A FAMÍLIA BOLSONARO só faz negócios em dinheiro vivo. Flávio paga imóveis no cartório com R$ 87 mil, cash. Sua mãe, Rogéria, paga R$ 95, na bufunfa. O assessor Fabrício Queiroz desconta dinheiro dos funcionários de seu gabinete, no dia do pagamento, na boca do caixa e repassa em seguida para família de Flávio. Estranho no Rio de Janeiro, cidade insegura, com 1 assaltante por metro quadrado.
Como os Bolsonaros carregam tanto dinheiro e não são assaltados? Devem ter proteção da polícia ou das milícias, onde Queiroz tem amigos e parceiros, e Flávio, como deputado aprovava comendas a milicianos notórios. Os Bolsonaros não têm só bolsos quentes. Também têm costas quentes. E o deputado Geddel Vieira Lima foi preso por guardar R$ 57 milhões em dinheiro
BOLSONARO tem cérebro de ameba, da célula única, sua conduta na presidência é prova suficiente. Se no cérebro nascem as emoções, sua psicologia é unicelular. Veja-se como tenta mostrar empatia com as 100 mil vítimas da pandemia: diz que lamenta as mortes, como lamenta qualquer outra morte, seja de que causa for.
Ele não lamenta as mortes da pandemia, que mancham seu governo omisso e indiferente. O fake presidente lamenta que as mortes da pandemia, que falseia sob solidariedade plural, prejudiquem sua reeleição. Até hoje não se ouviu dele um só lamento pelas vítimas de milicianos, feminicidas, homofóbicos e pelo abandono dos índios.
(1) Croroquinhas funciona, sim. A prova é que estou desde sempre sem tomar a pajelança e não fui infectado. Por outro lado, limão com raspa de tamanco também não deixa o vírus te pegar. A vizinha do lado tem levado umas boas tamancadas, pelo que escuto daqui, e continua saudável. Chá de alho com urtiga e cânfora, tanto por via oral como por via esdrúxula, é excelente para não pegar Covid. Uma vez até eu tomei essa beberagem e estou aqui, não estou? Agora marquei uma sessão com aquele médico de Santa Catarina. Como não tenho condições de ser presencial ao evento estarei enviando um garoto delivery, desses que fazem entregas, para ver se ele recebe aquele benefício por mim.
(2) Afinal, um assunto novo para animar o rebanho. Dona Croroquinhas, que é como eu chamo a mulher do 14, a que tem nenê que berra como cabrito, levou um tombo. Diz-que caiu de costas no banheiro. Machucou-se? Será que foi grave? Precisa chamar veterinário? Todo mundo debruçado sobre a novidade. Foi assunto diário para uma semana. Todos se mostravam consternados, mas era só da boca pra fora. A gente estava era adorando ter assunto fresco pra botar na roda.
À medida que a enferma ia apresentando sinais de melhora a gente foi se desinteressando do assunto. Mas, inveja é um troço impressionante. Para fazer sucesso, o velhote do 13, que joga xadrez comigo, caiu da escada. Lá foi todo o condomínio se condoer do coitado. Até eu interfonei, querendo saber. Tinha sido uma coisa de nada. Então não me encha o saco, quase que eu disse.
Quem ficou com invejinha e recolheu-se à sua insignificância foi Dona Croroquinhas, coitada.
(3) Estou sossegado em meu apê e ouço vozerio nas garagens. “Vou tirar e daí você entra”- ouvi com clareza. Já pensei bobagem. É esse médico catarinense que me deixou bolado, seja lá o que bolado signifique. O cara também podia ter dito “vou entrar e daí você tira o seu”. O que também me faria ficar de cabelo em pé. De pelo em punta, como dizemos na Argentina. Ou “vou tirar e você tira também”. Ou “vou entrar e daí você entra junto, e ficamos os dois lá dentro, no escurinho do cinema”.
COMO DIZ O OUTRO: A Justiça não é justa, mas é apertadinha.
A escravidão ainda não foi abolida no Brasil. Formalmente, ela foi, substancialmente, ainda não. O racismo estrutural impede as oportunidades iguais e um sistema de meritocracia.
Ele afasta os segmentos sociais sensíveis e raciais, definidos pelo fenótipo e pelo baixo poder econômico, aos postos nas universidades, aos cargos nos Estado, como nos poderes Judiciário, Legislativo e Executivo – muitos outros.
Não adianta se iludir e afirmar que os concursos são públicos, pois a possibilidade de as pessoas que estão na base da pirâmide social conseguirem um diploma de nível superior é uma batalha muito mais árdua e por vezes, impossível.
O jornalista e escritor paranaense Laurentino Gomes notou em suas pesquisas históricas que esta é a grande questão do Brasil, coisa pouco estudada pelas academias e pelo Direito.
O preconceito em decorrência da classe social conjugado com a cor da pele é resultado da atual escravidão brasileira, que se perpetua mesmo depois de abolida.
Há um sistema de castas enrustido pela mentira da democracia racial.
O Brasil é o segundo no mundo em concentração de renda nas mãos de 1% dos ricos, com taxa de 28%, ficando atrás apenas do Catar, com 29%. O Chile, que o grande laboratório neoliberal a partir da ditadura Pinochet, fica em terceiro, com 23,7%.
No século 19 foram várias as teorias falsamente científicas que construíram as justificavas para a neocolonização da África e dos continentes americanos, submetendo os povos nativos e os escravizando de forma extremamente cruel.
Com as abolições formais, a crueldade, foi em certa monta, afastada, mas continua em plena vigência a escravidão das classes sociais despossuídas.
Apesar das leis punirem o racismo, apesar de a Constituição Brasileira ser pretensamente igualitária e com falso discurso civilizatório, a opressão econômica contra os segmentos empobrecidos, mulheres, crianças, idosos e informais, continua em pleno vigor.
As bandeiras de inclusão social aos desfavorecidos contam com o tradicional discurso de que o brasileiro é corrupto e não tem jeito mesmo, e que deve ser instaurada uma ordem não corrupta e purificadora, com a mão forte do autoritarismo e da ditadura. Continue lendo →
Cem mil brasileiros na pior estatística Cem mil cpfs excluídos, ex-contribuintes Cem mil extintos em meio às suásticas Cem mil remediados, pobres, pedintes
Cem mil cristãos, crentes e gente sem fé
Cem mil desesperançados e esperançosos
Cem mil queriam ir pra frente, deram ré
Cem mil famintos, esfomeados e gulosos
Cem mil cônjuges, estáveis, solitários
Cem mil empregados e desempregados
Cem mil num inimaginável obituário
Cem mil entubados e daí desentubados
Cem mil dependentes do bendito SUS
Cem mil atendidos por gente incansável
Cem mil em meio a sufoco, credo em cruz
Cem mil e fraude dos respiradores, odiável
Cem mil que se foram sem voltar pra casa
Cem mil enterros sem direito a velório
Cem mil biografias interrompidas, sem ar
Cem mil famílias nesse imenso sanatório
Cem mil caixões, imenso desmatamento
Cem mil clientes, insuficientes funerárias
Cem mil necrópsias pós-isolamento
Cem mil eleitores, agora almas apartidárias
Cem mil num país sem ministro da saúde Cem mil, recorde de descaso e desamparo Cem mil vítimas do ministério do ataúde Cem mil! E zero compaixão do Bozonaro.
Parece que de fato pegou o termo “bolsolavismo”, para definir esta joça comandada por Jair Bolsonaro, que ninguém, incluindo o próprio, sabe exatamente o que é. Entre planos grotescos e os mais variados acasos, juntaram-se as atabalhoadas atitudes práticas de Jair Bolsonaro com uma montoeira de afirmações políticas de Olavo de Carvalho, retiradas do fragmentado caos de sua obra, com muita coisa que ele mesmo joga desordenadamente pro alto, sem nenhuma preocupação sobre onde vai cair e que rumo tomará.
Isso é que é o bolsolavismo. Em matéria de definição política soa até pesadamente como ironia do destino, pela marca inapagável fixada na obra de um sujeito que passou a vida acusando os outros de burros, os “analfabetos funcionais” de que tanto fala este Maquiavel às avessas, na falta do equilíbrio e da sabedoria, do estilo, sem aquela elegância com que o sábio filósofo tratava dos temas mais ásperos e fazendo o contrário do que ele ensinava, sendo desse modo um “maquiavélico” no sentido pejorativo e de leitura equivocada da existência e da obra do admirável florentino.
Olavo de Carvalho deve ficar conhecido como um mentor que pegou um “príncipe” muito ruim e conseguiu piorá-lo. Temos desse modo o termo “bolsolavismo” incluído no dicionário político brasileiro, onde deverá emparelhar-se com referências qualitativas em palabras como “ademarismo”, “malufismo”, “petismo”, dentre o rebotalho criado por políticos clientelistas, desonestos e incompetentes, acostumados ao aproveitamento dos cofres públicos como objetos de uso pessoal.
Que coisa: o mestre de tantos e tão exaltados discípulos, o furibundo guru que professou com tamanha ênfase e de forma reiterada sobre os males da burrice coletiva dá um fecho à sua carreira intelectual legando seu pensamento a um analfabeto funcional como Jair Bolsonaro, que além de tudo ainda governa com uma tropinha de filhos tão estúpidos quanto o pai.
Publicado emJosé Pires - Brasil Limpeza|Comentários desativados em Olavo de Carvalho e o bolsolavismo: triste fim de carreira de um intelectual
A CONVITE de Bolsonaro, Michel Temer coordena a ajuda humanitária a Beirute. Suas credenciais: é filho de libaneses e tem rua com seu nome na cidade natal da família, no Líbano. Duas vezes vice de Dilma Rousseff e seu sucessor pelo apoio ao impeachment, Temer poderá ajudar o presidente Michel Aoun, que enfrenta protestos e risco de ser derrubado. Temer quase foi derrubado. Das cinzas de Beirute renasce a fênix brasileira.
Disso Temer entende, é sobrevivente de explosões políticas. Quanto à ajuda humanitária, a presença de Temer sugere cautela e visão crítica: a história do Brasil mostra que Temer, enquanto político, considerava humanos os membros da família, os amigos de São Paulo, os que lhe deram o cargo de Dilma e os aliados com quem controlava o porto de Santos. De uma penada Bolsonaro compra o apoio de Temer à reeleição.
A hecatombe de Beirute ajuda Bolsonaro no atrair os votos dos libaneses brasileiros. Porque acreditar nos bons propósitos de Bolsonaro é pôr venda para não enxergar sua indiferença criminosa e a incompetência patética de seu governo no combate à pandemia – na qual o presidente do Brasil ocupou-se mais em atacar governadores que coordenar com eles a ajuda aos brasileiros: 100 mil mortos contra 5 mil em Beirute.
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