Genocídio, de novo

BOLSONARO retoma as viagens pelo Brasil e diz que fará “pelo menos” uma por semana. Em Porto Alegre, em corpo-a-corpo com a massa, declarou que assumiu o risco de contrair o coronavírus e exalta sua coragem. Um presidente eleito é a imagem da nação, o paradigma a ser seguido. Quando o presidente, que tem a retaguarda de assistência médica de ponta, faz tal declaração, ele se põe como exemplo a ser imitado por aqueles que não têm a mesma retaguarda de assistência.

ESSE PRESIDENTE induz os seguidores a seguir seu exemplo. A isso se pode dar nome, conforme ponto-de-vista e graus de consequência: irresponsabilidade, falta de empatia, indiferença à sorte dos semelhantes, egocentrismo maníaco (o narcisismo dos facínoras) e genocídio, como disse o ministro Gilmar Mendes e está posto no Tribunal de Haia. Bolsonaro contamina os brasileiros com esses atributos, o comportamento que o levou a contaminar seu círculo de ministros – e inclusive a primeira-dama.

E PENSAR que por amadora, venial e costumeira manipulação de rubricas orçamentárias, Dilma Rousseff sofreu impeachment. Bolsonaro confinua lépido e inconsequente. Não sofrerá impeachment. A razão, ninguém ainda a identificou está aqui: a constituição e a lei do impeachment não contêm a cláusula da perda do mandato por agir como o reverendo Jim Jones, que levou seu rebanho ao suicídio coletivo. Não há impeachment devido ao suicídio coletivo: pode faltar quem vote nele e vote depois dele.

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Diário da crise CXXXIV

O funeral de John Lewis nos Estados Unidos, de certa forma, mostrou a importância do movimento contra o racismo e por uma sociedade mais fraternal nos EUA.

Três ex-presidentes falaram, dois democratas, Obama,Clinton  e Bush. O discurso de Obama, aplaudido de pé, ressaltou que Lewis era um dos pais de um EUA  justo e fraternal que surgiria nos Estados Unidos, mesmo se esse pais aparecer só daqui a séculos.

O texto de Lewis, publicado no New York Times confirma isso quando diz que a democracia não é algo estático, depende da construção permanente e cada geração tem a sua  própria responsabilidade.

Destaco isso porque acredito ser de um valor universal para todos os países que vivem uma democracia. É uma suposição equivocada achar que  não há nada a fazer, que a democracia se perpetua por si própria.

Os retrocessos estão aí, a começar pelos Estados Unidos, passando por toda uma série de países onde o regime democrático é colocado em questão por governos com inclinações autoritárias.

Com essas ameaças ao youtuber Felipe Neto creio que o tema de fake news e injúrias, que ja me ocupou no artigo escrito ontem, vai me ocupar também na tevê.

Tenho lido sobre o tema. Terminei o livro da Patricia Campos Melo, A Máquina do Ódio, e pretendo terminar O Discurso da Estupidez, do psicanalista Mauro Mendes Dias.

No dia 6, participo de uma live com Afonso Borges e o escritor Giuliano Da Empoli, autor de Arquitetos do Caos.

É um tema difícil esse de redes sociais. O STF quer cassar contas de Bolsonaristas no exterior. O FaceBook e o Twitte resistem.

O Face já derrubou contas inautênticas. Mas quando se trata de uma conta assinada pela pessoa real, ela é responsavel pelo que diz.  Assim como somos responsáveis pelas nossas palavras no diálogo público. E nem por isso, quando dizemos algo gravemente equivocado, a pena é cortar a nossa lingua.

Sexta feira cinzenta e com chuvas por aqui. Comprei até um guarda chuva, utensíllio que estava em falta em nossa casa. Mas a previsão para sábado e quase toda a semana que vem é de sol. O guarda chuva será apenas um objeto no armário, espero.

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Mural da História

21 de maio|2009

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“Sérgio Samba Sampaio”

Para os muitos jovens ele é um nome desconhecido, porque suas músicas não tocam mais nas rádios FM nem na TV. Estão na Internet? Sim, estão, mas achar algo por acaso na Internet é o mesmo que achar uma agulha de vitrola num palheiro de irrelevâncias. Para os mais ligados em música brasileira, ele é o autor da uma das marchas-rancho-pop mais cantadas dos anos 1970, “Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua”.

Para quem prestou mais atenção na sua obra, principalmente no seu inquietante primeiro álbum (que teve esse mesmo título), Sérgio Sampaio (1947-1994) foi um desses cantores-compositores surgidos na época da ditadura, cheio de talento imprevisível, de uma simplicidade poética que o colocava meio próximo de Luiz Melodia e Odair José, de uma pegada roqueira que o levava para a praia de Raul Seixas (de quem foi parceiro no projeto “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista”), de uma nunca apaziguada angústia existencial que o fazia ainda tão jovem ter algo do torvelinho dark e inescapável de Torquato Neto ou Nelson Cavaquinho.

Deve ser difícil encontrar os álbuns de Sampaio, mas sua audição pode ser complementada pela leitura de um precioso livrinho de análise do primeiro deles, de Paulo Henriques Britto: “Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua” (Ed. Língua Geral, 2009). Mas o que muitos não sabem é que ele também era compositor de sambas saborosos e sincopados, pontuados por breques e refrões daqueles que grudam no ouvido.

Coube a um paraibano recuperar os sambas desse capixaba. Chico Salles, natural de Sousa e radicado no Rio há mais de 40 anos, é forrozeiro, sambista e cordelista de primeira água, e nas horas vagas de seu trabalho autoral fez o álbum “Sérgio Samba Sampaio”, produzido por Henrique Cazes e José Milton, com participações especiais de Zeca Pagodinho, Raimundo Fagner e Zeca Baleiro (este último, aliás, autor de outra compilação póstuma do poeta, “Cruel”, 2005).

Nesse disco precioso encontrei tesouros que nem lembrava que sabia de cor, como “Cala a boca, Zé Bedeu” (“Mas que mulher danada / essa que eu arranjei / ela é uma jararaca / com ela eu me casei…”), composto pelo pai do artista. Tem o partido alto de “O que pintar pintou”, tem o criativo jogo de palavras de “Polícia, Bandido, Cachorro, Dentista”, o samba-canção de separação “Nem assim”… Sérgio Sampaio era a cara dos anos 1970, meio Novos Baianos em sua mistura de rock e samba, mas sempre com um travo de angústia que era só seu, umas melodias com ziguezagues inesperados, um apreço pelas rimas toantes. Sua obra inteira ainda merece um estudo mais profundo, proporcional à emoção que ele ainda desperta em quem o viu surgir e depois desaparecer.

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A vida como ela é

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Jaguar

O cartunista Sérgio de Magalhães Gomes  Jaguaribe, julho de 2004. © Orlando Pedroso

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Absolut

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Facebook mantém no ar perfis de bolsonaristas fora do país

O Facebook anunciou na manhã desta sexta-feira (31) que não vai cumprir a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para tirar do ar internacionalmente os perfis de bolsonaristas que foram alvos do inquérito das fake news.

A empresa decidiu que recorrerá ao plenário do STF. Enquanto isso, as contas serão mantidas no ar fora do Brasil.

“Respeitamos as leis dos países em que atuamos. Estamos recorrendo ao STF contra a decisão de bloqueio global de contas, considerando que a lei brasileira reconhece limites à sua jurisdição e a legitimidade de outras jurisdições”, diz a nota da assessoria de imprensa do Facebook.

Segundo o entendimento da empresa, a suspensão das contas internacionalmente poderia criar um precedente perigoso para o funcionamento da própria plataforma.

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Mofo dele

NA ÚLTIMA live brega, o sanfoneiro ao fundo, Bolsonaro declara que não tem covid, apenas “mofo no pulmão”. Balela. O mofo dele é mais em cima, no cérebro.

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Mural da História

28 de setembro|2010

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Mural da História – Os Três Porquinhos de Dilma Rousseff

República dos Bananas

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Jair Bolsonaro e o PT: direita e esquerda se juntam contra a Lava Jato e Sergio Moro

Agora com Jair Bolsonaro totalmente empenhado em acabar com a Lava Jato, este presidente fake news — eleito exatamente no embalo do sentimento de ética na política trazido por um trabalho contra a corrupção altamente renovador da esperança — lança seus seguidores numa situação constrangedora: serão obrigados a extirpar mais esta peça fundamental de sua estrutura de caráter.

Mesmo o bolsonarismo já tendo eliminado Sergio Moro de sua galeria de ídolos, com a militância passando a atacar o lendário ex-juiz da Lava Jato com a mesma agressividade e acusações tão imbecis quanto as que costumeiramente fazem a qualquer adversário, será complicado entrar na mesma linha de ataque do PT e seus parceiros dos puxadinhos de esquerda.

Na retórica de um bolsonarista e mesmo de um olavista, nesta nova condição de estorvo aos planos de Bolsonaro e sua família, a Lava Jato teria de ser encaixada nos maléficos planos do comunismo chinês para dominar o mundo. Será uma dificuldade fazer qualquer um que não seja um bolsonarista idiota (com o perdão do pleonasmo) engolir algo tão fora de propósito, mas não duvidem que eles podem vir com mais esta.

Os petistas puxam de seu lado uma cantilena maledicente e desonesta de que a Lava Jato atende aos interesses do governo dos Estados Unidos, mas com seu grande líder fazendo continência por aí para a bandeira americana não dá para um bolsonarista seguir por esta retórica tola. Todo mundo conhece a lorota petista: a Lava Jato quebrou grandes empresas brasileiras “em conluio com o FBI, para criar mercado para as americanas”.

É um fake news que não pegou, mas encerrou a militância petista em mais um de seus raciocínios idiotas, fazendo do PT este partido de desqualificados que aí está, colocando a esquerda brasileira numa condição eleitoral de ter de bolar grandes estratégias até para eleger vereador de cidade pequena. Se o partido do Lula tivesse feito algo que presta no poder, esta defesa de corruptos da iniciativa privada mancomunados com ladrões dos cofres públicos talvez pudesse ser qualificada como um “rouba, mas faz”, mas como o PT não fez nada, tal raciocínio não serve nem pra isso.

Quanto à corrupção, quem conhece política sabe que faz muito tempo que Jair Bolsonaro e PT estão se dando muito bem neste assunto, cada um de seu lado. A aliança atual entre direita e esquerda para acabar com a Lava Jato nada mais é que o oportunismo forçando o círculo a se fechar. Aliás, mesmo no que toca a maledicência, a manipulação da informação e até mesmo a violência política, Bolsonaro e a maioria dos esquerdistas só divergiam em relação aos alvos, agora cada vez mais próximos.

No entanto, voltemos à parceria da esquerda e da direita na defesa da ladroagem, para a qual eles buscam enfiar na legislação eleitoral até uma lei anti-Moro e acabar com o “lavajatismo”, neologismo que no sentimento popular é um adjetivo. Agora bolsonaristas e petistas se juntam para transformá-lo em um palavrão. Para combinar o discurso, seguidores de Bolsonaro e petistas terão de fazer de Moro um agente duplo. Vocês não sabiam?

Não espalhem, mas na verdade não foi só a serviço dos Estados Unidos que a Lava Jato quebrou nossas empresas. Moro e os procuradores do Ministério Público agiam também para favorecer a China.

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Requiescat in pace

João Guenther Maschke (26 de novembro de 1932 – 31 de julho de 2020)

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Antônio Carlos Bernardes Gomes, Mussum…

© Myskiciewicz

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