O esquema de corrupção investigado pelo STJ no governo de Helder Barbalho se assemelha ao descoberto na gestão de Wilson Witzel. Além de envolver a contratação superfaturada de organizações sociais para a gestão de hospitais, há indícios de que a atuação dos criminosos “se intensificou notadamente” durante a pandemia.
Diz o ministro Francisco Falcão: “A edição do Decreto Estadual n 619/2020 pelo governador Helder Barbalho possibilitou a realização de contratações emergenciais de organizações sociais com a dispensa de chamamento público, possibilitando o direcionamento para as organizações integrantes do esquema criminoso.”
A PF também relata em detalhes as irregularidades nos contratos das seguintes OS: Instituto Panamericano de Gestão, responsável pelo Hospital Municipal de Santarém e pela instalação e gestão dos hospitais de campanha de Breves e Santarém; Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Birigui, que atua na gestão do Hospital Regional de Caetes (Capanema); Associação da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Pacaembu, contratada para gestão do Hospital Regional Abelardo Santos (HRAS) e do hospital de campanha de Belém, e o Instituto Nacional de Assistência Integral, que administra o Hospital Público Regional de Castanhal, o Hospital Castelo dos Sonhos, em Altamira, e o Hospital de Campanha de Marabá.
Como mostramos mais cedo, ao todo os contratos investigados somam mais de R$ 1,2 bilhão e envolvem, além da Secretaria de Saúde, as de Transporte, Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, além da Casa Civil.
Segundo a PF, o operador financeiro chama-se Nicolas André Tsontakis Morais, que teria um patrimônio de R$ 600 milhões.
Há ainda suspeitas envolvendo a Secretaria de Educação, que contratou a empresa Kaizen Comércio, para a distribuição de cestas básicas, no valor de quase R$ 74 milhões. A Orcrim, diz a PF, é “possivelmente chefiada por Helder Barbalho em conjunto com Cleudson Garcia Montali, tendo na figura de Nicolas o principal intermediador”.
Os investigadores citam Alberto Beltrame como o agente da Orcrim na Saúde, Elieth Braga na Educação e Antônio de Pádua de Deus Andrade no Transporte. Por um contrato de R$ 25 milhões com a Protende MHK Engenharia, Antônio de Pádua teria embolsado propina de R$ 331 mil.
Como mostramos, assim como a esposa de Witzel, a primeira-dama do Pará também virou alvo da PF, que encontrou uma nota fiscal em nome de Daniela Barbalho no celular do ex-chefe da Casa Civil de Helder. Parsifal Pontes foi preso hoje. A similaridade entre os esquemas já vinha desde a primeira operação para apurar as fraudes na compra de respiradores do Pará.
Ser vitalício no Supremo Tribunal Federal significa que o ministro ficará até 75 anos em atividade, idade na qual há a aposentadoria compulsória ou expulsória. Na Suprema Corte norte-americana o mesmo termo significa que o ministro ficará em atividade até quando quiser, não importando a idade.
Nos dois tribunais quem indica o ministro é o Presidente da República – e o Senado sabatina, isto é, aceita ou não.
As negativas de indicações nos EUA são comuns. No Brasil, raríssimas. O Supremo brasileiro é inspirado na corte norte-americana – e mais nada. O Direito americano, no geral, não tem nada a ver com o Direito brasileiro, nem de perto, nem de longe.
Nos dois sistemas jurídicos, há juízes conservadores e progressistas.
Nos EUA a caraterística do julgador é mais clara e perene. No Brasil há reviravoltas surpreendentes nas decisões dos ministros. Elas causam profundos arrependimentos nos presidentes que os indicaram.
Aqui acontece de autoproclamados progressistas darem votos conservadores; e retrógrados, até conservadores, votarem como liberais e garantistas. No Brasil, um ministro tido como progressista pode tomar uma decisão ultra conservadora – e tudo certo, ninguém comenta nada e fica por isto mesmo.
É um poder absoluto e monárquico de uma Casa Grande jurídica.
A composição da Suprema Corte dos EUA vai mudar. Terá uma maioria conservadora. Se Trump perder as eleições, alegará alguma nulidade e contará com esta maioria para salvá-lo, como fez George Bush filho, que ganhou de Al Gore em 2000, pela não recontagem dos duvidosos votos da Flórida.
No Brasil, com a aposentadoria do ministro Celso de Mello, mudará o quórum do julgamento da prisão de segunda instância (6×5 para 5×6) e, possivelmente, Lula voltará para a prisão.
Este modelo está correto?
Indicar personagens que permanecerão por décadas na Corte Constitucional é o melhor critério para a administração da Justiça? Portugal e tantos outros países europeus têm o critério da rotatividade temporal das cadeiras nas cortes constitucionais e de escolhas múltiplas. Não há a vitaliciedade, mas uma permanência a prazo certo e limitado.
Nas gavetas do Congresso Nacional há projetos que tratam a respeito do tema, mas eles dormem, em berço esplêndido, como tantas outras coisas no Brasil do atraso.
Se o Direito é uma ciência, por quais razões os juízes ditos conservadores obedecem cegamente as leis e não inovam, além ou aquém do que elas dizem, e há juízes, ditos progressistas, que inventam direitos, além das normas constitucionais?
Experimentar a solução da rotatividade com critérios de nomeação entre os poderes instituídos, com prazo de 4 a 8 anos para a permanência dos ministros, pode garantir um sistema mais arejado.
Ministros, vitalícios ou não, mudam seus votos constantemente.
Outra possibilidade, e a mais democrática, é a abolição das cortes constitucionais, como é na Confederação Helvética, na qual o povo é quem decide as questões constitucionais e não um pouco mais de meia dúzia de ministros. Ou na França, na qual quem dá a última palavra é o Poder Legislativo.
A face ultra conservadora de novos ministros nomeados tanto nos EUA quanto no Brasil refletirão a guinada dos retrocessos nas garantias fundamentais. O texto continuará o mesmo, mas o que se interpreta dele vai encolher e mudar, em alguns casos, radicalmente, com o Supremo, com tudo.
A lei paulista 10.883/2001 exigiu itens de segurança em caixas eletrônicos e instituições financeiras. O então governador Geraldo Alckmin ajuizou ação contra a lei estadual junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que o estado de São Paulo não tinha competência para disciplinar este assunto.
O STF julgou, de forma unânime, a improcedência da ação do inconformado ex-governador e afirmou que o Estado de São Paulo pode exigir itens de segurança para as caixas de eletrônicas e instituições financeiras que deixam os consumidores, em muitos casos, à sua própria sorte.
Em matéria de bancos o PSDB paulista parece que é especialista: há denúncias de depósitos milionários em bancos suíços e nas Bahamas. Segundo a Operação Lava-Jato, as propinas, cerca de 121 milhões de reais, envolvem o Rodoanel e as gestões tucanas naquele estado.
A recente decisão do STF garante a autonomia dos entes federativos para legislar a respeito do assunto em matéria de segurança pública e segurança de bancos e caixas eletrônicos.
A lei paulista se baseou no art. 24 da Constituição Federal e no art. 2º do Código de Defesa do Consumidor, ao pretender reduzir, na medida do possível, os riscos à integridade dos usuários diante do atual contexto de aumento da violência, que já não está mais restrita aos grandes centros urbanos, mas pulverizada por todo o território nacional. O relator considerou, assim, que a matéria diz respeito à segurança pública e, com isso, há competência estadual para legislar.
Portanto, as Assembleias Legislativas estaduais podem – e devem, inovar na disciplina de aparatos e exigências de segurança em favor dos consumidores no que diz respeito à caixa eletrônicos, espalhados em estabelecimentos comerciais e, também, na arquitetura mínima das instituições bancárias, em favor dos usuários.
Paulo Roberto Ferreira Motta é advogado, procurador do Estado e foi chefe de gabinete do então Secretário da Cultura René Dotti.
Wilson Bueno tinha lá suas implicâncias com o teatro. Nada que assistia gostava. Acho, hoje, que, como as peças de teatro são apresentadas à noite, batia no Bueno a síndrome de abstinência do álcool e ele perdia a paciência. Contudo, como editor tinha que publicar matérias sobre o tema. Passou a me pedir colaborações. No número 4, eu lá estava com Meyerhold: Aluno de Stanislavski e professor de Maiakovski e Eisenstein. No número 10, emplaquei Brecht – um simpático senhor de 90 anos. Bertolt Brecht havia morrido em 1956, mas em fevereiro de 1988, se vivo fosse, faria 90 anos. Peguei uma série de seus textos e formulei perguntas cujas respostas estavam nos escritos dele. No número 17, saiu Arrabal: a dramaturgia dos escombros edipianos. No número 33, entrou O Homem que continua com fome, comemorando os 100 anos de Oswald de Andrade.
Naqueles tempos, o Plano Cruzado fez água e a hiperinflação explodiu, coisa de 20%, 30% ao mês, chegando, no final do governo Sarney, aos 70% em 30 dias. O preço do papel foi parar nas alturas. O Nicolau, apesar do apoio da Imprensa Oficial e do Banestado, corria riscos. Para não morrer deixou de ser mensal e passou a ser bimestral, aumentando, para compensar um pouco, o número de páginas de trinta e duas para quarenta. Depois, com o fracasso retumbante do Plano Collor, passou a ser trimestral e com quarenta e quatro páginas.
Com a posse do Roberto Requião, o Nicolau não sofreu qualquer solução de continuidade e permaneceu acumulando prêmios como se viu. O novo governador era colaborador do jornal. Quando o Nicolau fez seis anos, publicou um texto saudando o jornal e dizendo da sua importância para a história do Paraná. Requião deixou o mandato antes do fim para se candidatar ao senado e foi sucedido pelo vice, Mário Pereira. A Secretaria da Cultura passou a ser ocupada pela Gilda Poli. Era sopa no mel. Wilson Bueno continuava nadando de braçada. Na época, ganhou o já relatado prêmio de melhor jornal cultural da América. O Banestado, mesmo com as trocas de governo, continuava comparecendo.
No início dos anos 90, Nicolau conseguiu a sua maior epopeia, dentre tantas que viveu: foi o único jornal do mundo a publicar uma entrevista com o Dalton Trevisan. O autor da façanha foi o Araken Távora. Entretanto, essa é uma história para se contar outro dia.
Formalmente, Nicolau viveu 11 anos, de 1987 a 1998. Só que morreu antes. Com a vitória de Jaime Lerner, o Secretário da Cultura passou a ser o Dr. Eduardo Virmond. Extraordinário advogado, intelectual sério e sólido, teve um papel muito importante na redemocratização do Brasil, organizando, como Presidente da OAB-PR, a Conferência Nacional dos Advogados do Brasil em Curitiba, momento a partir do qual a “Abertura do Geisel” deslanchou, inicialmente com o retorno do habeas corpus aos presos políticos. Mas ele tinha outras ideias para o Nicolau. Achava o jornal muito caro, feito para uma pequena elite de pessoas. Não houve acerto e Wilson Bueno e a sua equipe deixaram o projeto. Trocaram farpas pela imprensa e Bueno, lá pelas tantas, perdeu as estribeiras.
A nova equipe foi infeliz. O Nicolau morreu ali, mesmo ainda vegetando alguns anos. Quem conta com detalhes é a Maria Lúcia Vieira, na sua dissertação de mestrado no Curso de Letras da Universidade Federal do Paraná, texto encontrado, via Internet, na Biblioteca Virtual, banco de teses, da UFPR.
A nova equipe assumiu no número 56. Fizeram um número especial sobre os 50 anos da vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial, quando todos os jornais do mundo estavam fazendo isso. Depois, enfiaram um poema no meio do logotipo do jornal. A capa ficou irreconhecível. O material que o Wilson Bueno havia deixado e que era legível, foi descartado. Depois, virou um cadáver insepulto. Dava pena, vontade de chorar. A tiragem caiu. A periodicidade passou, por absoluta falta de colaboradores, a ser cometa, ou seja, saia de tempos em tempos. Em 4 anos de gestão, lançaram apenas 5 edições. Como deixou de ser encartado nos jornais, era distribuído sabe-se lá como. Ninguém dava a mínima importância.
Com a reeleição de Jaime Lerner, assumiu a Secretaria de Estado da Cultura Lúcia Camargo, que nos deixou no último dia 20 de julho. O Nicolau, como dito antes, havia se transformado num cadáver insepulto e o cheiro era nauseante. Ninguém aguentava mais. Lúcia fez o que deveria ser feito. Nicolau foi fechado. A Secretaria da Cultura, por ordem de Lúcia Camargo, digitalizou alguns números (da fase Wilson Bueno) e os veiculou no site oficial. No último final de semana, entrei lá e nem rastro encontrei. A Cultura virou uma subsecretaria no atual governo, vinculada à Secretaria de Comunicação, e não há, no sítio oficial, nem uma palavra sobre o Nicolau.
Mas nem tudo se perdeu. Em setembro de 2014, a Biblioteca Pública publicou uma edição fac-similar dos primeiros 60 números do Nicolau (toda a fase de ouro by Wilson Bueno e os números da nova equipe). A edição foi distribuída às bibliotecas públicas e a diversas instituições culturais de todo o Estado. Até um tempo atrás, não sei como está agora, a BPP dispunha de exemplares para venda.
Quando saiu do Nicolau, Bueno voltou para a Assessoria de Imprensa do Guaíra, era servidor do órgão. Não aguentou muito tempo, saiu depois de alguns dias. Recebeu inúmeros convites da imprensa de todo o país. Não aceitou nenhum. Penso que depois de dirigir a redação do melhor jornal cultural da América, não teria paciência para entrar e conviver em outra. Passou a viver apenas da literatura, além da coluna que retomou n´O Estado do Paraná. Era frugal, poucos gastos, os direitos autorais lhe permitiam sobreviver.
Nos seus 61 anos de vida, Wilson Bueno nos legou 23 livros. Vinte e dois nasceram nas maternidades de Curitiba, Ponta Grossa, São Paulo, Rio, Florianópolis, Buenos Aires, Santiago do Chile, Cidade do México, Havana, Assunción e Montevideo.
O 23º morava na Ébano Pereira 240, muito embora a entrada, pros íntimos, fosse pela Saldanha Marinho, e se chamava Nicolau. Retiraram ele do pai, Wilson Bueno, depois do número 55 e o mataram, sem dó nem piedade, não sem antes exibirem o cadáver pelas ruas por quatro longos e sufocantes anos.
Wilson Bueno morreu em 31 de maio de 2010. Viveu como Jean Genet (com a observação de que não era ladrão) e foi morto como Pier Paolo Pasolini.
Paulo Roberto Ferreira Motta é advogado, procurador do Estado e foi chefe de gabinete do então Secretário da Cultura René Dotti.
As críticas, embora retumbavam, eram inteiramente injustas. É só passar os olhos pelas edições do Nicolau e ver os nomes que colaboravam com o melhor jornal cultural, não do Brasil (como sonhava Wilson Bueno), mas da América, para ver o despropósito delas e as inverdades que eram assacadas contra ele. Manfredini lembra que o Nicolau fez um levantamento e o número dos colaboradores ultrapassava a casa de 1.500 pessoas.
Com os nomes a seguir é possível constatar a baixeza das críticas. Tinha gente de todos os credos e crenças. Quanto aos clássicos do Paraná, lá estavam Dario Velozzo, Emiliano Perneta e Emílio de Menezes. Só na letra A, é possível ver que o Nicolau ia de Austregésilo de Athayde (eterno presidente da Academia Brasileira de Letras; ficou mais tempo no poder na ABL do que Fidel Castro em Cuba) a Arnaldo Antunes e Arrigo Barnabé. Trazia gente do Paraná inteiro. Na política publicava Álvaro Dias, Roberto Requião e Rafael Greca (que, como porta-voz dos inimigos do jornal, publicou um artigo no Nicolau espinafrando a publicação). Até o Helmut Kohl, chanceler que comandou a reunificação das Alemanhas, teve um texto publicado, explicando como ia a coisa por lá. Perla Melcherts, que conheci menina, eis que colega de turma da minha irmã no Colégio Medianeira, estagiava no jornal e conseguiu uma entrevista exclusiva com o Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Perez Esquivel. Abria espaço para o Roberto Campos, o Bob Fields, e o Luís Carlos Prestes. Ao mesmo tempo em que publicava um texto do Janer Cristaldo, analisando e comemorando a queda do Muro de Berlim, pedia uma colaboração ao Manfredini que saudava a Albânia, a última resistência ao capitalismo na Europa. Ligado em psicanálise, o Bueno pautava Freud, Jung e Lacan, e eles apareciam, como novas traduções de gente que ele sabia onde localizar. Um dia, convocou o Galileu Galilei. Como o Papa São João Paulo II ainda não havia reconhecido o erro brutal da Igreja com o citado personagem, Wilson resolveu se resguardar espiritualmente e pediu uma colaboração para Santa Tereza D´Ávila e outra ao Padre Antônio Vieira. A santinha, doutora da Igreja, proclamada pelo papa Santo Paulo VI, mandou a sua. O citado padre, um dos seus famosos sermões. Joel Silveira e Rubem Braga, da velha guarda do jornalismo nacional, apareceram também. Praticamente começando a carreira a gente encontra no Nicolau o Pedro Bial (escrevendo sobre o próprio Nicolau) e o William Bonner. Até o Ariel Palácios pintou nas páginas do mesmo.
Segue uma lista parcial, mas gigantesca, do verdadeiro esquadrão de ouro que o Wilson Bueno, como prometera, montou. Ninguém ganhava nada para escrever, desenhar ou fotografar para o Nicolau:
Abrão Assad, Adalice Araújo, Adélia Lopes, Adélia Prado, Ademar Guerra, Ademir Assunção, Adherbal Fortes Júnior, Adolfo Pérez Esquivel, Adolpho Mariano da Costa, Albert Einstein, Alberto Cardoso, Alberto Massuda, Alberto Melo Viana, Alberto Moravia, Alberto Puppi, Alceo Bochino, Alceu Chichorro, Alcino Leite Neto, Alejo Carpentier, Alice Ruiz, Aluízio Cherobim, Álvaro Borges, Álvaro Dias, Ana Cristina César, Ana Maria Botafogo, Anäis Nin, Anamaria Filizola, Anita Malfatti, Anita Novinsky, Antônio Gaudi, Antônio Houaiss, Antônio Torres, Araken Távora, Aramis Chaim, Aramis Millarch, Ariel Palácios, Armindo Trevisan, Arnaldo Antunes, Aroldo Murá, Arrigo Barnabé, Arthur Rimbaud, Ary Fontoura, Augusto de Campos, Augusto Roa Bastos, Aurélio Buarque de Hollanda, Austregésilo de Athayde, Bárbara Heliodora, Bella Josef, Benedito Pires, Bento Mossurunga, Bertolt Brecht, Beto Carminatti, Bóris Schnaiderman, Bruna Lombardi, Bussunda, Caco de Paula, Caio Fernando Abreu, Cambé, Camões, Carl Gustav Jung, Carlos Chagas, Carlos Drummond de Andrade, Carlos Marés, Carlos Nejar, Cassiana Lacerda Carollo, Catulo, Celina Alvetti, Celso Loch (Pirata), César Lattes, Chacal, Chaim Samuel Katz, Charles Baudelaire, Cid Destefani, Cláudio Seto, Constantino Viaro, Cristina Gebram, Cristóvão Tezza, Dalton Trevisan, Dalva Ventura, Dante Alighieri, Dante Mendonça, Dario Vellozo, David Carneiro, Décio Pignatari, Deonísio da Silva, Dimas Floriani, Dinah Ribas Pinheiro, Dino Almeida, Domingos Pellegrini, Doris Giesse, Douglas Haquim, E. E. Cummings, Edgar Allan Poe, Edgar Iamagami, Edilberto Coutinho, Eduardo Mascarenhas, Eduardo Sganzerla, Edwino Tempski, Eleonora Greca, Eliane Prolik, Elifas Andreato, Elvo Benito Damo, Emiliano Perneta, Emilio de Menezes, Ênio Silveira, Eno Teodoro Wanke, Eny Carbonar, Ernani Buchmann, Ernani Reichmann, Ernani Simas Alves, Ernani Só, Euclides da Cunha, Euclides Scalco, Fernando Pessoa, Fernando Sabino, Fernando Severo, Ferreira Gullar, Florbela Espanca, Fortuna, Francisco Bettega Netto, Francisco Brito de Lacerda, Francisco Camargo, Francisco Madariaga, Friedrich Hölderlin, Gabriela Mistral, Galileu Galilei, Geraldo Leão, Gertrude Stein, Gilberto Dimenstein, Gilberto Gil, Gilda Poli, Gilles Deleuze, Glauco Mattoso, Guilhermo Cabrera Infante, Guinski, Guto Lacaz, Hans Staden, Haraton Maravalhas, Haroldo de Campos, Hector Babenco, Helena Katz, Helena Kolody, Hélio de Freitas Puglielli, Hélio Jaguaribe, Hélio Leite, Hélio Leites, Hélio Oiticica, Hélio Teixeira, Helmut Kohl, Henrique de Aragão, Henrique Morozowicz, Henry Thorau, Herbert Daniel, Herbert de Souza (Betinho), Hermínio Bello de Carvalho, Hilda Hilst, Hugo Mengarelli, Iberê Camargo, Itamar Assumpção, Ivan Schmidt, Ivens Fontoura, Jacques Lacan, Jaime Lechinski, Jair Mendes, James Joyce, Jamil Snege, Janer Cristaldo, Jaques Brand, Jean Genet, João Antônio, João Bosco, João Cabral de Mello Neto, João Manoel Simões, João Perci Schiavon, João Silvério Trevisan, João Urban, Joel Silveira, John Keats, Jorge Luis Borges, Jorge Mautner, José Augusto Ribeiro, José Carlos Capinam, José Celso Martinez Corrêa, José J. Veiga, José Joffily, José Lino Grunewald, José Maria Cançado, José Maria Santos, José Miguel Wisnik, José Paulo Paes, José Penalva, José Ramos Tinhorão, Josely Vianna Baptista, Jotabê Medeiros, Juarez Machado, Jurandir Costa Freire, Kafka, Kazuo Ohno, Key Imaguire Júnior, Laertes Munhoz, Lao-Tsé, Laurentino Gomes, Lautrèamont, Lêdo Ivo, Leila Pugnaloni, Lélio Sotto Maior Júnior, Léo Gílson Ribeiro, Leopoldo Scherner, Lewis Carrol, Leyla Perrone Moisés, Lezama Lima, Lívio Abramo, Lúcia Santaella, Lúcio Cardoso, Luís Carlos Prestes, Luís Fernando Veríssimo, Luiz Carlos Rettamozo, Luiz Geraldo Mazza, Luiz Groff, Luiz Manfredini, Luiz Melo, Luiz Pinguelli Rosa, Lya Luft, Lygia Fagundes Telles, Macacheira, Machado de Assis, Mallarmé, Malu Maranhão, Manoel Carlos Karam, Manoel de Barros, Manuel Bandeira, Marcelo Jugend, Márcio Souza, Marcos Rey, Maria Cecília Noronha, Maria Cristina de Andrade Vieira, Maria Lambros Comninos, Maria Rita Kehl, Marilú Silveira, Marina Tsvetáeva, Marinho Galera, Mário Bortolotto, Mário de Andrade (o do Macunaíma mesmo), Mário Prata, Mário Quintana, Mário Stasiak, Marta Morais da Costa, Mary Allegretti, Maurício Kubrusly, Maurício Távora, Maury Rodrigues da Cruz, Meredith Monk, Miguel Bakun, Miguel Reale Júnior, Miguel Sanches Neto, Mikhail Bakhtin, Millôr Fernandes, Milton Carneiro, Milton Hatoum, Milton Ivan Heller, Miran, Moacir Amâncio, Moacyr Scliar, Modesto Carone, Monteiro Lobato, Moysés Paciornik, Murilo Mendes, Murilo Rubião, Nailor Marques Júnior, Nair de Tefé, Nélida Piñon, Nélson Ascher, Nélson Capucho, Nélson Farias de Barros, Nélson Padrella, Nélson Werneck Sodré, Nelton Friedrich, Newton Freire-Maia, Newton Rodrigues, Newton Stadler de Souza, Nilson Monteiro, Nitis Jacon, Nivaldo Lopes, Norberto Irusta, Nuevo Baby, Octávio Paz, Odelair Rodrigues, Olga Savary, Oraci Gemba, Orlando Azevedo, Orlando da Silva, Osman Lins, Oswaldo Jansen, Otávio Duarte, Otto Lara Resende, Pablo Picasso, Padre Antônio Vieira, Paulo Autran, Paulo Francis, Paulo Leminski, Paulo Venturelli, Pedro Bial, Pedro Nava, Plínio Doyle, Poty, Pushkin, Rachel de Queiroz, Rafael Greca de Macedo, Rainier Maria Rilke, Régis Bonvincino, Reinoldo Atem, René Ariel Dotti, Reynaldo Jardim, Rita de Cássia Solieri Brandt, Roberto Campos, Roberto Drummond, Roberto Figurelli, Roberto Freire (o escritor, não o político), Roberto Gomes, Roberto Muggiati, Roberto Requião, Rocha Pombo, Rodrigo Garcia Lopes, Rogério Dias, Ronaldo de Freitas Mourão, Rosana Bond, Rubem Braga, Rui Werneck de Capistrano, Ruth Bolognese, Ruy Wachowicz, Sábato Magaldi, Samuel Guimarães da Costa, Sansores França, Santa Tereza D´Avila, Sebastião Salgado, Sebastião Uchoa Leite, Sérgio Augusto, Sérgio Bianchi, Sérgio Rubens Sóssella, Sérgio Sade, Serguei Essênin, Seto, Sigmund Freud, Solda, Sousândrade, Sylvia Plath, Sylvio Back, Tato Taborda, Teixeira Coelho, Teófilo Bacha Filho, Thadeu Wojciechoeski, Toni Negri, Toni Ramos, Toninho Martins Vaz, Torquato Neto, Ubaldo Puppi, Ungaretti, Valêncio Xavier, Valério Hoerner Júnior, Valfrido Piloto, Vera Maria Biscaia Vianna Baptista, Vladimir Maiakovski, Wally Salomão, Walmir Ayala, Walmor Marcellino, Walt Wittman, Walter Benjamin, Will Eisner, William Bonner, William Shakespeare, Wilma Slomp, Wilson Bueno, Wilson Martins, Wim Wenders, Wolfgang Amadeus Mozart, Woody Allen, Zeca Corrêa Leite e Zuenir Ventura.
Jair Bolsonaro negligenciou a epidemia de Covid-19 – e seus 140 mil mortos – de forma premeditada. Luiz Henrique Mandetta disse para a Folha de S. Paulo: “O presidente tem uma característica, não só em relação à saúde, mas de forma geral: ele decide com as informações que ele valida. Ele tinha um entorno próximo dele que deu para ele outra visão da epidemia.
Lembro das falas do Osmar Terra, da reunião que fez com a médica de São Paulo. Ele vai afastando quem está fora do seu viés político. Não é uma característica dele se envolver com a parte técnica.
Naquela época o Brasil chegou a quase zero de máscaras. Precisávamos baixar uma norma nacional para proteger o sistema de saúde. Eu tentava explicar isso, mas era sempre muito atropelado por essa certeza de que ‘preciso ver a economia’, ‘precisa voltar a andar e passar logo por isso’ (…).
Apresentei todos os números, mas ele tinha pessoas no entorno dele que mostravam outro cenário. E, como tinha uma assessoria paralela que falava o que se queria escutar, ele embarcou. Ele fez uma decisão não irracional, pensada. Ele não pode dizer: ‘Eu não sabia que seria assim’. Sempre deixei muito claro para ele a gravidade dessa doença.”
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