Militares e Centrão tentaram blindar o preso

Militares e líderes do Centrão se reuniram no Palácio do Planalto, ontem à tarde, para blindar Roberto Dias, preso pela CPI da Covid

“Em reunião no Palácio do Planalto, ministros e assessores presidenciais pediram a senadores governistas da CPI da Covid que não deixassem o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, abandonado e à mercê dos oposicionistas em seu depoimento na comissão”, diz o G1.Participaram da reunião, segundo o portal, o general Ramos, o general Pazuello, o coronel Elcio Franco, Onyx Lorenzoni e, claro, Ricardo Barros, padrinho de Roberto Dias, que foi demitido na semana passada, mas que continua sendo blindado pelos militares e pelo Centrão.

A nota do Ministério da Defesa contra o presidente da CPI da Covid, que mandou prender Roberto Dias, explica muita coisa.

Publicado em Antagonista | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Aqui, a decência não compensa

Ligo a TV ou abro os jornais e vejo o retrato do Brasil de hoje, que não é só de hoje, mas já de algum tempo: corrupção, assalto, homicídio, violência, rachadinha, pedido e oferta de propina, superfaturamento, fraude, comida falsificada, roupa falsificada, vacina falsificada, vacina vencida, o povo enganado, tramoia, trambique público e privado e mentira, muita mentira!

Sabe por que isso tudo, incrédulo leitor? Porque aqui a decência não compensa. Trabalho, honradez, caráter, ética e solidariedade também não.

O sujeito que tem emprego trabalha a vida inteira. Cumpre integralmente o seu dever. Levanta às quatro da manhã, toma duas, três conduções, viaja espremido e sujeito ao coronavírus no biarticulado de primeiro mundo e nenhuma preocupação com o ser humano, almoça uma friazinha rala e só retorna para casa, nas mesmas condições da ida, quando a noite já chegou. Paga rigorosamente os impostos do governo, submete-se a todos os ditames legais e cumpre todos os mandamentos divinos. Os únicos prazeres que tem, além da família, é um copo de cerveja, quando isso é possível, um programinha medíocre da televisão e o futebol paupérrimo de domingo, quando era aberto ao público. Para um eventual tratamento de saúde, recorre ao SUS e talvez venha a ser atendido dentro de três ou quatro meses, se não morrer na fila de espera. Os filhos são mandados para escola pública, quando conseguem matrícula ou quando há aulas e professores. Isso se a escola não estiver caindo aos pedaços, obrigando a união de turmas díspares a céu aberto ou no corredor ou no refeitório.

No final da vida, em recompensa por toda a dedicação, pelas privações, pelo sofrimento e… pela decência, o sujeito ganha uma aposentadoria merreca de, no máximo, seis salários mínimos e a pecha de responsável pela quebra da previdência social brasileira.

Paralelamente a isso tudo, não muito distante, outro segmento social, menos numeroso e mais feliz da vida, morre de rir disso. Nunca trabalhou, nem tem uma profissão de verdade. Vive de trambiques, espertezas e safadezas, dentro ou fora do governo, mas sempre sob os auspícios do dinheiro público. É o pessoal que tem motorista particular ou dirige os seus próprios carros importados, mora em zona nobre, almoça em restaurante estrelado, bebe um bom malte escocês de 18 anos ou vinho da melhor safra, tem os filhos nas escolas internacionais, vive na ponte-aérea Rio-Paris, São Paulo-Nova York e Curitiba-Miami, e, se ficar doente, procura tratamento em São Paulo, no Sírio-Libanês ou no Albert Einstein. Nunca produziu nada em benefício da sociedade e nada fez pelo Brasil; apenas se vale dele. Mas é importante e está rico, talvez por isso mesmo. Amealha em um único “negócio” o que o sujeito da outra turma não consegue ganhar em um ano de trabalho duro. Bate ponto nas colunas sociais, recheia as revistas de celebridades e é recebido com tapete vermelho nos palácios de Brasília e nos ágapes do Paraná e do Brasil. Não paga impostos, é claro, porque era só o que faltava. Afinal, é ele que dá brilho ao país.

Em quantidade, é uma minoria dentro da nação, mas conhece o caminho das pedras, tem intimidade com o poder ou serve-se dele. E vai para frente, progride na vida. Sabe o leitor por quê? Porque a safadeza, a esperteza, a corrupção, a falta de caráter e de compostura, a falta de ética, a indecência, a violência, a ociosidade e a malandragem compensam no Brasil. Hoje mais do que nunca.

Na minha idade, não tenho mais esperança na mudança do cenário. Ao contrário, tudo indica que ele continuará dessa forma maldita. E em expansão.

Como brasileiros, que querem bem o Brasil, apesar de tudo, resta-nos apenas um consolo: a lição do saudoso e querido Rubem Alves, para quem “perdida uma esperança, outra nasce em seu lugar. Como o capim que brota sob a primeira chuva, depois da devastação da queimada…”. Oxalá!

Publicado em Célio Heitor Guimarães - Blog do Zé Beto | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Playboy|2000

2000|Kerissa Fare. Playboy Centerfold

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Teje preso!

Publicado em Comédia da vida privada | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Flagrantes da vida real

Somos todos #Fora Bolsonaro! Renata e Beto Bruel. © Maringas Maciel 

Publicado em Flagrantes da vida real | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Vamos pastar!

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Mendonça vence ‘gincana da bajulação’ e será indicado ao STF

Bajular Jair Bolsonaro funciona? A questão ronda a cabeça dos pretendentes a ministro do Supremo Tribunal Federal desde o início do governo.

Apesar de nomes no Judiciário, Ministério Público e Poder Executivo terem se esfalfado para agradar o presidente da República na busca pelo Olimpo, paparicando-o à custa do interesse público, quem levou a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Celso de Mello, no ano passado, foi J.Pinto Fernandes, transmutado na figura de Kassio Nunes Marques, que como bem disse Carlos Drummond de Andrade, não havia entrado na história.

Deve ter sido frustrante para outros candidatos – que tentaram cair nas graças de Jair Messias através de ações e declarações que protegiam os interesses dele, de sua família e de seus amigos – ver alguém que corria por fora levando a melhor.

Desta vez, Bolsonaro deve indicar à vaga o advogado-geral da União, André Mendonça, atendendo à sua promessa de escolher alguém “terrivelmente evangélico” para satisfazer sua base religiosa conservadora – uma das responsáveis por evitar que sua popularidade, em queda, desabe. Isso, claro, se não mudar de ideia na próxima semana e se o Senado Federal não rejeitar o nome.

Leonardo Sakamoto

Publicado em Ultrajano | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Agora há dois pontos que ligam o nome de Bolsonaro ao escândalo das vacinas

O primeiro é a denúncia de Luis Miranda sobre a compra da Covaxin; o segundo é a mensagem de Dominguetti que cita o Gabinete da Presidência no caso Davati

Até o momento, e os momentos começam a suceder-se mais rapidamente, há dois pontos que ligam o escândalo na compra de vacinas pelo Ministério da Saúde diretamente a Jair Bolsonaro. O primeiro, como não canso de recapitular, é o fato de o deputado Luis Miranda, acompanhado do irmão, Luis Ricardo, funcionário da pasta, ter denunciado o esquema na aquisição da Covaxin em conversa com o presidente da República.

De acordo com o deputado, Jair Bolsonaro disse que era coisa de Ricardo Barros, líder do governo e expoente do Centrão, prometeu repassar a informação para a Polícia Federal e nada fez. A conversa com o presidente da República teria sido gravada pelos irmãos Miranda e, nela, ao que tudo indica, o presidente da República faz menção a outros deputados da base governista. A CPI da Covid precisa convencer Luis Miranda a entregar o áudio da conversa com Jair Bolsonaro, porque seria uma prova concreta do crime de prevaricação do presidente da República.

O segundo ponto surgiu ontem, com a divulgação de mensagens do improvável Luiz Paulo Dominguetti, cabo da PM que se dizia representante da Davati, empresa que estaria tentando intermediar a compra de vacinas AstraZeneca pelo Ministério da Saúde. Quando depôs à CPI da Covid, na semana passada, ele afirmou ter recebido pedido de propina de Roberto Dias, ex-diretor da pasta, em troca da assinatura do contrato. Roberto Dias, homem do Centrão, está sendo ouvido neste momento pelos senadores da comissão. No seu depoimento, Luiz Paulo Dominguetti também apresentou um áudio que implicaria o deputado Luis Miranda no esquema da aquisição das vacinas da AstraZeneca. Não era verdade e, sob ameaça de ser preso, o cabo da PM voltou atrás na história. Provavelmente, Luiz Paulo Dominguetti estava prestando um favor ao tentar desviar o foco no caso de Luis Miranda para o próprio deputado denunciante.

O celular do cabo da PM foi apreendido e, ora veja só, nele havia pelo menos uma mensagem que conecta a safadeza que estava sendo perpetrada ao Palácio do Planalto. Nela, Luiz Paulo Dominguetti afirma a Cristiano Carvalho, tido como um dos representantes da Davati no Brasil, que recebeu um “posicionamento”“Amanhã até 12h passam o e-mail a ele. Só a quantidade que não tem ainda”, disse ele. Cristiano Carvalho pergunta se a informação veio do tenente-coronel Marcelo Blanco, ex-assessor da Saúde. Dominguetti responde: “Gabinete da Presidência da República. Melhor que ele”. Em outro grupo, o cabo da PM afirma que o contrato com o governo federal, no caso de ser assinado, chegaria a render R$ 200 milhões em comissões aos intermediários. E diz a um dos seus interlocutores: “Bora reservar o Jaguar e uma casa em Brasília”.

Urge reconvocar Luiz Paulo Dominguetti e perguntar a ele qual seria o integrante do Gabinete da Presidência da República que lhe deu o “posicionamento” sobre a compra das vacinas da AstraZeneca que renderia propinas e comissões milionárias. Seria bazófia do picareta? Também é necessário entender qual seria o papel do tenente-coronel Marcelo Blanco nisso tudo. Se o cabo da PM foi “plantado” na CPI da Covid para tentar desqualificar a denúncia de Luis Miranda e empurrar o grosso da sujeira para Roberto Dias e os seus patrões, o estratagema foi de uma burrice sem tamanho. Antes, havia apenas uma história envolvendo o nome de Jair Bolsonaro; agora, existem duas. E a coisa está tomando um vulto que nenhum toma lá dá cá poderá segurar.

Mario Sabino

Publicado em Fora Bozo! | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Publicado em Comédia da vida privada | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

“Mulher de Queiroz chora e pergunta: Qual o problema? Vão matar?”

Um dos áudios que poderá ser ouvido a partir de hoje, na estreia do podcast “UOL Investiga: A vida secreta de Jair”, é um desabafo da cabeleireira Márcia Aguiar, mulher de Fabrício Queiroz, apontado como o operador do esquema ilegal de entrega de salários no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

Na ocasião, Márcia desabafou com uma amiga que não aguentava mais ter Queiroz longe da casa da família no Rio de Janeiro. Em novembro de 2019, o ex-assessor de Flávio era obrigado a ficar na casa do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, em Atibaia, no interior de São Paulo.

“Só que eu também não tô aguentando. Tá entendendo? Eu tô muito preocupada com ele. A minha saúde também está abalada, tá entendendo? A gente não pode mais viver sendo marionete do ‘Anjo’. Ah, você tem que ficar aqui, traz a família. Esquece cara, deixa a gente viver a nossa vida! Qual o problema? Vão matar? Ninguém vai matar ninguém, se tivesse que matar já tinha pego um filho meu aqui, você tá entendendo? Então deixa a gente viver a nossa vida aqui com a nossa família”, desabafou Márcia.

A existência do áudio tinha sido revelada pelo jornal O Estado de São Paulo no ano passado, mas agora a coluna disponibiliza a gravação pela primeira vez. Você pode ouvir a partir de 44 minutos e 52 segundos no podcast. Na segunda-feira, a coluna publicou uma série de matérias com áudios de uma ex-cunhada do presidente e que também integram o podcast. As gravações mostram o envolvimento direto do presidente Jair Bolsonaro com o esquema de entrega ilegal de salários dos assessores em seu próprio gabinete na Câmara dos Deputados.

Juliana Dal Piva

Publicado em Ultrajano | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Diário da Crise CDL

Começa a semana. CPI cheia de possibilidades, Covaxin, propina de um dólar na suposta vacina da Astrazeneca, depoimento secreto de Wilson Witzel e investigações sobre a rede de fake news sobre a pandemia.

No início da semana, surge essa história no UOL, uma ex-cunhada de Bolsonaro retomando o tema das rachadinhas e dizendo o que muitos suspeitavam: o próprio Bolsonaro criou o sistema para uso de seus familiares com mandato.

Os dias não devem ser amenos para ele. Muita gente romantiza o poder mas a verdade é que, nessas circunstâncias, as pessoas enfrentam terremotos. Lembram-se daquele célebre desabafo: minha vida aqui é uma desgraça…? Ele reclamava da sucessão de problemas, dizia que não podia sair na rua e tomar um caldo de cana.

Vai ficar cada vez pior, na medida em que cresça o movimento pelo impeachment e surjam novas revelações na CPI. Sua base de apoio, o chamado Centrão, é conhecido como volátil, mobile como uma pluma ao vento”.

Interessante notar como há militares citados nessas complicações de compra de vacinas. Isso também está repercutindo entre os parlamentares. O Centrão sempre foi alvo de críticas duras. Agora ele vê os militares como rivais na disputa de cargos e na trama de negociatas.

É o coração das trevas? Um leitor me perguntou se estamos no coração das trevas. O tema foi mencionado por mim, citando o livro de Joseph Conrad inspirado na sua passagem pelo Congo. Pelo que estou lendo sobre o Congo dominado pelos belgas, nossa situação é menos desconfortável. Os belgas castravam e cortavam as mãos de trabalhadores relutantes.

Raul Jungmann, o ex-ministro da Segurança Pública, usou o termo “coração das trevas “para designar o Rio de Janeiro. Sua ideia era a de que o crime organizado tinha se infiltrado na política e está se tornando difícil dissociá-los.

Referia-se também ao poder das milícias que controlam território e não permitem que a democracia funcione: candidatos independentes não podem entrar na área que as milícias dominam.

Essa associação de crime e poder, milícia e governo, desmatadores e burocratas, picaretas e material básico de saúde, ela nos aproxima do coração das trevas, mas há muito o que fazer para evitar que cheguemos lá. 5|7|2021

Publicado em Fernando Gabeira - Blog | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Lewandowski dá 5 dias para CPI se manifestar sobre adiamento de sessão com Barros

O ministro do STF Ricardo Lewandowski deu um prazo de até 5 dias para que o senador Omar Aziz (PSD), presidente da CPI da Covid, se manifeste sobre o adiamento do depoimento do líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP), previsto inicialmente para esta quinta-feira (8) na comissão do Senado.

Barros quer depor o quanto antes, sob o argumento de que a CPI tem atrasado sua defesa, o que atenta contra sua honra, no entender do próprio deputado.

Ontem à noite, como registramos, em conversa com apoiadores, Jair Bolsonaro defendeu que a CPI marque o depoimento de Barros. Segundo o deputado Luis Miranda (DEM), o presidente citou o nome de seu líder na Câmara ao ser alertado de possível esquema de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin — o que o presidente não desmentiu publicamente até agora, 11 dias depois.

Publicado em Antagonista | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Playboy|1980

1987|Julie Peterson. Playboy Centerfold

Publicado em Geral | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Publicado em Comédia da vida privada | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

JMB

Bolsonaro. Já reparou que, não há um minuto, em que alguém deixe de mencionar o nome Bolsonaro. É Bolsonaro, Bolsonaro, Bolsonaro e Bolsonaro – 24 horas por dia. E, quando não é Jair Bolsonaro, é Carlos Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, Renan Bolsonaro.

Em função disso, decidi: não vou mais escrever ou falar Bolsonaro. Porque citar Bolsonaro é promover Bolsonaro. É exatamente o que os Bolsonaro querem. Que o nome Bolsonaro seja repetido mil vezes por segundo.

Bolsonaro, para mim, deveria ser banido do vocabulário. Eu sei, seria um enorme desafio não ter Bolsonaro no meio das conversas e frases sobre Bolsonaro. Afinal, a imprensa está viciada em compartilhar qualquer coisa relacionada a Bolsonaro. Se Bolsonaro dorme, sai nas redes sociais. Se Bolsonaro urina, dá no Jornal Nacional. Se não acontece nada com Bolsonaro, Bolsonaro continua pautando Bolsonaro.

Cheguei a mandar uma carta a um grande jornal propondo que, em vez de grafarem Bolsonaro, redigissem JMB. Como fizeram com Fernando Henrique Cardoso, que virou FHC.

A publicação continuou usando Bolsonaro, é claro. Bolsonaro vende jornal, Bolsonaro traz anunciantes, Bolsonaro é a bola da vez. Até quando se pede fora, Bolsonaro, o fenômeno continua. Se fosse fora, Messias, talvez amenizasse. Mas os cristãos, não-apoiadores de Bolsonaro, rechaçariam o não-uso de Bolsonaro no slogan.
Bolsonaro fincou-se ao linguajar como uma pulga a uma virilha. Bolsonaro e também seus neologismos, como Bozonaro, Bostonaro, Bolso, bolsominion e por aí vai.

Dizem que Bolsonaro significa fascista. Na realidade, Bolsonaro é sinônimo de Bolsonaro. Ele, Bolsonaro, sabe disso e se aproveita de ser Bolsonaro. Logo estará falando de si na terceira pessoa: “o Bolsonaro defende o uso de armas, o Bolsonaro não quer vacina contra Covid 19”.

Infelizmente, a triste repetição do nome Bolsonaro não está acontecendo apenas no Brasil. Bolsonaro está na boca do mundo. Bolsonaro é o destruidor da natureza na China, Bolsonaro é o homofóbico na França, Bolsonaro é o genocida na Argentina. O que nos leva a crer que a publicidade em torno de Bolsonaro está acontecendo em progressão geométrica.

Por isso deixei de me referir a Bolsonaro. Não aceito que um crápula como Bolsonaro seja tão famoso. Por isso, se alguém vem me falando de Bolsonaro, já corto e digo: “olha, não fica matraqueando Bolsonaro, Bolsonaro, Bolsonaro que isso é ótimo sabe pra quem? Pro Bolsonaro”.

A pessoa pode até ficar chateada por eu ser tão radical quanto a não falar Bolsonaro. Pode até ser um inimigo do Bolsonaro, vai saber. Mesmo assim, ainda mais num momento de pré-impeachment de Bolsonaro, não deve-se abrir a boca para falar de Bolsonaro. Xô, Bolsonaro!

Carlos Castelo

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter