Governo de subcelebridades

E corremos o risco de ter uma segunda temporada desse show de horror

Se o governo Bolsonaro fosse um reality show, seria um desses em que o elenco é formado por subcelebridades. Nada contra elas, desde que fiquem só no Twitter e não queiram decidir o futuro da nação.

secretário de Cultura, Mario Frias, é só um exemplo recente das pessoas sem talento que ocupam cargos importantes no país. Aquele tipo que nunca se destacou nas áreas em que atua. No máximo, teve um pouco de evidência, um único êxito, mas jamais alcançou o sucesso e, principalmente, o reconhecimento que seus pares tiveram na profissão.

Alçados ao protagonismo no serviço público, comprovam que a mediocridade de suas carreiras não se deve à falta de oportunidade, mas de talento e, em alguns casos, de caráter. É uma gente de mentalidade cafona e muito rancorosa. O único predicado para preencher os cargos que ocupam parece ser o ressentimento pelo papel de coadjuvantes que tiveram ao longo da vida. E o ódio à esquerda, claro.

A começar pelo próprio presidente. Jair Bolsonaro era a própria subcelebridade, parlamentar medíocre, frequentador de programas de baixa qualidade, até chegar à Presidência. Continua agindo como tal. E seu ministério não poderia deixar de ser um reflexo dessa falta de aptidão.

Ao querer controlar todos os órgãos ligados à sua secretaria, bater de frente com o humorista Marcelo Adnet e ameaçar o deputado Flávio Serafini (PSOL-RJ) com um “cuidado com a PF”, Mario Frias apenas repete o enredo revanchista de outros integrantes do governo.

Salles, Damares, Ernesto Araújo, a lista é grande. Além da escancarada inépcia, o que eles têm em comum é o profundo desprezo pelos assuntos dos quais são os responsáveis e pelas classes que deveriam representar. Mas, ao contrário do que acontece com a maioria das subcelebridades, que voltam ao ostracismo depois de 15 minutos de fama, corremos o risco de ter uma segunda temporada desse show de horror.

Publicado em Mariliz Pereira Jorge - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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Viver não tem cura

capa-bandidocapa-completa-bandido-fundo-chumbo

leite, leitura,
letras, literatura,
tudo o que passa,
tudo o que dura
tudo o que duramente passa
tudo o que passageiramente dura
tudo, tudo, tudo,
não passa de caricatura
de você, minha amargura
de ver que viver não tem cura

p.leminski

Capa do livro O Bandido que Sabia Latim, de Toninho Vaz, Nossa Cultura, que jamais chegará às livrarias e boas casas do ramo. © Américo Vermelho. Criação do cartunista que vos digita.

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Desbunde!

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Elas

© Helmut Newton

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Lula lá?

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Flagrantes da vida real

Depois de 6 meses de pandemia, encontro casual na padaria com Rodrigo Barros del Rey. © Maringas Maciel.

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De gatos e ratos

Lula torceu o braço de Bolsonaro. No dia 7 chamou Bolsonaro de genocida. No dia 8, Bolsonaro correu para se defender: ele tentou combater a pandemia, mas o STF travou suas ações. Não citou o nome de Lula uma vez sequer, nem para ofender ou “encher a boca de porrada”.

Antes, o capitão só xingava quem lhe perguntava dos filhos, de Fabrício Queiroz e da rachadinha – o que, perdão, significa rigorosamente o mesmo. Não retrucou a Lula. Alguém lhe soprou ao ouvido que se reagisse explícito estaria escolhendo Lula como adversário de 2022.

Lula está vivo e mostrou que quando fala sua voz ecoa. Se ele hoje combate Bolsonaro, faz um trabalho patriótico? Não, ele conserta seus erros, os erros que elegeram Bolsonaro. Mas nem por isso deixa de merecer nosso aplauso, porque foi o primeiro a falar e ser ouvido.

Hoje o ex-presidente é o único em condições de combater o atual. A menos que sobrevenha um golpe ou uma internação oportuna, Lula derrota Bolsonaro. Não há santo para combater nosso demônio. Já não importa se Lula é branco ou preto; importa que cace Bolsonaro.

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O coronavírus, a ilusão dos caminhos mais fáceis de Bolsonaro e outros enganos da política brasileira

Está havendo um espanto com o liberou geral nos cuidados com a pandemia, com as aglomerações impressionantes ocorridas em todo o Brasil e claro que algumas em torno do pior presidente do mundo nesta pandemia — o insensato Jair Bolsonaro, que usou também este feriado de Sete de Setembro para sua farra anti-sanitária. Tivemos praias e bares com grande lotação, lugares turísticos ficaram lotados, com uma despreocupação que não faz sentido, levando em conta o que já se sabe sobre este vírus. O mais grave é que isto não é sintoma apenas desta pandemia. É outro o mal, bem mais antigo e de origem cultural.

O desvario coletivo nesta pandemia com mais de 10 mil mortos é ainda mais grave porque aparentemente começava a se dar a tão esperada descida da curva, muito demorada por causa exatamente das idas e vindas na prevenção ao contágio. Claro que teremos novamente um resultado científico depois dessa saída atropelada às ruas, com um crescimento do contágio e das mortes. Dentro de poucos dias voltaremos a um platô ou nem sairemos dessa dificuldade que pelo jeito uma porção de brasileiros acredita que pode-se atravessar sem máscaras.

O novo coronavírus já chegou ao Brasil com uma boa verificação sobre os cuidados necessários para evitar mortes e amenizar estragos econômicos, depois do povo europeu, principalmente na Itália, servir involuntariamente de objeto de avaliação científica sobre os efeitos da Covid-19. Quando este idiota eleito presidente dizia em março que no Brasil não haveria mais de 800 mortes, já se sabia que com a falta de cuidados a letalidade do vírus poderia chegar à casa do milhar diariamente, como de fato se deu, agora com o país já chegando aos 130 mil mortos.

Uma parte de dirigentes políticos compreendeu a gravidade da questão, o que foi determinante para o Brasil não arcar com consequências ainda piores. Mas a atrapalhação foi geral. Uma parcela expressiva de brasileiros costuma se guiar em bloco mais pelo imaginário do que pelo real, o que é próprio da falta generalizada de conhecimento, de uma população que há décadas sofre coletivamente com a carência extrema de educação de base, agravada nos últimos tempos por uma carga impressionante de dificuldades emocionais. Como se costuma dizer, o povo anda doido.

Teve efeito neste imaginário do brasileiro a ilusão de que não enfrentaríamos aqui as dificuldades que bateram em países com muito mais equilíbrio social e poder econômico, como se um vírus como o da Covid-19 pudesse se encaixar no antigo jeitinho brasileiro.

Claro que o acolhimento desta absoluta tolice teve um empurrão importante de Jair Bolsonaro, com sua opinião sustentada pelo respeito institucional do cargo. Bolsonaro é o mesmo bestalhão que durante quase trinta anos na Câmara foi um tremendo chato, um parlamentar desqualificado repelido até entre o baixo clero da política em Brasília, mas, enfim, tem o respeito de quem chegou à Presidência da República. Não bastou ter Lula no governo por dois mandatos para ficar claro que neste sistema partidário qualquer idiota se elege presidente.

Bolsonaro foi o colaborador mais eficiente nos descaminhos, porém não é dele a culpa exclusiva pelo desastre sanitário. Seus apelos irresponsáveis como presidente encontraram ouvidos cúmplices, fáceis de serem convencidos da imaginada facilidade, pelos que vivem esperando soluções que não exigem um enfrentamento rigoroso dos problemas. Coitado do brasileiro, não é por maldade a busca do caminho mais fácil, mas depois que o inferno se apresenta é de pouco valor a boa intenção inicial.

No geral, temos um povo bastante dissimulado. E dá para compreender a ausência de aplicação, com quase nenhum rigor nas relações com os outros, a dificuldade de ter opinião bem fundamentada, a falta de vontade fazer as coisas do modo mais certo. Já faz tempo que o Brasil não tem regras claras para nada, socialmente atolado em instabilidades que atravessam toda sua história moderna, entrando neste século 21 ainda sem que se possa saber exatamente qual é o comportamento exigido de um cidadão. Continue lendo

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O grito

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Lula fala como candidato: “Estou aqui. vamos juntos reconstruir o Brasil”

No mais vigoroso discurso contra o governo feito desde que saiu da prisão, o ex-presidente Lula denunciou neste 7 de Setembro a destruição da soberania nacional por Jair Bolsonaro e, pela primeira vez falou abertamente sobre o seu futuro político:

“Estou aqui. Vamos juntos reconstruir o Brasil”.

Em 26 minutos de pronunciamento nas redes sociais, Lula alternou duras críticas ao governo com propostas para um novo contrato social liderado pelos trabalhadores, mas deixou claro que não aceitará qualquer acordo com as oligarquias que derrubaram Dilma e elegeram Bolsonaro.

“Nenhuma solução terá sentido sem o povo trabalhador como protagonista. Assim como a maioria dos brasileiros, não acredito e não aceito os chamados pactos pelo alto com as elites. Não contem comigo para qualquer acordo em que o povo seja mero coadjuvante”.

Posso estar enganado, claro, mas após conviver com Lula por mais de 40 anos, fiquei com a impressão de que o conteúdo e o tom desse discurso é de quem está disposto a lutar para voltar ao cargo que ocupou de 2003 a 2010.

Lula não falou das barreiras jurídicas que o impedem neste momento de ser candidato, mas se mostrou otimista sobre o futuro.

Procurou passar uma mensagem de esperança sobre a reconstrução do país e deixou claro que quer participar desse processo. Lula não nasceu para ser figurante, como ele disse no discurso.

“Mais do que nunca, estou convencido de que a luta por igualdade social passa, sim, por um processo que obrigue os ricos a pagar impostos proporcionais às suas rendas e suas fortunas. Nós já provamos ao mundo que o sonho de um país justo e soberano para todos pode, sim, se tornar realidade. Eu sei _ vocês sabem _ que podemos, de novo, fazer do Brasil o país dos nossos sonhos”.

Ao constatar que estamos vivendo um dos piores períodos da nossa história, com uma crise sanitária, social, econômica e ambiental nunca vista, Lula começou o discurso falando da “tristeza infinita” que está sentindo nestes últimos meses, em que “as pessoas acordam todos os dias sem saber se seus parentes, amigos ou eles próprios estarão saudáveis à noite”.

Pulando de um tema a outro, sempre no ataque, o ex-presidente criticou a substituição da direção no Ministério da Saúde por militares sem experiência médica ou sanitária, dizendo que isso é apenas a ponta de um iceberg.

“Em uma escalada autoritária, o governo transferiu centenas de militares da ativa e da reserva para a administração federal, inclusive em muitos postos-chave, fazendo lembrar os tempos sombrios da ditadura. O mais grave de tudo isso é que Bolsonaro aproveita o sofrimento coletivo para, sorrateiramente, cometer um crime de lesa-pátria, um crime praticamente imprescritível, o maior crime que um governante pode cometer contra seu país e seu povo: abrir mão da soberania nacional”.

“Não foi por acaso que escolhi para falar com vocês neste 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, quando celebramos o nascimento do nosso país como nação soberana. Soberania significa independência, autonomia, liberdade. O contrário disso é dependência, servidão, submissão”. Continue lendo

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Sombra do fascismo

No dia 7 de setembro, Bolsonaro falou aos brasileiros: Deus, miscigenação e sombra do comunismo. Tudo nos conformes, como ele mandou seu assessor escrever.

Mas miscigenação, a troco de quê? É que Bolsonaro, que odeia índios e quilombolas, sonha com a miscigenação: eles se misturam aos brancos e desaparecem, ficam brancos como os bolsonaros.

A sombra do comunismo, a tragédia fictícia, a cuca que o presidente anuncia, fascina seus eleitores. Ela é ignorada pelos políticos, que só pensam no peculato maior ou menor,seja qual for o regime.

Essa sombra capta simpatia e apoio dos militares para a ditadura que Bolsonaro sonha instalar. Por sombra do comunismo, entenda sombra do fascismo, a nuvem que sobrepaira o Brasil de Bolsonaro.

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A obrigação de se vacinar

O governo deve promover a política de saúde e imunização coletiva por meio da vacinação do povo. Reza a Constituição que a saúde é um direito social.

Há a obrigatoriedade da vacinação, e ninguém pode se negar a se vacinar.

A lei 13.797 de 6 de fevereiro de 2020, prevê que pode ser determinada de forma compulsória o isolamento, a quarentena; e a realização de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e outras medidas profiláticas ou tratamentos médicos específicos

O Código Penal prevê no seu art. 268 que quem infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa está sujeito a multa e a uma pena de detenção de até um ano

No caso de menores de idade, há também a mesma obrigatoriedade da vacinação por força do art. 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.

No dia 3 de setembro Bolsonaro afirmou que “Quando eu falei: ninguém pode obrigar ninguém a tomar uma vacina. Ninguém pode obrigar”, esta fala foi veiculada nas redes sociais pela Secretaria de Comunicação do Governo Federal e repetida pelo vice-presidente.

Tal declaração não tem sentido, pois as leis brasileiras obrigam a vacinação.

Como não lembrar do Samba do Criolo Doido, a canção satírica composta em 1966, por Sérgio Porto, conhecido como Stanislaw Ponte Preta: “Joaquim José que também é da Silva Xavier queria ser dono do mundo e se elegeu Pedro II.”

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Astrid_L. © IShotMyself

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