Cansaço

morto de cansado
e puto da vida
feneço
para que a terra
putrefaça ainda mais
tudo de podre
que encontrar
em mim

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Deu merda

AOS SENSÍVEIS que me leem peço que recebam esta linhas como metáfora. Vou falar de cocô, este em manifestações explícitas e figuradas. Das explícitas as recentes descobertas de que as cidades estão assentadas em bases cumulativas de cocô à pesquisa sobre a seu uso como combustível da aviação (de onde pode derivar, imagino, a conversão dos assentos em privadas individuais para aumentar a autonomia dos voos). O cocô, de resto, está incorporado a todos os idiomas falados como a mais usada expressão que percorre os territórios do desabafo ao xingamento. Hoje, por exemplo, uma humorista dos EUA publicou na rede social o comentário pessoal sobre seu divórcio: “Shit happens” – algo como “deu merda”, que é, todos sabem, a forma depreciativa do cocô.

Nesta altura cabe a justificação do porquê me detenho no tema. Claro que por trás está a falta de assunto – daí a tal metáfora – que inspira o Insulto: a shit que norteia a vida dos políticos fazem. Portanto, o cocô, na forma depreciativa, é a alma deste blogue. No entanto, o  tema hoje é circunscrito a duas situações específicas, a primeira sobre a propaganda de laxativos e expurgativos intestinais que surge, clandestina como notícia relevante, na imprensa eletrônica. Dou exemplos, dois apenas. Um, que me deixa indignado é que todos, você, eu, até Janja, temos pelo menos 20 quilos de “cocô antigo” nos intestinos, que devemos expelir para melhorar nossa vida. Cocô antigo, quanto tempo incruado, em quais dobras dos quilométricos intestinos?

Minha indignação é como a violência de Cristo contra os vendilhões do templo quando vejo a Lavínia Vlasak atribuindo a purgativos e terapias intestinais a barriga negativa aos quase 50 anos. Tolero o imperativo de sobrevivência da bela Lavínia, o melhor produto eslavo da mulher brasileira, de fazer evocar subliminarmente seu harmonioso ritmo peristáltico na falta de genuínos trabalhos dramáticos. Lavínia chega a atribuir aos intestinos funcionais a suavidade de sua pele e o desinchaço pelos gases liberados. Tudo bem, aceito. Lavínia é a versão 2.0 de Patrícia Pilar, mulheres de quem aceitamos até cuspida na cara e chutes no baixo ventre. Se pelo menos, Lavínia, aquele avião na visão masculina, contribuísse para o desenvolvimento do novo combustível da aviação…

Com as vênias a Lavínia, tenho que concluir esta crônica com a mais exposição recente de cocô, pública, acintosa, arrogante, vulgar, de nível baixíssimo, que a imprensa cobre por absoluta falta de assunto: o evento “Neymar em alto mar”. Mais uma de tantas irrisões do jogador de futebol que naufragou no exibicionismo e narcisismo brega e de mau gosto. Um cruzeiro de navio coalhado de subcelebridades de baixíssimo nível, recém alçadas à fama fugaz e superficial como vedetinhas, influencers e novos ricos. O evento começa pela imitação barata dos cruzeiros de Roberto Carlos, avança pelo pastiche do ‘alto mar’ para algo que acontece à vista do litoral. Uma pantomima em que a molecagem de Neymar avança pelo traje de comodoro usado por Roberto Carlos. 

A mais sugestiva momice produzida por Neymar com a irmã, beiço siliconado, de coadjuvante indispensável está nos jornais passaram a chamar de “perrengue brega”. O perrengue – deliciosa palavra do português brasílico – foi vivido pelo casal brega-emergente que teve que abandonar o cruzeiro três dias antes. Motivo: homem e mulher não trouxeram roupa para mais dois dias do evento. Curioso, os neymáricos navegavam seminus; os passageiros ordinários do cruzeiro, crianças incluídas, tiveram que assistir a performance de peitos de fora de celebridades que trafegam no limiar da prostituição. Se Neymar foi puxassaco de Jair Bolsonaro, ora… E onde está o cocô nesse cruzeiro, chorrilho de merda desde a partida? Com Neymar no comando, preciso responder?

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Barroso diz que Bolsonaro elegeu STF como “principal inimigo”

Presidente da Corte atribui crise com Legislativo a parlamentares bolsonaristas: “Natural que queiram corresponder às expectativas de eleitores”.

O ministro Luís Roberto Barroso (foto), presidente do Supremo Tribunal Federal, atribui os embates da Corte com o Poder Legislativo aos parlamentares bolsonaristas.

Em entrevista à Folha, afirmou que Jair Bolsonaro elegeu o STF “como o seu principal inimigo” e que o ex-presidente ofendia os ministros “com um nível de incivilidade muito grande”.

“É natural que estes parlamentares queiram corresponder às expectativas dos seus eleitores que acham que o Supremo é parte do problema”, disse.

“O ex-presidente atacava o tribunal e ofendia seus integrantes com um nível de incivilidade muito grande. Em qualquer parte do mundo, isso seria apavorante”, afirmou, acrescentando que o comportamento do ex-presidente “foi relativamente tolerado por um grande contingente de eleitores que se identificaram com aquela linguagem e atitude”.

Barroso disse ainda discordar do termo “pautas anti-STF”. Em novembro, o Senado aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita as decisões monocráticas de ministros da Corte. Alguns magistrados deixaram bem claro que não gostaram da proposta e reagiram com discursos duros.

A proposta, que foi aprovada rapidamente pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, ganhou celeridade diante da insatisfação de parlamentares da oposição com a Corte. O texto ainda vai precisar passar pela Câmara dos Deputados.

Barroso disse que, apesar dessas propostas, tem uma relação muito boa com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco:

“Ele, presidente de uma Casa, procura, em alguma medida, expressar o sentimento dominante naquela Casa. O que eu verbalizei mais uma vez é que mexer no Supremo, no ano em que foi invadido por golpistas antidemocráticos, é uma simbologia ruim.”

De acordo com Pacheco, a PEC visa a “discutir e aprimorar o sistema constitucional” e tem como foco a “redução do protagonismo de decisões monocráticas”, aquelas decisões tomadas exclusivamente por um único ministro. Apresentada em 2019, a proposta vinha sendo encampada pela bancada bolsonarista.

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Mural da História

© Reuters. 

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Sem fumar, espero

© Stefano Bonazzi

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Ostras

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Classic Jamaican Sounds

Pra ouvir de bermuda e chinelão. Zimmer down!

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O pensamento de uma louça na pia

— Respiro este ponto do pensamento – que não é um ponto qualquer –, e, nesta cozinha, só sei que sou uma louça entre louças na pia. Logo todo o meu raciocínio se insurge contra esta condição e imagino outra coisa, imagino que sou um peixe que pula de ombro em ombro e também sonho que durmo na cama da princesa de longos cabelos azuis. Eu nunca acreditei no demônio, como nunca acreditei em Deus ou em Buda.

Eu nunca disse alto às outras louças na pia que não acreditava em mais nada e o motivo é simples: não quis descontentar a letra fria das leis, encarregadas de manter o respeito por tais entidades divinas. Também nunca escrevi cartas às águas que jorram da torneira, seria inútil, mas que existam louças na pia, frágeis como as ondas do mar, isto eu observo todo santo dia aqui junto delas, iguais a mim, rivais sob uma torneira alheia, fazendo-se mutuamente pirraças de louça e tendo pensamentos de louça.

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Elas

Thelma and Louise, filme de 1991 concebido e escrito por Callie Khouri, co-produzido e dirigido por Ridley Scott, e estrelado por Geena Davis,  Thelma, Susan Sarandon, Louise, e Harvey Keitel, um simpático detetive tentando resolver crimes que as duas mulheres cometem. Recebeu o Oscar de melhor roteiro original de 1992, além de ter concorrido nas categorias de melhor diretor, melhor atriz (Geena Davis e Susan Sarandon), melhor fotografia, melhor edição. © Reuters

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Tupi or not tupi – 2014

O cartunista que vos digita e A Era do Rádio.

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Um lugar para Cappelli

Caso não fique na equipe do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli não vai acompanhar Flávio Dino no Supremo Tribunal Federal. Nome do PSB para a futura disputa eleitoral no Distrito Federal (o partido ainda não bateu martelo para qual cargo), ele deve ocupar outro posto no governo Lula.

O PSB tentará negociar sua permanência no Executivo, ainda que em outra pasta ou secretaria ocupada pelo partido. A legenda acha importante mantê-lo em evidência para garantir uma projeção política até 2026, quando haverá nova eleição no DF.

Sua intervenção na Secretaria de Segurança do Distrito Federal, depois do 8 de janeiro de 2023, foi considerada muito bem-sucedida, mas até às eleições terá passado muito tempo para ficar na memória do eleitor.

Sem Dino, o partido fica com a pasta da Indústria e Comércio, tocada pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, e a da Micro e Pequena Empresa, comandada por Marcio França. O partido vai reivindicar mais espaço na reforma e é quando espera conseguir espaço para Cappelli.

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Mural da História – 2018

O ex-governador Sérgio Cabral, em Curitiba.

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Mural da História – Bamerindus

O cartunista que vos digita e Ligia Kempfer, na Umuarama, agência de propaganda do extinto Bamerindus. © Gustavo Rayel

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