Chacina é fruto de um projeto de ‘ sociedade miliciana’ no Rio, diz Freixo

© Banksy

“A milícia, que ocupa 58% do território do município do Rio de Janeiro, disseminou uma ideia de ‘sociedade miliciana’, onde se troca a Justiça pelo justiciamento de forma oficial, contrapondo-se ao que está escrito na Constituição de 1988.”

A análise é do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), que presidiu tanto a CPI das Milícias quanto a CPI das Armas quando deputado estadual.

“Não estou dizendo com isso que os policiais que participaram da ação são milicianos. Mas que há uma lógica do justiciamento, que a cultura miliciana buscou legitimar”, afirma.

Para ele, a concepção de segurança pública e de violência que está se tornando hegemônica no Rio vem das milícias e representa o pensamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Leonardo Sakamoto

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Publicado em As Velhas | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Alexandre Garcia oculta mais de 500 vídeos negacionistas

A vida de negacionista não anda fácil para Alexandre Garcia. Talvez você tenha visto o ex-assessor do general Figueiredo passando uma saia justíssima nesta semana na CNN: para defender seu amigo Bolsonaro, o colunista disse que o presidente só defendia a Constituição. O apresentador perguntou se governadores e prefeitos, ao defenderem o direito à vida também não estavam defendendo a Constituição.

O resultado foi esse constrangedor silêncio de dez segundos, seguidos de uma ameaça:

Alexandre Garcia passou a última semana deletando vídeos com desinformação sobre a pandemia em seu canal no YouTube. Já são mais de 400

Hoje, defendia o direito à liberdade p/ criticar medidas de isolamento. Foi então perguntado sobre o direito à vida. Sua reação foi o silêncio. pic.twitter.com/U3VWlstbK3

— Sleeping Giants Brasil (@slpng_giants_pt) May 6, 2021

Enquanto isso, segundo Guilherme Felitti, da Novelo Data, Garcia está fazendo uma limpa em seu passado recente. Os dados mostram que dos 1.145 vídeos do canal de YouTube do bolsonarista, 502 (43%) foram apagados ou tornados privados. Em geral, ligados a tratamento precoce, vacina e Covid.

Em sete dias, desde que a CPI começou a causar medo no pessoal, o canal foi praticamente cortado pela metade. Não foi só ele: Leda Nagle, outra porta-voz do negacionismo, apagou 50 vídeos negacionistas, com pérolas como 1vermect1n4 (um jeito, segundo Felitti, de escapar do monitor automático do YouTube).

Por outro lado, o YouTube também andou apagando vídeos negacionistas. Um deles, da Gazeta do Povo, site que hospeda o próprio Alexandre Garcia. O título do vídeo era: “Entrevista com Dra Raíssa Soares: médica de Porto Seguro está com Covid-19”.

Publicado em Sem categoria | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Diário do Bolso de hoje é sério e entra na campanha’ Se tem gente com fome , dá de comer’

Hoje não tem Diário do Bolso. Hoje é dia sério.

Para não ficar apenas rindo com a boca cheia de dentes esperando a morte chegar, O Diário do Bolso vai entrar na campanha “Se tem gente com fome, dá de comer”, formada por um grupo sério de entidades, como Coalização Negra por Direitos, Anistia Internacional e Redes da Maré.

O jeito que encontramos para fazer isso foi o seguinte: eu e o Ivo MInkovicius, design e ilustrador dos Diários do Bolso, estamos montando uma edição especial em pdf do Diário com os melhores textos dos quatro primeiros livros (o creme de la creme, ou melhor, o purê do purê).

Se você comprar o livro pelo Catarse (que vai colaborar cobrando metade de sua taxa), todo o dinheiro que arrecadarmos vai todo para a campanha. E você recebe o livro digital pelo seu e-mail: lindão, colorido, e com um texto exclusivo (um diálogo do Bolso com os 4 cavaleiros do Apocalipse).

Vamos lhe dar o melhor do pior para deixar o pior um pouco melhor.

Participe e compartilhe. Vamos fazer alguma coisa, porque tem gente com fome.

Catarse Diário do Bolso contra a fome.

Publicado em Sem categoria, Ultrajano | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Virou piada

A desculpa dada pelo ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de que teria tido contato, no fim de semana, com dois coronéis auxiliares que foram infectados pelo coronavírus – e conseguiu adiar por 15 dias seu depoimento na CPI da Covid – virou piada nacional. Nas redes sociais proliferam gozações sobre o fato e circulou na rede um festival de cartuns expondo Pazuello a situações ridículas.

Malgrado a desculpa tenha ganhado até comunicado oficial do Exército, o que aconteceu foi que os assessores que vinham preparando o ex-ministro para depor consideraram que ele estava “muito nervoso” e poderia ser vítima na CPI de seu temperamento explosivo com integrantes da comissão.

Outro motivo de preocupação de integrantes do Planalto é que senadores da oposição explorem a gravação em que Pazuello, ao lado de Bolsonaro, declarou que “um manda e outro obedece”. A ideia é que o ex-ministro consiga afastar a acusação de que o presidente é o principal responsável por todas as decisões e omissões no combate à pandemia. No treinamento, ele teria demonstrado dificuldades de responder sobre contratos que assinou e sobre a função do marqueteiro contratado Marquinhos Show.

Publicado em Fábio Campana - Política|cultura e o poder por trás dos panos | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Playboy|1950

1956|Glória Walker. © Playboy Centerfold

Publicado em Sem categoria | Com a tag , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Em memória de Paulo Gustavo

Foi-se o Paulo Gustavo. E o Brasil ficou muito mais triste, muito mais bolsonaro. Paulo resistiu o quanto pôde a covid bolsonariana. Foram 53 dias de luta, de sofrimento, de esperança. Na terça-feira, o maldito vírus venceu e tirou do nosso convívio um dos mais talentosos atores brasileiros da nova geração. Segundo o “especialista” Jair Messias, era apenas “uma gripezinha”, que atingiria, “no máximo, duzentas pessoas”. Com Paulo Gustavo, ultrapassou as 410 mil mortes. Hipocritamente, o capitão solidarizou-se com a família do artista.

Já disse aqui e repito: há pessoas que deveriam ser proibidas de morrer. Paulo Gustavo Amaral Monteiro de Barros era uma delas. E com ele, todos os humoristas do Brasil, pessoas que nos fazem rir, que ainda oferecem alegria neste país dominado pelo ódio, pela maldade, pela violência e pela dor.

Paulo Gustavo, 42 anos, tinha um futuro luminoso pela frente. Em poucos anos de carreira, brilhou no palco, no cinema e na televisão. Com o seu trabalho, criatividade e talento, conquistou multidões de admiradores. Sabia, como Rubem Alves, que “quando chorar é inútil, só nos resta dar risada”. Vai deixar muita saudade.

Além de popular e aplaudido pela plateia, Paulo Gustavo era querido pelos amigos e pelos colegas de trabalho. Para todos tinha sempre uma palavra de afeto, de apoio, de incentivo. Era também generoso e solidário. Devoto de Irmã Dulce, contribuiu, em silêncio, com mais de R$ 1,5 milhão, para a construção de um centro de tratamento de câncer na Bahia. E só soubemos disso agora, ao ser revelado pelo padre Júlio Lancellotti.

Ainda segundo Rubem Alves, “a vida é uma sonata que, para realizar a sua beleza, tem de ser tocada até o fim”. Paulo Gustavo foi muito cedo. A sua sonata ainda estava no início.

Segue em paz, bom Paulo Gustavo. E nada mais se pode ou precisa dizer.

Publicado em Célio Heitor Guimarães | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Fraga

Publicado em fraga | Com a tag , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Nada de novo…

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

A maracutaia da cloroquina

Foi feito até decreto para alterar a bula. Não há mais dúvida: alguém faturou alto com a produção do remédio contraindicado pela OMS

Primeiro: aplausos, muitos aplausos para Paulo Gustavo. Hoje é dia de velar o extraordinário ator que tantas alegrias nos deu. Gosto muito de cinema, mas costumo torcer o nariz para comédias. Confesso que resisti e demorei a assistir ao filme Minha mãe é uma peça. Quando assisti, fiquei de queixo caído. Que maravilha! Que show de interpretação! Hoje sinto-me órfão de Dona Hermínia.  

Depois de quase dois meses de luta, Paulo Gustavo morreu de Covid-19. Já são mais de 410 mil mortes no país. Esse número elevado deve-se em grande parte ao negacionismo de Jair Bolsonaro, que merecidamente recebeu de Trajano o apelido de “Capitão Corona”. Mal começaram os trabalhos da CPI no Senado, surgem provas contundentes sobre erros do desgoverno federal no combate à pandemia.

Em minha opinião, o esforço do governo Bolsonaro na produção e distribuição de cloroquina tem forte cheiro de maracutaia, para usar expressão preferida do ex-presidente Lula. Ontem (terça-feira), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou que, durante reunião no Palácio do Planalto, foi apresentada uma minuta de decreto que alterava a bula da cloroquina, estendendo a indicação do remédio ao tratamento da Covid-19. A droga é indicada para malária, lúpus e artrite reumatoide. E não é recomendada pela OMS no tratamento do coronavírus. É ineficaz contra a doença.

Eis a versão de Mandetta: “Eu estive dentro do Palácio do Planalto quando fui informado, após uma reunião, que era para eu subir para o terceiro andar, porque tinha lá uma reunião com vários ministros e médicos que iriam propor esse negócio de cloroquina, que eu nunca tinha conhecido. Quer dizer, ele tinha esse assessoramento paralelo”. Segundo o ex-ministro, havia sobre a mesa um papel não timbrado de um decreto presidencial para que fosse sugerido que se mudasse a bula da cloroquina na Anvisa, incluindo a sua indicação para coronavírus.

Entre os participantes da reunião estava Carlos Bolsonaro, filho de Jair e vereador pelo Rio. Conta Mandetta que o pedido para alterar a bula foi negado pelo presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres. Ou seja, a proposta que constava da minuta de decreto foi rechaçada. Mandetta repetiu que Bolsonaro defendia o uso da cloroquina para o tratamento precoce, mesmo sem evidência científica.

Acontece que, mesmo sem evidência científica, o Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército gastou mais de R$ 1,5 milhão para ampliar em 100 vezes sua produção de cloroquina. O laboratório do Exército firmou ao menos 18 acordos para compra de cloroquina em pó e outros insumos de fabricação, como papel alumínio e material de impressão, ao custo total de R$ 1.587.549,81. 

Cerca de 95% dos gastos foram para a compra, sem licitação, de 1.414 kg de cloroquina em pó. Levantamento do Repórter Brasil mostra que, em março de 2020, os militares compraram 414 kg de cloroquina em pó a R$ 488 o quilo. Mas em maio houve outras duas compras, de 1.000 kg no total, a R$ 1.304 o quilo ‒ valor seis vezes maior do que o cobrado um ano antes pelo mesmo fornecedor. A média de fabricação desde o início da pandemia chegou a 750 mil comprimidos por mês, num aumento de 102 vezes em comparação aos três anos anteriores.

O Ministério Público do Tribunal de Contas da União suspeita de superfaturamento nas compras do Exército. Em janeiro, o ministro Benjamin Zymler, do TCU, apontou ilegalidade no uso de recursos do SUS para o fornecimento de cloroquina para o tratamento de pacientes com coronavírus. E pediu explicações ao Ministério da Saúde. Como se sabe, não satisfeito em mandar produzir o remédio, Bolsonaro fez propaganda da droga em lives e até nas conversas com seu “gado” na porta do Alvorada. 

Diante das suspeitas do TCU e do relato de Mandetta, fica claro que a produção de cloroquina envolveu muitos interesses. A superprodução do remédio pelo Exército e a tentativa de alterar a bula ‒ denunciada agora por Mandetta ‒ indicam que a defesa do uso de cloroquina pelo “Capitão Corona” não foi fruto apenas de negacionismo. A CPI não pode perder tempo. Está na hora de seguir o dinheiro (follow the money, em inglês). Rolou muita grana na venda de insumos e na produção do remédio. Se houve aumento abusivo no preço na cloroquina em pó, deve haver superfaturamento na outra ponta. 

Como afirma o professor Leandro Pires Gonçalves, do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminnese, “houve uma interferência direta do presidente e da cúpula militar nessa estratégia de colocar a cloroquina como o centro do enfrentamento ao coronavírus no Brasil”. Tudo isso cheira a maracutaia da grossa. Alguém faturou alto. Quem lucrou com isso? Quem está por trás do tal decreto?

Colunistas

Publicado em Ultrajano | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Playboy|1970

1971|Lieko English. Playboy Centerfold

Publicado em Playboy - Anos 70 | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Flagrantes da vida real

Sandra Solda e Ernani Buchmann, em algum lugar do passado. © Maringas Maciel

Publicado em tempo | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Blondine. IShotMyself

Publicado em amigos do peito | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

© Tomas Rucker

Publicado em Desbunde! | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter