Dia da Prisão do Governador do Estado é incorporado ao calendário oficial do Rio de Janeiro

O governador do Rio está na mira da polícia. Esta não é uma frase nova. Na verdade, ela foi escrita pela primeira vez em um pergaminho por volta de 1550. Já existe um projeto de lei para mudar a residência oficial do governador para Bangu 2.

O sigilo do celular de Cláudio Castro seria quebrado, mas o aparelho foi roubado segundos antes de a polícia cumprir o mandado.

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Flagrantes da vida real

Teatro Guaíra. Homenagem a Lucia Camargo. ©Maringas Maciel

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Éramos (e, até prova em contrário, ainda somos) três

Há alguns anos, quando eu não era alérgico a ácaros e, portanto, conseguia passar horas num sebo folheando livros sem botar os bofes para fora a cada página virada, encontrei um exemplar que, a julgar pelo aspecto, quase não valia o que pediam por ele, apesar de ser bem pouco. Livros assim são a maioria no meu tipo preferido de sebo, aqueles que juntam espólios com doações com encalhes de editora com produtos de roubo com salvos de naufrágio, e só numa verdadeira barafunda como esta é que eu consigo encontrar verdadeiras pérolas como O poltergeist de Suzano (relato de um complexo fenômeno paranormal ocorrido na mencionada cidade paulista), ou o Repertório Onomástico Brasileiro (com milhares de nomes próprios recolhidos e ordenados criteriosamente, sem apresentação de significado), ou ainda Fique quieta, por favor, de Raymond Carver, numa edição tirada pela Rocco em 1988.

 Se me arrependi de ter comprado o primeiro e desprezado o segundo, o mesmo não aconteceu com a aquisição do terceiro, apesar do pouco incentivo que vinha da capa da obra. Desenhada por alguém com muito mau humor, o amontoado de cliparts sobre fundo amarelo já um tanto desbotado contava apenas com a ajuda do título para que saísse dali e fosse habitar outras menos empoeiradas prateleiras. Tal título, de paradoxal grosseria — que pede “por favor” para que ela “fique quieta” —, atraiu-me de primeira, e é ainda melhor em inglês: Will you please be quiet, please. Penso que tenha sido bastante bem traduzido, visto que o pé-da-letra é no mínimo esquisito. Não conhecia o autor nem de ter ouvido falar, e como a folha de rosto me dizia que, por cinco paus, o troço seria meu, assim foi e é desde então.

 Digamos que Raymond Carver tenha sido não o responsável por eu começar a escrever — porque isso eu já fazia desde muito antes —, mas sim o culpado pela coragem de mostrar aos outros o que escrevia (não, eu não sei explicar melhor a importância de Carver na minha vida). Magnético, o livro fez com que eu entrasse um pela primeira página, e saísse outro pela última. Para quem não o conhece, arrisco um paralelo na pintura: ele é o Edward Hopper da literatura americana. Você também não conhece Hopper? Bem, eu fiz o que pude.

 Quando, depois, acontecia de falar sobre Carver, ninguém, em momento algum, sabia dele, de forma que comecei a pensar que era uma destas bostas que ando pela vida a encontrar, gostar e colecionar. Assim foi até que me apareceu o filho mais velho da minha mulher (eu ia dizer enteado, mas a palavra é feia demais) que, para surpresa minha, havia traduzido pouco tempo antes um conto do homem — Tudo grudado nela— como trabalho de conclusão do curso de tradução. Se ele gostava do conto? Mais ou menos. Se conhecia mais do autor? Nem uma linha. E eu continuava sozinho.

 Nesse meio tempo, acabei por descobrir que, além da mãe de Carver, pelo menos mais uma pessoa gostava dele: Robert Altman, que selecionou contos do autor e os adaptou para o cinema. Deles, saiu Short Cuts, filme que, em português, carrega a cruz de se chamar Cenas da Vida, que também virou livro-do-filme homônimo, e chegou a ser editado em português. Eu não estava mais sozinho: entre os não-parentes, éramos então, no mínimo, eu e Altman a gostar de Carver.

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Mural da História – 2010

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Mural da História – O bêbado e a equilibrista (1979)

Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos

A lua tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel

E nuvens lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco
Louco
O bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil
Pra noite do Brasil
Meu Brasil

Que sonha com a volta do irmão do Henfil
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora
A nossa Pátria mãe gentil
Choram Marias e Clarisses
No solo do Brasil

Mas sei que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança
Dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha
Pode se machucar

Azar
A esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
Tem que continuar

João Bosco|Aldir Blanc

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Pulmão

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Flagrantes da vida real

João Urban. © Maringas Maciel

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Se sair, ninguém vai reclamar

Não está garantida a permanência do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD-MT), no governo caso Lula mexa no time nos primeiros meses de 2024. O fato foi noticiado pelo Bastidor.

O ministro é alvo de reclamações do próprio partido, do Centrão e do PT. Lideranças relataram à articulação política dificuldades de conseguir agenda com Fávaro e demora na liberação de verbas.

Parlamentares da base aliada acusam o ministro de favorecer seu reduto eleitoral, o Mato Grosso, na liberação de emendas que deveriam ser empenhadas a partir do direcionamento de deputados e senadores.

Ele chegou a direcionar 127 milhões de reais em emendas para sete cidades de Mato Grosso.

O ministro sabe das queixas das quais é alvo e, ao se licenciar para votar no Senado a favor da indicação de Flávio Dino no STF, ajudou a derrotar o governo na desoneração da folha de pagamento.

O projeto ganhou uma emenda que incluiu municípios no texto. O trecho foi acrescentado por Ângelo Coronel (PSD-BA), do mesmo partido de Fávaro e um dos insatisfeitos com o ministro.

Na reforma ministerial de Lula, se depender da maioria da bancada do PSD no Senado, o partido ficaria com a Saúde sob o comando de Otto Alencar. Fávaro voltaria ao Congresso.

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Dois uísques abaixo

EM VERDADE vos digo: também sou cachaceiro, devoto e apreciador de pinga. Também? Sim, porque estou em boa companhia, no Brasil e Algarves, com referências ilustres em homens de Estado, verdadeiros heróis.

Primeiro Jânio Quadros, que tanto gostava que ao visitar cabos eleitorais chegava pedindo um copo com água, que rejeitava porque o anfitrião não entendia tratar-se de outro líquido branco. Os seguidores demoraram para saber porque sempre tinha a tiracolo dona Eloá, sua mulher, que não fazia política. Ela tinha o apostolado conjugal de impedir o marido de pedir a saideira. Jânio nunca renegou a cachaça, que defendia: “Bebo porque é líquida; sólida fosse, bebê-la-ia”, sempre amante da mesóclise, sóbrio ou não.

Lula1/2 encomendava a Milagre de Minas, uma delícia também do gosto deste que vos bloga; ela é suave e, como dizem os enólogos sobre o vinho, evidencia traços evocativos de mel. Nos minutos finais de sua rendição à Polícia Federal, que o levaria à prisão pela Lava Jato, Lula entrincheirou-se no sindicato dos metalúrgicos onde começou a vida política, e, cercado pela militância, não abandonava a garrafa com o líquido branco, sempre reabastecido, supostamente com água, que sorvia compulsivamente.

Este anônimo blogueiro também bebe, mas sofre assédio da mulher, exaltada praticante da temperança, que invade todos os esconderijos de casa em demanda do Milagre de Minas ou da Pinga do Polaco, produzida em Prudentópolis. E não o abandona nem quando ele sai para o sanduíche de mortadela na padaria. Repressão? Sim. Como dona Eloá, ela descobriu que em frente da padaria está o bar que, quando fechado, à noite, domingos e feriados, tem campainha para atender seus fieis cachaceiros.

Jânio, Lula e demais dipsômanos têm valiosa referência em Winston Churchill, que derrotou o nazismo à base do consumo diário de champanhe, gim e conhaque – neste inclusive mamava molhando a biqueira de seu inseparável charuto. Como inimigos de Churchill, Jânio e Lula estão os genocidas e falsos moralistas que bebem gasosa e gengibirra. Concluo lembrando o companheiro Humphrey Bogart, mito do cinema, decretou que “a  humanidade está dois uísques abaixo”. 

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Mural da História – 2021

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Flagrantes da vida real

O Vampiro e a Polaquinha. © Maringas Maciel

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De volta para o passado

Lula, Joesley e Toffoli protagonizam a reprise dos piores vícios das gestões petistas.

A reportagem de capa da nova edição de Crusoé, assinada por Carlos Graieb, Duda Teixeira e Rodrigo Oliveira, destaca a volta ao passado que Lula e o PT tentam promover no Brasil. Desde que retornaram ao poder, o presidente e seu partido não têm hesitado em remontar esquemas de outrora, como o aparelhamento da Petrobras e de fundos de pensão das estatais, o uso do BNDES para fazer política externa e o uso de verba estatal para fazer propaganda ideológica. Nem mesmo os parceiros mudaram.

Também nesta edição, a matéria assinada por Carlos Graieb e Wilson Lima aborda o fim da gestão Augusto Aras e o início da era Paulo Gonet na Procuradoria-Geral da República. O novo PGR assumiu o comando do Ministério Público com a promessa interna de defender as prerrogativas da instituição, inclusive o poder de investigar.

No Crusoé Entrevistas, o novo presidente do PSDB, Marconi Perillo, afirmou que não terá vida fácil ao tentar reconstruir o partido e que pretende formar novas federações. O ex-governador de Goiás também disse que os tucanos terão candidato próprio em 2026 e que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, “reuniu características para ter uma candidatura presidencial”.

No Ilha de Cultura, o baterista dos Titãs, Charles Gavin, que também é um pesquisador da nossa história fonográfica, fala sobre cinco discos que, segundo ele, proporcionam fortes leituras da época em que foram lançados.

Privilegiando o assinante de O Antagonista+Crusoé, que apoia o jornalismo independente, também reunimos nosso timaço de colunistas. Nesta edição, escrevem Alexandre Soares SilvaRodolfo BorgesLetícia BarrosJerônimo TeixeiraLeonardo BarretoJosé Nêumanne PintoPaulo Roberto de AlmeidaAugusto de Franco e Ivan Sant’Anna. A sátira política fica por conta de Agamenon Mendes Pedreira.

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Por que Trump é inelegível?

Reza a Constituição dos EUA na seção 3 da emenda XIV de 1868 (14ª Emenda), que não poderá ser representante quem tenha tomado parte em insurreição ou rebelião contra a Constituição, ou prestado auxílio e apoio a seus inimigos.

No detalhe: que tenha tomado parte em insurreição ou rebelião contra a Constituição.

Então, a Suprema Corte do Colorado apenas aplicou a Carta Magna e tornou Trump inelegível, diante da tentativa de golpe nos EUA, no dia 06 de janeiro de 2021.

A Suprema Corte dos EUA apreciará o recurso. Donald indicou três ministros em quatro anos, desequilibrou, a seu favor, a composição daquele tribunal.

Assim a maioria de cinco ditos conservadores, dos nove componentes, irá revogar a decisão do Tribunal do Colorado e o tornará elegível.

Prova disto é que em 2023, essa mesma Corte declarou inconstitucionais os programas de admissão com base na cor da pele ou na origem étnica dos candidatos da Universidade Harvard e da Universidade da Carolina do Norte, resultando na restrição de ações afirmativas.

Durante muito tempo esse tribunal admitiu a doutrina da segregação racial entre brancos e negros que admitia como legal a separação em filas, nos banheiros, nas escolas, contudo apesar de separados eles eram iguais (separate but equal), um absurdo jurídico que prevaleceu durante muito tempo.

Essa maioria de juízes (5 a 4), autorizará Donald, que conspirou contra a Constituição, na insurreição pela derrubada do poder legislativo e do judiciário? Sim.

Com Trump eleito novamente, pode retornar o fantasma da secessão que, por muito pouco, foi vencida e assegurou a unidade territorial e política do país, pelas mãos de Abraham Lincoln.

A mensagem é a de que os abastados são imunes às leis, são inimputáveis. Isso soa normal nos países, atrasados, juridicamente.

A plutocracia (governo dos ricos) norte-americana elevou o PIB de 2022 e 2023 às custas da guerra da Rússia, dentre outras; não se importa com a transição dos combustíveis fósseis e nem muito menos com o aquecimento global. A mesma que detém 80% da internet em seu território e não admite a regulação global das redes, outro segmento ileso às punições.

Constitucionalmente, Trump é inelegível, mas com um poder judiciário desequilibrado e servil, poderá participar das eleições, – é o horizonte próximo.

O atual modelo de juízes vitalícios e indicados, exclusivamente, pelo poder executivo é democrático? Os EUA não são exemplos para nada, ainda mais nesta situação da qual o texto da Constituição segue flagrantemente descumprido.

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Sessão da meia-noite no Bacacheri

As férias de uma família numa casa luxuosa sofrem uma reviravolta quando um ciberataque afeta todos os dispositivos e duas pessoas estranhas batem à porta.

O Mundo Depois de Nós – Leave the World Behind – 2023 – Drama -138 minutos- Direção de Sam Esmail. Julia Roberts … Amanda|Ethan Hawke… Clay|Kevin Bacon… Danny|Mahershala Ali… George ‘G. H’ Washington.

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