Um carnaval permanente

Um militar confessa articulações com o alto comando para ameaçar o Supremo Tribunal Federal pelas mídias sociais e confessa em livro tal desatino, na semana que antecede o carnaval.

Coincidência? Ou mais um recadinho de tantos, aos ministros do Supremo, para que se ponham em seus devidos lugares, nas gerais e não no camarote do poder. Descobre-se que não há vacinas, e nem se tem previsão de quando e se virão, outro apagão como tantos.

O ministro militar da pasta da saúde não é formado em logística, mas foi indicado com este predicado, também normal, a lista de falsos doutores e mestres é longa, da fanfarronice também.

Festas clandestinas lotam condomínios fechados, chácaras e ruas das periferias e de bairros chiques, sem máscaras carnavalescas ou de proteção à pandemia. Álcool? só o das garrafas.

As concessões de pedágio avançam em todo país, como tratores que revolvem a palha da colheita passada, mais 30 anos de escravidão tarifária abusiva.

A Petrobrás, refinarias lucrativas, Correios, Caixa Econômica, Banco do Brasil, a Eletrobrás todos na fila da privatização para corporações internacionais. Alcântara já se foi, a Amazônia a caminho.

AlalaôôôôoooôÔ.

O Centrão domina soberano o Congresso Nacional às custas de 3 bilhões de moedas dos cofres do poder executivo, habilmente transferidos, para barrar o impeachment, do qual abundam razões jurídicas e pelo descumprimento das mínimas regras da boa educação.

Nada acontecerá até o próximo carnaval. O povo está com fome? Dê armas para eles comerem. Pistolas, revólveres, carabinas, munições para derrubar um governo autoritário… Será?

As urnas eletrônicas não são confiáveis, segundo o poder de plantão, e parte do generalato urdindo mensagens nas redes sociais e assumindo seu papel de “moderador” do Estado.

Tudo isto acabará em 2022? Ou ficaremos mais 21 aninhos aguardando uma nova república? Processos penais são isto mesmo? Uma combinação explícita entre acusadores e o julgador para condenar os réus e se darem bem politicamente?

A autodenominada oposição patina, desconversa, apresentadores dominicais salivam, governadores pedem bençãos, e toda aquela fila de gaiatos em busca poder. E o Congresso Nacional? Permanece na alternância entre o insaciável e o genuflexo.

A pauta dos costumes avança. Os direitos sociais e coletivos retrocedem, marcham para trás. E o povo? Ao povo carnaval, desemprego e o auxílio emergencial minguado. E lambam os beiços.O escravagismo e o autoritarismo estruturais do Brasil pedem passagem.

Cordialidade? A violência contra as mulheres está batendo recordes e os indicadores sociais voltando aos patamares de 1980.

O Brasil Colônia que se prepare, um grande fazendão sem ciência ou pesquisa científica está por vir. Bons tempos aqueles?

O agro é pop, os agrotóxicos abolidos no mundo são utilizados no Brasil e fazem seu papel, dos lucros fáceis e da poluição dos mananciais, em larga escala.

O carnaval é isto, uma festa pagã sem organização que celebra o tudo e o nada, diverte, faz a catarse coletiva das injustiças, para depois da quarta-feira, tudo voltar ao normal.

Com 240 mil vítimas da pandemia,o Brasil é castigado pelo irresponsável negacionismo oficial. Relações internacionais com a China? Primeiro às boas maneiras, depois as tratativas. O Brasil é um carnaval permanente, sem rumo ou destino.

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Playboy|1980

1980|Liz Glazowski. Playboy Centerfold

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Mural da História

República dos Bananas

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Diário da crise CCCXXXIV

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Prisão em flagrante

O vídeo publicado pelo deputado Daniel Silveira (PSL), com ataques violentos e acusações graves aos ministros do STF, demonstra que é balela a construção de uma base política de apoio pelo presidente Jair Bolsonaro. O que existe é uma confusão de propósitos, que obrigatoriamente terá de receber uma razoável organização ou a bagunça acaba com o governo.

O deputado bolsonarista teve prisão em fragrante decretada nesta terça-feira pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, em decisão que determina a retirada do vídeo pelo YouTube. Silveira foi preso pela Polícia Federal na noite de ontem.

Silveira fez ataques grosseiros aos ministros Édson Fachin e Luís Roberto Barroso. Ele também acusa Gilmar Mendes de vender sentenças e o ministro Alexandre de Moraes de ligações com o PCC. No vídeo, ele fala também no fechamento do Supremo.

Silveira é um dos parlamentares que sobraram da base bolsonarista na Câmara ligada diretamente a Bolsonaro. Dos 52 deputados eleitos com Bolsonaro, hoje o grupo se restringe Prisão em flagranteà cerca de uma dúzia, cujo comportamento não se adequa ao perfil do chamado Centrão, no qual o presidente deposita a esperança de fugir de problemas com a Justiça e até da proteção de seu mandato.

Este episódio grotesco do vídeo do deputado desbocado se encaixa na dificuldade em saber qual é afinal a pauta política desse governo. Com Bolsonaro se acertando até com o PT de Lula para garantir um retrocesso que garanta sua proteção e da sua família, nada indica que seja oportuna uma encrenca desse tamanho exatamente com o STF, de onde sairão as decisões que podem consolidar a volta ao clima de impunidade.

O episódio mostra que o presidente terá de confrontar-se com a dificuldade de convivência entre esses extremistas e os políticos que aderem ao governo sem a intenção de se comprometer com complicações criadas por figuras pretensamente ideológicas, que é a formação do tal grupo raiz — habitualmente trazendo surpresas fora de controle, como esta agora.

Não tenho dúvida que Bolsonaro preferiria manter o grupo de parlamentares fanáticos atiçando a militância, mantendo a marca política agressiva que o levou ao poder, enquanto faz suas negociações por debaixo dos panos. Porém, ele terá de fazer uma escolha.

Com o Centrão, as negociações do governo serão ponto por ponto, do mesmo modo que foi com outros governos, inclusive os do PT.

É claro que tais acordos não envolvem o compromisso com bandeiras políticas que tragam o risco de abalar o resguardo político de boa parte dos deputados em relação a seus interesses, que às vezes costumam depender da apreciação do STF.

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Humor

João Cláudio Moreno é piauiense de Piripiri. 

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Fraga

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Os jornalistas e Rene Dotti

O jornalismo do Paraná , aquele praticado nos últimos 40 anos no garimpo bruto da independência, tem uma dívida de gratidão com o advogado Rene Dotti, morto às vésperas do Carnaval aos 87 anos.

Sozinho, ele fez mais pela categoria do que os chamados representantes classistas, incluídos aí o próprio sindicato, as variadas associações e até a poderosa OAB, sempre tão presentes na defesa oficial da liberdade de imprensa. Rene Dotti transformou a causa em prática forense e abriu as portas o seu renomado escritório para qualquer jornalista atingido pela ira de alguma fonte poderosa em busca de reparação.

Nunca recusou defesa , nem cobrou honorário e, mais surpreendente ainda, nunca colocou em dúvida a informação publicada. Algo extremamente raro num Paraná habituado à permanente bajulação em todas as suas esferas. Criou um círculo de proteção que salvou as carreiras daqueles poucos que ousaram divulgar o Paraná com mais lucidez e coragem. Ah, dirão os críticos, mas Rene Dotti recebeu de volta o compromisso referencial da imprensa, tornou-se inatingível na areia movediça das figuras públicas. Pois que seja: como diria o velho Guimarães, a ingratidão é o pecado que o homem menos reconhece em si.Da minha parte confesso o elo crucial do agradecimento com Rene Dotti.

Em nome da liberdade de escrever, ousei. E exagerei, errei, maltratei, porque não há caminho fácil para quem busca o real das coisas. Cumpri, enfim, meu ofício. Tudo graças a ele. Obrigada Rene Dotti.

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Bolsonaro é só mais um fanfarrão que vai passar

O presidente da República, o senhor Jair Bolsonaro, é só mais um fanfarrão. Como acabamos de publicar, ao discorrer sobre como evitar a difusão de fake news, uma especialidade sua, ele afirmou o seguinte, no canal de Instagram do seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, conhecido carinhosamente como Dudu Bananinha:

“O certo é tirar de circulação, não vou fazer isso porque eu sou um democrata, Globo, Folha de S. Paulo, Estadão, Antagonista…  que são fábricas de fake news. Agora, deixa o povo se libertar. Logicamente que, se alguém extrapolar em alguma coisa, tem a Justiça para recorrer.”

Jair Bolsonaro é um fanfarrão porque acha que pode “tirar de circulação” veículos de imprensa, e afirma que só não o faz porque é “um democrata”. Não pode. A liberdade de imprensa é garantia constitucional, não é favor de “um democrata” como Bolsonaro. Quem tira jornal Bolsonaro é só mais um fanfarrão que vai passarde circulação é o leitor, quando deixa de comprá-lo. O que Bolsonaro pode fazer, portanto, é estimular os seus partidários a deixar de comprar jornais que mostram as mazelas do seu governo ou criticam a sua psicopatia  — e passar a consumir, no lugar de notícias, o lixo produzido pelos veículos chapa branca que recebem dinheiro governamental. Há quem caia no engodo em curso diariamente.

Bolsonaro também pode intimidar anunciantes para asfixiar a imprensa, prática da qual já é useiro e vezeiro, em lição aprendida com aquele outro às da democracia, o senhor Luiz Inácio Lula da Silva. E pressionar emissoras do interior, mais suscetíveis às chantagens do poder, a não transmitir mais a programação de quem lhe é crítico. Foi o que ocorreu, por exemplo, com a Rádio Educadora, de Uberlândia, que transmitia os programas Papo Antagonista, Reunião de Pauta e Boletim A+. Os diretores da emissora afirmaram ter recebido “ordens de cima” para tirar os programas do ar.

Acertando ou errando, a imprensa de verdade não vive de favores de “um democrata” como Jair Bolsonaro. Vive do trabalho de apurar informações e publicar notícias de interesse público. Ao longo do caminho por vezes pedregoso, a imprensa costuma sofrer perdas pela ação de governantes pouco afeitos à verdade dos fatos, mas sempre sobrevive a quem lhe tenta assassinar. Não há sociedade livre sem imprensa livre, mas as sociedades livres sempre podem dispensar Lulas e Bolsonaros, como mostra a história. Eles só são essenciais nos seus delírios de grandeza.

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Mas é Carnaval… #SQN

Dona Neide sentiu falta do Carnaval do Rio. A bem da verdade, nunca pisou na passarela do samba e nem é torcedora fervorosa de nenhuma escola de comunidade. A referência dela é a lembrança do irmão, que também não gostava da festa pagã e não tinha nem uma gota sequer de sangue no pé polaco, mas virava as madrugadas, acompanhando pela TV os desfiles na Marquês de Sapucaí. A cunhada achava que era só por causa dos trajes (ou da economia deles) nos carros e alegorias em geral, mas Dona Neide explica que o irmão gostava mesmo das histórias e curiosidades contadas pelos enredos das agremiações. Uma aula que não se lia nos livros didáticos!

Com todas as críticas envolvendo essa indústria do entretenimento, inclusive a “pasteurização” e “gourmetização” dos enredos, depois que se tornaram peças de marketing de governos ou, indo mais a fundo, nos bastidores do poder e da exploração das violências por trás do festerê em si, não tem como não concordar com o saudoso irmão da senhora curitibana de que a folia tem lá seus encantos e que se aprende muito sobre as nossas raízes, nossa história e formação cultural com a produção carnavalesca. Mesmo quem se orgulhava em não gostar, de alguma forma aproveitava aquela semana preguiçosa e de atrevimentos que os festejos propiciavam.

O que eu sinto mais falta, dos blocos de rua ao desfile naquele palco iluminado, é do carnaval de contestação, subversivo, crítico e polêmico, que denuncia e satiriza as perversidades no cotidiano do povo pobre. Até por isso que, como bem canta e desenha Chico Buarque, quando descreve em “Vai Passar” esse estandarte do sanatório geral, o feriado que simbolicamente adia em nosso calendário o início oficial do ano de labutas também carrega um certo aspecto vingativo de catarse popular: “E um dia, afinal, tinham direito a uma alegria fugaz, uma ofegante epidemia, que se chamava Carnaval”.

Nesse quesito, o Brasil atual seria um cenário profícuo para a criatividade dos carnavalescos. A julgar pelo sucesso das diversas marchinhas da vacina no ambiente das lives e vídeos postados nas redes sociais e ainda pela profusão de bizarrices, absurdos, barbaridades e canalhices dos poderosos de plantão, o Carnaval de 2021 tinha tudo para ser “A” celebração da expressão e da inventividade do nosso povo, que é profissional em ironizar a própria desgraça. Que falta que faz! Seria uma festa gastronômica também, sem dúvida, com alegorias de laranjais, hamburgueres, de leite condensado, de churrascos e de cervejas. Fora as rachadinhas, os jacarés e marrecos inspirados nas bufas, bazófias e fanfarrices com o dinheiro público. Blocos e escolas não perdoariam. Capaz que não!

Sinto falta daquela alusão a uma alegria coletiva, de construção comunitária. Se, no início da pandemia, aliviamos a carga do pânico estabelecido com o conforto trazido pelos shows e transmissões ao vivo de apresentações artísticas remotas, imagina quando pudermos de novo abraçar as pessoas ao encontrá-las, pular o Carnaval nas ruas e nos salões, com a criançada gastando energia nos bailes infantis?! Fora a estrutura envolvida e a receita gerada nessa produção cultural e artística legitimamente brasileira, que é atração turística e fonte de renda para muita gente. Penso rapidamente nas costureiras, músicos, cenógrafos, coreógrafos, passistas, foliões… Isso se focarmos atenção apenas nos desfiles do Rio de Janeiro, sem contar o Carnaval de Olinda, a festa do frevo no Recife, do Axé na Bahia, de Bois no Amazonas e no Maranhão e até o São João, daqui a alguns meses, nos estados do Nordeste, especialmente no cinturão sertanejo mais castigado pela geografia. Continue lendo

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C’est la vie…

The life of 1930’s parisian prostitutes.

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Justiça do Rio liberta PM suspeito de chefiar milícia e mais seis integrantes do grupo

O juiz Leonardo Rodrigues Picanço, da 1ª Vara Criminal Especializada do Rio, determinou a soltura do capitão da PM Leonardo Magalhães Gomes da Silva, acusado de ser chefe de uma milícia da Zona Oeste do Rio.

Outros seis integrantes do grupo foram liberados também. Todos foram presos na Operação Porto Firme, deflagrada pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) em julho do ano passado, informa o Globo.

O magistrado entendeu que “não mais se tem por presente, neste momento, ameaça devidamente delineada à ordem pública, à instrução criminal”.

Capitão Léo, como é conhecido, e outros 15 integrantes da quadrilha, são investigados por corrupção ativa, agiotagem, extorsão, tráfico de drogas e de armas, homicídios e grilagem de terras.

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Cléo Pires.  © Selfie|Instagram

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Faça o seu próprio Carnaval

As marchas eram alegres; os sambas, tristes. Estão todos no YouTube

Ontem, domingo de Carnaval, a consciência do vazio. Não há nem pode haver Carnaval este ano. Mas o silêncio pode ser quebrado pela memória. E há muito que lembrar, tanto dos Carnavais que vivemos ou herdamos de nossos pais quanto dos que nos foram trazidos pelos discos ou pela memória dos outros. É um legado de alegria e beleza, difícil de igualar por qualquer outra música popular. E, ao nos deixarmos levar, veremos que é muito mais rico, temática e ritmicamente, do que pensamos.

Sim, as marchinhas estão hoje reduzidas a “Mamãe, Eu Quero” (1937), “Touradas em Madri” (1938), “Alá-lá-ô” (1940) e “Cabeleira do Zezé” (1964). Mas há centenas a descobrir, como “Moreninha da Praia” (1933), “Eva Querida” (1935), “Aurora” (1941), “Maria Escandalosa” (1955). Se forem ingênuas para nossos dias, há as picantes, como “Nós, Os Carecas” (1942), “Ruas do Japão” (1944), “Mamãe, Eu Levei Bomba” (1958), “Pó de Mico” (1963). E o que dizer das marchas líricas, de grande autoridade melódica, como “Formosa” (1933), “Rasguei a Minha Fantasia” (1935) ou “Serpentina” (1950)?

E as marchas-rancho, como “Malmequer” (1940), “Dama das Camélias” (1940) ou “Os Rouxinóis” (1958)? E as valsas, como “Nós Queremos Uma Valsa” (1941) e “O Danúbio Azulou” (1943)? E as batucadas, como “Nega Maluca”, “General da Banda” e “A Coroa do Rei”, todas de 1950? E os cocos, como “Bigorrilho” (1964)? E os frevos, como “Evocação” (1957)?

Mas nada supera os sambas. Eles eram o grande Carnaval: “Dorinha, Meu Amor” (1929), “Até Amanhã” (1933), “Agora É Cinza” (1934), “Implorar” (1935), “Ó Seu Oscar” (1940), “Atire a Primeira Pedra” (1944), “É Com Esse Que Eu Vou” (1948), “Madureira Chorou” (1958), “Fechei a Porta” (1960), “Quero Morrer no Carnaval” (1961), “Eu Agora Sou Feliz” (1963), muitos mais.

Publicado em Ruy Castro - Folha de São Paulo | Comentários desativados em Faça o seu próprio Carnaval
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