Mural da História – 2013

Prêmio GRPCOM de Criação, 2013. ©  Dico Kremer

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Lápide

Língua Madura. Para ouvir a canção “Lápide”, letra do cartunista que vos digita, clique aqui.

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Mural da História – 2017

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Dino, o coringa do STF

Flávio Dino chegará ao Supremo Tribunal Federal em 2024 com a missão de distensionar a relação da corte com os senadores. O que se falou na cerimônia de posse de Paulo Gonet na chefia da Procuradoria-Geral da República é que a vantagem do futuro ministro será que, entre os seus futuros pares, será visto como juiz que já pertenceu à casa (ele auxiliou Nelson Jobim); e, no Senado, como um ex-senador.

A condição, disse um interlocutor de Dino, é única e será aproveitada pelo presidente do STF, o ministro Luís Roberto Barroso. É possível que ano que vem haja tensionamentos, com a análise dos vetos do governo derrubados pelo Congresso.

O que tem maior potencial de causar atrito entre o STF e o Senado é o marco temporal. O futuro ministro tentará articular de modo que os senadores não vejam a eventual declaração de inconstitucionalidade como um avanço do Supremo sobre as prerrogativas do Congresso.

O marco temporal estabelece a promulgação da Constituição como ponto principal de análise ao se considerar determinado território como terra indígena.

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Comida açoriana

Não sei até que ponto se pode confiar na memória gustativa, principalmente em se tratando de sensações antigas de várias décadas. Mas deve haver no nosso cérebro um “canto das lembranças” onde esses sabores ficam armazenados – e basta um leve toque para revelar “o edifício imenso da memória”, segundo Proust e sua madeleine.

Os sabores a que me refiro nessa postagem têm, por baixo, mais de setenta anos de idade – mas me chegam com muita clareza, embora um pouco, evidente, neblinosos. Os familiares poderão, talvez, precisar um pouco melhor – mas não há razão para incomodar Tico & Teco neste momento.

Estou certo de que são memórias do tempo em que minha avó tinha uma pensão na Rua José Loureiro – e, como piá muito novo, menos de cinco anos, evidente que os registros caíam num HD vazio, limpo, sem vírus… Não me ficaram apenas os sabores aos quais me refiro no presente texto, mas nesse momento, são os que penso registrar.

 As receitas – o melhor, os preparos tradicionais –  sempre me interessaram, mesmo antes do interesse acadêmico pela História da Alimentação. Cardápios são documentos preciosos, alguém poderia fazer com eles o que Norbert Elias fez com os manuais de boas maneiras: como contribuem para construir o que entendemos por civilização? Claro que falo de civilização no sentido desse autor, cultura, não baboseira internética.

Então, pedir um prato em restaurante implica numa olhada preliminar – o garçom que se impaciente, se quiser – no total do conteúdo. Mesmo em locais onde os pratos estão gurmetizados, me chama atenção quando encontro algumas alternativas que evocam o desconhecido – sempre aquele gostinho de viver perigosamente… – ou, pelo contrário, alguma lembrança positiva. Nada contra comida gurmetizada, evidente, mas certos preparos muito simples resultam em prazeres muito intensos.

O cenário é uma antiga vila de pescadores do litoral de Santa Catarina – já se vê, condenada pelo imobiliarismo descontrolado e globalizante, rolo compressor de qualquer cultura regional. A comida aí sempre foi simples e saborosa, imagino que muito comum no litoral brasileiro: arroz (com colorau…), feijão, peixe frito e farinha de mandioca ou pirão. Muito comum, molho de camarão que, por motivos de alergia, nunca experimentei. Mas esse básico, repetido diariamente ao longo de anos, adquire um saber e um sabor nos detalhes capaz de compensar a invariabilidade.

Foi o que me surpreendeu de cara: onde já se viu restaurante servindo PF com carne-de-panela, picadinho e bife-à-rolê?! Experimentei e não consegui partir para as demais opções entre as quais, os abomináveis hamburguers do agrado da juventude facebuquista. Que, se não forem submersos em temperos fortes – e geralmente também ruins – terão gosto de rolha.

Mas o assombroso nos pratos mencionados era sua fidelidade aos preparos, e evidente que também aos sabores, dos que minha avó servia em sua pensão. Os truques culinários devem ser os mesmos!!! Dá prá imaginar alguém dotado do meu padrão de teimosia, e que tenha experimentado um preparo muitas vezes, até chegar perto do arquivado. Fiz isso com outro acepipe, a posta-branca…

Como assim?! Desde quando língua e papilas gustativas têm uma memória tão precisa?! Não sei – num pensamento mais aprofundado de aluno de História das Idéias, já não da Alimentação, aquela senhora da pensão da rua José Loureiro, tinha no DNA algumas informações gastronômicas que sobreviveram na cozinheira do tal lugar. Ambas as senhoras, vinculadas à tradição açoriana.

Talvez a explicação seja mais simples e mais desengraçada do que isso – mas os pratos mencionados são, para mim, viagem no tempo, sabor de infância, cheiro de terra molhada pela chuva…

Como não faço propaganda nesse blog, a quem tiver interesse, podemos indicar como programar o GPS.

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Flagrantes da vida real

Fumando, espero. © Maringas Maciel

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Uma

Somos uma. Uma lembrança de infância, o cheiro de pão doce nas manhãs, dos temperos da cozinha, das mangas caídas em volta da árvore, da capa dura dos livros que nos leva ao mundo inexorável da escrita. A música, as flores, as falas. O céu, as cores, as histórias. O sim, sempre antes do não. A escuta, o silêncio, a tarde. Tecidos de uma mesma memória.

De mãos dadas e ouvidos atentos ao falar dos sonhos, filmes, pessoas. Ouço seu sorriso, como um horizonte que não deve ser perdido, como uma prece, como um lugar onde me abrigo das tempestades e dos ventos fortes, das marés que sobem, do calor cáustico na paisagem febril.

Intensidade, força, delicadeza. Seu nome escrito na alvorada, no caminho árduo porém terno, seguro, onde há conforto e proteção. O nome da estação onde a natureza transcende e arrebata. Primavera.

Vejo seu rosto refletido nas margens da represa, nos flamboyants laranjas, na terra vermelha. Em cada criança de pé descalço, nas rugas fincadas das mulheres sofridas. No fazer da miséria, abraço, do chão batido, adubo, da vida, algo além da aspereza dos dias.

Quando adormeço, seguimos nossa prosa, sob véus e brisas. Somos uma, como quem é perto, como quem nasce, como o amor que ensina, transforma e permanece. Para sempre.

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Mural da História – 2018

O Comedor de Mamonas, em algum lugar do passado. © Enéas Lour

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Dibujo

Caneta de retroprojetor sobre papel A|3, década de 1990.

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Ao sopro da saudade


Há textos que devem ser partilhados. De Vilmar Farias, ex-colega de TJ e amigo de todas as horas, recebi uma mensagem pessoal, mas que merece tornar-se pública pelo conteúdo.

Disse-me o bom Vilmar:

“Esta semana concluí a leitura de um livro. Ao resgatá-lo da estante, pensei: será que vou ter o retorno de satisfação em relação ao tempo dispensado na leitura? Como disse: livro resgatado, aquele que do folhear na livraria deixa-se na estante. Foi o caso. Mas me surpreendi, a escolha deve ter sido daquelas intuições que vem não se sabe de onde.

“Foi uma semana em boa companhia. Tipo mexe coração, pura emoção em viver horas em que recordar é viver no presente, o que se faz presente na saudade.

“Do autor: ‘A alma anda para trás, navega ao sabor do suave sopro da saudade. (…) Lembro-me da sala de visitas da casa do meu avô, num sobradão colonial, lá em Minas’.

“É provável que você já tenha reconhecido o estilo. Senão… ‘Primeira lição da psicanálise: se você quiser descobrir segredos, preste atenção nas coisas pequenas. Pois as origens da família do meu pai e da minha mãe se revelam no insignificante e banalíssimo ato de chupar laranja’ – conclui o autor.

“Não é incrível tal sensibilidade à perspicácia?

“Lembro-me bem a da sua coluna, sobre essa crônica: As laranjas. Magistralmente, trazendo ao seu público leitor o texto envolvente da análise sensível da alegria das coisas simples. Chupar laranjas com tampa ou sem tampa?

“Que o Natal nos envolva nesta alegria das coisas simples, chupar laranjas.

“O livro deve estar na sua estante. Sim, é Rubem Alves, Se eu pudesse viver minha vida novamente

Sim, meu bom amigo, reconheci logo o nosso saudoso Rubem. O livro está, sim, na minha estante. Mas fiquei mesmo feliz ao saber que você também o encontrou e ele lhe ofereceu momentos de alegria, saber e bem-estar. Rubem Alves está fazendo muita falta. Felizmente, deixou uma vasta obra, que nos encantará para sempre.

Publicado em Célio Heitor Guimarães | Deixar um comentário
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Mural da História – 2013 – Troféu Gralha Azul

Fátima Ortiz, a “Desindicada”, dezembro 2013. © Lina Faria

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A evolução do cérebro e as solteironas

É realmente fantástico (e ao mesmo tempo banal) descobrir que somos guiados por um cérebro totalmente aleatório, embora se diga que somos “racionais por excelência”. A continuação da leitura de A evolução da consciência (Robert Orstein) me chamou a atenção prum fato corriqueiro que nunca se tenta explicar ‘racionalmente’. O imenso trabalho de Charles Darwin é ainda pouco divulgado em sua essência. Ficou apenas o mote ‘o homem descende do macaco’.

O macaco desceu da árvore, se aprumou, perdeu os pelos e saiu fazendo footing (ou walking) pelo calçadão Caiobá – Matinhos. Não é bem assim. A primeira constatação dos cientistas é a aberrante distância, atualmente, entre a capacidade cerebral do homem e a do gorila e do chimpanzé – que seriam os mais próximos ‘parentes’. Embora o cérebro de todos os animais seja constituído do mesmo tipo de células, tenha a mesma aparência e função, o nosso é incontestavelmente maior, proporcionalmente, e mais preparado.

Ou não? É só ver que os chimpanzés ainda vivem num ‘mundo pré-histórico’, de nossos ancestrais. Não há explicação firme e decisiva pra isso. Há suposições, especulações… mas, nada conclusivo. Depois do trabalho de Darwin, até Freud ficou mais esperto. Ele descobriu que o homem ficando na posição ereta perdeu o faro (pro cio da fêmea) e criou o erotismo por culpa das ‘vergonhas’ à mostra (Mal-estar da Civilização). Isso no tempo em que o homem andava nu. Mas o que mais me chamou a atenção até agora é pro fato de que a tal seleção natural dos mais aptos, como espécie, é mais importante do que a sobrevivência do indivíduo. Ou seja, a propagação dos genes é tudo. Exemplo efetivo disso é ver que as tias solteironas são sempre muito apegadas aos sobrinhos. É só chegar perto da solteirona e ela se desmancha de elogios pros sobrinhos, que ajuda, está sempre presenteando e paparicando.

Robert Ornstein dá outro exemplo mais genérico: Um biólogo encontrou evidências de que os animais se auxiliam mutuamente na proporção quase que direta do número de genes partilhados. Logo, o nosso comportamento tão ‘racional’ está impresso na dupla hélice. Por isso, não levantamos voo tão racionalmente quanto acreditamos.

*Rui Werneck de Capistrano é a favor da Lei das Probabilidades, desde que sejam a favor

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Caterva, peterva, zererva

NA POSSE do procurador geral da República, Lula regurgitou o desgosto: que a instituição não deve se deixar pautar pela imprensa, a escrita e a televisão. Traduzido em língua petista quer dizer que a Lava Jato não passou de perseguição, na qual a PGR foi manipulada pela imprensa. Mais: que Lula, Dilma, caterva et peterva, limpos e puros como cordeiros saídos da sauna úmida, acabaram emporcalhados pela imprensa. O velho discurso de se fazer de santo acusando o outro de pecador.

Para ser coerente e digno, Lula deveria – mas não fará – repetir o discurso na posse de Flávio Dino como ministro do STF. Sim, por mais que a PGR caísse na safadeza da imprensa, foi o Judiciário que mandou Lula para a cadeia. Culpar Sérgio Moro? Só de oportunismo pela velha definição da sorte: estar no lugar certo e no momento certo para aproveitar uma oportunidade. Além disso, atrás de Moro/Dallagnol vieram dois tribunais, o federal 4 e o STF das onze ilhas soberanas.

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