Fernando Haddad versus Robinho: a esquerda sempre mirando nos alvos mais fáceis nas suas lacrações

A esquerda brasileira gosta de temas que facilitem seu espírito lacrador, no embalo regozijante que faz de uma condenação um autoelogio, na linha do “olha como eu sou superbacana” me colocando contra isso. Pelo jeito, o alvo agora é o jogador Robinho, por causa da condenação por estupro na Itália. O caso é asqueroso. Estupraram em grupo uma mulher completamente bêbada.

Só por estar em uma situação como esta e não intervir em defesa da vítima, o jogador já teria demonstrado a péssima qualidade de seu caráter. Mas tem mais: ele admite que levou a vítima do estupro coletivo a praticar sexo oral nele. Mas para Robinho “isso não significa transar”. Esta confissão está em um áudio que vazou e piorou a situação do jogador junto à opinião pública.

Em um trecho da conversa entre cafajestes, um músico que tocava na boate na noite do estupro avisa Robinho sobre a investigação. A resposta do jogador serve como prova incriminadora: “Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”. Sua condenação em primeira instância é de nove anos de cadeia. Ao contrário do que acontece só aqui, na Itália o condenado vai preso na segunda instância. Este parece ser o destino mais provável de Robinho.

Como eu disse, o caso de Robinho é fácil para lacradores da esquerda, até porque toca em um eleitorado importante, o do voto feminino. Até Manuela D’Ávila deu seu recado de gente do bem nas redes sociais, entrando na onda da incriminação do jogador, ela que já se recusou a condenar até o ditador comunista Stálin, que teve a responsabilidade direta pela morte de milhões de pessoas durante seu governo na antiga União Soviética, muitas vítimas inclusive caçadas em outros países — claro que a conta macabra inclui estupros de mulheres dissidentes.

O petista Fernando Haddad é outro que tentou tirar uma casquinha lacradora, mas quebrou a cara porque tentou fazer um jogo de palavras muito idiota e trombou com a militância racialista, essa parcela intolerante de uma esquerda mal-humorada e ignorante que tenta aparelhar também a língua portuguesa.

Procurando pegar carona em um vídeo de Casagrande que está bombando na internet, ele tentou fazer graça com uma associação entre o nome do jogador e a “casa grande” das fazendas da época da escravidão. Então passou a ser tachado de racista. Haddad se acovardou e excluiu a mensagem, mas nada desaparece na internet. Veja na imagem.

Haddad é um dos grandes responsáveis por este clima opressivo que acossa qualquer um que pense com liberdade no Brasil. Sempre tem alguém trazendo picuinhas idiotas que fogem ao tema debatido e implicam até com determinadas palavras da língua portuguesa, desqualificando quem não aceita determinadas posições de esquerda ou medidas que embora até pareçam justas servem na verdade para beneficiar grupelhos, prejudicando a igualdade de direitos e de oportunidade.

Haddad levou cacetadas dos setores patrulheiros que estimulou como ministro da Educação e prefeito de São Paulo. Por ironia do tempo, agora ele está preso no próprio universo intolerante de que foi um dos criadores, sofrendo ataques que pensava que atingiriam apenas os adversários. E que ele se dê por feliz por seu plano não ter dado certo por completo, pois em países onde isso aconteceu, muitos mestres do autoritarismo como ele acabaram sendo mortos ou passaram a vida aprisionados em gulags comunistas.

Este sujeito que não conseguiu obter apoio eleitoral em um segundo turno nem disputando com um candidato asqueroso como Jair Bolsonaro condena com facilidade um jogador envolvido em um estupro, tentando lacrar com um jogo de palavras que é uma bobajada, mas em entrevista num recente Roda Viva, ao ser perguntado se condenaria as atitudes do ditador Nicolás Maduro, da Venezuela, onde francos-atiradores governistas matam nas ruas manifestantes pacíficos, ele preferiu falar mal da oposição venezuelana. Claro que além de atirar no povo, as milícias de Maduro não deixaram de estuprar mulheres da oposição.

E tem outro ponto importante para apontar nesta hipocrisia dessa esquerda que gosta de lacrações fáceis. Durante sua campanha para presidente da República, Haddad viajava regularmente à Curitiba, para receber ordens de um presidiário famoso, o ex-presidente Lula, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro já na segunda instância e respondendo a outros processos. Na Itália, Lula seria mantido no xilindró, mas ainda hoje, ao contrário do que fazem com Robinho, essa esquerda exalta o chefão do PT. E vejam que a condenação do jogador ainda é de primeira instância.

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Coisas das eleições

1.Ver candidatos sorrindo e felizes na propaganda eleitoral, como se tudo estivesse a mil maravilhas;

2. Sempre aparecerem em favelas, em obras, caminhando, com criancinhas no colo, e com um fundo musical;

3. Aparecerem, normalmente, com camisas azuis ou brancas, ternos escuros, com a cidade ou o trânsito de veículos ao fundo do cenário;

4. A lei eleitoral proibir o financiamento de campanhas por empresas e pelos bancos, mas admitir as doações dos empresários como pessoa física, o que dá na mesma;

5. A legislação permitir que os candidatos ricos autofinanciem as suas campanhas, favorecendo os afortunados e mantendo a desigualdade dos pleitos;

6. Os prefeitos e vereadores continuarem fazendo campanha no exercício do mandato sem se afastarem das suas funções;

7. Em toda campanha os candidatos falarem em vão despoluir os rios, preservar mananciais e as com propostas ambientais politicamente bacanas, mas os rios continuarem cada vez poluídos e fétidos e a natureza cada vez mais devastada;

8. Não divulgarem quais os benefícios e a remuneração e os deveres legais dos políticos, o que devem, podem ou não fazer;

9. Ver candidatos à reeleição aparecerem como novidade e os novos como tradicionais;

10. Assistir filhos, netos, sobrinhos e toda família se candidatar, sem divulgarem os seus graus de parentesco, mas se apresentando como novidade;

11. Não aparecer a legenda partidária de candidatos, pois isto no Brasil, na maior parte dos casos, pouco importa para o eleitor;

12. Ter que aguentar a propaganda eleitoral em horários aleatórios no rádio e na televisão, pois eles descobriram que no horário eleitoral todos desligam estes aparelhos;

13. Ouvir propostas vazias e genéricas que não comprometem ninguém e todos esquecem, rapidamente.

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Playboy|1970

1972|Sharon Clark. Playboy Centerfold

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Charlie Hebdo: um professor morre pela liberdade na França

Um professor foi morto nesta sexta-feira na França em um atentado terrorista islâmico. O homem que cometeu o crime foi morto por policiais. A vítima foi decapitada, perto do colégio onde lecionava. O professor de história foi assassinado por mostrar durante a aula os desenhos que satirizam Maomé e fazem críticas ao extremismo religioso, publicados pelo Charlie Hebdo, o semanário francês que teve sua redação metralhada por terroristas islâmicos em janeiro de 2015, com 12 pessoas mortas e cinco feridas gravemente. Na época, os três terroristas foram abatidos pelas forças de segurança.

No atentado ao Charlie Hebdo morreram dois cartunistas mais antigos que fundaram o jornal, Cabu e Wolinski, desenhistas geniais, respeitados no mundo inteiro. Da nova geração foram metralhados e mortos Charb, editor da publicação, e Tignous, que foi um dos grandes cartunistas da atualidade, humorista genial e desenhista habilidosíssimo de cartum. Dois policiais também foram assassinados pelos extremistas religiosos.

Como o atentado foi durante uma reunião de pauta, os terroristas islâmicos acabaram com o corpo editorial do semanário, porém o Charlie Hebdo não se rendeu, nem a França. O jornal é publicado até hoje, mantendo o mesmo espírito satírico de conteúdo crítico muito forte e explícito nas imagens, que é uma das marcas do humor francês, muito próprio de um país que teve uma história com o vigor da França, onde cabeças já rolaram literalmente por causa de filosofia e política e que chegou até a ser ocupado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Novos desenhistas apareceram no Charlie Hebdo, tem gente nova escrevendo no jornal. É um pessoal de coragem e precisamos de gente assim hoje em dia, senão esses criminosos que usam a religião para fazer da nossa vida aqui na Terra um inferno acabam vencendo. As críticas do Charlie Hebdo prosseguem no mesmo tom, cabendo aqui lembrar que usam com os cristãos a mesma acidez crítica dirigida aos islâmicos.

No mês passado, o jornal publicou uma capa com os cartuns que causaram o ódio dos terroristas islâmicos. A capa traz doze dos desenhos que se tornaram históricos na luta contra o obscurantismo religioso, tendo com destaque um ótimo cartum de Cabu. Veja todo este material na imagem.

Ainda tem pouca informação sobre o ataque terrorista contra o professor de história, que por sinal ocorre duas semanas depois de duas pessoas terem sido esfaqueadas e feridas gravemente perto da antiga redação do Charlie Hebdo. Nesses dias também estão sendo julgadas 14 pessoas que forneceram armas aos terroristas que cometeram os ataques ao jornal e em um supermercado kosher dois dias depois.

O presidente da França, Emmanuel Macron, em visita ao local do crime, definiu com perfeição o atentado de hoje. “Um de nossos compatriotas foi assassinado hoje porque ele ensinava seus alunos sobre liberdade de expressão, liberdade de crer ou de não crer”, ele disse.

A França reage aos criminosos a serviço do que há de pior numa religião e também age politicamente e culturalmente para afastar a ameaça do extremismo e a intromissão dos islâmicos na vida francesa. As mulheres vêm sendo uma força essencial nesta mobilização que é bastante forte hoje em dia, mesmo porque são as mulheres que mais sofrem quando o islamismo adquire poder sobre uma sociedade.

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A entrevista de Simone de Beauvoir e outras histórias de Sebastião

Não sei como foi no tempo dos outros secretários, mas na época do René Dotti o expediente na Secretaria da Cultura começava às 8h00 e, depois do intervalo para o almoço, não tinha hora para acabar. Quem chegasse atrasado, levava bronca.

Certo dia, ao chegar na Secretaria, o Paraíba, que era o porteiro, me disse: “Tem um sujeito lhe esperando. Disse que quer falar com o Secretário”. O Dotti, que acordava às cinco e chegava na Secretaria antes das sete, naquele dia tinha despacho no Palácio. Dias antes, numa madrugada de chuva e escuridão, René, não querendo acender a luz, para não acordar a esposa, calçou um sapato preto e outro marrom. Ninguém percebeu, até que a senhora do cafezinho, ao servir o secretário, sentado no sofá, olhou, riu e disse: “Secretário, o senhor está com um pé preto e outro marrom”. Dotti caiu na gargalhada, mas não foi em casa trocar. Com cada um que falava mostrava os sapatos.

Entrei na sala e vi um sujeito baixinho, magrinho, com vasta cabeleira preta, como as asas da graúna, com centenas de fios brancos. O bigode, com a mesma coloração, era enorme e lhe tapava metade da boca. O dito cujo se apresentou: “Sebastião França!” Disse que era amigo do René há quarenta anos. Falei que ele tinha que esperar o Secretário voltar do Palácio, mas que naquela manhã a agenda estava tranquila. Sebastião solicitou um café. Pedi para servirem. Disse que tinha viajado a noite inteira de ônibus toco duro do Rio de Janeiro para Curitiba. O amarfanhado da roupa confirmava a história.

Uma hora depois, chegou o Dotti. Avisei da visita e ele confirmou os quarenta anos de amizade. Mandou o Sebastião entrar. Quinze minutos depois, me chamou. O Sebastião, natural de Curitiba, filho do maestro Antônio Milito, trabalhava na Embrafilme e, saudoso da cidade natal, queria vir pra cá por uns tempos. Na época, a Embrafilme era presidida pelo Fernando Ghignone. O René falou com o Ghignone e conseguiu a cessão do Sebastião França com o salário pago pela estatal do cinema brasileiro. Fernando só pediu um ofício, que eu mesmo datilografei, para oficializar a cessão e justificar o pagamento da remuneração. Sebastião França pegou o ofício, botou dentro de uma pasta, e voltou para a Rodoviária. Iria enfrentar mais 17 horas de toco duro até o Rio.

Uma semana depois, Sebastião estava de volta de mala e cuia. Instalou-se no Hotel Brasília, que existe até hoje, entre a Carlos Cavalcanti e a Barão do Cerro Azul, enquanto procurava um apartamento mobiliado para alugar.

Num final de tarde, encontrou, na Boca Maldita, um conhecido de velhos tempos. Era um rádio ator que, por incrível coincidência, estava voltando para o Rio pela milésima vez. Uma rádio carioca estava relançando a rádio novela e convocou o, digamos, Figura. Iria, depois dos 70, fazer o papel do galã que tinha 25. Ali mesmo, no fio do bigode, fizeram a permuta. Sebastião foi morar na Saldanha Marinho, pertinho da Secretaria, e o Figura na Nossa Senhora de Copacabana. Sebastião achou que ficou no lucro, o apartamento da Saldanha era melhor que o da Copacabana e os aluguéis e condomínios equivalentes.

Já disse que o acerto foi feito no fio do bigode, nem trocaram os papéis nas imobiliárias. Só que – sempre tem um só que – o Sebastião tinha bigode, vasto como eu já disse, e o Figura não tinha. No primeiro mês, pagou o aluguel, mas não o condomínio. No segundo, pagou o condomínio, mas deixou de honrar o aluguel. No terceiro, nem aluguel nem condomínio. O Sebastião, cansado das ligações da imobiliária carioca, tentava achar o Figura, deixava recado na secretária eletrônica, na rádio e o Figura nada. Um dia, o ameaçou de morte. Recado ouvido, o Figura ligou pro Sebastião e disse: “Não se preocupe, passei hoje na imobiliária e acertei o valor dos alugueres (sim o Figura, como bom rádio ator falava alugueres) e dos condomínios. Dei um cheque do Unibanco”. O cheque, como imaginou o leitor, era borrachudo. Bateu e voltou.

Sebastião resolveu ir à guerra. Pediu uma licença de dois dias, foi ao Rio, abriu o apartamento (tinha cópia da chave), retirou todos os pertences do Figura e os jogou no corredor. Mandou chamar um chaveiro e trocou a fechadura da porta. Após o “despejo”, foi na imobiliária e saldou os débitos do Figura.

Ao voltar a Curitiba, tinha um recado do Figura dizendo que “perdoava” o Sebastião, falou que o nervosismo e a atitude por demais “violenta e radical” não tinham razão de ser. Ao final, pediu para o Sebastião deixar o apartamento da Saldanha. Era desnecessário, o França já tinha alugado outro, no mesmo prédio, que estava vago. O Figura ficou sabendo e só de raiva alugou outro apartamento no mesmo edifício da Nossa Senhora de Copacabana. Sebastião, no outro apartamento, só não gostou do colchão, era mole demais. Foi no Hermes Macedo e comprou um novo, durinho, que pagou em seis suaves prestações mensais no carnê.

Assim que chegou a Curitiba, Sebastião, cineasta, recebeu a primeira missão. Por aqueles dias, iria acontecer em Guarapuava as “Cavalhadas” e o prefeito Nivaldo Krüger havia pedido ao René que mandasse uma equipe para filmar o acontecimento, queria deixar registrado para a história. Tempos atrás, quando o meu querido amigo desembargador Fábio Haick Dalla Vecchia recebeu o título de cidadão benemérito de Guarapuava, reencontrei o Nivaldo Krüger, forte e rijo, contando as histórias do MDB Velho de Guerra. Como o pessoal do MIS – Museu da Imagem e do Som fez corpo mole, não queria passar o final de semana longe de Curitiba, o René Dotti escalou o Sebastião França. Continue lendo

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Triste fim do PT na cidade em que o partido do Lula nasceu

O PT pressiona Jilmar Tatto, seu candidato à prefeitura de São Paulo que já foi abandonado por personalidades de esquerda ligadas ao partido e lideranças petistas. Segundo a Folha de S. Paulo, Lula e Gilberto Carvalho admitem a possibilidade de retirar a candidatura de Tatto em favor de Guilherme Boulos. O jornal afirma que o PT já impôs prazo até outubro para que o candidato petista atinja dois dígitos nas pesquisas, uma posição que com este clima fica ainda mais difícil de alcançar.

Esta condição precária do PT em São Paulo não é muito diferente do que acontece em outras capitais e nas grandes cidades do país. Aquele partido vigoroso de outrora esfarelou-se por completo em todo o território nacional, como pode-se observar por esta pindaíba em que ele ficou na cidade em que foi criado e onde Lula firmou a base de sua carreira política e do crescimento partidário que levou o partido a ocupar por quatro vezes a Presidência da República.

É injusto colocar em Jilmar Tatto a culpa exclusiva por uma candidatura que não decola, como muitos petistas já estão fazendo. A falência petista vem das dificuldades criadas pela desonestidade de Lula e de muitos de seus companheiros, que fizeram o PT virar um partido que ninguém sabe mais o que representa de fato. Em São Paulo, na eleição passada, já havia acontecido o desastre eleitoral, com a derrota na tentativa de reeleição de Fernando Haddad para prefeito. Ele perdeu no primeiro turno.

Depois, o próprio Haddad como marionete política de Lula foi para o segundo turno na eleição presidencial, quando ficou demonstrado o absoluto isolamento do PT, que não conseguiu formar alianças nem contra Jair Bolsonaro, o candidato mais horroroso que já apareceu em eleições presidenciais neste país. A origem deste desastre tem um nome: Lula.

O líder corrupto da esquerda só não está preso porque foi derrubada no STF a prisão em segunda instância, a partir de acordos obscuros que são mantidos até hoje e que coloca os petistas ao lado das forças mais nefastas da política brasileira, juntando-se a salafrários que também temem ir para a cadeia e que jogam pesado para que o país volte aos tempos da impunidade para quem tem poder político e pode pagar advogados de escritórios milionários. Vale tudo para livrar Lula, mesmo ficar ao lado de Bolsonaro contra a Lava Jato. O PT abriu mão de qualquer diferencial em matéria de partido, alinhando-se com figuras que se lixam para o interesse público.

Até mesmo o crime organizado parece fazer parte desse plano para bandido não ter medo de ser feliz. E criminosos já colhem benefícios do sistema criado para fazer a justiça andar para trás. A imagem do PT ficou abalada com a obrigação de colar-se aos problemas de Lula e houve também um pesado desgaste por causa da roubalheira instalada nos governos petistas, além de que pesam a incompetência demonstrada no governo federal e a traição às bandeiras históricas que fizeram o partido crescer. O fiasco político em São Paulo é um retrato do que os petistas enfrentarão sucessivamente, a cada eleição.

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Mural da História

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Brasileiro morto por engano pela polícia em Londres levou oito tiros. 25/07/2005

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O mistério continua no ar – II

Angelo Guiseppe Roncalli sempre foi uma das figuras mais respeitadas da Igreja Católica. Mesmo ante de tornar-se o Papa João XXIII e comandar o Vaticano de 1958 e 1963. Em seu curto pontificado, marcado pela simplicidade, destacou-se pelo trabalho em favor da paz mundial e pela adequação da igreja aos tempos modernos. Hoje canonizado, foi, certamente, o mais popular, querido e admirado pontífice antes do atual Francisco. O que pouca gente sabe, porém, é do encontro de João XXIII com uma nave alienígena e com um ser extraterrestre.

A revelação foi feita pelo secretário e assistente papal, bispo Loris Cappolvilla, em declaração à imprensa em 2005. Cappolvilla, já então com 90 anos de idade e considerando já haver passado mais de 40 anos da morte de João XXIII, decidiu trazer o incidente a público.

O episódio teria acontecido em julho de 1961, quando o papa passava uma temporada na pontifícia residência de verão, em Castel Gandolfo. A noite estava fresca e João XXIII passeava pelos jardins da residência, em companhia de Cappolvilla. De repente, ambos observaram no céu um estranho objeto oval, que emanava uma luz brilhante, de coloração azul e âmbar. Depois de manter-se no ar por algum tempo, a nave pousou na relva a alguns metros de distância.

Então, um ser com forma humana e orelhas alongadas, cercado por uma aura dourada, desceu da aeronave. O papa e seu secretário, sem saber do que se tratava, mas supondo tratar-se de um fenômeno celestial, ajoelharam-se e começaram a rezar.

Passados alguns instantes, João XXIII decidiu aproximar-se da criatura e começou a conversar com ela. Loris Cappolvilla não conseguiu ouvir o que diziam nem em que idioma falavam. A conversa durou cerca de 20 minutos. Depois, o papa voltou a reunir-se com o seu secretário. O ser brilhante embarcou no veículo e a nave alçou voo e, num piscar de olhos, desapareceu no espaço.

João XIII não revelou o teor da conversa ao secretário. Disse-lhe apenas:

– Os filhos de Deus estão por toda parte, embora, às vezes, tenhamos dificuldade de reconhecer nossos próprios irmãos.

Em seguida, disse que não falaria mais sobre o assunto. De fato, João XXIII jamais revelou, nem mesmo aos seus mais fiéis colaboradores, o inusitado acontecimento.

O interessante é que, de um tempo para cá, autoridades do Vaticano passaram a comentar a probabilidade de vida humana e inteligentes extraterrestre – ainda que o assunto continue causando polêmica entre os religiosos. Uma das declarações partiu do diretor do Centro de Observações Astronômicas do Vaticano, José Gabriel Funes. Em entrevista concedida ao jornal oficial da Santa Sé, L’Osservatore Romano, Funes afirmou que não somente existe vida extraterrestre, mas que ela seria também obra de Deus.

Há notícia de que o papa João XXIII teria também recebido, dias antes de falecer, em 31 de maio 1963, a visita (a entrada fora por uma porta lateral) do astrônomo amador e polêmico contatado norte americano George Adamski, que teria sido portador de nova mensagem ao pontífice de uma entidade extraterreste, talvez a mesma do contato de Castel Gandolfo. O encontro entre Adamski e o Sumo Pontífice durara a manhã toda, a portas fechadas, nos aposentos papais.

Relembre-se que João XXIII sempre foi um personagem misterioso. Consta que teria sido um dos poucos membros da cúpula vaticana do século XX a iniciar-se, formalmente, nos mistérios da tradição esotérica. Costumava também fazer previsões, a maioria delas ligadas à natureza política e cósmica. Teria previsto o assassinato do presidente John Kennedy, dos EUA. E – curioso – a próxima comunicação do ser humano terráqueo com inteligências alienígenas…

Sobre os mistérios da humanidade e os extraterrestres, o papa teria previsto: “Rolos serão encontrados nos Açores. Falarão sobre civilizações antigas e ensinarão aos homens sobre coisas há muito passadas. Os rolos falarão sobre coisas do céu. Os sinais serão cada vez mais numerosos. As luzes do céu são vermelhas, verdes e azuis. São velozes. Alguém vem de longe e quer conhecer os homens da Terra. Reuniões já estão acontecendo. Mas quem viu realmente permanecerá em silêncio”.

Publicado em Célio Heitor Guimarães - Blog do Zé Beto | Deixar um comentário
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Tempo

o-selo-do-rettaMarca de Curitiba 320 anos, criação de Luiz Rettamozo. © Maringas Maciel

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O jornalista Toninho Vaz foi amigo de Paulo Leminski e após a morte do escritor escreveu “Paulo Leminski, o bandido que sabia latim”, elogiada biografia e se não me engano o único trabalho de maior fôlego que existe sobre a vida do escritor curitibano, que morreu em 1989, aos 44 anos. Pois a viúva de Leminski, Alice Ruiz e suas filhas, Estrela e Áurea, estão querendo censurar a biografia porque não gostam de uma parte que relata o suicídio de Pedro, irmão de Leminski. As três familiares mandaram uma correspondência à editora, que cancelou a publicação de uma nova edição que estava pra sair.

O irmão de Leminski é essencial na vida do poeta e tem presença de peso na biografia. Era o caçula, que numa crônica publicada em um jornal curitibano depois do suicídio, Leminski chama de “meu único professor de violão”. A morte trágica foi uma razão de seus conflitos existenciais. É tão forte que é com a notícia do suicídio, recebida por ele do próprio Leminski ao telefone, que Vaz dá início ao emocionado livro sobre a vida do amigo.

Estrela, a filha mais nova, foi agressiva na sua página do Facebook: “Qual é a relevância de detalhes sórdidos do suicídio para uma biografia dele? Que relevância tem para a obra? Ou seria para dar um molho e vender mais?”, ela escreveu, tocando numa ponto que tem sido a preocupação de herdeiros na recente polêmica sobre censura à biografias: a venda dos livros.

É uma argumentação absurda que faz crer que biografias são hoje em dia uma mina de ouro no Brasil, o que não é o caso nem de livros que tratam da vida de ídolos populares, quanto mais de artistas e escritores com uma obra restrita, mesmo que de qualidade. Escrever uma biografia é um trabalho de longo prazo e demanda custos e riscos que exigem um empenho que geralmente só acontece quando existe um interesse pessoal do biógrafo na obra da personalidade retratada.

E aí estão herdeiros de vários artistas praticamente insultando pessoas que têm feito um serviço de extrema importância pela preservação e divulgação de fatos essenciais na construção da identidade nacional. No caso da censura exigida por herdeiros de Leminski a situação é ainda pior, pois afeta um biógrafo que esteve próximo do poeta. Foi amigo dele e até hoje tem proximidade com os que conviveram com Leminski em Curitiba. Além do mais, quando Vaz se lançou na feitura da biografia nada garantia o sucesso que veio depois com a publicação. E a meu ver a biografia escrita por ele é em boa parte responsável pelo revivescimento do interesse dos leitores por Paulo Leminski.

Esta censura dos herdeiros é até uma afronta ao que o poeta construiu em vida e expressou em tudo que escreveu. Sua obra toca as pessoas exatamente pelo confronto com o conformismo e foi dessa forma também que ele viveu até o fim. A marca essencial que Leminski deixou é exatamente o contrário dessa tentativa de controle sobre o que o outro faz.

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Gota d’Água

Hoje temos uma entrevista com a doutora e professora de Filosofia na Universidade Federal do Cariri, Camila Prado, sobre esse e outros assuntos relacionados à Educação nesse governo de mal-educados.

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Tempo

a-era-do-rádio-4Tupi or not tupi. Museu Oscar Niemeyer, setembro de 2014

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Playboy|1970

1971|Janice Pennington. Playboy Centerfold

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