Frescor de juventude

MACRÓBIO, avançado nos 90, espanta os micróbios. Passou a usar a maconha medicinal. Descoberta maravilhosa, repete o tempo todo, como se estivesse gagá. Recomenda o médico para os amigos, cada dia mais rarefeitos, porque desfeitos. Já incorporou a gíria da outra maconha: “se eu puxasse o fumo dos filhos, teria deixado uísque, cigarro e mulheres 50 anos atrás”. Ainda que caro, adora curtir o barato. No velho, o vício novo tem frescor de juventude.

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Pancada Evangélica

Foto do diácono amigo

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© Orlando Pedroso

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Made in USA

Guinski

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VAMOS DEVAGAR no escracho de Rafael Nogueira, o novo presidente da Biblioteca Nacional. Sem dúvida, o cara pisou na bola ao dizer que Caetano estimula o analfabetismo quando letras de suas músicas caem no Enem.

NOGUEIRA apenas errou de cantor: se acusasse Djavan acertaria na mosca. Felizmente nenhum estudante brasileiro precisou examinar os versos “Açaí, guardião/Zum de besouro, um imã/Branca é a tez da manhã”.

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© Shiko

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Saudades do Brasil

Uma medida do AI-5 foi pôr censores nos jornais. Não havia internet. Como fariam hoje para censurar a rede?

No dia em que o Flamengo se tornou campeão da Libertadores, cruzei no avião com um homem vestido com a camisa do time. Apenas nos olhamos, mas nos sentíamos unidos pela mesma tensão e esperança. Naquele momento, senti uma estranha saudade do Brasil. A seleção brasileira já não empolga como antes; o lugar foi momentaneamente ocupado pelo Flamengo.

Mas o futebol não era meu objeto de saudade, mas sim a política. Vim me perguntando na viagem de Natal para o Rio como era difícil encontrar essa sensação de unidade nacional, sobretudo em tempo de paz.

Quando digo unidade, não quero dizer unanimidade. Mas algo que congregue as pessoas para além de suas escolhas singulares. A última vez que senti isso foi no movimento pelas Diretas. A partir daí, a sensação foi escapando aos poucos.

É um pouco ingênuo acreditar nessa possibilidade. A política americana em alguns momentos conseguiu unificar os dois grandes partidos pontualmente, em temas bem definidos. Hoje, com Trump, esse sentimento deve estar se esvaindo também lá. Digo também lá porque aí as perspectivas são de confronto, com os atores se pintando para a guerra.

O Chile é uma espécie de arma que os contendores escolheram para o seu duelo. De um lado, a esquerda pedindo manifestações como a chilena; de outro, o governo de extrema direita acenando com o AI-5 e preparando-se para uma repressão sem limites, camuflada sob um nome bastante complicado: excludente de ilicitude, cuja tradução real é liberar a porrada.

Dentro desse quadro radical, uma tênue centelha do passado comum reaparece nas reações que surgem sempre que se fala de novo no AI-5. Elas têm sido rápidas e bastante amplas no mundo relativamente restrito dos que se interessam por política. Mostram não só um vigor democrático, mas apontam para uma unidade nacional contra estados de exceção.

Tenho várias razões pessoais para não acreditar num novo AI-5. A principal delas é ser velho o suficiente para conhecer as condições daquela época e as que existem hoje.

Uma das medidas do AI-5 foi introduzir pequenos grupos de censores dentro dos jornais. Não havia internet. Como fariam hoje para censurar a rede? Não me refiro apenas às dificuldades técnicas, mas aos gigantescos transtornos culturais e econômicos.

Naquele tempo, vivíamos numa Guerra Fria simbolizada pelo Muro de Berlim. Embora o governo ainda respire os ares da Guerra Fria, e o muro não tenha caído para uma parcela da esquerda, a verdade é que os tempos são outros.

O movimento pelas Diretas, com seu potencial unificador, foi basicamente contra um resquício da ditadura. Qualquer novo ato ditatorial, creio eu, poderá reviver seu espírito, uma vez que, apesar de todas as divergências, estamos de acordo em preservar o sistema democrático.

É possível olhar o que se passou no Chile de forma diferente: estudar o que aconteceu e buscar soluções menos dramáticas. O número de pessoas que ficaram cegas parcial ou totalmente supera duas centenas.

O ultraliberalismo tende a trazer enormes dificuldades para a vida das pessoas. Sem sensibilidade política, não há chances de racionalizar a economia. Da mesma forma, os governos de esquerda tendem a quebrar o país com a ilusão de que dinheiro cai do céu.

Uma ampla frente contra o fantasma da ditadura está no horizonte imediato, pois ela se manifesta toda vez que falam de AI-5. Mas ela ainda não é articulada o bastante para intervir na base da instabilidade. Propor uma agenda social aos liberais e uma racionalização econômica à esquerda.

Não deixa de ser estranho falar sobre AI-5 nesse começo de dezembro. Não é que me sinta aprisionado na máquina do tempo. Mas era como se conversasse com sua tela, com pessoas que ainda estão com a cabeça em 13 de dezembro de 1968.

Para não ficar triste, posso entender isso como uma maravilha da tecnologia estar voltando atrás para dizer: não pensem nisso, vocês vão durar pouco tempo. E os adversários não serão mais os gatos pingados do passado, mas multidões enérgicas como a torcida do Flamengo.

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Bolsonaro acusa Leonardo DiCaprio de financiar os Beatles

Encantado com a denúncia de que os Beatles foram criados para implantar o comunismo, o presidente Jair Bolsonaro apresentou evidências de que Leonardo DiCaprio financiou o grupo. “A Polícia Civil do Amapá apresentou hoje uma sólida denúncia que mostra como Leonardo DiCaprio financiou George Soros que repassou verbas para Patati e Patatá para que, por intermédio de Jean Wyllys, se criasse o Rock and Roll”, explicou o presidente.

A informação foi confirmada por Dante Mantovani, novo presidente da Funarte. Segundo Mantovani, Jorge Vercillo é um agente infiltrado da KGB que veio para introjetar uma nova escala musical capaz de subverter os sensíveis ouvidos das crianças produzindo conexões neuronais que estimulam a masturbação compulsiva. “O ritmo da masturbação acaba entrando em sintonia com a bateria de Ringo Starr. O baterista, como se sabe, entrou para a banda por causa isso. Isso faz com que as crianças, subliminarmente, fiquem hipnotizadas pelas músicas dos Beatles e, com isso, se tornem comunistas. Isso tudo é um plano para que o PT volte ao poder em 2020”, concluiu.

Diversas correntes de Whatsapp foram disparadas explicando que a canção “A Day in The Life” é um mantra satânico que induz as crianças ao hábito comunista de ler jornais.

Humor acima de tudo. Golden shower em cima de todos

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Correndo o risco

Apagando o lápis de um Polaco. © Vera Solda

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James Marshall “Jimi” Hendrix,  Johnny Allen Hendrix. Seattle, 27 de novembro de 1942, Londres, 18 de setembro de 1970.

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ROBERTO CARLOS puxou ovação ao ministro Sérgio Moro durante o show na Ópera de Arame – que não é ópera nem feita de arame, mas quem se importa, vem da prefeitura que criou as ruas da Cidadania, que sediam mais lojas que algo que remeta ao imponderável objeto da cidadania.

A OVAÇÃO não revelou petistas, apesar de Roberto, nos 50 anos anteriores, não ter externado a menor opinião política. Seja pela lírica melosa de um ídolo, seja pela dureza seletiva do outro, ali estavam os eleitores da República de Curitiba, que graças a Moro e Lula elegeram o Mito.

SEMPRE DESLUMBRADOS, os Moro fotografaram com o Rei. Moro divulgou a foto, na legenda sempre o amor incontido por quem “Mora com ele”: “programa romântico com a esposa”. “Esposa”, assim Moro tuitou a ida à Wire Opera House, a versão tolo-ufanista nas placas de indicação viária.

EM visita de Estado ao Brasil, acompanhado da  imperatriz, o Xá da Pérsia a apresentava como “minha mulher”. E o que isso tem a ver com o “esposa” de Moro para Rosângela? Simples: Farah Diba não chegaria aos pés de Rosângela Moro na majestade do porte e na força de sua presença.

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Dos homicídios contra as mulheres no Brasil, 28,5% ocorrem dentro das residências. Nos últimos dez anos, neste tipo de crime, a taxa de assassinatos por arma de fogo cresceu 29,8%. A violência contra as mulheres está aumentando ao invés de diminuir (Fórum de Segurança Pública – 2019).

Esse tipo de violência está naturalmente baseada na desonra, descrédito e menosprezo à dignidade e ao valor da mulher como ser humano. Não se trata de mero aborrecimento na vida da vítima, mas acontecimento que produz abalo psicológico e influência altamente negativa à personalidade da mulher.

Em 2017 mais de 221 mil mulheres procuraram delegacias de polícia para registrar agressões sofridas (lesão corporal dolosa) em decorrência de violência doméstica. Este número, entretanto, pode estar em muito subestimado, já que muitas vítimas têm medo ou vergonha de denunciar.

O que a elite do Direito tem feito para estudar e dar soluções a tudo isto?

Em países, juridicamente civilizados, as pós-graduações públicas e privadas estariam estudando seriamente o problema e propondo soluções legislativas e políticas. Os tribunais e órgãos estatais teriam respostas mais rápidas e direcionadas para a questão. Haveria intensas campanhas em escolas e nos meios de comunicação e debates públicos.

No Brasil, além da profunda omissão das elites econômicas, políticas e jurídicas, o problema é levado para baixo dos tapetes institucionais, ou seja, ele parece não existir.

Além da baixa produção legislativa que enfrente o problema, a comunidade jurídica ainda não atentou para esta epidemia.

A América Latina é a região mais letal para as mulheres no mundo: na região acontecem 9 feminicídios por dia. No Brasil a média é de três a cada 24 horas.

Afirma-se que a legislação no Brasil é avançada. Balela! Os processos são intermináveis – e isso se traduz impunidade, o que reforça a tenebrosa cultura machista. As respostas são lentas e na maior parte das vezes, posteriores, ao feminicídio.

Essa epidemia de violência contra as mulheres pode ser erradicada com políticas públicas e medidas judiciais efetivas – mas não acontecem nem uma, nem outra. Resultado: aumentam os números da violência contra as mulheres.

Ser mulher eleva o risco de morte no Brasil. A cada 11 minutos acontece um estupro e 1 homicídio a cada duas horas. Mais: são cinco espancamentos a cada dois minutos, 503 vítimas de agressão por hora (Instituto Patrícia Galvão: 2017). Admitir níveis altíssimos de violência contra as mulheres é a negação de seus direitos. O Direito, do papel ou da palavra, deve alterar esta realidade.

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Fraga

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Clark Gable & Natalie Portman.

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