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Traço
Mourão: “As Forças Armadas se mantêm firmemente disciplinadas”
O general Hamilton Mourão disse neste sábado à Folha que as Forças Armadas “se mantêm firmemente disciplinadas e fiéis” em seu juramento de respeitar “a integridade e as instituições com o sacrifício da própria vida”.
“Não existem militares fardados dando declarações políticas e participando de manifestações, ou seja, as Forças Armadas se mantêm firmemente disciplinadas”, afirmou.
“Nas últimas semanas, o tema do papel das Forças Armadas surgiu no noticiário, tratado de forma até certo ponto preconceituosa e com os olhos postos em um passado que não volta mais. As Forças Armadas estão quietas, cumprindo sua missão constitucional, e neste exato momento temos gente defendendo a integridade do território e do patrimônio nacional nas fronteiras isoladas e na Operação Verde Brasil 2”, disse o vice-presidente.
Publicado em o antagonista
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Bolsominion lesiona coluna após malabarismo para explicar mais um ministério do Centrão
O aposentado Geraldo Cruz não tem mais idade para ficar brincando de Cirque du Soleil – mas não pode ver uma notícia negativa sobre seu ídolo Jair Bolsonaro que ele sai dando cambalhotas para explicar a “verdadeira intenção” do presidente.
Desta vez foi a recriação do Ministério das Comunicações, a 23ª pasta deste governo. Em campanha, Bolsonaro prometeu no máximo 15 ministérios. Para piorar, o cargo foi entregue a um deputado do Centrão sem qualquer relevância. Em quatro mandatos, o máximo que ele conseguiu foi ser genro do Silvio Santos.
Dizem que a reunião foi assim.
– Quem quer dinheiro? – perguntou Bolsonaro aos políticos do Centrão.
– Eeeeeu! – gritou Fábio Faria.
Foi para defender essa mamata que o seu Geraldo deslocou uma vértebra e foi parar no hospital. Dizem no governo que o novo ministério serve só para comunicar ao gado que ainda não entendeu quem e o Jair como eles são otários.
Publicado em Sem categoria
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Pela esquerda ou pela direita, país não dá a mínima para a educação pública
Área foi catalogada oficialmente como a mais supérflua das ‘atividades não essenciais’
O plano de Doria saiu há 18 dias, com cinco colunas descrevendo as fases de reabertura de São Paulo e 15 linhas elencando previsões de reativação de cada atividade.
Lá no fim, na linha educação, um retângulo vazio indica a ausência de previsão de retomada de aulas presenciais. Escolas, só depois de indústrias, escritórios, shoppings, igrejas, parques, restaurantes, bares, passeatas e futebol. A história se repete, Brasil afora. A educação foi catalogada oficialmente como a mais supérflua das “atividades não essenciais”. Weintraub é a cara da elite governante nacional.
Ciência? Um artigo publicado na Lancet (https://bit.ly/30sNBeN), revisando diversos estudos internacionais, conclui pela falta de evidências de que o fechamento de escolas seja efetivo contra a Covid-19, cujo comportamento epidêmico é o oposto daquele da gripe: o coronavírus tem alta transmissibilidade mas incidência muito menor em crianças. Experiência? Na Europa, 22 países reabriram as escolas no ponto de partida da flexibilização, seis a oito semanas atrás, seguindo restrições sanitárias, sem gerar focos significativos de contágio.
De costas para a ciência e a experiência, o Brasil revela sua alma. Pela esquerda ou pela direita, não damos a mínima para a educação pública.
A esquerda enxerga a escola pelos óculos do sindicalismo (remunerar professores), enquanto a direita a vê pelos olhos do mercado (fornecer mão de obra).
Se os professores continuam recebendo e os empregadores só precisam de um contingente limitado de profissionais qualificados, quem se importa com o fechamento das escolas?
Boatos sugerem que São Paulo reativará a rede pública em agosto, mas na forma de piada macabra, com um dia de aula semanal por turma. Inexiste escândalo. Na imprensa, formadores de opinião ignoram o assunto –e quando, raramente, circulam ao seu redor, é para fingir que acreditam na lenda do ensino a distância nas escolas públicas.
A prioridade europeia de reinício das aulas não se deve à merenda e apenas parcialmente ao fardo imposto às famílias trabalhadoras de cuidar o dia todo de crianças sem aulas. Por lá, a urgência derivou do reconhecimento dos direitos dos alunos, conceito desconhecido entre nós.
Os educadores sabem que a falta prolongada de escola prejudica, para sempre, o desenvolvimento de habilidades cognitivas essenciais.
As crianças e adolescentes sem aulas ao longo de um semestre inteiro estão sofrendo uma amputação intelectual oculta, que as acompanhará pelo resto da vida. Claro, isso com exceção dos filhos da elite, que dispõem de livros em casa, ensino a distância razoável e aulas particulares de reforço. Ah, sim: os filhos dos governantes pertencem ao grupo da exceção.
A cegueira de classe manifesta-se como epidemiologia militante. “Deus! Você arriscaria uma única vida só por causa de artigos científicos e das experiências de 22 países?”
Vidas relevantes, vidas descartáveis. Os fundamentalistas da saúde simulam não saber que, nas periferias urbanas, os mais jovens jamais praticaram o caro esporte da quarentena. Eles não aventam a hipótese de que, nas escolas, os alunos venham a receber orientações sanitárias superiores às vigentes nas ruas.
É verdade que três quartos das escolas municipais de São Paulo carecem de sabonete líquido nas pias (Folha, 28 de maio). Mas, com muito boa vontade, Covas poderia resolver isso, no hiato entre uma e outra intervenção viária piramidal.
“Lápis, nunca mais/Livros, nunca mais/Do verão/Até o outono/Talvez não voltemos jamais/A escola foi estilhaçada/Sem escolas no verão/Sem escolas para sempre”.
Doria tinha 14 anos em 1972, quando o roqueiro Alice Cooper cantava “School’s Out” enredado numa cobra de estimação. Acho que ele ouviu, gostou e dançou. Hoje, aos 62, deixando em branco o último retângulo do seu plano, realiza um sonho delinquente.
A Constituição virou um papelucho?
O projeto de lei 1179/20 de abril deste ano finalmente foi sancionado pelo presidente e transformou-se na lei 14.010 de 10 de junho.
O projeto inicial proibia liminares de desocupação nas ações de despejo até o final deste ano, mas isto foi vetado pelo presidente.
Assim, o inquilino pode ser despejado mesmo durante a pandemia.
Outro artigo vetado é o que previa poderes ao síndico para restringir a utilização das áreas comuns para reuniões e festividades no condomínio, a fim de evitar a contaminação pelo novo coronavírus.
Enquanto isto, a pandemia faz mais de uma vítima por minuto.
No que diz respeito aos devedores de pensão alimentícia, institui-se a prisão domiciliar, consagrando recentes decisões judiciais.
O Congresso Nacional pode derrubar estes vetos pelo voto da sua maioria absoluta, isto é, 257 deputados e 41 senadores.
Isto, porém, é improvável, diante da liberação, por parte do Executivo, de mais de R$ 6 bilhões de dinheiro público para emendas parlamentares.
Em outra ponta, agora o TSE e o STF receberam mais um recadinho, desta vez é quanto a cassação da chapa Bolsonaro/Mourão diante das notícias eleitorais falsas (fake news) no pleito de 2018.
O general Luiz Eduardo Ramos, chefe da Secretaria de Governo, disse, em entrevista à revista Veja, que “o outro lado tem que entender também o seguinte: “não estica a corda”.
Como diziam os antigos, batendo todo dia na mesma bigorna se consegue modelar o ferro.
E a Constituição, virou um papelucho?
Publicado em Claudio Henrique de Castro
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Bolsonaro apresenta seu AI-5
A nota emitida por Jair Bolsonaro, co-assinada pelo vice presidente Hamilton Mourão e pelo ministro da Defesa, general Fernando Azevedo. Não foi gratuita; veio em resposta a despacho do ministro Luiz Fux, do STF, ao interpretar o art. 142 da Constituição sobre o papel das forças armadas. Disse o ministro que elas não constituem mais um poder moderador, mas são instrumentos de cumprimento da lei, da ordem, da segurança e estabilidade dos poderes constituídos.
A decisão do ministro também não foi gratuita. Tenta conter o avanço do presidente sobre as ordens jurídica, política e pública. Dar um basta à velharia de poder moderador, alma penada, fantasma vagante da constituição do Império. Com a República, as forças armadas investiram-se como titulares informais do poder moderador. Seis constituições passadas (1891, 1934, 1937, 1946, 1967 e 1985), o fantasma assombra a cada vagido de democracia.
A mensagem de Bolsonaro celebra e alimenta nosso auto-engano: assinada por um presidente que mantém mais de quinze generais em seu ministério; que no primeiro susto que levou no cargo correu pedir nota de apoio ao ex-comandante do Exército; por um vice-presidente com passado de inimigo da ordem constituída, que no comando general de unidade militar atacou a presidente da República em exercício; e para acrescentar mais uma venda à nossa cegueira, o apoio do ministro da Defesa.
Ministro da Defesa, sim, senhores. Acaso estamos em guerra? Para o presidente e os cossignatários, sim, pois no governo Bolsonaro a guerra se faz em solo pátrio, entre compatriotas, os adversários vistos como inimigos a serem dizimados. A quem a nota é dirigida? Ao STF ou ao Legislativo? Não, é dirigida aos militares da ativa. Avisa que um poder civil sinaliza contrariedade ao poder moderador, cultuado pelos militares a partir de sua formação nas academias das forças.
O presidente, o vice e o chefe das Forças Armadas não avisam que o Brasil está em risco. Avisam que – na sua particular, corporativa e deformada leitura – as Forças Armadas estão em risco, no risco de ser substituídas pelo poder civil, que é tolerado e por isso tem que ser moderado. Nem o novo conceito político – o absurdo – engendrado pelos pensadores bolsonáricos, ameniza o drama. Ou a retórica da ditadura – “tentativas de tomada de poder por outro Poder da República -, renascida e requentada.
A leitura correta da nota é a seguinte:
“as Forças Armadas não cumprem ordens absurdas; por exemplo, a tomada de poder (“de”, não seria “do”?) por outro poder da República, por conta de julgamentos políticos”.
Traduzindo, a tomada de poder só é legítima se decidida pelo poder executivo, que as comanda e é apoiado e comanda as Forças Armadas, quando identifica ordens absurdas de outros poderes. Acima de tudo quando identifica o arrepio das leis. Julgamentos políticos não serão tolerados, quando se dirijam à tomada do Poder Executivo. O impeachment é julgamento político, como no caso de Dilma Rousseff, que teve o apoio e o voto inflamados do então deputado Jair Bolsonaro.
Assim, caros compatriotas do auto-engano, cegos auto assumidos, o presidente Jair Bolsonaro e os generais vice e ministro da Defesa, nos apresentam seu projeto de AI-5, aquele tão reclamado pela horda desvairada bolsoignara, bolsonazi. Como o AI-5, o presidente – mais o vice, mais o ministro da Defesa – acenam com o ato que anestesia e castra a Constituição. Como na ditadura militar, ele irá nos brindar com o tribunal moderador bolsoignaro, acima do Congresso, acima do STF.
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
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Mulher que nega…
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
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Cana para canalhas
Alcolumbre devolve MP que dava poder a Weintraub para nomear reitores de universidades. Presidente do Senado disse que cabe a ele ‘não deixar tramitar proposições que violem a Constituição’ – Folha de São Paulo
Eu, por mim, botava todos esses ministros vagabundos de Bolsonaro na cadeia. Começando com Abraham Weintraub, o ignorante.
Publicado em solda cáustico
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Playboy|1960
Publicado em playboy - anos 60
Com a tag 1966|Kelly Burke. Playboy Centerfold, coleção playboy, revista playboy
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Tempo
Bolsonaro e a cura do coronavírus
A salvadora da Nação adiantou que o vírus deve ser enfrentado com alho cru. Segundo ela, comer alho tem um efeito de reposição de enxofre no organismo, que é tiro e queda para acabar com o vírus. Bolsonaro se encantou com os ares proféticos da alquimista.
A mulher estava na entrada do Palácio da Alvorada, onde sempre se juntam uns malucos, esperando para dar uma palavrinha com Bolsonaro. Ela interpelou o presidente dizendo o seguinte: “Eu trouxe a cura do coronavírus, é tão mágico. Podem injetar o vírus em mim, eu assumo todas as responsabilidades. O enxofre mata o coronavírus e previne”.
Não se sabe de detalhes da formulação do milagroso remédio, mas com certeza tudo será devidamente avaliado cientificamente pelo ministro Eduardo Pazzuello, que já confessou que nada sabe de saúde, mas conforme disse o presidente, é um craque em logística. Já está tudo acertado por Bolsonaro, que prometeu à seguidora: “Eu te arranjo amanhã para a senhora conversar com alguém do Ministério da Saúde”.
Podem vir boas notícias por aí, mas eu daria uma segurada na apresentação desse remédio, para que o Brasil possa explorá-lo com mais eficiência e obter maiores lucros. Parte essencial da fórmula apresenta sério problema de matéria prima.
O Brasil produz menos de 50% de seu consumo de alho, por isso mesmo que os brasileiros tenham a boa vontade de deixar de usar o produto para fritar bifes, ainda assim a nossa produção agrícola não garante a fabricação do remédio salvador para o consumo interno, muito menos para faturarmos os tubos com a exportação.
Mas esta questão da falta de matéria prima é ainda mais preocupante. Um em cada três alhos consumidos no Brasil vem da China. Pois é: o remédio milagroso do Bolsonaro vai nos deixar na mão dos comunistas.
Publicado em José Pires - Brasil Limpeza
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Quem não tem padrinho, morre pagão
A Secretaria de Comunicação (SECOM), segundo relatório publicado recentemente, pagou mais de R$ 2 milhões de anúncios em sites de notícias falsas, de jogos de azar, canais infantis e pornográficos. Tudo com dinheiro público.
No dia 23 de maio, o jornal do SBT saiu do ar, por ordem de Silvio Santos, o dono da emissora. Os jornalistas, do canal do carnê do baú, ficaram em choque.
O cancelamento foi por causa da possível divulgação da famosa reunião ministerial de 22 de abril, na qual a pandemia co coronavírus passou ao largo, e o que prevaleceu, entre palavrões e baixarias, foram coisas assustadoras sob o ponto de vista democrático e constitucional.
Neste cenário, foi recriado Ministério das Comunicações, que nada mais é do que um ministério da propaganda oficial, para produzir notícias positivas do governo – se é que é possível notícias chapa branca quando o Brasil ultrapassa a marca de 40 mil mortes pela pandemia que se alastra sob o total descontrole do governo federal.
Quem comandará o Ministério das Comunicações é o genro de Silvio Santos, o deputado federal e boa pinta Fábio Faria (PSD- RN).
Uma das qualidades do novo ministro é jogar sinuca muito bem.
Resumo de tudo isto, para quem recebeu e continuará percebendo as verbas públicas da publicidade oficial: “Quem não tem padrinho, morre pagão”.
Publicado em Claudio Henrique de Castro
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A decisão infeliz do juiz Moro
Estou plenamente de acordo com Santos Lima, que esteve na linha de frente da Operação Lava-Jato desde a sua origem, em 2014, e se destacou como um dos mais atuantes personagens da força-tarefa que, de Curitiba, investigou, enquadrou e levou à cadeia carradas de políticos corruptos e empresários não menos safados, em fato absolutamente inédito na vida nacional. Aposentou-se em 2018, com a consciência do dever cumprido, o que continua sendo raro entre os integrantes da administração pública deste país. Passará a agir do outro lado do balcão, como advogado, sem atuação na área criminal, “para não desdizer o que sempre disse” e não ofender o seu passado.
Sérgio Moro era a alma da Lava-Jato. Ainda que o principal do trabalho já tivesse sido feito, ainda havia (como há) muito por fazer, e a retirada do juiz afetou a Operação – como confirma Carlos Fernando.
Moro jamais deveria ter abandonado uma vitoriosa carreira de 22 anos na magistratura. Hoje, com certeza, arrepende-se amargamente da decisão. Foi ingênuo – o que é inadmissível para um profissional da sua envergadura, com a história que tinha (e tem). Imaginou que, no centro do poder em Brasília, poderia dar mais no combate à corrupção e ao aperfeiçoamento da máquina estatal. Errou feio. Fechado em seu gabinete de trabalho, pareceu não conhecer a realidade político-administrativa nacional reinante aqui fora. Achou que poderia confiar nas promessas do novo mandatário e na ajuda dos nobres parlamentares que infestam a Câmara de Deputados e o Senado Federal.
Sérgio Moro deveria saber que não há inocentes em Brasília e que a capital federal não comporta ingenuidade. Desde o início, sentiu a falta de apoio, a oposição a suas ideias inovadoras e a reação a quaisquer medidas moralizantes. Era um estranho no ninho. Fora escolhido apenas para dar ares de decência ao governo que se instalava.
No cerrado brasiliense, o negócio é deixar como está. Ou piorar para melhorar. É tudo uma farsa, um “me engana que eu gosto”. Quando Moro descobriu isso, era tarde demais. Provou o gosto de fel dos gabinetes palacianos e o odor putrefato que circula pelos corredores do poder. Prova disso foi a sua expressão de contrariedade e desconforto na fatídica reunião ministerial de 22 de abril. Tanto que se retirou antes do término.
Sabe quando as suas revelações serão levadas avante e tomadas as devidas providências, excelência? Nunca. Com esse atual procurador-geral da República, capacho e bajulador do Planalto, e com esse Congresso Nacional, que ladram mas não mordem, não há esperança no horizonte.
E aí evoque-se novamente, como fecho de papo, o ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, referindo-se ao pretenso ditador do Planalto Central:
– Para mim, ele já cometeu crimes de responsabilidade muito maiores e mais greves que a Dilma.
Carlos Fernando sabe o que diz.