Poluicéia Desvairada!

Fim de semana gourmet, com esta crise perdi a vontade de comer.  © Edu Simões

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© Autumn Sonnichsen

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Militares também querem Bolsonaro fora do governo

A notícia foi publicada no domingo, no site do jornal Extra e também em O Globo, do mesmo grupo, mas não deve ter causado surpresa: todo mundo está sabendo que o ex-capitão Jair Messias Bolsonaro é, acima de tudo, um grande estorvo para as Forças Armadas. Abarrotou o seu governo de milicos – seriam mais 6 mil no total –, mas, a cada dia que passa na presidência, mais desmoraliza os seus ex-companheiros de farda.

Então, nada mais natural que um grupo de militares que ajudou a eleger o Messias em 2018 defenda a criação de uma alternativa política para 2022.

O movimento, que é encabeçado por oficiais da reserva – seis dos quais já ocuparam cargos no atual governo –, teria ganhado força com a volta de Lula à cena política. E vêm à tona nomes como os dos generais Carlos Alberto dos Santos Cruz, Maynard Santa Rosa, Paulo Chagas e também o do general Joaquim Silva e Luna, ex-diretor-geral de Itaipu e agora escalado para presidir a Petrobras.

Acuado, o capitão Messias demitiu, na segunda-feira, o ministro do Exército, general Fernando Azevedo e Silva – que se recusara a apoiar as medidas antidemocráticas e inconstitucionais pretendidas pelo chefe e sustentava que as Forças Armadas são uma instituição do Estado e não do governo –, e promoveu o rodízio da ministrada fardada. Os comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha, em atitude absolutamente inédita, bateram em retirada. Colocaram os respectivos cargos à disposição e foram exonerados por s. exª. As consequências disso só Deus sabe quais serão. Especialistas apontam o risco de fissuras internas e quebra da hierarquia no seio das Forças Armadas, desencadeadas pela inaptidão e inconsciência de Bolsonaro.

Pessoalmente, acho que os militares deveriam permanecer confinados nos quartéis ou em casa, de chinelos, quando transferidos pela a reserva. Política e o exercício da presidência da República não são coisas para fardados.

No entanto, o atual posicionamento e a dissidência dos militares ao governo Bolsonaro ganha expressão a cada dia que passa e deve ser considerada.

— O centro tem uma grande chance agora, porque um grupo se perdeu na corrupção e outro não sabe governar. E para que existe eleição? Para corrigir. Precisamos voltar à normalidade e ao equilíbrio – teria afirmado o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo.

Militares da ativa estão proibidos de externar publicamente opiniões políticas, mas têm expressado, através de terceiros, o seu profundo descontentamento com Bolsonaro e com o desgaste que o atual governo tem imposto diuturnamente às Forças Armadas. O mínimo que dizem é que “o Brasil está sem rumo” e que “renovar é preciso”.

Os fardados estão cientes de que não dispõem na tropa ninguém capaz de enfrentar uma eleição com sucesso. Pouca afinidade têm com a população e muito menos com os eleitores. Daí buscarem entre os civis um nome que agrade gregos e troianos – o do ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.

Os militares insatisfeitos com o governo se identificam com a Lava-Jato e criticam a decisão do STF de declarar o ex-juiz Sergio Moro suspeito no julgamento de Lula no caso do tríplex do Guarujá.

— O Moro é uma das opções, ainda mais num país que precisa de honestidade – afirmou o general Santos Cruz.

Afirmações desse tipo atiçarão a fúria dos desafetos do ex-juiz e dos inconformados com a condenação de Lula da Silva – ainda que esta, imposta por Moro, tenha sido confirmada e ampliada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região e pelo Superior Tribunal de Justiça. Não por acaso, já dizia o outro: o pior cego é o que não quer ver. Ou faz de conta que não vê.

O choro é livre. E o esperneio compreensível. Resta saber com quem ficarão os “legalistas” de Lula se a disputa final ficar entre Bolsonaro e Moro.

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Bolsonaro exige que generais o tratem como “comandante-em-chefe das Forças Armadas”

Abandonado por militares de alta patente, Bolsonaro, que foi alçado à capitão em acordo para deixar o Exército após ser preso em 1987 por “atos de indisciplina e deslealdade” com superiores, estaria insatisfeito com o tratamento da cúpula das Forças Armas.

Reportagem de Andrea Juber, na edição desta quarta-feira (31) do Valor Econômico, afirma que Jair Bolsonaro (Sem partido) vai exigir dos generais que assumirão os comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica que seja tratado como “comandante-em-chefe das Forças Armadas”.

Alçado ao posto de capitão em acordo para deixar o Exército após ser preso por 15 dias em 1987 por “atos de indisciplina e deslealdade” com os superiores, Bolsonaro estaria ressentido por ainda ser tratado pela patente mesmo ocupando a presidência.

“Ele sentia que ainda o tratavam como capitão”, disse uma fonte militar ao Valor.

Pelas redes sociais, o ex-bolsonarista general Paulo Chagas, que está na reserva, disse conhecer Walter Braga Netto, que substituiu Fernando Azevedo e Silva no Ministério da Defesa, e ressaltou

que acredita que o militar não se prestará “ao serviço de mensageiro das intenções políticas do presidente Bolsonaro junto às FFAA”.

“Tenho fé e conhecimento de que, sejam quem forem os substitutos [dos comandantes], nada mudará”, tuitou ainda.

Candidato ao governo do Distrito Federal em 2018 com o apoio de Bolsonaro, Chagas afirmou em entrevista à revista Época que o Alto-Comando não vai embarcar na “canoa” bolsonarista.

“O Exército aprende muito com seus erros. Se meter num negócio desses é uma burrice. O Exército não pode ser burro. O Alto-Comando, que estuda e decide as atitudes da Força, não vai embarcar nessa canoa”, ressaltando que Bolsonaro “continua sendo deputado do baixo clero”. “Fica jogando coisas no ventilador sem se preocupar com o resultado”.

Manifestação política
Um e-mail disparado na segunda-feira (29) pelo Comando Militar do Planalto mostra mais uma batalha da guerra entre Bolsonaro com a cúpula das Forças Armadas.

Na mensagem, os comandantes alertam coordenadores de brigadas, regimentos e batalhões subordinados sobre a proibição legal de manifestação política por parte de militares, inclusive em redes sociais.

O alerta cita um comunicado do comandante do Exército, de agosto de 2019, que estabelece que as “normas de conduta” se estendem a mídias sociais e a manifestações e veículos de comunicação”.

O Comando Militar do Planalto é subordinado ao Comando do Exército, que na segunda-feira ainda estava sob a alçada de Edson Pujol, pivô da intriga de Bolsonaro com as Forças Armadas, que foi demitido nesta terça-feira (30).

Plinio Teodoro

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Playboy|1970

1973|Phyllis Coleman. Playboy Centerfold

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‘Hierarquia ganhou, general não obedece a capitão’ e comandantes pedem demissão

Pela primeira vez na história, os três comandantes das Forças Armadas pediram renúncia conjunta por discordar do presidente da República.

Todos reafirmaram que os militares não participarão de nenhuma aventura golpista, mas buscam uma saída de acomodação para a crise, a maior na área desde a demissão do então ministro do Exército, Sylvio Frota, em 1977 pelo presidente Ernesto Geisel.

Edson Leal Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica) colocaram seus cargos à disposição do general da reserva Walter Braga Netto, novo ministro da Defesa, nesta manhã.

Braga Netto tentou dissuadi-los de seguir o seu antecessor, o também general da reserva Fernando Azevedo, demitido por Jair Bolsonaro na segunda-feira (29).

O mal-estar pelo anúncio inesperado da saída de Azevedo, que funcionava como pivô entre as alas militares no governo, o serviço ativo e o Judiciário, foi grande demais.

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Bolsonaro prepara seu ‘6 de janeiro’, diz analista americano

O presidente Jair Bolsonaro está preparando seu próprio ‘6 de janeiro’, referência à invasão do Capitólio por manifestantes trumpistas. A análise é do autor americano Brian Winter, editor-chefe da revista Americas Quarterly.

Winter lembrou as críticas de Eduardo Bolsonaro à invasão trumpista. No começo de março, o deputado disse ao Estadão: “Foi um movimento desorganizado. Foi lamentável”.

E acrescentou:“Se fosse organizado, teriam tomado o Capitólio e feito reivindicações que já estariam previamente estabelecidas pelo grupo invasor. Eles teriam um poder bélico mínimo para não morrer ninguém, matar todos os policiais lá dentro ou os congressistas que eles tanto odeiam. No dia em que a direita for 10% da esquerda, a gente vai ter guerra civil em todos os países do Ocidente”.

Eduardo esteve na Casa Branca em 5 de janeiro, um dia antes da invasão trumpista.

Dois dias depois da invasão do Capitólio, o próprio Eduardo publicou no Twitter uma foto com Jared Kushner, genro e assessor de Donald Trump, com a legenda: “Prazer ser recebido na Casa Branca, ainda que rapidamente, por Jared Kushner, responsável por tantos acordos de paz no Oriente Médio.”.

Para Winter, [o] dramático reembaralhamento do ministério do presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira parece desenhado para evitar um destino similar – organizar-se agora, e evitar ser ‘ilegitimamente’ removido do cargo depois. Embora isso possa parecer para alguns papo de conspiração, é uma reação lógica a eventos recentes no Brasil, incluindo o pior surto no mundo de mortes por Covid-19, uma renovada ameaça de impeachment pelo Congresso, e a emergência inesperada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o pesadelo ambulante da direita brasileira, como forte desafiante na eleição de 2022″.

“O outrora ‘Trump Tropical’ está determinado a evitar o que percebeu como erros de seu ídolo”, acrescenta Winter.

Para o autor, não está claro se o esforço de Bolsonaro vai funcionar ou sair pela culatra. Não se sabe se os novos comandantes das Forças Armadas serão ainda mais leais ao presidente ou o deixarão mais fraco.

O plano B de Bolsonaro é claramente ter o maior número possível de homens armados ao seu lado para o possível evento de um impeachment ou resultado adverso na eleição de 2022 (…) Uma das lições mais importantes do 6 de Janeiro nos Estados Unidos foi escutar com cuidado quando aspirantes a autocratas dizem quem eles são e o que planejam fazer. Saudades da ditadura e ódio à esquerda ‘comunista’ foram as únicas linhas consistentes da carreira política de mais de 30 anos de Bolsonaro”, escreve Winter.

E acrescenta: “Apenas nas últimas semanas, o presidente alertou sobre possível fraude nas eleições de 2022, referiu-se ao Exército como ‘meu’, empurrou decretos para permitir armas aos seus apoiadores, e disse a uma turma de cadetes militares que ‘se tudo tivesse que depender de mim’, o Brasil viveria um sistema político diferente, presumivelmente autoritário”.

O motivo para ter demorado tanto a reconhecer a vitória de Joe Biden, diz Winter, pode ter menos a ver com afinidade ideológica e mais com um olho no futuro incerto.

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Morre Contardo Calligaris, o psicanalista italiano que soube levar o Brasil ao divã

O estilo de se expressar de Contardo Calligaris, morto nesta terça (30), aos 72 anos, em decorrência de um câncer, era bastante particular. Gestual envolvente, olhar sedutor, tiradas irônicas e um sotaque que embaralhava italiano, inglês e português eram a marca de sua presença tanto num debate profissional como no hábito de que ele tanto gostava, o da tertúlia com os amigos.

A morte de Calligaris foi confirmada por seu filho, o cineasta Maximilien Calligaris, numa rede social. Segundo ele, diante da proximidade da morte, seu pai disse que esperava “estar à altura”. O psicanalista, escritor e dramaturgo se firmou nas duas últimas décadas no Brasil como um fino observador da cultura e do comportamento do país.

O diretor de Redação da Folha, Otavio Frias Filho, morto em 2018, gostava de provocar Calligaris, dizendo que, no fundo, ele devia ser um argentino que tinha inventado uma vivência por vários países só para justificar o sotaque que virou sua marca.

Calligaris, de bom humor, sempre ria dessa brincadeira. Aliás, não era pequena a admiração de Frias Filho por ele. Ambos compartilhavam um gosto semelhante no que diz respeito a cinema e teatro e um interesse por entender a sexualidade humana.

O sotaque, expliquemos logo, era resultado do fato de Calligaris ser italiano, porém de ter sido alfabetizado em inglês. Vinha de uma família que havia lutado contra o fascismo de Mussolini e este era justamente o idioma da resistência, como conta Calligaris em “Hello, Brasil”, escrito nos anos 1990.

Na reedição desse livro, em 2017, Calligaris afirmava que já não poderia mais escrever sobre o país com o olhar de um estrangeiro, já que se sentia cada vez mais brasileiro. Ele nasceu em Milão, em 2 de junho de 1948. Escritor, psicanalista e dramaturgo, manteve uma coluna neste jornal desde 1999, às quintas-feiras, dedicadas a temas da psicanálise, filmes, peças e livros.

“Nascido em Milão, cidadão do mundo e tradutor do Brasil, Contardo Calligaris elevou o patamar do colunismo de cultura no Brasil. Foi testemunha ocular das principais mudanças de comportamento dos últimos 50 anos. Deixará uma lacuna gigante”, afirmou Sérgio Dávila, diretor de Redação da Folha.

Com o tempo, certa rigidez das abordagens iniciais se reduziu. Os temas deixaram de ser mais acadêmicos ou mais relacionados a seu consultório. Calligaris passou a se sentir mais à vontade —talvez mais brasileiro— para tratar de acontecimentos de sua vida cotidiana em São Paulo, virando um cronista da cidade, com um olhar ácido e divertido, transformando acontecimentos prosaicos em peças sobre o comportamento humano.

Como numa das colunas, em que ele contou estar dirigindo numa madrugada na avenida Sapopemba, na zona leste, e, ao ver um cão prestes a tentar atravessar a via, e assim se arriscar à morte, desceu do carro e, para o seduzir a ficar onde estava, comprou para ele um faustoso churrasco numa barraquinha e o tranquilizou.

Sua relação com a capital paulista teve início em 1986, depois de lançar seu livro “Hipótese sobre o Fantasma na Cura Psicanalítica””. Calligaris veio ao Brasil para fazer palestras, e recebeu a proposta de um grupo de psicanalistas para que passasse 15 dias a cada dois meses em São Paulo, para serem analisados por ele. Aceitou.

Depois de várias viagens, acabou se instalando num apartamento nos Jardins. E passou a ter o hábito de jantar quase todos os dias no restaurante Tatini, na rua Batataes. Quando ia sozinho, levava um livro ou anotações. Mas também era ali que gostava de levar amigos para papear até altas horas.

Calligaris gostava muito de escrever e ler em cafés —hábito mais europeu do que paulistano— e sentia falta de locais para fazer isso em São Paulo. Mesmo assim, o cultivava, e várias vezes se pegou fazendo anotações na calçada mesmo. Por isso, era normal o ver sempre com uma ou duas canetas no bolso.

Ler e escrever em aviões também eram parte de seu hábito. E, como viajava muito, chegava a ler dois livros por voo entre São Paulo e Nova York, contando o tempo que passava no que chamava de “limbo”, os aeroportos e salões de embarque.

Calligaris teve uma formação católica, filho de um cardiologista e de uma tenista. Na sua adolescência, na Itália, conta que havia vivido “paixões ideais contraditórias”. Eram os anos 1960, e ele contava ter sido logo influenciado pela obra do jornalista liberal e antifascista Piero Gobetti. Depois disso, leu Antonio Gramsci e passou a se considerar um socialista. Por outro lado, ia se apaixonando também pela contracultura americana.

Tinha uma relação complicada com sua origem italiana, que não negava mas com a qual mantinha certa distância —achava que a imagem de seu país no exterior estava demasiado ligada ao fascismo ou à estridência de sua cultura popular.

Trabalhou, ainda na juventude, num jornal mensal de cultura, o “Utopia”. Depois de passar uma temporada no Reino Unido, foi estudar em Genebra e em Paris. Na Suíça, foi aluno do historiador Jean Starobinski e do crítico literário George Steiner. Na França, ele se aprofundou no estudo da psicanálise, estudando com Jacques Lacan e Michel Foucault. Sua tese em semiologia foi orientada por Roland Barthes.

Contava que se sentia “um peixe fora d’água”, na França dos anos 1970, por ter uma formação psicanalítica lacaniana, estudando na escola freudiana de Paris, mas, ao mesmo tempo, interessado na obra de culturalistas americanos como Karen Horney e Erich Fromm.

Seu ímpeto contraditório fez com que o pai, quando Calligaris ainda era criança, dissesse ao filho que tinha dado a ele um nome errado. Que o deveria ter chamado de Contrário, e não de Contardo.

“Não que eu fosse permanentemente do contra, mas, desde pequeno, parecia que eu só sabia começar minhas frases por um ‘mas'”, ele dizia.

Nos Estados Unidos, foi professor de antropologia na Universidade da Califórnia e de e estudos culturais na New School, em Nova York. No Brasil, começou a atuar como psicanalista e, aos poucos, a construir uma personalidade pública constantemente chamada a falar em público sobre temas sobre amor, relações humanas, sexualidade e questões existenciais. Sua relação com São Paulo foi se tornando mais intensa e seu personagem, mais popular. Vieram, então, suas obras para teatro, romances e uma série para a televisão.

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Fui!

Unidade de Saúde Vila Diana – Abranches. Até a segunda dose!

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Ernesto Araújo cai

Ernesto Araújo anunciou sua saída há pouco em reunião com o secretariado no Itamaraty. A demissão foi uma exigência de Jair Bolsonaro, depois da crise aberta com o Senado no fim de semana.

O ministro das Relações Exteriores já estava com a corda no pescoço desde a semana passada, mas o presidente da República tentava negociar sua permanência ou uma saída honrosa.

A situação de Ernesto, porém, tornou-se insustentável depois que o próprio ministro usou o Twitter para insinuar que a senadora Kátia Abreu faria lobby pelo 5G da China.

A reação do Senado foi imediata, com ameaças ao Palácio do Planalto, pedido de impeachment do antichanceler e dezenas de críticas públicas, inclusive por parte de Rodrigo Pacheco, que tem buscado uma relação cordial com Bolsonaro.

Na conversa com seus secretários, Ernesto admitiu que “passou do ponto” ao criticar Kátia Abreu publicamente e disse que deixaria o cargo “para não causar maiores constrangimentos” ao governo.

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Pequeno dicionário governamental

Camisa verde-amarela: símbolo da seleção brasileira de futebol que foi utilizado pela campanha do grande líder e que perdeu seu significado esportivo original;

Centrão: grupo político que pode ser comparado com um telefone celular pré-pago, só funciona pagando antes, por meio de emendas parlamentares e tramóias, esse grupo está no Brasil desde a fase colonial, na época, defendia a escravatura de índios e negros e outros atrasos, a pauta continua a mesma, apenas está atualizada;

Certos grupos neopentecostais: determinados grupos religiosos (não todos) que possuem líderes carismáticos que tem forte inserção na política, donos de meios de comunicação, legalmente possuem isenção e imunidade tributária e apoiam o grande líder;

Congresso Nacional: instituição política constitucional amplamente dominado pelo centrão;

Grande líder: eleito com base em milhares de fake news espalhadas pelas redes sociais, pelo gabinete do ódio e outros, a cada dez palavras do grande líder, mais da metade são mentiras, distorções da realidade ou negação da ciência, teve como mentor Steve Bannon, responsável pela eleição de Donald Trump;

Ideologia do grande líder: pode mudar a qualquer momento, cada dia é um torpedo, reproduzem ideias como golpe de estado, fechamento das instituições democráticas, elogio da ditadura de 1964, a favor da tortura e outras temeridades;

Indicados para tribunais superiores: ver ministro;

Ministério da Saúde: local onde assumem personagens que reproduzem o discurso da presidência da república, com medidas anticientíficas, contra o lockdown (isolamento social) e a favor do tratamento precoce, com remédios que não resolvem rigorosamente nada, ao contrário, podem matar o paciente;

Ministra da mulher, da família e dos direitos humanos: com pautas ultraconservadores cuida de acabar com as políticas que dão nome à pasta;

Ministro das Relações Exteriores: cuida de acabar com o pouco que ainda resta na diplomacia brasileira com países estratégicos para o Brasil;

Ministro do Meio Ambiente: cuida em acabar com a biodiversidade da fauna e flora brasileira;

Ministro: pessoa que devem contar com o apoio de Olavo de Carvalho, que defendem pautas olavistas, tais como: terra plana, moralidade ultraconservadora, teorias conspiratórias malucas e, normalmente, apresentam currículos com mestrado ou doutorado, que nunca foram cursados, e devem seguir à risca as determinações do grande líder;

Presidencialismo de coalizão; termo jurídico que designa o toma-lá-dá-cá entre os poderes executivo e legislativo, ver centrão e congresso nacional;

Rede Globo, canais de televisão e jornalões: são os donos da opinião pública brasileira junto com as big techs (facebook, instagram, google, whatsaap e outras);

Suspeição judicial; ato que caracteriza a perda da parcialidade, com a orientação pelo juiz da produção das provas pela acusação, personagem que foi endeusado pela Rede Globo;

Tribunal Penal Internacional: tribunal que julga crimes contra a humanidades, é uma ameaça à governos negacionistas, tais como de Donald Trump, Bolsonaro, o presidente do Turquemenistão, e outros que fazem parte da aliança dos políticos avestruzes;

Vacina: palavra tabu no governo do grande líder, por ordem de Trump, não adquiriu em 2019 vacinas da China, da Rússia e outros países, o que atrasou em grandes proporções a vacinação do país, gerando novas cepas da pandemia e que segue discursando a favor da não obrigatoriedade do uso de máscaras, contra a vacinação, dentre outras medidas anticientíficas e catastróficas;

Venda de estatais: projeto neocolonial que visa a desindustrialização e a perda da soberania do país em setores estratégicos, financeiro, de recursos, para a tomada definitiva do poder econômico pelas corporações e a concretização da venda das principais riquezas, energia, jazidas, petróleo dentre outros.

Publicado em Claudio Henrique de Castro | Com a tag | Deixar um comentário
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Por que o Congresso quer demissão de Ernesto Araújo?

Nos sistemas elétricos, o fusível é a peça desenhada para absorver o impacto de uma descarga de alta voltagem sem danificar o resto da estrutura. Quando isso acontece, o fusível queima, fica inutilizável, tem que ser trocado. Na avaliação de diplomatas e políticos ouvidos pela BBC News Brasil, desde a quarta-feira (24/3) o chanceler Ernesto Araújo se converteu nessa peça para Jair Bolsonaro.

O Brasil vive uma crise de escassez de vacinas e insumos para fabricar imunizantes contra a covid-19 ao mesmo tempo em que bate recordes de novos casos da doença e acumula mais de 300 mil mortes na pandemia.

O agravamento da pandemia no Brasil tem levado a uma deterioração da popularidade de Bolsonaro nas pesquisas de opinião e, segundo fontes consultadas pela reportagem, isso pode respingar nas chances eleitorais de aliados do governo no Congresso, que integram o chamado Centrão.

As mudanças de olho nas urnas começaram com a saída do general Eduardo Pazuello do comando do Ministério da Saúde. Ele foi o fusível ligado à recusa de sucessivas ofertas de vacinas da Pfizer, ao boicote da CoronaVac, à falta de oxigênio em Manaus e defesa do tratamento precoce. Mas a troca de Pazuello não estancou a crise com aliados, já que o ministro foi substituído por um nome ligado à família Bolsonaro, Marcelo Queiroga, e não por um indicado do Congresso.

Clique aqui para ler a matéria de Mariana Sanches na integra em “BBC”

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Playboy|1970

1974|Marilyn Lange. Miss May|Playboy Centerfold

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