Lições de 2020

  1. Ficar ao lado de Bolsonaro nas eleições de 2020 não foi uma boa ideia, nem será em 2022;
  2. A mentira tem perna curta;
  3. O desemprego de 15 milhões de pessoas é implacável e o endereço da culpa é o Ministério da Economia, na Esplanada dos Ministérios;
  4. Toda a política brasileira é refém do Centrão;
  5. Os políticos vitoriosos são os que nem são de direita, nem de esquerda – são glicerina;
  6. O negacionismo governamental da ciência é uma catástrofe;
  7. A Terra é redonda;
  8. A Covid-19 não é um resfriadinho;
  9. A escola sem partido não existe;
  10. O Brasil será o último a receber a vacina da Covid-19;
  11. Somente Tribunais Internacionais poderão condenar Bolsonaro pelas 180 mil mortes;
  12. Maia e Alcolumbre se declararão reis do Congresso Nacional e instituirão a monarquia legislativa – porque eleições são muito chatas;
  13. As promessas de campanha dos prefeitos eleitos já foram esquecidas pelo eleitorado;
  14. As festas de Natal e Ano Novo serão virtuais. Os presentes continuam físicos;
  15. A inteligência tem limites – a ignorância, não.

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Greca com dor

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Fantasma não racha

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“Tudo o que eu falei deu certo”, diz Bolsonaro, após 174 000 mortes

O presidente Bolsonaro disse o seguinte na noite desta quarta (2), ao chegar ao Palácio da Alvorada: “Eu não chutei nada na questão do vírus, tudo o que eu falei deu certo. Tudo”.

Acrescentou então o seguinte raciocínio: “Por exemplo, na África, países da África. Muito comum malária. O cara chegava com malária e com Covid. Tomava hidroxicloroquina e se curava. Precisa ter muita inteligência para entender que a hidroxicloroquina, né, servia para duas causas? Daí alguns falavam que não tinha comprovação científica. Não tem para Covid. Mas não tem contraindicação para malária, para lúpus, entre outras questões”.

Em março, Bolsonaro previu que a pandemia do novo coronavírus não deveria matar mais do que o H1N1. O H1N1 matou 796 pessoas no Brasil em 2019. A Covid-19 já matou mais de 174 000 pessoas no Brasil.

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A queda dos mitos

Pelo menos dois foram derrubados pelas eleições municipais deste ano: Jair Messias Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva. Não elegeram nenhum dos candidatos que apoiaram. Leram bem? Nenhum, nem unzinho.

A gente acha que o eleitor não sabe votar, Às vezes, não sabe mesmo. Mas está aprendendo.

Percebendo que Jair e Lula não eram boas companhias, muitos candidatos tentaram afastar-se deles. Alguns – os do PT –, esconderam o partido, não o citaram durante a campanha. Mas não houve jeito. A sigla amaldiçoada já os marcara.

Luiz Inácio ainda teve alguma esperança, no segundo turno, em Recife, em São Paulo e em Porto Alegre. Nessas últimas capitais, os concorrentes não eram bem do PT, mas do PSOL e do PCdoB. Lula, no entanto, pôs fé neles, estavam bem posicionados nas pesquisas, mas qual o quê! A neta de Miguel Arraes perdeu para o primo, um menino de 27 anos, filho do falecido Eduardo Campos e que ainda tem a felicidade de namorar a bonita deputada paulista Tabata Amaral. João Henrique Campos é bisneto de Miguel Arraes. Lula, como se sabe, é pernambucano de nascimento e iniciou a sua trajetória em São Paulo. Foi sepultado nos dois Estados.

A não menos bonita Manuela d’Avila, que o Ibope garantia ser a vencedora do pleito, quase chegou lá. E até merecia a eleição, mas aí o eleitor porto-alegrense lembrou-se de que ela fora candidata à vice de Haddad na eleição presidencial de 2018. Lembrou-se também de que ela fora ligada ao PT a vida inteira e tinha a simpatia de Lula. Resultado: perdeu para o emedebista Sebastião Mello, goiano de nascimento, ex-vice de José Fortunati.

O encolhimento do PT era esperado. Graças às estrepolias e aos delitos de seus componentes em passado recente. O partido, que já fora o segundo maior do Brasil e que já comandara 630 prefeituras, desta feita, não foi além de 183.

Já o capitão Messias, ciente de que o seu atual poleiro anda um tanto embostado, tentou fazer de conta que não apoiava ninguém. Mas, através de postagens ilícitas transmitidas do Palácio do Planalto, apoiou, entre outros, Celso Russomano (São Paulo), Marcelo Crivella (Rio), Capitão Wagner (Fortaleza), Ivan Sartori (Santos), Bruno Engler (Belo Horizonte), Coronel Menezes (Manaus) e Delegada Patrícia (Recife). Todos foram derrotados.

Isso também era esperado. E os motivos mais do que conhecidos. Ninguém mais com algum senso pode apoiar alguém que trata como “gripezinha” uma epidemia que só no Brasil já matou mais de 170 mil pessoas; que trata as vítimas com desprezo; que, cada vez que fala, só diz besteiras; que é um mau exemplo a cada passo que dá; que tem como ídolo um débil mental que usa topete laranja; que nomeia um general do Exército para cuidar da saúde pública, assim como seria capaz de nomear uma enfermeira para comandar o Exército; que mantém no ministério aloprados perniciosos como Ricardo Salles, Ernesto Araújo, Damares Alves e na Fundação Palmares um negro que nega ter havido escravidão no Brasil, assim como um farsante no comando da economia nacional; e, sobretudo, é capaz de qualquer desatino para desviar a atenção de seus filhos enrolados com a Justiça.

Isso não quer dizer que o resultado do pleito de 2020 tenha sido uma maravilha. Muito malandro, muito farsante, muito incompetente foi eleito e/ou reeleito; todos, certamente, contribuirão para afundar ainda mais este país. Eles são frutos da atual realidade e da aridez de talentos que domina a vida pública nacional. O que fazer? Talvez olhar com mais seriedade para 2022. Basta de aproveitadores, de dilapidadores do patrimônio público, de farsantes, de mitos e de fomentadores da intriga e do ódio! Se é sina do Brasil ir em frente aos trancos e barrancos, que ao menos sigamos em paz.

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Diário da crise CCLVIII

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Atravessando

Em uma rua central de Porto Alegre. © Liz Kasper

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Detrator número 41

Ao elaborar o “Mapa de Influenciadores”, uma lista esdrúxula como essa, o governo mostra que não precisa de uma relação de detratores. Ele sabe fazer isso muito bem sozinho

Entrei numa lista de “detratores” do governo Bolsonaro. Várias pessoas com lágrimas nos olhos me mandam os parabéns, dizendo que eu devia me sentir orgulhoso. A verdade é que o orgulho que sinto por isso não é maior do que a vergonha que sinto pela existência de uma lista como essa. Primeiro, porque o Ministério da Economia pagou quase 3 milhões de reais por uma relação de nomes elaborada em uma planilha de Excel vagabunda, com um texto ordinário que parece saído de um caderno escolar do Eduardo Bolsonaro. E segundo, porque uma lista aparentemente inofensiva como essa pode ser usada para perseguições políticas e retaliações econômicas – ou pior, para me levar a um passeio por algum porão imundo para testar o sistema elétrico do lugar.

Cada vez que ouço o Guedes falar, imagino o Lyle Lanley tentando nos vender um monotrilho. Em uma entrevista para a Globo News, acho que antes de tomar posse como ministro da Economia, disse que arrecadaria 1 trilhão de reais com a venda de imóveis do governo, que faria surgir mais 200 trilhões com a privatização de não sei o quê. Clássica conta de padeiro. Padeiro que vende o pão que o diabo amassou. Se o Brasil fosse uma start up e esse o plano de negócios fosse apresentado, não conseguiria financiamento nem do agiota da esquina. No Brasil, nosso buraco moral é sempre mais embaixo.

No relatório que leva o nome de “Mapa de Influenciadores” eles recomendam o “envio de matérias e projetos do ME e divulgação de boas práticas”. Divulgação de boas práticas? Tipo, dar bom dia para o porteiro, não enxugar o suor das axilas na toalha de rosto e jamais levar radinho à pilha para ouvir futebol durante a missa? Acho que uma boa prática seria o ministro admitir que não é bom com números e fazer vestibular para outra coisa. Agronomia, já que ele gosta de… tratores.

Bem, ao elaborar uma lista esdrúxula como essa, o governo mostra que não precisa de uma relação de detratores. Ele sabe fazer isso muito bem sozinho, e com louvores.

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© Shiko

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Playboy|1960

1969|Leslie Bianchini. Playboy Centerfold

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A indústria das multas do EstaR

As novas regras do Estacionamento regulamentado – EstaR em Curitiba transformaram o que era ruim em medonho. Com o discurso da inovação, consolida-se a indústria das multas.

Vários usuários do EstaR não conseguiram trocar seus carnês pois teriam que agendar por computador a visita na Urbs, em plena pandemia. Poucos se arriscaram.

Resultado: prejuízo aos consumidores que amargaram injustamente o fato do não utilização, e isso em plena pandemia, onde as atividades normais foram profundamente alteradas.

O correto é que a Urbs, sob pena de enriquecimento sem justa causa, prorrogue este prazo para após o término da pandemia. Outra coisa, o cidadão não é obrigado a possuir computador para fazer o agendamento eletrônico.

A partir de 1º de dezembro a Urbs/Prefeitura revogou a taxa de regularização (R$30,00) que permitia ao cidadão ter cinco dias para anular a multa do Estar. Antigamente você trocava por um talão, mas aos poucos foram acabando com tudo isto e consolidando a indústria.

Agora, com a semana inicial dos festejos natalinos, os hospitais lotados e sem leitos de UTI, a multa é de R$195,23 mais o guincho e os custos que ele representa.

A ativação da vaga é digital, isto cria uma obrigação de que todos devem possuir aparelho celular, fato que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não exige e nem poderia.

A multa de R$195,23 nos termos do art. 181 do CTB, inciso XVII, é infração grave, e incompatível com o estacionamento rotativo, pois completamente desproporcional.

Caso o cidadão não possua aparelho celular terá que ir a um dos pontos de venda, de todos completamente desconhecidos, para comprar um ticket digital e deverá estacionar para fazer isto. Se bobear, será multado (o enigma da esfinge das multas).

Estaretes (carinhosamente denominados periquitas e periquitos) não vendem mais talões, outro escárnio. E os idosos? E os sem celular? E uma consulta médica que atrasa alguns minutos?

Os estacionamentos privados cada vez mais caros e sem nenhuma fiscalização ou regulação econômica formam um grande cartel urbano que ditam os preços ao seu bel prazer. Atrasou um minuto na hora de sair da vaga? Multa e guincho, tudo eletrônico e digital.

Agora que o prefeito está reeleito, tudo tranquilo na diretoria da Urbs, completa o expediente uma Câmara de Vereadores, pouco renovada, servil e sempre obediente.

A indústria das multas consolida os interesses econômicos de aplicativos de startups que sequer têm sede no Brasil, um grande negócio em cima dos que devem pagar pelo espaço público e que, cada vez mais, tem menos direitos.

O EstaR em franca expansão pela cidade, amplia seus tentáculos, invade os bairros e onde  se puder lucrar.

Essa é a função desta indústria de multas: exaurir os bolsos dos curitibanos com pegadinhas e regras desproporcionais: bem-vindos à inovação da era digital. O próximo passo é o pedágio urbano, um EstaR ampliado, para toda a cidade, pelo uso das vias públicas, este é só começo.

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© Edward Weston

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Detratores

O Plural emplacou o Alberto Benett na lista de detratores do governo Bolsonaro. Parabéns ao pontagrossense! Clap! Clap! Clap! Continuamos na luta, correndo o risco!

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