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Djokovic é sócio de empresa que busca tratamento para Covid-19

Tenista sérvio e esposa investiram na dinamarquesa QuantBioRes em junho de 2020

Novak Djokovic e sua esposa têm uma participação de 80% na empresa de biotecnologia dinamarquesa QuantBioRes, que pretende desenvolver um tratamento médico para combater a Covid-19. A informação foi confirmada pelo presidente-executivo da empresa à agência Reuters nesta quarta-feira (19).

O CEO Ivan Loncarevic disse que o investimento foi feito pelo tenista em junho de 2020, mas se recusou a revelar o valor. De acordo com o registro comercial dinamarquês, o atleta teria participação de 40,8%, e Jelena, de 39,2%.

A QuantBioRes possui cerca de dez pesquisadores trabalhando na Dinamarca, Austrália e Eslovênia, de acordo com Loncarevic, que enfatizou que eles buscam desenvolver um tratamento, não uma vacina.

A empresa está desenvolvendo um peptídeo que inibiria o coronavírus de infectar a célula humana e espera lançar testes clínicos na Grã-Bretanha neste verão (meio do ano no hemisfério norte), acrescentou.

Um porta-voz de Djokovic não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Sem a imunização, Djokovic não cumpria os requisitos para permanecer no país e disputar o Australian Open, torneio do Grand Slam, série com os quatro campeonatos mais importantes do circuito. O sérvio também foi considerado uma ameaça à saúde pública pelo governo australiano, para quem sua recusa a se vacinar poderia insuflar movimentos antivacina no país.

Vencedor de 20 títulos troféus de Slam, ele está ameaçado também de perder o próximo torneio desse nível. A França, palco de Roland Garros, aprovou nos últimos dias uma lei que prevê exigência de passaporte vacinal para participar de eventos públicos, como competições esportivas.

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Em casa

© Dóris Teixeira

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Sessão da meia-noite no Bacacheri

Jan Saudek, o fotógrafo vivo mais famoso da República Tcheca, é o tema dessa biografia caleidoscópia e muitas vezes chocante feita por seu amigo e colega Adolf Zika. Com um piscar de olhos, Zika narra um drama cheio de vida e labuta de um artista controverso que, embora pouco conhecido no Brasil, desfruta de um fama internacional ao longo de seus 50 anos de carreira.

Saudek pinta a mão fotografias de tons sépia, deixando-as com uma aparência de Séc. XIX, mas definitivamente usa de uma sensibilidade pós-moderna. Fotografando seus modelos tanto vestidos como despidos, onde ora ele captura momentos de um encanto radiante, e ora de bizarrices excêntricas – os críticos dizem ser libertinagem e amor ao mesmo tempo: Uma mulher com um vestido branco de noiva, caminha com duas garotinhas nuas em uma paisagem industrial e sombria. A nobre auréola de um bebê sobressalta-se sobre o ombro de um homem musculoso e nu. Uma contorcionista nua com as pernas cruzadas atrás do pescoço aos pés de um homem vestido sentado em uma poltrona. Três mulheres vestidas como putas tocam instrumentos musicais em uma imagem, então elas aparecem nuas, com expressões levianas e os intrumentos em repouso, como se fossem seus acompanhantes.

Gênero: Documentário Supostamente Verdadeiro. Diretor: Adolf Zika. Duração: 95 minutos Ano de Lançamento: 2007. País de Origem: República Tcheca. 

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Um craque chamado Alex

Acabo de ler, com algum atraso, mas com imenso prazer, “Alex, a Biografia”, escrito com a ajuda de Marcos Eduardo Neves, para a Editora Planeta, edição de 2015, e, como admirador do bom futebol, recomendo a leitura com entusiasmo.

Alexsandro de Souza nascido em Curitiba e criado em Colombo, de mãe cozinheira e pai pintor de paredes, é um orgulho para o Paraná e o Brasil não apenas como jogador de futebol, craque de bola, mas como pessoa, bom caráter, consciente, bom marido, bom pai, bom amigo.

Quando chegou ao Coritiba, aos nove anos de idade, era mirradinho e nem idade tinha para compor o time infantil do Alto da Glória. Foi levado por Alzemiro Bueno, o prof. Miro, para a Associação Atlética Banco do Brasil, onde conheceu o futsal. E já naquele tempo, enquanto a maioria dos garotos chutava de canela, Alex arredondava a bola, matava no peito, saía driblando e na hora de chutar nem olhava para a bola, só para o gol – como lembra o treinador Luciano Melo.

Aliás, durante toda a carreira, no Coritiba, no Palmeiras, no Cruzeiro e depois no Fenerbahçe, da Turquia, Alex desfilou em campo com talento, inteligência e extraordinária intimidade com a bola. Tratava a redonda com carinho e ela lhe retribuía com lances espetaculares e gols antológicos. Ambos se completavam. Foi um dos melhores meias armadores do mundo, reconhecido até pelos adversários. E pelos gênios dos gramados, como Zico, para quem Alex “era dono de uma capacidade sobrenatural de enxergar o jogo. Inteligente e técnico, conseguia observar tudo o que estava acontecendo na partida e tocava a bola com incrível facilidade”.

Outro que não escondeu a sua admiração por Alex foi Casagrande, ídolo maior do Corinthians, hoje comentarista da TV Globo: “Ele desequilibra, lança, bate falta, se coloca bem e, apesar de baixo (tem 1,76 de altura), faz gols de cabeça. Sabe dar fantasia e espetáculo”.

Para o mestre Armando Nogueira, Alex não precisava procurar a bola: “a bola é que tenta estar sempre no lugar em que ele quer que esteja. Se ele se omite, é pro bem da bola e da equipe”.

A carreira, porém, nem sempre foi um mar de rosas para Alex, muitos foram os obstáculos, as incompreensões, mas ele soube superá-los com categoria e coragem. Primeiro, com a ajuda de sua companheira de vida, a esposa Daiane; depois com o apoio e o incentivo dos filhos Maria Eduarda, Antônia e Felipe.

Do Palmeiras, Alex foi para o Parma, da Parmalat, na Itália, que patrocinava a equipe paulista. Foi uma relação tumultuada, esquisita, cheia de mistério e malandragem da empresa/equipe italiana. Isso fez com que ele voltasse para o Brasil, para uma rápida e decepcionante passagem pelo Flamengo. Também a sua presença na seleção brasileira foi cheia de altos e baixos, com muita falsidade por parte dos dirigentes e treinadores. Melhor esquecer.

A primeira participação no Cruzeiro foi, igualmente, turbulenta, em razão da pendência judicial com o Parma. Voltou para o Palmeiras. Depois, ao Parma. E novamente ao Cruzeiro, onde o reinício também não foi nada fácil. Ouviu de torcedores que estava ali para enganar de novo. Calou a boca de todos. Em 2003, a Raposa foi campeã brasileira, com 31 partidas ganhas e aproveitamento de 72,5%. E Alex poderia bem ter sido eleito o melhor jogador do mundo. Não foi, por injustiça aos sul-americanos. Mas conquistou a “Bola de Ouro” como melhor jogador do campeonato, e a “Bola de Prata” por ter sido o melhor meia da competição.

Aos 27 anos, Alex fechou contrato por três anos com o Fenerbahçe e transferiu-se para a Turquia, onde foi rei, mais popular que o primeiro-ministro do país. Permaneceu no país turco até 2013, e conheceu a melhor (e a mais apaixonada) torcida do mundo. Ganhou até estátua de bronze em praça pública, próxima ao estádio, bancada pelos torcedores. O Fenerbahçe queria contratá-lo até o final de sua carreira. Mas ele tinha planos de despedir-se do futebol no seu time do coração, o Coxa.

A despedida do Fenerbahçe foi também tempestuosa. A diretoria do time concordou com a saída, mas a torcida não. Um empresário comprou uma página no jornal e escreveu a seguinte mensagem: “É, Alex, você realmente tem que ir. Você merece ir embora porque foi muito profissional, passou um conceito familiar diferente, trabalhou sério, jogou um futebol acima das nossas expectativas e carregou esse time durante muito tempo nas costas. Você tem mesmo que ir. O povo turco não merece um cara com tanto sucesso aqui”.

Durante nove anos em Istambul, Alex fez 378 jogos pelo time turco, marcou 185 gols e deu 162 assistências.

Em 2012, assinou seu derradeiro contrato com o Coritiba. Ficou no time do Alto da Gloria até o jogo final, em 2014. Antes disso, fora um dos criadores do Bom Senso Futebol Clube, com o propósito de moralizar o futebol brasileiro e valorizar os atletas.

Depois disso, durante algum tempo, Alex foi comentarista de TV, contratado pela ESPN Brasil. Depois iniciou a carreira de treinador. Atualmente, dirige a equipe sub-20, do São Paulo Futebol Clube. E, certamente, tem ainda um belo futuro pela frente. Opinião sincera de um atleticano.

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#ForaBozo!

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Global Stalker

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Olavo de Carvalho morreu por não saber o que era preciso para não ser idiota

Aqui!

Ele morreu de estupidez, e levou muita gente junto, ao defender os malefícios da vacina e os benefícios do cigarro. Até relógio parado consegue estar certo duas vezes ao dia, diz o ditado. Venho aqui louvar a coerência e também a sorte de Olavo de Carvalho, que em 74 anos de vida conseguiu não ter razão nem um dia sequer. Não é fácil não acertar nada sobre coisa alguma.

Entre os seus muitos legados, se destaca uma contribuição inegável na identificação do imbecil brasileiro. Seu livro mais vendido tinha a palavra idiota escrita em letras garrafais na lombada, facilitando muito o nosso trabalho na identificação de um energúmeno. Olavo tirou o idiota brasileiro do armário: deu a ele uma carteirinha, um livro, um candidato.

Conheci Olavo n’O Globo, quando comecei a ler jornal. Tinha 13 anos e fiquei fascinado com sua coragem. Ele era o único que possuía informações que provavam que o PT estava mancomunado com as Farc pra dar um golpe comunista —ele e, então, eu, seu leitor, esse privilegiado que fazia parte do seu círculo mais íntimo, tínhamos acesso a essas informações tiradas lá do fundo do seu círculo mais íntimo. Sua obsessão anal se justificava: era no fundo desse instituto privado que ele ia buscar seus argumentos. Nem da direita nem da esquerda, sua formação veio do reto.

Acompanhei ele na Bravo, na Folha, ainda abismado com aquela coragem advinda da estupidez mais profunda. Lula ganhou, nenhuma das suas previsões catastróficas se concretizou e, ainda assim, ele nunca deixou a realidade contaminar seu discurso. Suas teorias nunca se deixaram abalar pelos fatos. Não se curvaram nem sob o temporal de uma pandemia. E convenceram muita gente. A estupidez tem o fascínio das coisas inabaláveis.

Olavo morreu porque não sabia o mínimo que era preciso pra não ser um idiota. Defendeu, até o fim da vida, os malefícios da vacina e os benefícios do cigarro. Morreu de estupidez, e levou muita gente junto.

Mas não estava sozinho. Nunca teria conseguido matar tanta gente se não tivesse tido tanto espaço, por tanto tempo, em jornais como este. Sua estupidez pode ter causado a morte de muita gente, mas antes disso gerou muitos anunciantes, movimentando a economia de cliques. E podem ter certeza de que não será esquecida.

Podem vir meteoros e erupções vulcânicas. Uma opinião estúpida é uma espécie de sacola plástica. O mundo pode acabar numa explosão nuclear: vai sobrar uma barata lendo um livro do Olavo de Carvalho.

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Síndrome do Messias

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Vale a pena ver de novo

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Quem prejudica passageiros deve ser penalizado

Em 2019 o Ministério Público da Bahia entrou com uma ação pedindo indenização por danos morais coletivos pelos atrasos constantes no embarque do ferry boat.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal assinala que no contrato de transporte terrestre de passageiros, o transportador está sujeito aos itinerários e aos horários previstos, sob pena de responder por perdas e danos, salvo motivo de força maior. Desse modo, o atraso significativo da viagem em decorrência de falha mecânica de veículo automotor – fortuito interno – caracteriza falha na prestação de serviço e enseja indenização por danos morais.

Resumindo: são indenizáveis os atrasos em transporte aéreo, terrestre, ferroviário e aquaviário.

Filas intermináveis, falhas no serviço, atrasos por quebras ou defeitos durante a prestação do serviço também entram nessa conta – e a favor dos usuários.

Os consumidores podem entrar também contra o Estado pela ausência de fiscalização e os seus gestores podem responder administrativa e penalmente por isso.

Quais as soluções?

O Estado pode declarar a caducidade da concessão, isto é, o encerramento do contrato, mediante notificação, cobrar multas e até pedir judicialmente o bloqueio de bens das empresas faltosas.

Como fica o serviço nesse meio tempo, entre a exclusão da empresa que incorre em falha até uma nova contratação?

Tem-se várias saídas: o Estado pode encampar os serviços, isto é, requisitar os meios materiais e empregados e administrar provisoriamente; pode contratar emergencialmente; cadastrar transportes alternativos; e pode chamar os próximos colocados na licitação da concessão, tudo irá depender da situação em concreto.

O que não pode ocorrer é a população ser castigada com serviços baixa qualidade, de duvidosa segurança e ficar à mercê de serviços precários e atrasos constantes.

O gestor público precisa de coragem para fazer isso? Não!

O administrador tem que cumprir a lei que o obriga a tomar uma atitude em favor dos consumidores e não “passar o pano” ou “fazer vistas grossas” para concessões flagrantemente ineficientes que causam danos coletivos.

Contudo, no Brasil há leis que pegam e outras leis que não pegam.

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Flagrantes da vida real

Paulo Zanatta e Robert Amorim, in vino veritas, do balacobaco! © Maringas Maciel

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Playboy|1970

1979|Sylvie Garant. Playboy Centerfold

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