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Samba do Passeio
Já fui lá só pra ver o macaco,
pra ver o pinguim.
Mas confesso que tive meu fraco
por um pedalim.
Fosse o lago o lago que fosse,
o Passeio era doce,
do Pasquale ao Pigalle, Guaratuba ou Berlim.
Começou a ficar mais legal
quando fui pra sacar a batalha campal
de uma tal empregada com um militar e a rival.
Já fui lá pra fumar Caporal Douradinho,
beber muito vinho
e depois, passar mal.
Já fui lá ver o Nireu Teixeira falar e dizer e contar.
Fui também pra espantar a canseira.
Fui também pra beber o luar.
Me passeia, Passeio,
passeia, passeio,
passeia, Passeio, até tudo passar.
Passeia até tudo parar.
Publicado em Todo dia é dia
Com a tag Cesar Marchesini, curitiba - cidade da gente
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O sistema de arbitragem do consumidor
Argentina possui um sistema nacional de arbitragem do consumidor.
Trata-se de um procedimento alternativo de resolução de litígios voluntário e gratuito, com prazos de gestão reduzidos. Pode ser solicitado exclusivamente pelos consumidores.
Caso a arbitragem seja aceita pela empresa, será marcada audiência para que as partes cheguem a um acordo; se isso não for possível, o Tribunal Arbitral emitirá uma sentença, que é obrigatória e vinculante para as partes.
Existem três maneiras de iniciar um processo de arbitragem. Eletronicamente através da Janela Única de Defesa do Consumidor. O comparecimento pessoal com a documentação original e um conjunto de cópias no Sistema Nacional de Arbitragem ou por e-mail, enviando o formulário e a documentação em formato digital.
Em caso de dúvidas há uma central telefônica a disposição. Não há custo. O tempo máximo de processamento para fins de emissão da sentença arbitral é de 120 dias úteis. O prazo médio para resolução de conflitos é de um mês e meio.
O processo de arbitragem e sua correspondente sentença são privados e confidenciais, não podendo ser tornados públicos salvo com o consentimento expresso das partes. O Tribunal Arbitral é composto por três árbitros, um institucional, um segundo representante das Associações de Consumidores e um terceiro representante das Câmaras Empresariais, o que garante e preserva o equilíbrio entre as partes.
São estabelecidos requisitos rigorosos de idoneidade e solvência para quem atua como árbitro; mais precisamente, devem ter pelo menos um diploma profissional e 5 anos de experiência no exercício da profissão.
A sentença proferida pelo Tribunal Arbitral tem caráter de coisa julgada, em caso de descumprimento por uma das partes, a outra parte poderá requerer sua execução por via judicial. As partes mantêm como único meio de impugnação a ação de nulidade ou o recurso de nulidade nos casos de arbitragem de direito.
Vamos seguir o exemplo da Argentina?
Pergunte ao pó…
Publicado em Governo Bolsonaro
Com a tag Pátria Armada - Brasil!
Comentários desativados em Pergunte ao pó…
Asa Branca
Caetano Veloso
Um país partido
Por que casos como esses estão se tornando cada vez mais comuns? Há o racismo impregnado na vida nacional. Há também impunidade. E há o discurso de ódio encorajado pelo Planalto, que prega a violência, libera a venda de armas e acoberta ações criminosas das milícias tão elogiadas pelo presidente e seus filhos
Os últimos dias desmascararam de vez o país em que vivemos. Afogado em problemas e vergonhas, o Brasil é um país partido. E polarizado em todos os sentidos. Como partido – e polarizado – está em relação a seu futuro. Em 1994, o jornalista Zuenir Ventura escreveu um livro intitulado Cidade partida, um mergulho nas entranhas do Rio de Janeiro para traçar o retrato fiel de uma guerra contra a violência, uma guerra persistente que não se resolve à bala; só vai acabar quando incorporar à sociedade a enorme e crescente legião de excluídos. O Brasil se acostumou ao horror do enorme fosso que separa ricos e pobres.
E banalizou a violência. Não precisamos mergulhar nas entranhas deste país para conhecer suas discrepâncias. Elas estão à mostra, agressivas, e são tão gritantes quanto a desigualdade social que marginaliza milhões de brasileiros, lançando-os, violentamente à falta de teto, de comida, de emprego, de esperança, de vida. Metade de toda a riqueza nacional está na mão do 1% mais rico da população – e esse 1% desconhece a solidariedade.
O que aconteceu na última semana delimitou outras fronteiras desse apartheid. De um lado do Brasil partido, a solidariedade irrestrita e comovente de brasileiros que não cruzam os braços – como fazem muitas das chamadas autoridades – diante de uma tragédia. De outro, o ódio, principalmente contra negros e pobres, disseminado por Brasília e estimulado por uma política armamentista.
O lado bom deste Brasil partido mostra que nem tudo está perdido. Ainda há esperança. Foram inúmeros os exemplos de pessoas que se dedicaram a ajudar as vítimas dos temporais que assolaram o Sul de Minas e cidades do interior de São Paulo. Como Ricardo Manuel Teixeira, um ajudante de obra de seus 30 anos. Ele passou vários dias debaixo de chuva ajudando no resgaste de pessoas que foram soterradas pelo desabamento de parte do morro do Parque Paulista, em Franco da Rocha. Ricardo deu uma resposta emocionada ao repórter que perguntou o que ele fazia ali. “Mesmo se arriscando, sabendo que eu tenho três filhos em casa, sabendo que isso pode desabar tudo, não dá, né? Não dá, amigo, querendo ou não, dói no coração…você está em casa, tomando café…, não fazer nada e saber que tem muita gente precisando aí, né? Mesmo que não esteja com vida, mas pelo menos para ter um enterro digno.”
Do helicóptero, o presidente assistia lá do alto à romaria de pessoas enlameadas, com baldes na mão, cavando a terra em busca de vítimas, como Ricardo, num cortejo de solidariedade. Assistia, mas nada via porque solidariedade é um sentimento que ele não conhece. Se descesse, pegasse um balde e botasse o pé na lama, teria feito melhor que comer galinha com as mãos espalhando farofa pela roupa e pelo chão só para vender a imagem de que é uma pessoa do povo. Não é. Uma pessoa do povo não come como um porco. E vai lá socorrer o próximo.
Se de um lado existe esse alento do Brasil solidário, de outro a violência explode em ódio principalmente contra pretos e pobres. E esse lado ruim do Brasil partido mostrou a cara em dois momentos. No primeiro deles, três homens se sentiram à vontade para espancar até a morte um jovem negro de 24 anos que deixou o Congo com a família para tentar a sorte no Brasil. Encontrou a morte, de maneira cruel e covarde. No outro, um sargento branco da Marinha deu três tiros e matou um trabalhador negro de 38 anos, repositor em supermercado, só porque achou que ele era um assaltante.
Por que casos como esses estão se tornando cada vez mais comuns? Há o racismo impregnado na vida nacional. Há também impunidade. E há o discurso de ódio encorajado pelo Planalto, que prega a violência, libera a venda de armas e acoberta ações criminosas das milícias tão elogiadas pelo presidente e seus filhos.
Publicado em Ultrajano
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Damares diz que TikTok engravida e recomenda usar capinha no celular
A ministra da direita humana, Damares Alves, está preocupada com os efeitos do TikTok e disse que ele pode provocar gravidez. Damares diz que o fato de o Twitter ser um passarinho já é uma mensagem subliminar.
Publicado em O Sensacionalista
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Dia de ação de graças, 28 de novembro de 1986
agradeço por um continente a espoliar e envenenar.
agradeço pelos índios por garantirem uma módica dose de desafio e perigo.
agradeço pelas vastas manadas de bisões para matar e depelar e depois deixar as suas carcaças à putrefação.
agradeço pelos troféus de caça de lobos e coiotes.
agradeço pelo sonho americano, por inventar lorotas até que elas brilhem à luz do dia.
agradeço pela klu klux klan. aos policiais que matam negros e os contabilizam. às decentes beatas de igreja com suas mesquinhas, interesseiras, feias e perversas caras.
agradeço pelos adesivos de “mate um viado” em nome de jesus cristo.
agradeço pela aids de laboratório.
agradeço pela proibição e pela guerra contra as drogas.
agradeço por um país onde a ninguém é permitido cuidar da seus próprios problemas.
agradeço por uma nação de dedos-duros.
agradeço, sim, todas as lembranças – ok, deixa eu ver o que você tem nas mãos!
você foi sempre uma dor de cabeça e uma encheção de saco.
agradeço pela última e maior traição do último e maior sonho dos sonhos humanos.
Este poema, dito pelo autor, é a abertura do Documentário William S. Burroughs, A Man Within, 2010, de Yony Leyser.
Publicado em Sem categoria
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Padrelladas
Publicado em Nelson Padrella
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É pintando que o Homem mantém os pés no chão
Publicado em Sem categoria
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Biquinho
Publicado em Lina Faria
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