Interlocutores do ministro Alexandre Padilha dizem que ele está cansado do Ministério das Relações Institucionais e que gostaria de entrar na reforma ministerial a ser promovida por Lula no início do ano que vem.
Padilha foi esquecido durante a promulgação da reforma tributária na última semana. Não foi lembrado pelo cerimonial, que não o colocou na mesa, junto com o ministro Fernando Haddad (Fazenda). Não foi lembrado por Lula nem pelos presidentes da Câmara e do Senado nos agradecimentos. Toda a articulação para a aprovação da reforma foi tocada por Haddad e sua equipe.
O ministro responsável pela articulação política toparia até voltar a seu mandato de deputado federal, se não for para o Planejamento ou para a Casa Civil, nas eventuais mudanças na Esplanada dos Ministérios.
Padilha acha que nas pastas ou em seu mandato conseguiria ter um contato mais direto com prefeitos, firmando-se para concorrer em 2026 ao Senado ou ao governo de São Paulo.
É pura perda de templo tentar explicar por que o Templo das Sete Musas, sede do Instituto Neo-Pitagórico, pegou fogo na noite de 24 de agosto de 1987. A explicação é simples. Em 1907, Dario Vellozo, poeta, professor de philosophia, tipógrafofo, guru da mocidade curitibana no Gymnasio Paranaense, erigiu o Templo no bairro de Vila Isabel, então uma floresta de contos dos irmãos Grimm.
Nesse ano, Dario soube da presença na pequena cidade de um eletricista alemão, Schroeder, que tinha acabado de chegar da Europa. Procurou-o e contratou seus serviços para realizar a instalação de luz elétrica no Templo. Eletricidade era então uma novidade absoluta. Mas encomendou a Schroeder uma tarefa muito especial. A instalação de luz deveria conter dentro de si um mecanismo de autodestruição que deveria funcionar dali a 80 exatos anos, a 24 de agosto, Dia de S. Bartolomeu, quando o diabo tem uma hora de seu.
Dario queria durar. E sabia que viveria na memória dos seus contemporâneos. Mas estas morreriam. Em 80 anos, a memória do Templo e de Dario ja estaria esmaecida, como uma foto antiga.
Um incêndio devolveria o Templo à notoriedade e a atenção do público por mais anos. Assim, um Templo feito de chamas subiu pelos ares em 24 de agosto de 1987. Dizem algumas testemunhas do sinistro que foi possível ver no meio do fogaréu um rosto sorrindo com um olhar zombeteiro de quem diz:
O que gera o fantasma são as fomes e a funda insegurança dos meninos. A queda repentina do horizonte, o horizonte manchado de inimigos. O que provoca o medo são as pontes interrompidas sem qualquer aviso. O tiro pelas costas e a escuridão fechando a porta de qualquer abrigo. O que fermenta o medo e a rebelião é o esperar — prolongado e mais aflito — do filho que não sabe se trará pão o pai que a vida toda plantou trigo.
Na política, o ano de 2023 foi marcado por dois acontecimentos, aqui e lá fora: o 8 de janeiro em Brasília e o 7 de outubro em Israel. Ambos implicam consequências e não acabam em dezembro, como tantos procedimentos regulares do ano. Mas na economia, embora sem a grande repercussão dos fatos políticos, votou-se a reforma tributária, outro fato que vai transcender ao ano de 2023, inclusive porque só para regulamentá-la o Congresso dedicará grande parte de 2024.
Os observadores coincidem sobre o fato de que a reforma tributária vai alavancar a economia, favorecendo um processo de crescimento. Embora não tenha sido uma reforma ideal, a verdade é que essa é uma avaliação unânime.
Uma vez liberados obstáculos para a economia crescer, a grande pergunta é: crescer para onde? O objetivo é apenas um crescimento quantitativo ou é necessário responder aos desafios da época? Nessa reposta está incluída a transição energética. Ela está contida em planos do governo, é o tema central das intervenções de Haddad no exterior, mas ainda um pouco desconhecida. Tenho a impressão de que o governo não se preparou ainda para divulgá-la e a própria imprensa não se preparou, com editorial especial, para cobri-la.
A transição energética, uma das mais gigantescas tarefas das mudanças climáticas, deveria ser um objetivo nacional, atraindo o maior número possível de apoio popular, uma vez que não é um fenômeno que acontece nas alturas, mas vai afetar também o nosso cotidiano.
Um exemplo bem simples: a regulamentação sobre geladeiras muda no ano que vem. O objetivo é de torná-las mais econômicas em termos de energia. As empresas reagem à nova regulamentação afirmando que os preços vão subir. É provável que subam mesmo. Mas seria um grande avanço se o debate se desse em torno do quadro geral que pudesse mostrar que a redução de emissões, em termos estratégicos, é mais econômica que os efeitos catastróficos das mudanças climáticas.
A polícia investiga se o governador Cláudio Castro foi informado com antecedência sobre a operação que investiga corrupção no Rio.
A suspeita vem do fato de que Castro passeou por Copacabana com o seu celular à mostra – e acabou sendo roubado. Como todo mundo sabe que não se deve andar com smartphones no bairro, policiais desconfiam de que Castro fez isso de propósito. Sem o aparelho, as investigações ficam mais difíceis.
O governo do Rio já pediu financiamento à União para construir novos presídios por causa da superlotação de governadores. Mas o dinheiro foi desviado.
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