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1957|Sandra Edwards. Playboy Centerfold

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Manfredini conta a vida e obra de Wilson Bueno

O jornalista e escritor Luiz Manfredini está lançando, pelos canais da internet, o livro “A pulsão pela escrita”, biografia do também jornalista e escritor paranaense Wilson Bueno, assassinado aos 61 anos de idade em Curitiba, em 2010. Autor de mais de 15 livros, entre crônicas, romances e poesia, Bueno foi uma das vozes mais significativas e fascinantes da literatura brasileira contemporânea. Um dos destaques de sua carreira foi a direção do jornal Nicolau, editado pela Secretaria da Cultura do Paraná entre 1987 e 1995, e considerado o melhor jornal cultural brasileiro da época.

“A pulsão pela escrita” não é apenas uma boa história, escreve o poeta Hamilton Faria na apresentação da biografia, “mas uma narrativa emocionante, plena de conflitos humanos, em que Luiz Manfredini apresenta um quebra-cabeça, cujo resultado é composição surpreendente, que descreve idas e voltas sem jamais perder o fio da meada. E desse arranjo virtuoso emerge, cru, o perfil de um personagem controverso es único, do criador talentoso, obsessivo cultor da palavra. Ora um flâneur, um vagau em andanças sem destino, ora escandaloso como Jean Genet, libertino como Rimbaud, ou recatado feito um cavalheiro vitoriano”. Um personagem que se agarrava à literatura, como costumava dizer e repetir, movido por uma pulsão vital, absoluta.

TRECHO

“Em pânico, ele não percebeu o voo da faca que, afinal penetrou-lhe o pescoço, atingindo a jugular. Por breves segundos cambaleou, a vista opaca e os sentidos afrouxados, para em seguida arriar sobre a cadeira na qual estivera sentado. Por fim, um segundo golpe, desta vez perfurando a carótida, o fez escorregar para o chão. No pescoço, a faca oscilava feito um pêndulo sinistro. Nos olhos esbugalhados, estacionara um olhar perdido entre o sangue e o nada.”

SERVIÇO: “A pulsão pela escrita” Editora Ipê Amarelo – Curitiba – 2020 – 200 páginas. Vendas pelo WhatsApp (41) 9965-0704, com frete grátis.

 

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Rubem Alves, seis anos depois

Nesta triste época de pandemias do coronavírus, de administradores insanos e perigosos, de ódio generalizado, de desesperança e de desamor, sinto muita saudade de Rubem Alves, cuja partida completou seis anos no domingo 19. Ele deixou este mundo de maldades e desigualdades, mas legou-nos como herança o seu exemplo de vida, o seu trabalho e as suas lições, reunidas em mais de uma centena de livros, que continuam sendo reeditados pela filha querida Raquel, sua sucessora e presidente do Instituto Rubem Alves, mantido na cidade de Campinas (SP).

Rubem era um homem que tinha um caso de amor com a vida e passou toda a sua existência exercendo-o. Suas palavras e sua escrita eram lições de vida. Suas crônicas ainda hoje nos emocionavam e fazem-nos pensar. Às vezes, ele era irônico e bem-humorado; outras, lírico e romântico; e outras mais, crítico e até mordaz. Mas sempre inteligente, humano e sincero. Era capaz de, com toda a simplicidade, construir verdades eternas, de enorme significado. E era, sobretudo, um avô que adorava brincar e compartilhar pensamentos: uma extraordinária figura humana, que amava a beleza das pequenas coisas, a natureza, as netas, os jardins e os pássaros, a sabedoria das crianças, o mar e as montanhas, o vento fresco da tarde, os ipês floridos, o outono, os animais, os campos e os cerrados, o orvalho sobre a teia de aranha e os pores-do-sol.

Cultuava a amizade, porque sabia que “a beleza da poesia, da música, da natureza, as delícias da boa comida e da bebida perdem o gosto e ficam meio tristes quando não temos um amigo com quem compartilhá-las”. Tamanha era a importância que dava à amizade que oferecia nova interpretação ao ritual eucarístico pintados por Salvador Dalí e Leonardo da Vinci: “Jesus não queria comer e beber. Ele queria estar junto, falar de amizade e saudade. E, para isso, valeu-se de pão e vinho”.

Fora pastor protestante. Presbiteriano. Pregou, durante anos, o evangelho na linha severa ditada pelo calvinismo. Um dia, teve uma iluminação: não podia continuar divulgando a palavra de um Deus cruel e vingativo. Entendeu que o seu Deus não podia ser aquele contido nas Sagradas Escrituras, onde só encontrava sentimentos de medo, de vingança, de autoritarismo, de castigos e vingança. “O Deus adulto é terrível: grave, sério, não ri, não dorme, seus olhos estão sempre abertos e nem sempre têm pálpebras, jamais esquece, e registra tudo nos seus livros de contabilidade, que serão abertos no Dia do Juízo para o acerto final de contas.” Diante disso, Rubem afastou-se da religião. E da fé.

Mas continuou acreditando em Deus – “Deus tem de existir. Tem beleza demais no Universo…” –, mas à sua maneira: “É claro que acredito em Deus, do jeito como acredito no perfume da murta, do jeito como acredito na beleza da sonata, do jeito como acredito na alegria da criança que brinca, do jeito como acredito na beleza do olhar que me contempla em silêncio. Tudo tão frágil, tão inexistente, mas me faz chorar. E, se me faz chorar, é sagrado. É um pedaço de Deus…”

Educador por vocação e profissão, Rubem Alves garantia que a maioria das escolas não gosta das crianças. Para ele, “são gaiolas”, que aprisionam as crianças como os pássaros e as impedem de voar. Comparava-as, também, a “máquinas de moer carne: numa extremidade entram as crianças com suas fantasias e brinquedos. Na outra saem rolos de carne moída, prontos para o consumo, ‘formados’ em adultos produtivos”. E então, “a transição da infância para a condição adulta é a transição da inteligência para a burrice”.

Mais do que tudo, porém, Rubem dava importância às coisas simples da vida, do mesmo modo que desprezava a riqueza e o poder. E explicava por quê: “Morávamos numa fazenda velha que um cunhado emprestara ao meu pai. Não tinha luz elétrica: de noite acendiam-se as lamparinas de querosene com sua chama vermelha, sua fuligem negra, e seu cheiro inconfundível, Não tinha água dentro de casa: minha mãe ia buscar água na mina com uma lata de óleo vazia. Não tinha chuveiro: tomávamos banho de bacia com água aquecida no fogão de lenha. Não tinha forro: de noite víamos os ratos correndo nos vãos das telhas. Não havia privada: o que havia era a clássica casinha, do lado de fora. E eu não tinha brinquedos. Não me lembro de um, sequer. E, no entanto, não consegui encontrar nenhuma memória infeliz. Eu era um menino livre pelos campos, em meio a vacas, cavalos, pássaros e riachos.”

Grande Rubem! Onde estiver, receba a nossa saudade e a certeza de que, um dia, haveremos de nos reencontrar, sob o olhar compreensivo Daquele em quem você deixou de acreditar, mas descobriu que existe.

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Flagrantes da vida real

Guinski

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Nadine Gary

Nadine Gary. gotopless.org|AgencyPress

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Agente de trânsito da Lei Seca foi punida no Rio por multar juiz

“Se eu conheço este país, não vai dar em nada. Pode sobrar punição pro guarda que tentou enquadrar o desembargador”, escreveu o leitor identificado como “Slovik” na área de comentários do blog do colega Josias de Souza, meu vizinho aqui no UOL, em resposta ao título da coluna “Castigo ao desembargador dirá que país somos”.

Por mais cético que possa parecer o comentário do internauta, ele está coberto de razão. Há antecedentes. Afinal, estamos no Brasil, o país dividido entre quem manda e quem obedece.

Um caso muito semelhante ao do desembargador Eduardo Almeida Prado Rocha de Siqueira, que humilhou o guarda municipal Cícero Hilário, no domingo, em Santos (SP), por se recusar a usar máscara durante um passeio na praia, aconteceu no Rio de Janeiro, em 2011 — e o desfecho da história já mostrava que país nós somos, meu caro Josias.

Durante uma blitz da Lei Seca, a agente de trânsito Luciana Tamborini teve o azar de parar o carro do juiz João Carlos de Souza Correia, que estava sem placas.

Correia estava também sem a carteira de habilitação e sem os documentos do carro, e simplesmente se recusou a fazer o teste do bafômetro, dando a popular carteirada do “sabe com quem está falando?”.

O processo na Justiça se arrastou por três anos e, ao final, o juiz saiu ileso. A agente de trânsito foi multada em R$ 5 mil “por abuso de poder”.

Na decisão judicial, o relator do processo, desembargador José Carlos Paes, considerou que Luciana Tamborini agiu com abuso de poder ao afirmar que o magistrado “era juiz, mas não Deus”.

Pois esse foi seu grande erro: eles, os togados chamados de excelências, consideram-se deuses, sim, acima do bem e do mal, inimputáveis.

“Não foi na intenção de ofender ninguém. Eu falei que ele não era Deus porque as coisas não são assim”, reagiu a inconformada agente de trânsito, que na época ganhava R$ 3 mil por mês e não tinha condições de pagar a multa.

O lado bom da história é que a mesma sociedade que produz magistrados como Siqueira e Correia fez uma “vaquinha” na internet e arrecadou mais de R$ 10 mil para Luciana acertar suas contas com a Justiça. Continue lendo

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pumpiePumpie. © IShotMySelf

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Anita Ekberg, [Kerstin “Anita” Marianne Ekberg] (1931|2015) atriz de A Doce Vida, obra-prima de Federico Fellini.  © Getty Images

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Fraude explica

SEM MAIS nem por quê, Donald Trump publicou nesta semana a foto acima. Esse homem tem os códigos, a maleta, a chave e o botão do arsenal nuclear que pode destruir o planeta. Está certo que o cara que tem a chave do outro arsenal também fez fotos de peito raspado. Mas era o peito de verdade, não o do velho Rocky Balboa. Não esperem que Jair Bolsonaro imite o chefe, porque ele não pode. Tem o problema da bolsa de colostomia que aparece debaixo da camisa apertada.

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Tempo

Lina-Ticiana-Tarsila Lina Faria, Ticiana Silva e Tarsila Faria Silva, em algum lugar do passado. © Vera Solda

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A cantilena da cloroquina e outras inutilidades de Bolsonaro

É patético ver Jair Bolsonaro ainda defendendo o uso da hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19, mas ele fica ainda mais ridículo tentando influir diretamente sobre o exercício da atividade médica, para justificar sua obsessão.

Em tuítada nesta segunda-feira em defesa do uso do remédio, o presidente compartilhou uma nota da Associação Médica Brasileira (AMB) que cita a autonomia do médico como argumento favorável à prescrição do uso da hidroxicloroquina para pacientes com Covid-19.

“É importante lembrar que o uso off label (fora da bula) de medicamentos é consagrado na medicina”, escreveu Bolsonaro. Opa, mais um pouco e este sujeito estará frequentando congressos médicos. Foi um mau militar, como dizia o general Ernesto Geisel, mas pelo jeito resolveu experimentar seus amplos conhecimentos na área médica.

Agora o “especialista” coloca em pauta a “autonomia do médico”, para manter no ar o repetido assunto da cloroquina, mesmo já estando em falta outros remédios importantes no tratamento da doença. Estão faltando até mesmo medicamentos para entubação de pacientes graves, mas ele só fala em cloroquina, que foi fabricada em excesso. É a conhecida política bolsonarista de levar os brasileiros a desperdiçar esforço em batalhas vazias.

No sábado passado, a Sociedade Brasileira de Infectologia tratou desses problemas em informe no qual pediu que o Ministério da Saúde pare de gastar dinheiro público “em tratamentos que são comprovadamente ineficazes”. Segundo a instituição, “é urgente e necessário que a hidroxicloroquina seja abandonada no tratamento de qualquer fase da Covid-19”.

O informe destaca que estudos feitos em pacientes com Covid-19 em 40 estados americanos e 3 províncias do Canadá “não teve nenhum benefício clínico: não houve redução na duração dos sintomas, nem de hospitalização, nem impacto na mortalidade”. Nos estudos, o uso de placebo ou cloroquina em grupos separados de pacientes teve o mesmo resultado: nenhum.

Claro que isso não fará Bolsonaro desistir da repetição de um tema que só tem atrapalhado durante esta pandemia, que já causou mais de 80 mil mortes no Brasil. Agora ele está até apelando para a “autonomia do médico”, entrando em um debate que não é da sua alçada.

Ele parece muito ocupado com questões profissionais bem distantes das suas reais obrigações. Mas como vão os trabalhos que lhe dizem respeito diretamente?

Peguemos, por exemplo, o registro do partido que ele pretende fundar, o Aliança pelo Brasil. Pelo menos em tese, eis um assunto que ele deveria dominar bem. Pois até  hoje seu partido só tem o nome. Nas eleições municipais deste ano, Bolsonaro terá de se virar sem uma sigla própria, que pode estar pronta para 2022, mas nem mesmo para o ano de eleição presidencial sente-se muita firmeza de que terá obtido o registro.

Até agora foi um fiasco a busca das assinaturas necessárias para o encaminhamento ao TSE. O fracasso do partido de Bolsonaro é um dado importante sobre as dificuldades de seu futuro político. Até a semana passada, o Aliança pelo Brasil conseguiu apenas 15.721 das 492 mil assinaturas de apoio exigidas pela legislação: 3,2% do mínimo necessário. A Folha de S. Paulo descobriu que 25.384 assinaturas foram rejeitadas pelo TSE por vários motivos.

Parece que na função de fundador de partido político o nosso especialista em cloroquina não vai nada bem. Como eu apontei, ele agora até fortalece as fileiras dos defensores da “autonomia do médico” para receitar o remédio que julga milagroso, no entanto tem sérias dificuldades para conseguir apoio suficiente para seu projeto político.

Mesmo com Bolsonaro no poder, não está fácil arrumar quem seja doido para correr o risco de assinar embaixo, avalizando seu partido.

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Um que eu tenho

Double Fantasy Sessions. Vol One

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Apenas o fedor

Sejamos justos: o governo Bolsonaro não apodreceu; ele chegou podre.
O que sentimos hoje é um fedor mais forte.

O GENERAL BRAGA NETO, ministro chefe da Casa Civil, abonou a nomeação da filha para cargo em comissão em área na qual ela não tem experiência nem currículo, tirando do cargo funcionário de carreira com os atributos que faltam à recém nomeada.

Vão longe os dias da Lava Jato e os votos dados ao Mito para acabar com as práticas que mancham a política. Para não passar por ingênuo, o presidente Jair Bolsonaro mantém aliança estratégica com o PT para derrubar o projeto de lei da prisão após a sentença de segunda instância.

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Deixar um comentário
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Diário da Crise CXXII

O começo da semana foi das vacinas. A de Oxford, segundo a revista Lancet, foi muito bem sucedida nas duas primeiras etapas: imuniza sem produzir efeitos colaterais importantes.

A vacina chinesa por sua vez chegou ao Brasil e começa a ser testada em São Paulo.

Sei que as coisas avançam bem na Alemanha embora não tenhamos nenhum vínculo com essa experiência. No caso da vacina de Oxford o Brasil já fez um acordo e a vacina chinesa, por sua vez, está em teste sob o controle do governo de São Paulo.

Restam ainda algumas pequenas dúvidas. Como elas vão se comportar na fase três com uma aplicação mais extensa e qual o nível de imunidade que podem trazer para os grupos de risco, sobretudo os idosos acima de 70 anos.

Enquanto isso, dois ministros informam que estão com a Covid19: Onix Lorenzoni e o Milton Ribeiro. Este é o da educação que acabou de assumir e terá de ficar algum tempo no isolamento.

O coronavírus atingiu em cheio os governadores, prefeitos e políticos de um modo geral. É uma atividade necessariamente perigosa pelos seus múltiplos contatos.

Aquele desembargador de Santos que insultou um guarda municipal está em todo lugar hoje. O famoso “sabe com quem está falando” continua de pé no Brasil.

Mas não suporta, em casos grosseiros, um bom telefone celular. Muitas práticas condenáveis como a violência policial e o sabe com que está falando vão ser derrubadas pela rapidez da informação.

Via muitas vantagens em lutar pela quebra do monopólio nas telecomunicações e na multiplicação dos celulares. Não previ esta.

Hoje foi dia de live com amigos sobre a conjuntura brasileira e o trabalho noturno começa daqui a pouco.

Comprei alguns novos livros para minha pesquisa sobre os viajantes do Século XIX pelo Brasil. Se tudo der certo, usarei meus raros espaços livres para seguir na minha pesquisa.

Foi uma segunda de sol. É terrível começar a semana com chuva e tempo cinzento.

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© Orlando Pedroso

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