Jair Ternura

MILTON RIBEIRO, o quarto ministro da Educação do governo Bolsonaro, assumiu e sumiu, derrubado pelo covid. Voltou rápido e de imediato demitiu quatro dos cinco assessores deixados por Abraham Weintraub, o terceiro ministro, aquele com olhar e atitudes de louco varrido.

Os quatro demitidos operavam a pauta ideológica. A demissão veio em nome da conciliação e da abertura no ministério (sic), recomendações do presidente da República. O quinto foi mantido. Por quê? Não se sabe. Sabe-se apenas que é coronel. Logo se sabe. A pauta agora é Jair Ternura.

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Fraga

Oktoberfest, Réveillon e Carnaval cancelados.
Para compensar, Finados foi antecipado e será
prorrogado indefinidamente, com eventos diários.

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Padrelladas

Diário da Pandemia

Ora, ora, então voltaremos a ter cassinos no Brasil. Dona Carmela Dutra, chamada “Dona Santinha”, deve estar se revirando no túmulo, tão religiosa era. Como sabemos todos, o marido Presidente General Eurico, proibiu a cassinagem em 1946, móde que jogo de azar destrói a família, e família é um dos pilares da sociedade. Não temos cassinos, mas temos mega sena, raspadinha, peludinha, depilada e outras modalidades de arrancar a grana do pobre em troca de falsas esperanças. Jogo do bicho, que é bom, não pode. O Barão de Drummond deve estar a revirar-se no túmulo. Bom, pelos menos agora os ricos também terão chance de ficar sem as calças.

Armas liberou geral. Cada cidadão de bens pode ter quatrocentas e quinze submetralhadoras, duzentos e dezoito fuzis e algumas escopetas. Até os filhos menores podem possuir armas, estou falando de setras, vulgo atiradeiras, para matar passarinho e/ou quebrar vidraça.

Cá me fico a imaginar: Os cidadãos de bens jogando nos cassinos (cassinos são ambientes nervosos) e de repente o cara entra numas com o crupiê, saca o revólver, e o crupiê tem um fuzil exclusivo das Forças Armadas mocozado na roleta, e começa o tiroteio. Não sei se esse negócio de reabertura de cassinos com a liberação das armas vai dar certo. Liberar a maconha, que é bom, nem pensar.

*Uns liberam, outros prendem. Uns são pílulas de vida do Doutor Ross, outros são chá de folha de goiabeira. Jânio Quadros estava mais para chá de folha de goiabeira – não da goiabeira onde Jesus aparecia para aquela senhora. Enquanto se planeja liberar cassino, para desgáudio de Dona Carmela Dutra, vulgo Santinha, lembro que Jânio desliberou as rinhas de galo. O pontapé inicial foi dado por uma senhora curitibana, cujo nome me foge à memória, que telefonou para o presidente da vassoura e pediu para ele acabar com a galinhagem. Como no Brasil nada se sustenta, voltaram os rinhadeiros à sua ocupação, para desgáudio das frangas, que passaram a ouvir de seus “maridos”: esta noite não posso, querida, estou todo moído.

ENTREOUVIDO EM PALÁCIO: Ora, uma ema é apenas uma galinha mais fornida de carnes. Quem comeu, comeu; quem não comeu Mateus que o embale. Embale pra viagem, que sempre é interessante levar uma ema a conhecer Paris. 

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A PF na cola da primeira-dama do Piauí, a tragédia brasileira e os políticos serviçais de uma elite apodrecida

A Polícia Federal baixou logo cedo nesta segunda-feira na casa do governador do Piauí, o petista Wellington Dias, porém não era o governador o alvo da operação, e sim a sua esposa, a deputada Rejane Dias, também do PT.

Que baita encrenca, não? Em situações assim, governantes costumam rapidamente se desvencilhar dos implicados, com a demissão ou dando qualquer outro jeito de tirar de perto o alvo da polícia. Ninguém quer ter ao lado uma chave de cadeia. Mas o que se pode fazer quando a acusação de corrupção é contra a própria cara-metade?

A situação da governador do Piauí é de fato inusitada. Não dá para seguir o hábito do exaltado chefão de seu partido, o criminoso condenado Lula, que quando é pego em ilegalidade diz logo que não sabia de nada e não tem relação com o acusado. Como fazer algo assim com a patroa? Bem, Lula chegou até a tentar colocar a culpa de seus malfeitos na própria esposa, mas cabe lembrar que ele só buscou esta saída depois da morte de dona Mariza.

A investigação no Piauí vem desde o ano passado e envolve recursos desviados do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) e do PNATE (Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar). Não foi possível precisar ainda o total dos desvios, por causa da variedade de contratos ainda executados pelo grupo de empresas com o governo do estado e prefeituras, mas a Polícia Federal adianta que o esquema causou prejuízo ao Piauí calculado em ao menos R$ 50 milhões.

Parece que o que temos à frente é aquela velha jogada de políticos aliados a uma iniciativa privada que finge executar obras e serviços, em esquemas que existem apenas para desviar o dinheiro da população. Isso tomou conta de tudo, em negociatas que arrasam com a capacidade econômica do país. A população fica sem o retorno de seus impostos e nem se tem a abertura para o crescimento de um empresariado moderno e de qualidade.

A primeira-dama do Piauí é deputada desde 2014, evidentemente se elegendo em dobradinha com o marido, que também é político profissional há décadas. Ela ocupou a Secretária de Educação no primeiro mandato do marido governador, reeleito em 2018. Os fatos investigados na operação desta segunda-feira são do tempo em que ela foi secretária de Educação. O esquema  tinha contratos superfaturados em 40%.

Como se sabe, o Piauí é um dos estados mais pobres do Brasil, mantendo-se sempre em disputa com estados como o Maranhão para saber quem fica em primeiro na lista dos miseráveis, todos dominados por uma elite impiedosa, que não tem partido exclusivo, fazendo uso de qualquer ideologia ou projeto de governo para atingir o objetivo de se dar bem às custas dos cofres públicos.

Não importam bandeiras econômicas, se de direita ou esquerda, desenvolvimentistas e liberais — cabem até mesmo promessas socialistas, Deus acima de tudo, qualquer coisa. Vale tudo para manter o Estado sob o jugo de elites apodrecidas. E sempre temos políticos e partidos dispostos a sustentar este status quo que arrebenta com o Brasil, seja no PT de Lula e do governador do Piauí e de outros estados, além de poderem também se servir sempre do governo federal, por ora nas mãos atenciosas de Jair Bolsonaro.

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#Forabozo!

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Obsolescência programada

A obsolescência programada é a decisão do produtor de propositadamente desenvolver, fabricar, distribuir e vender um produto para consumo de forma que se torne obsoleto ou não-funcional especificamente para forçar o consumidor a comprar a nova geração do produto.

A obsolescência programada obriga a troca frequente de produtos e incentiva o consumo de massa desenfreado, além de desrespeitar o direito do consumidor.

Os produtos contam com uma vida útil programada para obrigar os consumidores a comprarem novos produtos, ou leva-los à assistência técnica, para afirmar-lhes que o conserto, financeiramente, não compensa que é melhor comprar um produto novo.

O fato de o consumidor não ser informado destes vícios ocultos programados é uma quebra da boa-fé contratual.

Em resumo, sempre há um modelo mais novo e a assistência técnica avisa que o valor do conserto não compensa, aconselhando o consumidor a adquirir um novo produto, mais moderno.

O consumidor deve ser informado da vida útil do produto e não simplesmente ficar à mercê do fornecedor para que faça com que o consumidor se obrigue a comprar um novo produto e contratar novos serviços, novos pacotes de serviços embutidos naquela venda.

Como o vício é programado, de nada adianta a garantia de noventa dias para produtos duráveis ou trinta dias para produtos não duráveis que o CDC dispõe a favor dos consumidores (art. 26).

Outra coisa: sempre há produtos casados, peças e produtos extras que o consumidor deverá comprar. Por exemplo, a capa protetora do aparelho celular, que também será perdida quando um novo modelo tiver que ser comprado.

O fornecedor não pode omitir informação relevante sobre a durabilidade do produto e, portanto, a obsolescência programada é crime contra o consumidor nos termos do art. 66 do Código de Defesa do Consumidor.

A questão é comprovar isto, já que os órgãos de defesa do consumidor, por exemplo os PROCONs, a ANATEL e outros órgãos não produzem laudos técnicos neste sentido – e para o consumidor é muito caro pagar esta perícia.

O impacto ambiental do descarte de aparelhos celulares, televisores, computadores e tablets é gigantesco, com milhões de toneladas de dejetos eletrônicos.

Este lixo tecnológico deveria ser de reciclagem obrigatória e exclusiva dos fabricantes e fornecedores, em vez serem jogados no meio ambiente ou misturados com outros tipos de descartes. Esta é uma falha proposital da legislação ambiental, para dar mais lucro às empresas de tecnologia que não se preocupam e nem gastam com isto.

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Mentira utilitária

KIM JONG-UN, ditador da Coreia do Norte, alerta para a possível entrada do covid no país, até então livre da pandemia – talvez devido ao isolamento social, político, econômico e cultural do país, na realidade um imenso gulak asiático. Acontece que não foi um covid desses de todo mundo, que entra por caminhos inesperados e desconhecidos.

O covid coreano começou na Coreia do Sul, o pedaço democrático do país dividido. Da Coreia do Sul foi trazido à do Norte por um desertor desta em um percurso típico das cartilhas do velho estalinismo: o desertor fugiu da Coreia do Sul para a Coreia do Norte e depois desistiu da deserção e voltou para a Coreia do Norte.

O covid entrou na Coreia do Norte embarcado no organismo do desertor arrependido – um redesertor para fins de Coreia do Sul. Comunistas e fascistas, bolsonaristas ou não, usam a mentira utilitária, que é a sua verdade funcional. Stálin ensinava que o telefone e a lâmpada elétrica foram inventados na União Soviética.

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Bibliotecas em chamas

Escrever sobre índio é nadar contra a corrente porque os editores do passado achavam o tema um tédio, os políticos pensam que dá azar e, no cotidiano, costumamos chamar de programa de índio a algo desinteressante, sem graça.

O velho líder caiapó Raoni esteve internado em estado grave e teve alta. Não é Covid, mas a dor universal de perder a mulher com quem viveu muitos anos está derrubando o guerreiro.

Conheci Raoni em Altamira. Documentei sua amizade com o cantor Sting e com Anita Roddick, dona da Body Shop. Era uma segunda descoberta europeia dos índios brasileiros, reunidos ali para protestar contra a usina de Belo Monte. Agora os viam também como defensores da floresta.

Os viajantes do século XIX, meu tema de estudo, eram fascinados pela curiosidade de conhecê-los. O príncipe Maximiliano de Wied-Neuwied e o grande pintor Rugendas, por exemplo, estiveram no Brasil, mas os procuravam em qualquer ponto do mundo novo. Max, desculpe tratá-lo com essa intimidade, navegou longamente pelos rios norte-americanos, contraiu escorbuto, mas não perdia a chance de conviver com os índios.

Rugendas sofreu um acidente na Argentina, um raio o atingiu. Desfigurado e com dores crônicas, sentiu a proximidade de índios, cobriu o rosto disforme com um manto negro, tomou uma dose de morfina e cavalgou alguns quilômetros para pintá-los. E que lindas cores reproduzia em seus desenhos.

O governo brasileiro acha que os índios devem ser integrados. Um pouco como o Weintraub, mas não tão agressivo como ele, que dizia odiar a expressão “povos indígenas”.

Na verdade, esse é um sonho de liquidação cultural. No momento em que a Covid-19 avança pelas aldeias, é também uma destruição física. Já morreram 500 e, de um modo geral, os mais velhos. São os depositários do conhecimento, numa cultura oral. O jornal “El País” descreveu precisamente essas mortes: é como se fossem inúmeras bibliotecas pegando fogo.

O governo não quer dar nem água potável para eles. Os ianomâmis e os ye’kwanas, lá na fronteira com a Venezuela, estão acossados por garimpeiros. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da OEA, já advertiu o governo brasileiro duas vezes. Na primeira, foi respondida apenas de uma forma muito geral, insatisfatória.

O fotógrafo Sebastião Salgado fez uma campanha para que os índios fossem protegidos na pandemia e pela expulsão dos invasores de suas terras.

Não repercutiu aqui como merecia. Apesar do que pensa o governo, a Constituição, em dois artigos, reconhece seus direitos não só culturais, como também territoriais.

O STF, através do ministro Luís Roberto Barroso, tenta fazer valer o texto da lei, e não os delírios destrutivos do governo. Creio que é necessário advertir para o que se passa lá fora e seus desdobramentos. A imagem do Brasil está desgastada pela política ambiental. E também pela política sanitária, considerada um desastre até pelo presidente das Filipinas, um exemplo asiático do modelo Bolsonaro.

Esses dois desgastes convergem na questão indígena, onde os temas sanitários e de defesa da Amazônia se associam. Continue lendo

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Exaltação

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Mural da História

20 de julho, 2008

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As sabotagens de Jair Bolsonaro e seus custos em mais vidas perdidas para a Covid-19

Um estudo de professores da área de estatísticas econômicas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) concluiu que em maio o isolamento social pode ter poupado 118 mil vidas no Brasil. Os professores calculam que a cada 1% de aumento no isolamento social havia uma redução na taxa de crescimento do novo coronavírus de até 37%. Como o negacionismo do presidente Jair Bolsonaro forçou este isolamento a ficar abaixo do ideal, fica demonstrado que sua irresponsabilidade fez morrer muita gente.

O estudo da UFRRJ tomou por base como o vírus se espalhou pelos estados brasileiros, nos diversos graus de distanciamento, fazendo com isso uma equação estudando a transmissão do coronavírus. Desse modo, os autores puderam ver como teria sido a pandemia semisolamento social.

Por este cálculo, no cenário de maio o registro do mês seria de 47.447 mortes, muito maior do que do que o registrado oficialmente: 29.367 óbitos registrados. Ou seja, de acordo com essa projeção estatística 118.080 vidas teriam sido salvas. Este é um dos cenários. Em um resultado mais pessimista, o mês teria fechado com 213.459 óbitos, 184.092 a mais que o registrado.

Porém, mesmo em um cenário mais otimista maio teria terminado com 81.405 mortes, 52.038 a mais do que o efetivamente registrado.

Um resultado interessante trazido pelos professores foi a definição em números da relação do isolamento no controle da transmissão do vírus. “O coeficiente da relação entre o isolamento social e a transmissão do vírus foi de -37,51, indicando que cada elevação de 1% no isolamento tende a reduzir em 37% a taxa de crescimento da transmissão”, afirma o estudo.

Isso significa, conforme diz o trabalho dos professores, que a elevação do isolamento reduz a taxa de transmissão do vírus de forma significativa e mais que proporcional. O estudo da UFRRJ permite projetar, agora com números, como estaria o Brasil agora se o país tivesse sido conduzido na perspectiva negacionista do presidente Jair Bolsonaro.

Seria um desastre colossal. Cabe lembrar que há três meses, Bolsonaro afirmava que o número de vítimas fatais da Covid-19 não passaria de 800 óbitos.

O país já caminha para o registro de 90 mil mortes, sabendo-se que muito mais gente deve ter morrido sem a confirmação da doença. O total de casos confirmados no Brasil é de mais de 2 milhões, mais exatamente 2.287.475, com claros sinais de que já se vive um descontrole da contaminação, causado não só pela falta de uma centralização efetiva no governo federal do combate ao coronavírus, como pela sabotagem explícita de Jair Bolsonaro, que fugiu à sua obrigação de comandar a luta pela saúde dos brasileiros.

Bolsonaro agiu o tempo todo no sentido contrário da defesa da integridade física da população. Mesmo contaminado pelo vírus, ainda desobedece à regras de proteção para evitar passar a doença para os outros e continua com suas idiotices que beiram a loucura, comportando-se com a mesma falta de empatia humana que faz os brasileiros suspeitarem que foi eleito um psicopata para comandar o país.

Suas mais recentes cenas são grotescas como filme de terror classe B, primeiro com ele levantando para seus seguidores uma caixa de cloroquina como se fosse um troféu e depois feito um zombie solitário no Palácio da Alvorada, oferecendo cloroquina para as emas soltas no gramado.

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A qualidade da morte

O BRASIL sempre foi socialmente demarcado: ricos, classes médias, pobres e miseráveis. Politicamente, nunca. Antes era a geleia geral em que nada se definia ou demarcava, as classes se misturavam como nas novelas da Globo. Nem o PT conseguiu fixar o nós e o eles tão repetido por Lula e seguidores. Não esqueçamos que o PT elegeu Lula e Dilma duas vezes cada um, trazendo na arca de suas alianças políticos de todas as classes, ou seja, manteve a geléia geral, indistinta e difusa.

Jair Bolsonaro conseguiu a façanha de demarcar o Brasil. Não foi original, replica o modo Lula do nós e eles – embora o intelecto do Capitão não chegue a tamanha abstração; para ele é eu e meus filhos e tudo isso daí, que são os que ficam na frente, a atrapalhar o caminho da família-quadrilha. Sem o alcance ideológico de um Hitler ou de um Mussolini, Bolsonaro conseguiu o mesmo: dividir o Brasil entre os bolsonaristas e os antibolsonaristas.

E qual a diferença entre uns e outros? Não é política, ideológica ou religiosa, é de pauta. Os bolsonaristas acreditam que serão salvos pelo Capitão – ou morrem com urros de amor ao líder, como os companheiros que Stálin mandava matar. Os antibolsonaros sabem que com o Capitão é morte certa. No Brasil de hoje a escolha é só a da qualidade da morte, porque o Capitão irá nos matar a todos. E ele terá a melhor das atenuantes, a do crime por omissão, por ser inepto e inútil.

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Mural da História

17 de agosto de 2010 

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Padrelladas

Diário da Pandemia

Enquanto falta anestesia nos hospitais para as vítimas do Coronavírus nós, moradores deste condomínio, estamos todos anestesiados.

Levanto à noite para beber água. Vou até a cozinha: saio do quarto, atravesso o corredor, e tudo é silêncio. Um silêncio criminoso como se o país estivesse mergulhado em paz. Como se não estivéssemos em guerra.

Bebo meu copo d’água em silêncio. Cercado por um silêncio tão pesado que me vejo abandonando a proteção da trincheira, abrindo a porta e, à maneira de Caetano Veloso em “Araçá Azul”, gritando a plenos pulmões: “Silêncio! Silêncio!” – e só o silêncio responde. Todos estão anestesiados. Estão todos deitados. Dormindo profundamente.

Procura-se Malária. Será condecorado como herói quem a encontrar. Temos grande estoque de comprimidos para tratamento dessa doença. Mostre que você é um bom brasileiro e pegue Malária. O Governo agradece.

O pó oriundo da raspagem de chifre vacum do grande rebanho mocorongo não funciona no combate ao novo Corona vírus. Erguer a embalagem para que Deus possa ler o que está escrito na caixinha me parece também coisa chegada a uma mocoronguice.

FRASES QUE FIZERAM HISTÓRIA – Ao contrário de “Senta a pua” e “A cobra vai fumar’, a expressão “Calma que o Brasil é nosso” não foi criada por um brasileiro.

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Blogolismo

FAZER BLOGUE é vício, nocivo como qualquer vício. Cria a dependência de sempre publicar. Da dependência vêm os efeitos, físicos, emocionais e sociais. São as dores no corpo, costas, mãos, braços, ombros e suas artroses, tendinites, epicondilites e bursites. Vive-se na ansiedade de chegar ao texto final, apurado em pelo menos quinze tentativas, de que não raro resultam oito linhas. O japonês do haicai e Dalton Trevisan produzem com a naturalidade de quem solta o arroto acidental – prerrogativa dos gênios.

Entre o emocional e o social transitam o imperativo de atacar, o receio de ofender e a ressaca moral do auto-julgamento – somados à revolta de quem não gosta do que lê e daquele que simplesmente não entende. Vício, digam-nos os alcoólicos anônimos, é luta contra a dose diária. O vício não tem cura, está presente, à espreita, volta a qualquer momento. Quem faz blogue é blogólico, almeja ser anônimo. Segue a dose diária, as mãos a tremer e o peito a palpitar para o texto que luta para emergir.

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