Na moldura

Julio Covello. © Bruno Covello

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Mural da História

Nireu Teixeira Júnior e Maringas Maciel, em algum lugar do passado. © Pablito Pereira

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Como tornar-se invisível em Curitiba

Você pode começar treinando numa dessas manhãs de muita neblina, à margem de um lago ou num bairro bem afastado do centro da cidade. Pode optar por uma rua deserta, no começo da noite ou numa véspera de feriado. Pode vestir um uniforme camuflado ou levar o seu “personal trainer” a tiracolo, pouco importa.

Esteja você com a síndrome do pânico ou com o coração amargurado, existe um método muito mais eficiente para tornar-se invisível em Curitiba do que essas deambulações (sic) pelos ermos da cidade. Embora não esteja ao alcance de todos, convém conhecê-lo, já que é absolutamente infalível e seus resultados surpreendentes.

Primeira condição: você precisa ter talento genuíno. Estudar bastante também ajuda, mas não substitui aquele toque de gênio inconfundível que marca e distingue certas pessoas desde o berço. Pois bem. De posse desse talento que Deus lhe deu – e contra a falta de estímulo da família, do meio e particularmente da própria cidade – você deve se atirar de corpo e alma na consecução de seu destino. Guiado unicamente pelo seu daimon, pelo seu anjo tutelar, você dará início à construção de sua lenda pessoal e dos projetos que dela advirão. Você estará, finalmente, a caminho de tornar-se invisível.

Cada conquista, cada livro publicado, cada poema, escultura ou canção, cada tela, espetáculo, disco, filme ou fotografia, cada intervenção bem sucedida no esporte, no direito ou na medicina, cada vez que alguém, lá fora, reconhecer com isenção de ânimo que você está produzindo obra ou feito significativo – o seu grau de invisibilidade aumenta em Curitiba. E é muito fácil perceber isso.

Primeiro, não faltarão pessoas tentando dissuadi-lo de seu próprio talento. Tudo farão para reconduzi-lo de volta à mediania, ou melhor, à mediocracia, que é o sistema vigente nesse estrato a que denominamos cultura. Se você resistir, tentarão cooptá-lo com promessas de nomeações ou ofertas de emprego em atividades sucedâneas. Se você é um belo projeto de escritor, alguém tentará convencê-lo de que é melhor, mais lucrativo, ser um redator de propaganda.

Se você é jovem e promissor cirurgião plástico, com projetos de especialização no exterior, não faltará quem o convide para sócio de uma dessas empresinhas de medicina privada lá onde o diabo perdeu as botas. Se mesmo assim você se mantiver fiel ao seu daimon, à sua lenda pessoal e não arredar pé de seu destino, a invisibilidade torna-se então um processo irreversível.

Os amigos mais chegados são os primeiros a acusar falhas em seus sistemas de radar quando o objeto a ser captado é você ou algo que lhe diz respeito. Os convites tornam-se mais escassos, o telefone já não toca como antigamente; e mencionar seu nome ou seus feitos, nas reuniões para as quais você não foi convidado, passará (sic) a ser tomado como um gesto de imperdoável traição ao grupo. Desse momento em diante, só os inimigos falarão de você. Falarão mal, obviamente.

E o mais curioso: à maioria desses “inimigos”, a noventa por cento deles, você jamais falou, jamais sequer foi apresentado. Os amigos a gente escolhe, os inimigos escolhem-se a si próprios. Esta talvez seja a parte mais cruel (ou mais irônica) da história. A sua visibilidade, enquanto pessoa, transfere-se para a imagem que os outros fazem de você. Pois é ela, a sua imagem, que circula e passa a freqüentar os lugares para os quais você já não é solicitado. Não é mais você em pessoa – carne, sistema nervoso, personalidade, alma –, que se oferece à percepção do outro, mas uma espécie de correlato simbólico impregnado de tudo o que os outros lhe atribuem.

Para encurtar: vale a pena manter-se fiel ao seu daimon e cumprir com resignação cada etapa de sua lenda pessoal? Acho que sim. Curitiba está cheia de pessoas invisíveis.

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Mural da História – 2010


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Joaquim Luiz Mendes, Joca Oeiras

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Flagrantes da vida real

Kátia Drumond solta a voz nas estradas. © Maringas Maciel

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Oposição argentina quer importar Alexandre de Moraes

Depois da eleição de Javier Milei, a oposição argentina quer disfarçadamente trazer Alexandre de Moraes para seu sistema jurídico com o nome de “Alejandre de Morales”.

A população brasileira, acostumada a competir com a argentina, disse que não libera o passe do ministro. “Se quiserem, podem levar o Zanin”, disse um petista que ainda acha que o ministro pode reabrir o caso do tríplex.

“Também podemos mandar o Eduardo Bolsonaro para ajudar a montar o ministério deles”, disse outro.

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Ova-se!

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Fagner – Último Pau-de-arara

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Laranja de si mesmo

BOLSONARO é imbrochável – uma presunção relativa, que pode ser derrubada a qualquer momento, junto com seu instrumento. O ministro Juscelino Filho é imexível, impunível e intocável. Tem indulgência plenária, o bill of indenity dos americanos. Pode fazer o que quiser no governo, tipo desviar dinheiro de emendas para suas propriedades, as fazendas de cavalos, ou para asfaltar e estrada que leva da cidadezinha onde a irmã é prefeita à capatazia equina do ministro. Esta semana soubemos de mais uma juscelinária, a emenda ao orçamento para destinar dinheiro para uma de suas empresas. Acontece que a empresa só existe na imaginação de Juscelino, pois não tem estabelecimento, empregados, sede física e diretoria. Juscelino é o mago que reinventou-se – uma ressignificação – como laranja de si mesmo.

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Mural da História – 2019

Maria Quitéria (Gabrielle Amitiva) e Bárbara Kirchner (Pafúncia Geralda), em algum lugar do passado.  © Anderson Tozato, o Língua

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Padrelladas

Quartel

Nesta hora da noite
em que até o pão tem um gosto agressivo de cigarro
lembro que um dia disse:
mãe, vou ser soldado.
Minhas botas tem um jeito de espera
e a farda jogada sobre a cama
anula um gesto qualquer de liberdade.
A vida espia nas frestas da parede
e este corpo – velho camarada –
aguarda a ordem de ataque ou fuga
sem ânsia e sem paixão.
Sinto que há tambores silenciosos
e fuzis na noite
que a voz de comando ficou guardada
para um dia melhor.
Minhas botas e a farda esperam
testemunhas pacíficas da luta.
Sinto que há um brilho de ódio
no silêncio das esperas.

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Fraga

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Os contos eróticos noruegueses, depois das cinco da tarde, perdem completamente a noção do tempo.

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Só Lira pode salvar

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apelou mais uma vez ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para pautar e aprovar o texto que regulamenta a isenção tributária para créditos fiscais de investimentos feitos com ICMS.

Como mostrou o Bastidor, deputados da base de apoio ao governo já haviam dito que o risco de a matéria não ir a plenário passava pela falta de empenho de Lira no convencimento de parlamentares do centrão.

Depois de se reunir com lideranças partidárias, Haddad ouviu as demandas e pediu mais alguns dias para voltar com um texto mais palatável.

Teve que ceder, por exemplo, ao diminuir o prazo em que as empresas vão receber a compensação financeira. O governo defendia que fosse um ano após a comprovação.

As mudanças foram levadas por Haddad a Lira que, agora, vai apresentar o novo texto às demais lideranças. Com as alterações e o apoio do presidente da Câmara, o ministro espera que as resistências caiam. A estimativa é de arrecadar 35 bilhões de reais em 2024.

Haddad viu o risco de o texto não ir à votação este ano, após governo e centrão não chegarem a um acordo sobre os vetos de Lula a outros projetos e às pautas econômicas

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