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Tudo é relativo
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Portfólio
Publicado em portfolio
Com a tag antonio thadeu wojciechowski, ohne worte!, portfolio
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Mural da História – 1962
Naquela data, portanto, saiu o primeiro compacto dos Beatles, com “Love Me Do” no lado A, e “P. S. I love you” no lado B. Eram duas típicas cançõezinhas dos grupos pop da época, embora os historiadores, enriquecidos pelo capital interpretativo do “desde então”, projetem em ambas uma porção de tendências futuras. A temática amorosa e adolescente das letras dispensa comentários. Como o próprio Lennon afirmou depois, “a gente estava em busca de criar um som, a letra podia ser qualquer coisa, ninguém dava a menor atenção”. Claro que depois isso mudou, e o próprio Lennon apontou “Help” como a primeira canção em que ele tentou dizer algo que de fato sentia.
Em seu livro essencial “Revolution in the Head”, onde disseca em minúcias todas as canções dos Beatles, Ian MacDonald afirma que a canção era excessivamente “crua” para o padrão do pop da época, e que chamava a atenção “como um tijolo a descoberto na parede de uma sala de visitas’. Talvez por isto, pensa ele, o disco tenha apenas atingido o 17o. lugar nas paradas. Com sua gaitinha plangente e seu vocal que pareceu afinadíssimo (ninguém imaginava do que aquelas três vozes juntas ainda seriam capazes no futuro) “Love Me Do” era uma canção muito mais pobre, melodicamente, do que “P. S. I love you”, a baladinha-abolerada que lhe serviu de contrapeso.
Os Beatles, em sua curta carreira de cerca de oito anos (entre 1962 e 1970) foram um exemplo único, na história da música popular, de um artista que parte do mais simples ao mais complexo, ano após ano, sem olhar para trás, e ainda assim arrebanhando e mobilizando tudo que foi capaz de aprender e inventar ao longo do caminho. Quem imaginaria que os rapazes que gravaram estas duas canções estariam, cinco anos depois, gravando “A Day in the Life” e “She’s Leaving Home”? Ninguém. O futuro influencia o passado, ilumina o passado, contamina o passado com um novo sentido. Não sabemos, dos milhões de músicas lançadas hoje, qual a que daqui a 50 anos estaremos comemorando. Melhor ficar com os ouvidos bem abertos.
Resenhazinha
Os Pigmeus, Os Pigteus, de Rolando Siqueira; Editora Ananás; 146 páginas de rolar de rir; 35 reais
Em Borboréia, onde reside, ele é chamado carinhosamente pela população de “Dez Merréis”, apelido adquirido quando ainda era proprietário do único boteco da cidade, o saudoso “Arrebentou a Mi”, ponto de encontro de boêmios e seresteiros da cidade. E foi com essa vivência musical que Rolando Siqueira aprendeu a contar piadas, fazer trocadilhos e nunca mais tocar no assunto, conforme o prefácio de Igor Cabeça de Vodka, “Lo Borracho”. A leitura de “Os Pigmeus, os Pigteus” nos mostra um humorista maduro, caindo pelas tabelas, soltando foguetes pelo fim da censura prévia, apesar dos trocadilhos infames e exagerados.
Os dramas de um dono de boteco, nariz vermelho, em eterna discussão com uma esposa cheirando a bolinho-da-graxa, que lhe exige fidelidade até no truco, narrados com esperteza e linguagem inovadora, fazem deste volume um livro indispensável a todos os paus d’água que tomam mais de quatro ‘saideiras”. Ou, como no trocadilho de Rolando Siqueira: “o mundo inteiro não vale o meu bar”.
Banho de sais
Para me distrair, enquanto Lucana se espreguiça na banheira, eu leio Arkadii Dragomoshenko na varanda da Casa de Água, sorvo ostras com limão, crustáceos com salsa e coentro. Eu lendo a ode em que Arkadii Dragomoshenko descreve o último suspiro de Oskar Kokoschka.
Depois abandono as odes, contemplo na banheira a respiração daquela que, após o banho de sais, vem espraiar-se ao vento.
Publicado em Fernando José Karl, Geral
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Mural da História – 2011
Publicado em tempo
Com a tag lucilia guimarães, Luiz Rettamozo, Mural da História - 2011, rogério dias, sergio moura
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É com Haddad e Padilha
A articulação política sabe que há movimento de lobbistas para pressionar Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL) para que rejeitem a MP, já que conflita com o que foi aprovado pelo Congresso. Conta a favor do governo, porém, os dias parados no Legislativo, com muitos parlamentares fora do país.
A tentativa de convencimento do governo será que a MP só passará a valer em abril, dando tempo às empresas para se adaptarem ao cronograma. No meio do caminho, há as negociações da reforma ministerial e os novos acordos com as bancadas.
Publicado em O Bastidor
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Flagrantes da vida real
Again and again and again…
Publicado em Sem categoria
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