Tchans!

amigos-do-peito-21Hingrid-PfaffenzellerHingrid Pfaffenzeller, revista Trip|nº 233. © Chico Cerchiaro

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Azantas…

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Presencial no virtual

© Roberto José da Silva

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Padrelladas

Estava aqui lembrando de uma cena dramática no filme de Vittorio de Sica “Ladrões de Bicicleta”, filme esse que sempre aparece nas listas dos dez melhores do mundo. A cena é de um menino – Bruno Staiola, 9 anos – chorando com tanta amargura que emociona até hoje os listadores de filmes.

Como o diretor teria arrancado esse realismo de uma criança? Com maldade. De Sica acusou o garoto de ter cometido um furto. A criança entrou em desespero e as câmeras capturaram a cena que passou a representar um dos momentos sublimes da Sétima Arte. Então, eu me pergunto: O que isso tem a ver com o governo bolsonaro? Sei lá.

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Receita de Ano Novo

© Tiago Recchia

 Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

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O decreto do presidente Jair Bolsonaro que perdoa a pena aplicada a policiais e a outros agentes de segurança pública condenados por crimes culposos – quando não há a intenção de ser praticado – é um “ornitorrinco jurídico”, um “excesso de poder” por parte do presidente e, numa análise inicial, uma violação à Constituição Federal. É o que afirma ao GLOBO o subprocurador-geral da República Domingos Sávio da Silveira, coordenador da Câmara de Controle Externo da Atividade Policial da Procuradoria-Geral da República (PGR).

A subprocuradora-geral Luiza Frischeisen, coordenadora da Câmara Criminal, um segundo colegiado da PGR responsável por assuntos relacionados a crimes cometidos por militares, também critica o decreto de indulto assinado ontem por Bolsonaro e publicado nesta terça-feira no Diário Oficial da União. Para ela, o mais preocupante do decreto é a extensão do perdão de pena a agentes de segurança que tenham sido condenados por ato cometido “mesmo que fora de serviço”, como consta no texto assinado pelo presidente.

Os integrantes das duas câmaras vão analisar os detalhes do decreto e podem provocar o procurador-geral da República, Augusto Aras, para que conteste o decreto no Supremo Tribunal Federal (STF). Integrantes da cúpula da PGR lembram que este tipo de contestação já ocorreu por parte de um procurador-geral.

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Natal

Papai-Noel-Ladrão

Willtirando

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Fraga

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Capturados no ar

Os sucessos de um velho ritmo delicioso, o calipso, nunca enriqueceram seus criadores

Um compositor americano, Irving Burgie, morreu outro dia em Nova York, aos 95 anos, sob compreensível silêncio. Burgie não era famoso. Mas uma canção já antiga e de autoria incerta, formada por apenas duas frases musicais, a que ele aplicou letra em 1956, tornou-o um homem rico. A música era “Day-O”, mais conhecida por “The Banana Boat Song”, e consagrou um cantor: Harry Belafonte. Por causa deles, todo mundo na época pensou estar descobrindo um novo gênero musical: o calipso.

Novo? O calipso já vinha do século 19, e “Banana Boat”, sem esse título, do começo do século 20. Era uma canção de trabalho dos carregadores de banana nos portos jamaicanos, e sua letra, uma obra coletiva e anônima, a que se iam empilhando estrofes. Mas seu tema, desde sempre, já era o dos homens saudando o raiar do dia e esperando que o capataz americano viesse contar a carga que eles tinham passado a noite embarcando, para que pudessem ir para casa.

Burgie, nova-iorquino e filho de uma jamaicana, ajeitou a letra para que, no disco, Belafonte dialogasse com um coro masculino, tendo um implacável tambor como acompanhamento. O resultado final era hipnótico. Os calipsos eram quase sempre de protesto –o que não os livrou de, por décadas, serem capturados no ar por americanos espertos e registrados nos EUA como de autoria de seus adaptadores. 

Outros dois calipsos mundialmente consagrados foram “Rum and Coca-Cola”, do venezuelano Lionel Belasco e do trinidadiano Rupert Grant, e “Matilda”, do também trinidadiano Norman Span. Outros os assinaram e eles não ganharam nada. “Rum and Coca-Cola” estourou com as Andrews Sisters em 1945 e “Matilda”, com o mesmo Belafonte, em 1956.

Pouco antes de morrer, Burgie admitiu que “Banana Boat” lhe rendera, nos últimos 60 anos, US$ 50 milhões. Nada mal para um investimento equivalente a uma gota de tinta.

Publicado em Ruy Castro - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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Neusa (Vera Fischer) é uma prostituta cujo cafetão se envolve com uma mulher que a odeia. Humilhada,espancada e tratada feito lixo, Neusa vê sua vida se tornar um inferno. A estória gira em torno do encontro de Neusa, seu cafetão e um homossexual, em uma briga por interesses, onde cada um quer que sua vontade prevaleça. 

Novembro de 1997 (1h 45min), direção de Neville D’Almeida, da obra original de Plinio Marcos

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No pasarán

NÃO HÁ quem resista ao seu encanto. Culta, inteligente, tolerante como o papa Francisco. Elegante, pela unânime aclamação dos povos (uma voz critica-lhe os sapatos, 72 pares, e contando), foi votada como a mulher da ‘roupa apropriada nos enterros’. O que significa: ali impera o desmazelo.

RICA de nascência, diziam dela os amigos do muquifo do bairro, surpreendia os colegas esquerdistas que escondia durante a ditadura. A família conservadora dizia que ela operava no Partido Proletário Fiorucci ao volante do Impala paterno.

BEM ANTES das tatuagens que igualam as mulheres na vulgaridade, adolescente da Aliança Francesa,  fez a sua, a única que teve e terá: je suis gauche. Não é Drummond, que ela é mais Baudelaire. Coisa da política: “sou de esquerda”, sob o seio esquerdo, ainda visível a olho e corpo nus.

MADURA, sazonada, mantém o frescor idealista da esquerda. Que não se abalou diante do Mensalão, quando perdeu a ilusão sobre Lula/PT. Bolsonaros, ela esconjura com o No pasarán de La Pasionaria, a comunista que combateu o fascismo na guerra civil da Espanha.

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Deixar um comentário
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Perry-Gallagher---nu-azul-6© Perry Gallagher

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Jan-Scholz-3© Jan Scholz

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Frutos podres

Deus e o Brasil não demoram a pedir demissão do slogan de Bolsonaro

Cristo falava por parábolas. Bolsonaro fala por slogans. Uma parábola é um relato alegórico, destinado a fazer pensar e extrair de sua narrativa uma moral. É um instrumento que se dirige, ao mesmo tempo, à fé e à razão. Já um slogan é uma afirmação categórica, acachapante, disparada para ser aceita pelo receptor sem passar necessariamente por seu cérebro. É uma arma dos publicitários, dos políticos e dos autoritários.

Uma das grandes parábolas de Cristo está em Mateus 7:15-20: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós com vestes de ovelha, mas que por dentro são lobos vorazes. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se porventura uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Toda árvore boa dá bons frutos, mas a árvore má dá maus frutos. Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má pode dar bons frutos. Toda árvore que não dá bons frutos deve ser cortada e queimada”.

Por falar em frutos, digo, bolsonaros, digo, slogans, o slogan favorito de Bolsonaro é o martelado “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”. O “Brasil acima de tudo” cheira ao slogan nazista “Deutschland über alles” —”A Alemanha acima de tudo”—, mas isso não lhe provoca desconforto. Com slogans não se discute.

O Brasil de que fala Bolsonaro deve ser o nosso, que ele reduziu a seu condomínio. Mas a que Deus Bolsonaro se refere? Ao Deus dos católicos, o velhinho bonachão, de barbas e camisolão, síndico do Céu? Ou ao Deus protestante, incorpóreo, rigoroso, fiscal de nossos malfeitos aqui na Terra? A pergunta procede, porque Bolsonaro se diz católico, embora nunca seja visto com padres ou em seus rituais. Ao contrário, seu território são os templos evangélicos e seus aliados, os “bispos” de televisão. Bolsonaro servirá a dois senhores?

Pelos frutos que estão começando a despencar da árvore, Deus e o Brasil não demoram a pedir dispensa do tal slogan.

Publicado em Ruy Castro - Folha de S.Paulo | Deixar um comentário
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