Na decisão que determinou a substituição da prisão preventiva do deputado Daniel Silveira por domiciliar, o ministro Alexandre de Moraes reiterou que os fatos criminosos imputados ao parlamentar são “gravíssimos”.
“Não só atingiram a honorabilidade e constituíram ameaça ilegal à segurança dos ministros do Supremo Tribunal Federal como se revestiram de claro intuito de tentar impedir o exercício da judicatura”, escreveu o ministro.
“As reiteradas condutas ilícitas do denunciado, igualmente, revelam sua periculosidade, pois não só reforçou as ameaças aos membros do STF, no momento de sua prisão – referindo-se, inclusive, a estar disposto a ‘matar ou morrer’ –, como ainda, agressivamente, desrespeitou recomendações legais pela utilização de máscara de proteção individual, tendo, supostamente, desacatado funcionário público no exercício da função; além de, atuar ativamente para que, ilicitamente, telefones celulares fossem introduzidos no local onde cumpria sua detenção na Polícia Federal.”
A aliança entre Jair Bolsonaro e o centrão enfraqueceu um dos focos de resistência na Câmara dos Deputados à agenda ambiental do governo.
A nova composição de forças na Casa permitiu que aliados do presidente fossem escolhidos nesta semana para chefiar comissões que tratam de temas ambientais.
As escolhas abrem o caminho para uma avalanche de projetos de lei que estão em análise nas comissões e são considerados nocivos por ambientalistas, como a liberação da caça, a redução de parques nacionais e a liberação da pecuária em reservas legais.
O êxito da articulação mostra ainda um cenário favorável a propostas que já estão em fase final de tramitação e são tratadas como prioritárias pelo governo, como a que regulamenta a mineração em terras indígenas e a que flexibiliza os critérios para a privatização de terras públicas desmatadas ilegalmente.
A tramitação de várias dessas propostas havia sido congelada enquanto a Câmara esteve sob a presidência do deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), um crítico da agenda ambiental do governo.
Relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin disse hoje em entrevista ao UOL que não pode negar ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o mesmo tratamento de outros políticos acusados criminalmente. Na última segunda-feira (8), uma decisão do ministro além de anular as condenações do petista, devolveu a ele o direito de concorrer à Presidência, em 2022. Em entrevista por email, o ministro afirmou que a decisão se deu assim que concluiu a análise. “Mantendo, portanto, meu compromisso de julgar as ações da Lava Jato com celeridade”, disse. O habeas corpus de Lula foi protocolado há cerca de quatro meses, em 4 de novembro do ano passado.
Questionado sobre a declaração do ministro Marco Aurélio Mello, que ao UOL considerou a decisão uma “bomba atômica”, Fachin disse que o entendimento do plenário da Corte vem fortalecendo as limitações de competência ao longo dos últimos anos. “Não é a chuva de um dia que rompe a represa”, resumiu Fachin.
Hoje falei do Remdesivir, esse remédio aprovado pela Anvisa. Aliás, já tratei dele várias vezes ao longo da pandemia. As ações da empresa produtora, Gilead, subiram muito com o coronavírus.
É um remédio originalmente destinado a combater o vírus do ebola, portanto deve ser um potente antiviral. Há muito tempo que alguns pacientes mais ricos o utilizam. No Brasil, custa R$20 mil mais ou menos. No entanto, os resultados do remédio não são assim maravilhosos. A OMS, que teve acesso a algumas pesquisas, acha que não é um remédio a ser indicado.
Mas pesquisas na Inglaterra e nos Estados Unidos, onde o remédio está aprovado (Trump usou durante sua internação), indicam que o remédio tem eficácia para pacientes moderados e graves, desde que não estejam ainda intubados.
Segundo essas pesquisas, feitas com pacientes que tomaram o remédio e outros que tomaram um placebo, o antiviral consegue reduzir em alguns dias o tempo de internação. Numa pesquisa fala-se em quatro dias, numa outra cinco dias de encurtamento. O remédio é aplicado na veia e normalmente se destina a reduzir as dificuldades respiratórias.
O grande caminho ainda é a vacina. Hoje houve dois fios de esperança que confirmam minha tese de que devemos passar por cima do Bolsonaro e de Pazuello. A OMS parece que vai destinar rapidamente para o Brasil os três milhões de doses da Oxford que viriam para cá. É uma compra do consórcio Covax. Viria de qualquer jeito, mas os governadores argumentaram que a situação é grave, o Brasil tornou-se ameaça internacional.
Outra notícia boa é o fato de os Estados Unidos terem 30 milhões de doses da Oxford num depósito em Ohio e não as usam. Segundo o New York Times podem ser doadas para outros países.
Outra chance de conseguirmos algumas vacinas. Para isso é preciso que os governadores tomem a iniciativa e falem com a embaixada americana.
Tem sido esta a minha tese: alcançar o mundo, apesar do Itamaraty, dirigido no momento pelo obscurantismo.
Outro dia, entrevistando o prefeito de BH, Alexandre Kalil, perguntei se não ia comprar vacinas. Ele respondeu que quem deveria comprar vacinas é o presidente e que o negócio era pressionar Bolsonaro. Tudo bem. Passaram dez dias da entrevista e Kalil anuncia que fez um negócio com a Sputnik e está esperando apenas a autorização da Anvisa.
Tudo isso é muito bom, o país inteiro precisa se mover, ignorar Bolsonaro e guardar todas as provas para responsabilizá-lo adiante. O momento é de salvar vidas e retomar a atividade econômica.
Começa mais um fim de semana. Domingo tem jogo no Maracanã e uma novidade: Flamengo e Fluminense fazem campanha para a adoção de animais. É uma campanha urgente porque dizem que aumentou em 70 por cento o número de animais abandonados com a pandemia.
Hoje vi uma cena emocionante na tevê. Aconteceu em Juazeiro do Norte Ceará: um lindo viralata negro entrou numa clinica veterinaria como se pedisse ajuda. Foi acolhido, tem um tumor e já começou a quimioterapia. Um conto de fadas. Muitos querem adotá-lo, mas parece que a veterinária não vai deixá-lo nunca mais.
Constituição: livrinho de regras e princípios que ora é cumprido, ora descumprido;
Coveiro: trabalhador de cemitérios, responsável pela preparação das covas e dos túmulos durante o funeral. Entrevistado em 20 de abril de 2020, a respeito das mortes pela pandemia, Bolsonaro disse: “Eu não sou coveiro”, e não quis mais falar sobre a relação entre a mortalidade da doença e medidas de restrição;
Genocídio: expressão usada para definir extermínio sistemático de um grupo étnico ou a todo ato deliberado que tenha como objetivo o extermínio de um aspecto cultural fundamental de um povo. A omissão deliberada de negar a pandemia e a ciência podem caracterizar genocídio perante os tribunais penais internacionais;
Gripezinha: sinônimo de resfriadinho, não tem nada a ver com a pandemia, apesar de Bolsonaro afirmar que era idêntica à covid-19 em 24/03/2020;
Máscara: peça com que se cobre parcial ou totalmente o rosto para ocultar a própria identidade (máscara de carnaval) ou para se proteger da pandemia. Em 25/02/2021 dia no qual o Brasil registrou 1582 mortes pela covid, Bolsonaro questionou a eficácia do uso de máscara e o isolamento social, quando ambos são comprovadamente eficazes e recomendados pelas autoridades sanitárias para conter a pandemia;
Necropolítica: é quando o Estado escolhe quem deve viver e quem deve morrer, as escolhas seletivas na medicina de catástrofe, obrigam a escolher quem tem maior chance de vida a receber prioritariamente oxigênio, ingressar na UTI, pela omissão na compra das vacinas e na falta de políticas de prevenção como uso de máscaras ou afirmar que a cloroquina, a invermectina, o ozônio no reto e outras medidas sem a comprovação científica de que são funcionais;
Negacionismo: expressa a ideia de negar a ciência, negar a realidade como forma de escapar da verdade desconfortável, política de negar a pandemia e suas medidas de prevenção, e pode caracterizar o genocídio;
Omissão governamental: quando a lei prevê determinada conduta e os agentes políticos ou servidores públicos a descumprem. Por exemplo, deixar de comprar vacinas, se omitir na distribuição de recursos orçamentários para o combate à pandemia e tudo que está ocorrendo no país;
Pandemia: em grego significa de todo o povo, doença infecciosa que se espalha entre a população de um estado ou no mundo;
Pária: marginal, quem está à margem da sociedade, a política negacionista da pandemia no Brasil e a política internacional desastrosa deixou o país como um pária no cenário internacional, prejudicando exportações e negociações comerciais;
Vacina: suspensão de microrganismos patogênicos, mortos ou atenuados, introduzida num organismo a fim de provocar a formação de anticorpos contra determinado agente infectante. Os países civilizados estão vacinando em massa suas populações, aliás como fizeram com os testes em massa que sequer ocorreram no Brasil.
Mário Filho é dos maiores responsáveis pela mística do FlaXFlu, promoveu o primeiro desfile de escolas de samba, criou os Jogos da Primavera, os campeonatos de pelada do Aterro, foi o maior defensor da construção do estádio para a Copa de 1950.
Nelson Rodrigues, irmão de Mário, o chamava de “o inventor das multidões”. Escritor de mão cheia, escreveu ainda o primeiro grande clássico sobre a história do futebol entre nós: O Negro no Futebol Brasileiro. A mudança é mais um capítulo da tragédia do assassinato do estádio. ( Luiz Antonio Simas)
Irmão mais velho de Nelson Rodrigues, Mario promoveu até campeonatos de botão. Com cabelos e sobrancelhas cor de ferrugem e um charuto no canto da boca, inventou a imprensa esportiva no país, formulando para si mesmo a pergunta: se o jogo é no domingo, por que não se começa a falar dele nos dias da semana? A construção do Maracanã no bairro do Maracanã deve-se a ele, ao combater, pelo Jornal dos Sports, a proposta do vereador Carlos Lacerda de levar o estádio da Copa de 50 para Jacarepaguá.
Mario Filho é um nome perfeito. Mas não adianta. Na época da inauguração era estádio Mendes de Moraes, nomeação que foi ignorada pelos cariocas. Que vão continuar ignorando qualquer mudança. O Maracanã é simplesmente o Maraca. ( Álvaro Costa e Silva, o Marechal)
Constituição: livrinho de regras e princípios que ora é cumprido, ora descumprido;
Coveiro: trabalhador de cemitérios, responsável pela preparação das covas e dos túmulos durante o funeral. Entrevistado em 20 de abril de 2020, a respeito das mortes pela pandemia, Bolsonaro disse: “Eu não sou coveiro”, e não quis mais falar sobre a relação entre a mortalidade da doença e medidas de restrição;
Genocídio: expressão usada para definir extermínio sistemático de um grupo étnico ou a todo ato deliberado que tenha como objetivo o extermínio de um aspecto cultural fundamental de um povo. A omissão deliberada de negar a pandemia e a ciência podem caracterizar genocídio perante os tribunais penais internacionais;
Gripezinha: sinônimo de resfriadinho, não tem nada a ver com a pandemia, apesar de Bolsonaro afirmar que era idêntica à covid-19 em 24/03/2020;
Máscara: peça com que se cobre parcial ou totalmente o rosto para ocultar a própria identidade (máscara de carnaval) ou para se proteger da pandemia. Em 25/02/2021 dia no qual o Brasil registrou 1582 mortes pela covid, Bolsonaro questionou a eficácia do uso de máscara e o isolamento social, quando ambos são comprovadamente eficazes e recomendados pelas autoridades sanitárias para conter a pandemia;
Necropolítica: é quando o Estado escolhe quem deve viver e quem deve morrer, as escolhas seletivas na medicina de catástrofe, obrigam a escolher quem tem maior chance de vida a receber prioritariamente oxigênio, ingressar na UTI, pela omissão na compra das vacinas e na falta de políticas de prevenção como uso de máscaras ou afirmar que a cloroquina, a invermectina, o ozônio no reto e outras medidas sem a comprovação científica de que são funcionais;
Negacionismo: expressa a ideia de negar a ciência, negar a realidade como forma de escapar da verdade desconfortável, política de negar a pandemia e suas medidas de prevenção, e pode caracterizar o genocídio;
Omissão governamental: quando a lei prevê determinada conduta e os agentes políticos ou servidores públicos a descumprem. Por exemplo, deixar de comprar vacinas, se omitir na distribuição de recursos orçamentários para o combate à pandemia e tudo que está ocorrendo no país;
Pandemia: em grego significa de todo o povo, doença infecciosa que se espalha entre a população de um estado ou no mundo;
Pária: marginal, quem está à margem da sociedade, a política negacionista da pandemia no Brasil e a política internacional desastrosa deixou o país como um pária no cenário internacional, prejudicando exportações e negociações comerciais;
Vacina: suspensão de microrganismos patogênicos, mortos ou atenuados, introduzida num organismo a fim de provocar a formação de anticorpos contra determinado agente infectante. Os países civilizados estão vacinando em massa suas populações, aliás como fizeram com os testes em massa que sequer ocorreram no Brasil.
Hoje, 11 de março, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) completa 30 anos. No próximo dia 15 se comemora o ‘Dia do Consumidor’. Algum motivo para festejar? O CDC nunca foi o melhor código do mundo. Criaram um mito de que o Brasil estava ou está na vanguarda da defesa dos consumidores. Tudo balela!
Os valorosos Procons são órgãos com soft power, isto é, de pouco poder de atuação e dependem da estrutura do Poder Executivo. Em resumo: não possuem nenhuma independência funcional e suas decisões podem e são, frequentemente, derrubadas pelo Poder Judiciário.
As agências reguladoras, em regra, representam os interesses dos grandes setores empresariais e dos oligopólios. Os consumidores estão sempre no final da fila.
Parlamentares no Congresso Nacional maquinam e tramam a redução das penas dos crimes contra os consumidores por meio do Projeto de Lei 5.675/2013, que está em estágio avançado no Senado Federal. O superendividamento dos consumidores e a publicidade infantil são pouco ou nada discutidos.
Os serviços bancários e a práticas dos juros escorchantes e altas taxas de remuneração do mercado financeiro não são alvo de nenhuma ou quase nenhuma discussão legislativa.
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça freia eventuais decisões de vanguarda e protetivas dos consumidores originadas dos tribunais estaduais.
Os juizados especiais não são céleres se comparados com o mundo civilizado – e não são eficazes em coibir práticas abusivas ou em condenarem fornecedores e prestadores de serviços. As indenizações judiciais obtidas pelos consumidores são irrisórias, o que gera a indústria do descumprimento das regras consumeristas. Nunca tivemos uma indústria de indenizações, esse é outro mito.
Não temos um sistema de ações coletivas capazes de resolver as demandas de consumidores quanto a danos coletivos de grandes proporções, e nem o direito brasileiro nas tragédias coletivas, vide Mariana e Brumadinho.
Contratar empresas para executar serviços de construção civil ou outros é uma aventura no Brasil e pouco se pode fazer em termos judiciais, a não ser buscar a reparação do dano, que é outra loteria de longo prazo. Não há um sistema de composição por arbitragem de litígios compatível com o mercado de consumo em larga escala.
O mercado da internet não possui regulação jurídica compatível com as big techs, nem muito menos as propagandas subliminares a que são submetidos os consumidores.
Temos um bom código, mas que parou no tempo e precisa ser urgentemente aperfeiçoado. Há uma enorme carência de regras jurídicas e estrutura para atender os consumidores.
Em síntese, há um descompasso entre situações contratuais inovadoras e um direito que ainda não existe ou sequer está sendo discutido no parlamento. Os fatos sobem de elevador e o direito vai pelas escadas, a passos lentos, contando os degraus.
A avaliação é do médico e neurocientista Miguel Nicolelis, professor catedrático da Universidade de Duke, nos Estados Unidos. Ele, que coordenou o Comitê Científico do Consórcio Nordeste para o combate ao coronavírus, falou ao UOL nesta terça (9), junto com a microbiologia e fundadora do Instituto Questão de Ciência, Natália Pasternak, e com o médico infectologista, reitor da Faculdade de Medicina do ABC e ex-coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus no Estado de São Paulo, David Uip.
Na mesma terça, o país bateu novamente o recorde de mortes registradas em 24 horas: 1.954. Este é o 48º dia consecutivo com média móvel de óbitos acima de mil. Até agora foram 268.568 vítimas.
Nicolelis, um dos mais prestigiados cientistas brasileiros, compara este momento ao de uma guerra – que está sendo perdida.
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