Hoje é o Dia da Bandeira. Vou sair por aí dando bandeira.
Mas hoje é especial. Dom Pedro Segundo proclamou a independência entre os podres poderes.
Estava o imperador catando coquinhos, que em palácio abundam essas frutas, quando a princesa perguntou: “Moacir, não é hoje o dia da gente furunfar?” “Não me chamo Moacir, sua doida” – disse Moacir.
E agora, em Brasília, tiozinho diz que fez e aconteceu, mas em Palácio a bandeira estava erguida a meio pau.
E daí, tiozinho disse: “Péra aí. Antes, deixa eu direcionar os altos falantes para a praça, qué pra todo mundo saber que furunfei”.
“Quem furunfa o rabo espicha” – disse o filho X 9, escondido atrás da porta. “Quem se importa o rabo entorta” – respondeu tiozinho, em posição de sentado.
Emendas: leve três e pague quatro! Combo de votos de deputados em três vezes com juros! Superfaturamento de tratores com 20% de desconto!
É grande a expectativa da Black Friday do Centrão. O governo conta com a data para segurar o dinheiro público que está indo pelo ralo. Mas o Centrão já está aumentando seu preço para reduzir quando chegar a hora sem deixar de lucrar.
E o Centrão já se organiza para facilitar os negócios: um deputado sugeriu que os parlamentares façam tatuagens de códigos de barras.
Com doações de apoiadores, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) fará um almoço para os integrantes da ocupação Carolina de Jesus, em São Mateus, zona leste da capital paulista, na tarde do próximo domingo (21). No cardápio, camarão. Após marmitas de acarajé, que incluíam, por óbvio, o crustáceo, serem doadas para a estreia do filme Marighella, realizada em uma ocupação do MTST, em São Paulo, e a imagem do diretor Wagner Moura comendo a quentinha viralizar, bolsonaristas acenderam uma polêmica nas redes, afirmando que camarão é comida de rico….
‘O que incomoda é pobre comendo bem, não passando fome’, diz cozinheira que doou acarajés servidos a Wagner Moura no MTST. Beatriz Alves doou 150 kits de acarajé para a uma ocupação onde Moura exibiu o filme “Marighella” na quinta (11). A foto do ator comendo o prato foi criticada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL).
Já lhes falei dele, acho que neste mesmo espaço, algum tempo atrás. Pois hoje tenho um bom motivo para voltar a falar. José Kalkbrenner Filho, o grande Kalk, acaba de completar 90 anos bem vividos. E está mais vivo do que nunca.
Como lhes disse então, há personagens que não poderão ser jamais esquecidos. Seja pelo talento que possuem, seja pelo trabalho prestado durante a vida, seja pela importância conquistada na história do Paraná e do Brasil. O fotógrafo curitibano José Kalkbrenner Filho é um deles. E com uma vantagem especial: ele reúne as três hipóteses citadas. Além de ser um ótimo sujeito, bom caráter, bom amigo e ótimo papo.
Pode-se afirmar que o “alemão” José Kalkbrenner Filho nasceu para a fotografia. Aliás, não seria exagero dizer, como disse o repórter fotográfico Nani Goes, que a história da fotografia paranaense e a vida do bom Kalk se confundem.
Foi nos idos de 1946, aos 14 anos de idade, que ele arrumou um emprego como “office-boy” na loja do fotógrafo amador Carlos Boutin, e ali iniciou a sua caminhada. Aprendeu a revelar filmes, mexer nas pesadas máquinas Speed Graphic e fazer os seus primeiros cliques. Já com um toque profissional.
De lá para cá, acompanhou de perto toda a evolução da arte fotográfica. Viu inovações se tornarem obsoletas, o nascimento de novas tecnologias e as possantes Rolleiflex serem substituídas por minúsculas câmeras digitais. Foi-se o tempo em que ele era saía de casa na sua lambreta com os bolsos cheios de lâmpadas de tungstênio, mais conhecidas como “ovos de pata”, e pesadas câmaras penduradas no pescoço para ir cobrir eventos sociais. Apenas uma coisa não mudou. Ou melhor, só cresceu: o talento, a criatividade e a versatilidade do fotógrafo José Kalkbrenner Filho. Mas ele concorda que, se hoje as coisas são mais fáceis e a profissão perdeu muito do velho glamour, o que mais tem são tiradores de fotografia. Fotógrafos, porém, são bem poucos.
Em 1952, Kalk já estava na “Gazeta do Povo” e no “Paraná Esportivo”, como repórter fotográfico. Dois anos depois, foi para o Instituto Brasileiro do Café fazer fotografia documental. Até ser chamado para ser o editor de imagens do jornal “O Estado do Paraná”. Liderou, então, um movimento para estabelecer regras éticas para o fotojornalismo e, por um tempo, fotos sensacionalistas sumiram dos jornais. Depois, Kalkbrenner foi para o “Diário do Paraná” e para a TV Paraná, Canal 6, dos Diários e Emissoras Associadas.
Fotografou também para a revista TV-Programas, de Luiz Renato Ribas. São dele (e de Valdir Silva) as fotos da edição especial que juntos fizemos em comemoração à eleição da paranaense Ângela Vasconcellos como Miss Brasil, em julho de 1964. A edição foi lançada “na raça”, 24 horas depois da eleição, com uma bela foto colhida por Kalk na capa.
A essa altura, ele já realizara o seu grande sonho: a fundação, em 1962, da Fototécnica, empresa especializada em fotografia publicitária. E avançou em nova e vitoriosa carreira.
“Naquele tempo” – conta ele – “ninguém tinha muita experiência no ramo. A fotografia publicitária era uma novidade. E nós fomos aprendendo fazendo”.
De todo modo, Kalkbrenner garante que a sua maior escola foi o jornalismo. Sustenta que “se hoje tem outra visão do mundo foi por ter tido contato com as várias classes sociais”.
Outra grande paixão do “velho” Kalk é a magrela “bike”. Ciclista inveterado, desde a meninice, já foi campeão brasileiro e vice-campeão sul-americano. Sobre as duas rodas, rejuvenesce. Cuida do corpo e da alma e alegra o coração. Hoje, já nem tanto. Não pela idade, que nunca atrapalhou, mas pelo risco de transitar pelas ruas de uma cidade com muito pouco respeito pelos ciclistas, a despeito da criação das ciclovias.
Parabéns pela data, grande Kalk. Que Deus continue lhe dando a jovialidade que você tem e que lhe fará chegar fácil aos cem, com as bênçãos dos amigos que lhe querem bem.
Ouve meu cântico Quase sem ritmo Que a voz de um tísico Magro esquelético Poesia épica, Em forma esdrúxula Feita sem métrica, Com rima rápida Amei Angélica, Mulher anêmica De cores pálidas E gestos tímidos Era maligna E tinha ímpetos De fazer cócegas No meu esôfago Em noite frígida, Fomos ao Lírico Ouvir o músico Pianista célebre Soprava o zéfiro, Ventinho úmido Então Angélica Ficou asmática Fomos ao médico De muita clínica Com muita prática E preço módico Depois do inquérito, Descobre o clínico O mal atávico, Mal sifilítico Mandou-me o célere, Comprar noz vômica E ácido cítrico Para o seu fígado O farmacêutico, Mocinho estúpido, Errou na fórmula, Fez despropósito Não tendo escrúpulo, Deu-me sem rótulo Ácido fênico E ácido prússico Corri mui lépido, Mais de um quilômetro Num bonde elétrico De força múltipla O dia cálido Deixou-me tépido Achei Angélica Já toda trêmula A terapêutica Dose alopática, Lhe dei uma xícara De ferro ágate Tomou no fôlego, Triste e bucólica, Esta estrambólica Droga fatídica Caiu no esôfago Deixou-a lívida, Dando-lhe cólica E morte trágica O pai de Angélica Chefe do tráfego, Homem carnívoro, Ficou perplexo Por ser estrábico Usava óculos: Um vidro côncavo, Outro convexo Morreu Angélica De um modo lúgubre Moléstia crônica Levou-a ao túmulo Foi feita a autópsia Todos os médicos Foram unânimes No diagnóstico Fiz-lhe um sarcófago, Assaz artístico Todo de mármore, Da cor do ébano E sobre o túmulo Uma estatística, Coisa metódica Como Os Lusíadas E numa lápide, Paralelepípedo, Pus esse dístico Terno e simbólico: “Cá jaz Angélica, moça hiperbólica beleza helênica, morreu de cólica!”
Muitos anos antes da celebrada música “Construção” de Chico Buarque (1971), Alvarenga já usava o recurso dificílimo de compor as rimas em proparoxítonas, dividindo a obra ainda em quatro atos, como numa peça teatral. Obrigado Klévisson Viana, por termos cantado partes da bela música de Alvarenga e Ranchinho numa viagem de Parnaíba até Teresina.
A raiva de muitos jornalistas com a candidatura de Sergio Moro é tanta que a coisa chega a ser engraçada
Na imprensa, a oposição aos moristas é a dos humoristas. Porque a raiva de muitos jornalistas com a candidatura de Sergio Moro é tanta que a coisa chega a ser engraçada. Acusam-no de ser quase tudo o que é ruim: parcial, autoritário, traidor, sem palavra, falso, radical, fraudador, maquiavélico, ilegítimo e por aí vai. Só não o acusam de ladrão, porque, bem, você sabe.
Os ataques partem de petistas, bolsonaristas e aqueles que podem ser definidos como temeristas (para os quais o Estado de Direito equivale a manter isso aí, viu?). Mas, como são bem mais numerosos nas redações e adjacências, os petistas fazem mais barulho. Tudo sempre sob o manto da imparcialidade jornalística, claro, porque petista não é besta de dizer que tem lado.
Todos batem tanto que qualquer crítica razoável ao ex-juiz se tornará suspeita. Tanto batem que Sergio Moro poderá virar bolo e crescer ainda mais por causa da oposição da imprensa.
Diário, estou aqui em Dubai, no Oriente Médio, um lugar super luxuoso. Se esse é o Médio, nem imagino como é o Oriente Máximo.
A Michelle veio junto. Agora estou chamando ela de Sucrilhos. Não pegou esssa? É que você não viu minha piscadinha de olho.
Hoje vamos pra Barrerem e depois para Dorra. Não sei se é assim que se escreve. Naquele primeiro lugar lá eu vou inaugurar uma embaixada e no outro, ver um estádio de futebol. Antes disso, em Dubai, fui no edifício mais alto do mundo, com mais de 160 andares, e no campeonato mundial de jiu-jitsu. Tudo coisa importante.
Em Dubai eu conversei com o Xeque. Perguntei se os irmãos dele se chamavam Pix e Ted, mas o tradutor deve ter errado em alguma coisa, porque ele não riu nem um pouco.
Eu tô aqui nas Arábias, mas com a cabeça lá, na reeleição. Adiei minha entrada no PL. Tenho mais umas exigências pra fazer. Eu não sou barato, não!
O PL quer fazer umas alianças com doristas e lulistas. Aí não pode, pô! Os caras são inimigos.
Também tenho que tomar conta da Executiva Nacional e dos diretórios estaduais. A janelinha é minha, talkei?
Também não pegou bem entre os meus eleitores eu ir pro PL, que todo mundo sabe que é cheio de fi… fisiologistas.
O bom de estar longe de casa é que eu posso mentir à vontade. Disse que 90% da Amazônia está preservada, igual que nem que quando o Cabral chegou aqui. E o Paulo Guedes falou que a gente vai crescer muito no ano que vem. Esse é o bordão dele, tipo “Tem pai que é cego”, “É mentira, Terta?” ou “Eu só abro a boca quando tenho certeza”.
Opa! Por que será que eu escolhi justo esses três? Ah, sei lá. Minha cabeça é um mistério até pra mim.
Jair Bolsonaro, presidente, bem que tentou. Em Dubai, o mandatário disse que a Amazônia ‘não pega fogo’ e que está intocada desde 1500. E disse isso contrariando todos os dados sobre desmatamento e queimadas reunidos pelo governo e conhecidos do mundo todo. E a fala foi dirigida a investidores em Dubai, nos Emirados Árabes, quando reclamou que as críticas que recebia eram injustas.
A fala de que a Amazônia não pega fogo veio acompanhada da explicação de que floresta úmida não arde. Convidou os investidores a conhecerem o Brasil e verem, ao vivo, a floresta. E completou com a certeza de que será uma viagem inesquecível. O discurso foi feito no evento ‘Invest in Brasil Forum’, pavilhão brasileiro em Dubai.
O argumento da floresta úmida não pega fogo já é conhecido. Não é a primeira vez que o mandatário o usa. Mas, mesmo úmida, com a ação do homem e dos desmates que perpetra contra a floresta, nada fica em pé. Nem as teses.
Em agosto último foram registrados 28.060 focos de incêndio na floresta Amazônica, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Terceiro maior índice desde 2010 para o mês de agosto, sendo superado pelas marcas obtidas em 2019 e 2020, isto é, todas dentro do governo Bolsonaro. Já o mês de junho conseguiu a marca de maior registro de focos de incêndio para o mês em 14 anos.
É preciso arejar-se, respirar ares de possibilidades, mas com muita responsabilidade. O velho mundo sucumbe às velhas ideias, enquanto o perigo ronda e renova-se em mutações das mesmas amarras, de iguais problemas.
É preciso arejar-se, sim, com o máximo zelo e ainda sob o rigor da segurança compartilhada, premiando a contribuição para um bem que seja de fato coletivo, por bem da convivência. Só faz sentido superar e aprimorar-se dessa forma; Só se valoriza o que se enfrentou, resistiu – e só se deixa ir com suavidade e delicadamente o que não fizer sentido reter – sob a égide dessa consciência maior.
Os estádios lotados se enchem de dúvidas. E a Europa verga-se aos negacionismos e às variações sorrateiras dos nossos deslizes e individualidades. Arejar-se é imprescindível, mas sem se apequenar nos anseios desesperados pelo peso e volume acumulados dessa espera. Ser maior, engrandecer, significa cultivar sempre aquela esperança que brota da consciência do que se aprendeu, sem tropeçar nos obstáculos e convites à comodidade dos retrocessos.
É vital, sim, deixar o sofrimento para trás e olhar adiante, com vontade inovadora, a passos sérios e assertivos, não em empresa de uma fuga desastrada do que não se aguenta mais enfrentar. Sejamos maduros e honestos com nossos próprios acertos de contas.
De dentro de si…
Após aquela imersão na alma, no autoconhecimento e suplantada uma série de provações individuais no caminho do tal desenvolvimento espiritual, demandado pelos dias atuais, logo vai chegar o momento também de sair de dentro de si, para fazer funcionarem as interações da pessoa recém descoberta e desvelada. Não há dúvidas sobre a grande aula de reflexão que a pandemia ditou à rotina de todos, independentemente das diferentes percepções, interpretações e posturas adotadas nesse período que ainda se arrasta, sem maiores previsões ou compreensões claras a respeito do seu desfecho.
Muitas são as crenças e as desilusões no direcionamento das consequentes interações. Tão grande quanto o aprendizado, impõem-se os desafios. As atitudes, comportamentos e reações serão compatíveis com a consciência que se desenvolveu no silêncio, no isolamento, no fundo do olhar espelhado com que se encarou e se comprometeu a ser e fazer-se diferente? Eis a questão a ser testada, colocada à prova. Checada com cuidado.
Será tarefa fácil transportar as elaborações e decisões pactuadas no silêncio da intimidade para o cotidiano da socialização e para a aplicação prática das interações compartilhadas? Que percalços serão atravessados ou vencidos para que essa combinação de fato aconteça? Já vamos descobrir.
O coração preenchido vai ficar ali, intacto na memória dos sentimentos, como um sinalizador das buscas e da perseguição do que nos supre de certezas, significados, e norteia os nossos desejos e vontades mais livres e espontâneas.
Que o amanhã nos abençoe de sabedoria. E legue a nós um presente enlaçado pela fraternidade.
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