Após minimizar coronavírus, Edir Macedo se vacina em Miami

O bispo Edir Macedo, apoiador de Jair Bolsonaro, se vacinou contra a Covid em Miami. Em vídeo publicado no Instagram, ele e sua mulher, Ester Bezerra, aparecem tomando o imunizante da Janssen.

A dose é única. No ano passado, Macedo desdenhou do coronavírus.

“Meu amigo e minha amiga, não se preocupe com o coronavírus. Porque essa é a tática, ou mais uma tática, de Satanás. Satanás trabalha com o medo, o pavor. Trabalha com a dúvida. E quando as pessoas ficam apavoradas, com medo, em dúvida, as pessoas ficam fracas, débeis e suscetíveis. Qualquer ventinho que tiver é uma pneumonia para elas.”

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Major Olímpio morre em consequência da Covid-19

Senador estava internado desde o início do mês com a doença e teve morte cerebral

A informação foi confirmada pela família de Olímpio, que fez uma postagem nas redes sociais do senador. “Com muita dor no coração, comunicamos a morte cerebral do grande pai, irmão e amigo, Senador Major Olimpio. Por lei a família terá que aguardar 12 horas para confirmação do óbito e está verificando quais órgãos serão doados. Obrigado por tudo que fez por nós, pelo nosso Brasil”, diz a nota.

O senador Major Olímpio (PSL-SP) morreu em decorrência da Covid-19 nesta quinta-feira (18) em São Paulo. O parlamentar, que tinha 58 anos, estava internado para tratar da doença desde o início de março.

A informação foi confirmada pela família de Olímpio, que fez uma postagem nas redes sociais do senador. “Com muita dor no coração, comunicamos a morte cerebral do grande pai, irmão e amigo, Senador Major Olimpio. Por lei a família terá que aguardar 12 horas para confirmação do óbito e está verificando quais órgãos serão doados. Obrigado por tudo que fez por nós, pelo nosso Brasil”, diz a nota.

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Jair Messias e o ‘pai dos psicopatas’

Psiquiatra alemão escrutinou as características de personalidades anormais

“Personalidades Psicopáticas” é o título no Brasil do livro “Die Psychopathischen Persönlichkeiten”, de Kurt Schneider, psiquiatra alemão. A obra rendeu-lhe reconhecimento e a alcunha de “pai dos psicopatas”.

É ótima fonte para decifrar distúrbios de personalidade em tempos tensos, como os desta pandemia. Suas descrições tipológicas baseiam o diagnóstico de desvios de comportamento social, resultados da ausência de sentimentos de piedade, compaixão e altruísmo; da falta de valores éticos-morais; e da incapacidade de se reconhecer culpado. São indivíduos sem remorso e arrependimento.

Schneider destaca características de personalidades anormais. Carentes de compaixão, toscos em regra, anestesiados de senso moral. Frente ao sofrimento alheio, à morte de milhares de pessoas, não medem palavras, como “eu não sou coveiro”, “chega de frescura” e “vai ficar chorando até quando?”. Não há ressonância afetiva com a dor alheia.

Por vaidade exagerada, se acham acima de tudo, de todos. Não toleram contrariedades: reagem com expressões “quem manda aqui sou eu”, “eu sou o chefe supremo”, “faço o que quero” e outras ególatras.

São agressivos, mal-educados e provocadores. Kurt Schneider menciona que esses sujeitos oferecem dificuldades particulares em circunstâncias militares. O desacato e a desobediência são marcas da carreira. A ​insubordinação/mau comportamento redundam em prisão, expulsão ou abandono (“Las personalidades psicopáticas”; Madrid: Morata, 1974, p. 166).

Eles são pouco inteligentes. Schneider chama-os de “antissociais que, por regra, associam-se aos oligofrênicos” (ibidem, p. 169). A inteligência limítrofe ou seletiva leva-os a praticar atos bizarros, de turrice e teimosia. O foco: o benefício próprio. Se voltarem atrás, não é por reconhecer o erro, mas estratégia momentânea. Rancorosos e vingativos, em seguida, recidivam, até com virulência. São, por todo o quadro, de periculosidade social. Nada os detêm, salvo reprimenda enérgica, judicial e legal.]

Kurt Schneider se refere a esses anormais com o termo psicopatia. Preferimos condutopatia (conduta patológica, transtorno de comportamento) por ser menos genérico e autoexplicativo.
Em cargos públicos, interessa-lhes o poder para escoar as condutopatias em louvor a si mesmos. Como chefia, são tiranos. Egoístas, colocam a própria vontade e a autoridade acima das leis e da Justiça.

É comum a psiquiatras discordâncias sob uma mesma doutrina. Porém, todos admitimos que psicopatas (condutopatas, para nós) não têm cura, já que a origem do mal é orgânica e irremovível. Não raro sofreram lesões cerebrais em fase intrauterina ou em tenra idade —etapa de acelerado desenvolvimento do sistema nervoso—, impactando a formação do órgão.

Em clínica, o diagnóstico é dado quando, frente a sinais/sintomas psíquicos, comportamentais e sociais, há história concreta de possível lesão do encéfalo, no estado fetal ou nos primeiros anos.

Tudo isso para falar do segundo nome do presidente Jair, Messias, dado pela mãe, Olinda Bonturi Bolsonaro, após gravidez complicada, atribuindo a Deus o nascimento.

Gravidezes complicadas são causas de sofrimento cerebral e de consequentes distúrbios de comportamento na adultícia —para Schneider e todos dedicados à psiquiatria

*Psiquiatra forense, é membro emérito e ex-presidente da Academia de Medicina de São Paulo

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O Consulado Geral diz que Cuba que não troca vacina por somas vultuosas de dinheiro

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Brasil beira 3.000 mortes diárias por covid-19 enquanto troca na Saúde frustra expectativas por mudanças no combate à pandemia

As primeiras declarações do futuro ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga, demonstram que não haverá giro de 180 graus na coordenação dos trabalhos contra a pandemia de covid-19 enquanto o presidente for Jair Bolsonaro. Nem mesmo com recordes de óbitos sendo batidos diariamente ― nesta terça-feira foram registradas 2.841 mortes ―, o mandatário mostra que não vai abrir mão de um de seus cavalos de batalha, o confronto com governadores e prefeitos por causa de lockdowns como medidas de restrição de circulação de pessoas e de contenção do vírus.

Antes de se reunir com o ministro demitido, Eduardo Pazuello, Queiroga sinalizou aos repórteres que não terá autonomia. “A política [de saúde] é do Governo Bolsonaro, e não do ministro da Saúde. O ministro executa”, disse. Após o encontro, à tarde, ele endossou a fala de Pazuello de que haverá continuidade, não uma transição. Ou seja, só sairá o militar, e entrará um médico. A posse de Queiroga deve ocorrer nesta semana e ele deve cumprir agenda no Rio ao lado do ministro demissionário nesta quarta-feira. Queiroga já havia se manifestado em entrevista à CNN Brasil, na segunda-feira, que o lockdown não pode ser política de governo, uma declaração com potencial para irritar governadores pelo país que endurecem as restrições. Na ocasião, ele defendeu que a restrição só deve ser utilizada em situações extremas, sem precisar se considera que a atual situação do país, com 24 Estados com ocupação de UTIs em mais de 80%, como mostra o boletim da Fiocruz, é extrema. Segundo os cálculos do Imperial College, de Londres, a taxa de transmissão da covid-19 é de 1,23, ou seja, 100 infectados transmitem o vírus para 123 pessoas.

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Um pouco de graça

Nesta triste quadra em que vivemos, atormentados, de um lado, pelo mortal coronavírus e, de outro, pelo não menos letal bolsonorovírus, que tanta dor e tanta tristeza têm espalhado pelo Brasil, necessário se faz encontrar uma brecha, por menor que seja, para a entrada de um pouco de riso. E, com ele, sonharmos com um amanhã melhor. Não por acaso, Frederico, o Grande, já dizia, em priscas eras, que “Tudo no mundo é loucura, exceto a alegria”.

Mais atual e sábio, o meu saudoso Rubem Alves garantia que “a alegria não mora no futuro, mas só no agora. Ela está lá, modesta e fiel, no espaço da casa, no espaço da rua. Se não a encontrarmos, não é culpa dela. É culpa nossa”.

Em busca da alegria, logo nos vem à mente “a última do português”. Aliás, sempre achei um maldoso e injusto preconceito difundirmos “piadas de português” – um povo tão cordial, tão amigo e tão inteligente. Aí, soube que, em Portugal, trocando de lado os personagens, conta-se também “a última do brasileiro”.

Em assim sendo, com todo o respeito aos lusitanos, conto-lhes o caso da Maria, mulher do Manuel. Ela foi ao laboratório, para o exame de fezes. Colocou a latinha com o conteúdo para o exame em cima do balcão. Ia saindo, quando a recepcionista, alertou-a:

– A senhora esqueceu de colocar o nome.

– Ah, sim – respondeu Maria. Voltou e escreveu: BOSTA.

Manuel, que a aguardava na rua, de repente, vê uma casca de banana no chão, a um cinco metros de distância. Pensou, na hora:

– Ai, Jesus! Lá vou eu cair de novo!…

Logo depois, já em casa, Manuel ligou para o Joaquim:

– Por favoire, eu queria falar com o Joaquim!

– Pode falar. É o próprio.

– E aí, Próprio, tudo bem? Chama o João para mim!

Quando ainda era solteiro e passava uns dias em Florianópolis, Manuel arranjou uma namorada num dia de inspiração.

Resolveram sair de carro para um passeio até Balneário Camboriú. Depois de rodar uns cinquenta quilômetros, Manuel, tomado de inusitada coragem, botou as mãos nas pernas da garota, que reagiu imediatamente:

– Se quiser, pode ir mais longe.

Animado, Manuel engatou a quinta e veio até Curitiba…

Esse tipo de ingenuidade portuguesa pode ser história. No entanto, uma coisa é certa: o português leva tudo ao pé da letra.

Isso foi confirmado pessoalmente pelo bom amigo Edson Dallagassa, que se aniversariou na última terça-feira. Ele passava uns dias, com a Rosilda dele, na cidade do Porto, no noroeste de Portugal. Aí, o casal resolveu visitar um dos muitos museus da cidade, não sei se a Casa do Infante, a Quinta de Santiago ou o Museu do Vinho. Só que não encontrava a entrada. Aí, deu com um guarda que zelava pelo local. Edson indagou a ele:

– Por favor, o senhor poderia me dizer como a gente entra no museu?

A resposta foi solícita: “Pela porta”.

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O Julgamento de Viviane Amsalem – crítica

cartaz-gettEm Israel, somente os rabinos tem o poder de firmar ou dissolver um casamento. Mas esta última opção só se concretizará se houver total consentimento do marido. Viviane Amsalem (Ronit Elkabetz) está pedindo um divórcio há três anos, mas seu marido, Elisha (Simon Abkarian), a nega. A intransigência do marido e a determinação de Viviane em lutar por sua liberdade dão o contorno deste processo.

20 de agosto de 2015 (1h 56min). Direção de Shlomi Elkabetz, Ronit Elkabetz. Com Ronit Elkabetz, Menashe Noy, Simon Abkarian. França, Israel e Alemanha

A lei dos homens

Em Israel, de acordo com as leis religiosas, um casal apenas pode se divorciar com o consentimento do marido. É ele quem decide se a mulher pode ou não ficar “livre para outros homens”. O Julgamento de Viviane Amsalem questiona este princípio ortodoxo através da história de uma esposa que luta, durante cinco anos, para obter o divórcio de um marido controlador. Como ele se recusa a conceder a separação, os rabinos e juízes nada podem fazer para resolver o caso.

O Julgamento de Viviane Amsalem – É interessante que o roteiro não apresente fatos agravantes para justificar o divórcio. Nenhuma violência doméstica, infidelidade ou abandono é introduzido na trama para sustentar o pedido. Viviane deseja abandonar o marido por falta de amor. “Isso é irrelevante”, responde um dos juízes. Pelo contrário, parecem dizer os diretores Ronit Elkabetz e Shlomi Elkabetz: o absurdo tão bem abordado neste drama é o amor sendo ignorado pelas leis religiosas. Ora, se o marido não bate na esposa, se ele fornece os bens materiais necessários à vida do casal, ela não tem motivos palpáveis para requerer o divórcio. A religião judaica, machista como todas as três grandes religiões (cristianismo e islamismo incluídos), faz da mulher uma possessão do homem.

O Julgamento de Viviane Amsalem consegue evitar o maniqueísmo que poderia facilmente nascer do tema. Viviane (Ronit Elkabetz) não é uma pobre vítima, Elisha (Simon Abkarian) não é um monstro. Os juízes também não são pessoas perversas e maldosas; eles apenas seguem uma ideologia que os precede, sem questionamento. Isso torna a mecânica desta história tão fascinante: todos estão presos a uma lei (divina e humana) que não se adaptou à evolução social. Viviane é apresentada como uma mulher moderna, embora não revolucionária, apoiada por um advogado idealista (Menashe Noy) e contestador, por não usar o quipá diante de autoridades religiosas. Ventos modernos sopram na claustrofobia deste cenário.

Por falar em cenários, o filme inteiro se passa no espaço de um tribunal. Nenhum personagem abandona os cômodos brancos e minimalistas da sala de julgamento e da sala de espera. O recurso teatral poderia ser monótono, mas os cineastas adotam uma abordagem expressiva e dinâmica dos planos e da montagem. A sucessão de elipses indicadas na tela (“dois meses mais tarde”, “três meses mais tarde”) reforça o absurdo tragicômico deste caso: os personagens retornam às mesmas cadeiras, ano após ano, debatendo o direito de não amar. A luta labiríntica e repetida de Viviane, mês após meses, adquire tons kafkianos.

Bruno Carmelo

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Crazy Babe. © IShotMyself

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Queiroga, direitista pró-ciência, melhorará o chefe, ou este vai piorá-lo?

Jair Bolsonaro escolheu o seu quarto ministro da Saúde, agora Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Certamente não pesou na escolha o fato de o médico já ter defendido o uso de máscaras e do distanciamento social. Afinal, esses meios comprovadamente eficazes para reduzir a contaminação não têm o apoio de seu novo chefe, Jair Bolsonaro. Tudo indica que a proximidade do novo ministro com o senador Flávio Bolsonaro, o filho Zero Um, teve um peso maior.

Como Queiroga vai conseguir conciliar a sua reputação de médico com a aplicação prática — e de consequências homicidas — das teorias do presidente? É o que nós vamos ver.

Poderia haver um encontro virtuoso aí, de sorte que Bolsonaro melhoraria um pouquinho. Mas já sabemos que as coisas não funcionam desse modo. O presidente tem o estranho poder de piorar aqueles que dele se aproximam. Em vez de aprender alguma coisa com os mais sabidos — e Bolsonaro não sabe quase nada sobre tudo —, os mais sabidos é que rebaixam seu conhecimento às idiossincrasias do chefe.

É o que acontece, por exemplo, com Paulo Guedes. Digam-me: depois desses quase três anos de convivência — incluindo a campanha eleitoral —, o que aconteceu: Bolsonaro aprendeu um pouco de economia, ou a economia que Guedes tinha na cabeça está mais desorganizada do que antes desse convívio deletério?

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O engenheiro do caos…

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Sobre a ‘legítima’ defesa da honra

O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou a tese de que, no tribunal do júri, o réu pode ser absolvido alegando legítima defesa da honra em caso de feminicídio.

A emoção ou paixão não excluem o crime.

Tecnicamente, não existe legítima defesa da honra. Essa tese foi considerada esdrúxula.

Para o STF, o quesito genérico quando perguntado ao júri sobre a absolvição do réu, não autoriza a utilização da tese de legítima defesa da honra, permitindo, assim, ao Tribunal de Justiça anular a absolvição manifestamente contrária à prova dos autos.

Desta forma, a liberdade decisória dos jurados foi limitada.

A legítima defesa da honra foi considerada recurso argumentativo odioso, desumano e cruel utilizado pelas defesas de acusados de feminicídio ou agressões contra mulher para imputar às vítimas a causa de suas próprias mortes ou lesões, contribuindo imensamente para a naturalização e a perpetuação da cultura de violência contra as mulheres no Brasil.

O STF, por unanimidade, firmou o entendimento de que a tese da legítima defesa da honra é inconstitucional, por contrariar os princípios da dignidade da pessoa humana, da proteção à vida e da igualdade de gênero.

A decisão excluiu a legítima defesa da honra do âmbito do instituto da legítima defesa. Também proibiu à defesa, à acusação, à autoridade policial e ao juízo de utilizarem, direta ou indiretamente, essa tese (ou qualquer argumento que induza à tese), sob pena de nulidade do ato e do julgamento.

Fonte:

http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=462336&tip=UN

http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6081690

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Portfólio

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