorre que a política existe. E não é só aqui. Um governo que quer formar consensos, ou quase isso, em defesa de algumas ideias que, em princípio, podem até ser recusadas pela maioria tem de mobilizar seus apoiadores e articuladores para, então, fazer o trabalho de convencimento, que pode ou não ser bem-sucedido.
Bolsonaro ocupou seus dois primeiros anos tentando articular um golpe. Nos dois finais, atuou como refém daqueles a quem teve de comprar para não cair. E estes, reconheça-se, por contraste, desmobilizaram o seu golpismo.
Guedes está por aí a pedir uma segunda chance para o que chama de união bem-sucedida entre “liberais e conservadores”. Santo Deus!
“Não entendi aonde você quer chegar, colunista!” Eu explico. “É a política, estúpido!” Se o próximo presidente não tiver a habilidade de sentar para conversar, de buscar o ponto de equilíbrio entre forças aparentemente inconciliáveis, de inserir na equação —e já— os milhões desassistidos pela crise, não há ponto de chegada virtuoso.
A cada vez que leio raciocínios tortos, segundo os quais o Brasil precisa se livrar, a um só tempo, de Lula e Bolsonaro porque supostas faces do mesmo mal, cercados por políticos interesseiros, constato, com estupefação, mas não com surpresa: querem mesmo é exorcizar a vontade expressa de pelo menos 70% do eleitorado. Mais um pouco, e alguém sugere que o Brasil tem cura, mas só com outro povo. São os iluminados das cavernas.
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