Miran© Miran

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Se liga, mizifi!

© Roberto José da Silva

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TIRANDO O PAÍS, “Brasil acima de tudo” é a exata tradução de “Deutschland über alles”, o hino da Alemanha nazista. Na foto, o resgate da estética de Jair Bolsonaro, “o pau de arara” que ele promete aos ministros corruptos, não aos assessores corruptos de seus filhos mimados.

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Em desacordo com a imagem

Santos-Dumont só viajava de navio, e JK detestava escutar o ‘Peixe Vivo’

Vêm me dizer que o bilionário Bill Gates, fundador da Microsoft, passa o dia lendo livros, jornais, documentos –não nos tablets e smartphones que fabrica, mas no arcaico e confiável papel. E que Mark Zuckerberg, criador do Facebook, também regula o tempo que suas filhas passam diante dos celulares–no máximo, uma ou duas horas por dia. Gates e Zuckerberg são sensatos. Evitam o veneno que servem ao resto do mundo.

Significa que nem sempre as pessoas se confundem com o que as tornou famosas. Santos-Dumont, por exemplo, não viajava de avião, só de navio. E olhe que, em 1932, quando ele morreu, a aviação comercial já operava com segurança. Há outros exemplos. A estrela Joan Crawford, herdeira da Pepsi-Cola, não bebia seu refrigerante. Preferia o Johnny Walker. E Garrincha, quase um sinônimo do futebol, não gostava de futebol. Pelo menos, não de assistir –só de jogar.

Frank Sinatra, o ouvido absoluto, a Voz, tinha um tímpano perfurado, provocado por um fórceps desajeitado em seu parto. As incontroláveis Mae West e Dercy Gonçalves, que levaram a vida falando duplos e triplos sentidos, tiveram vida sexual paupérrima –podem ter passado mais de meio século sem praticar. E Fred Astaire detestava os aparatos que compunham sua indumentária no cinema: o fraque, o colarinho tico-tico, a cartola. Na vida real, quando estreava um terno, rolava no chão para amassá-lo e fazê-lo parecer usado.

Juscelino Kubitschek não aguentava escutar o “Peixe Vivo” –aonde quer que fosse, logo aparecia uma banda para tocá-lo. Paulo Francis, tão exigente em literatura, balé e ópera, relaxava quando ia ao cinema –gostava mesmo era dos filmes de pirata e espadachim com Errol Flynn.

E quando os locutores gritam “festa na favela!” a cada gol do Flamengo, podiam gritar também “festa nas coberturas!” –porque o Flamengo impera igualmente nas coberturas do Leblon.

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Benett

Benett – Plural

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Os cigarros eletrônicos

Nos EUA foram 118 hospitalizações em 50 estados, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças daquele país. Problemas respiratórios chegam a 2409 – e até agora foram registradas 52 mortes relacionadas aos cigarros eletrônicos.

Em Nova York foram banidos por três meses os que são vendidos com sabores. Há também acidentes com explosões das baterias destes dispositivos.

Essa é a nova onda que está no Brasil, paga fortunas por espaços publicitários, e tenta amealhar boa parte dos fumantes que estão tentando ficar longe do vício assassino do tabaco, alvo de todo tipo de campanha e leis por aqui, mas que continua dominando.

Não se tem notícia de nenhum movimento para tentar brecar a nova máquina de gerar doenças. Por quê?

A indústria milionária do tabagismo no Brasil deixou um legado de milhões de mortos e sequelados.

Os fumantes passivos são outra cifra oculta neste cenário devastador.

Isso tudo, sem qualquer responsabilização dos fabricantes por parte do Judiciário brasileiro, diferente dos países onde a Justiça funciona, que condenam as indústrias em pesadas indenizações a favor dos consumidores.

A ideia de que cada um é responsável pelos seus vícios é um engodo pois todos arcam com a previdência pública que atende as vítimas do tabagismo.

Responsabilizar os fabricantes seria o mínimo que o Direito poderia fazer, mas isto no Brasil, está longe de se tornar uma realidade.

Além de tudo isto, não são divulgadas amplamente as consequências que essas drogas e seus dispositivos eletrônicos causam aos usuários.

Publicado em Claudio Henrique de Castro | Deixar um comentário
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Fuga

A literatura tem me servido de escape neste fim de ano esquisito

Órfã do caudaloso, mítico e aventureiro “Moby Dick”, passei em revista a fila de livros da cabeceira e me agarrei a “Essa Gente”, de Chico Buarque. 

São duas obras incomparáveis, mas a mente não obedece a lógica. Não demorou, a amplidão de Melville se tornou espelho oposto do diário lacônico de Chico.

A literatura tem me servido de escape neste fim de ano esquisito, em que tudo o que reconheço como justo e relevante virou motivo de ataque e chacota da frente obscurantista terraplanista que ocupa o poder.

Herman Melville é um colosso de autor, capaz de conceber o “preferiria não” do magro Bartleby e, em “Moby Dick”, te transportar para o centro de um cardume de mais de cem baleias prenhas, a bordo dos botes de pescadores que ambicionam colher o espermacete que iluminará cidades e civilizações.

A liberdade com que esse monstro de escritor quebra com as regras do narrador, saltando da cabeça de Ishmael para a de Ahab, e delas para as de Starbuck, Pierce e Stubb, mareia o estupefato leitor. Isso quando não abandona de todo os heróis, para se dedicar ao estudo dos cetáceos e de suas representações iconográficas.

“Moby Dick” é um feito inalcançável, que nos afasta da mixórdia da atualidade. Santas letras. Inflamos as velas na direção oposta à de um milagre literário como esse e “Essa Gente” é prova disso.

Tudo o que em “Moby Dick” é farto, belo e poético, é escasso, miúdo e miserável na obra de Chico. A pequenez é tamanha que a própria trama não chega a se estruturar como narrativa. Feito de anotações esparsas e datas perdidas, “Essa Gente” é o diário fantasma de um moribundo pasmo.

O protagonista vive o estranhamento do que o cerca, dos condôminos que exigem que o porteiro abra a porta do elevador, enquanto aplaudem o homem que passeia pela rua armado de um três oitão.F

Foi-se a empatia. Não há mais saída para uma sociedade avessa à natureza, à educação e à cultura, e que vê no extermínio uma solução. Melhor o tiro na própria cabeça.

Acabei o livro tão colada no personagem que engatei outro diário, esse de viagem, de um homem que acreditava existir apenas um problema a ser encarado com seriedade: o do suicídio.

“O Viajante”, sobre o exaustivo périplo de Albert Camus pela América Latina, começa no tombadilho do navio, de onde o filósofo contempla o mar imenso que o separa de seu destino.

Ali, no vasto oceano extraordinariamente descrito pelo argelino, reencontrei a saudosa grandeza de Melville. Durou pouco. Logo, eu já me afogava em datas e anotações, que remetiam aos apontamentos de “Essa Gente”. Curiosa mescla.

Camus sente poucos lampejos de encantamento pelo Brasil, o clima lhe piora a saúde e a agenda é extenuante. Com exceção de Caymmi, Manuel Bandeira e Oswald de Andrade, o moço prefere a solidão de uma noite estrelada à companhia dos homens.

A edição termina com a transcrição das palestras que o filósofo ministrou para os sul-americanos. Nelas, Camus fala da geração à qual pertence, jovens niilistas do período entreguerras que viram a pintura abolir a figura; a literatura, a linearidade; a música, a melodia; e a filosofia, a verdade, em prol dos fenômenos.

E justo esses homens, ensinados a duvidar da pureza e acreditar que todos podiam ter razão, justo eles, acabaram obrigados a se engajar numa guerra. Quem não luta adota os valores do inimigo —e os de Hitler eram inaceitáveis.

Eu também cresci com a ideia de um mundo relativo, plural, e assim como os contemporâneos de Camus, me vejo assombrada pelo ressurgimento do nacionalismo totalitário e carola.

Quisera eu possuir o tesão anárquico para curtir o swing no sofá sifilítico do motel que só serve coca litro de Anderson França, mas não. Minha libido anda a zero. E leio para lembrar que a beleza existe e esquecer do pacto sinistro entre a eficiência econômica e a ignorância que hoje vigora.

Camus fala de ontem, mas parece o agora.

Na maior parte do mundo, o diálogo é substituído, hoje em dia, pela polêmica, a linguagem da eficácia. “O século 20 é, entre nós, o século da polêmica e do insulto. […] Mas qual é o mecanismo da polêmica? Ela consiste em considerar o adversário como inimigo. Em simplificá-lo, consequentemente, e em se recusar a vê-lo. […] Aquele que quer dominar é surdo. Diante dele, é preciso lutar ou morrer. Por isso os homens de hoje vivem no terror.”

Hora de encarar “Guerra e Paz”, seguido de “Rio em Schamas”.

Publicado em Fernanda Torres - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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© Myskiciewicz

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© Marcelo Camargo|Agência Brasil

DIZEM QUE ninguém é completamente bom, nem completamente mau. Ou seja, a maldade e a bondade têm suas pausas de descanso. Ainda não tenho motivos para acreditar, pelo menos em parte. Na parte do completamente mau. Acredito que quem é mau é mau o tempo todo, o tal escoteiro do mal, o sujeito com a necessidade vital de prejudicar alguém todos os dias.

JÁ O COMPLETAMENTE bom, também acredito, mas só em parte, na parte do completamente: o bom tem seus vacilos eventuais, em que fica meio bom, bonzinho, sem transitar para a fronteira do mau (ou do mal, se você, como todos os ‘normaus’, confunde adjetivo com advérbio). Jair Bolsonaro quase abalou minha convicção. Sempre o tive e ainda o tenho como completamente mau.

RESSALVO no presidente o lado bom com os filhos maus. Normal; em matéria de filhos ninguém é de ferro; filhos nos deixam cegos, surdos, mudos e imbecis. Dizia: nesta semana Bolsonaro quase me abalou quando colheu amostras do rosto para investigar câncer de pele. Abri exceção e olhei – como diria Mário Montanha Teixeira – detidamente para o rosto do presidente.

UM CHOQUE, meu rosto tem mais sinais de alerta para o câncer que o de Jair Bolsonaro. Também devo baixar dermatologista. Outro choque: o rosto de Bolsonaro está completamente bom e o meu completamente mal. Sim, ‘mal’ mesmo, coisas da flor do Lácio. Um detalhe: o presidente é bom de rosto e mau de alma. O pintado aqui é bom de alma e está mal de rosto. Ainda bem que câncer de pele tem cura.

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Pudim

‘Vem, pancinha, vem’, ele sussurra no meu ouvido

Encaro a fatia de pudim lambuzada de caramelo e, arrepiada de desejo como não fico desde os 19 anos, me pergunto por que mesmo deveria me negar a esse júbilo. 

Quero caber nos vestidos de outrora e andar saltitante pelas ruas! Mentira. Eu nunca gostei de vestidos e jamais andei pelas ruas feito uma coelha louca e, caso eu quisesse sair agora dando pulinhos bestas pelo bairro, jamais deixaria de fazê-lo por motivos de adiposidade descontrolada.

Quero meter uma miniblusa atrevida e irritar os transeuntes com a cintura PP de outrora! Mentira. Nos tempos da cintura PP, eu não conseguia comer por causa da ansiedade e morria de inveja de quem mandava sete pedaços de pizza em um primeiro encontro.

Agora que todos os meus dias são IGUAIS e a palavra “emoção” foi violentamente substituída por “família” (e isso me deixa mais feliz, apesar de a felicidade ser um saco), ficou bem difícil qualquer situação fazer meu coração bater mais forte do que faz esse pudim.

Ah, pudim, por que mesmo ainda não te devorei? Para realizar uma entrada triunfal na piscina do clube e mostrar para as pessoas que… O quê? Que pessoas? A verdade é que não estou nem aí para as pessoas do clube nem para “as pessoas” de modo geral.

O pudim pisca para mim, o pudim lambe os beiços, o pudim me diz que aquele será como o primeiro abraço quente após o trauma do nascimento. Não posso, preciso emagrecer. Mas para que mesmo?

Para realizar uma entrada triunfal no quarto, em uma lingerie de renda branca, e provar para meu marido que… O quê? Que renda branca? Eu só tenho calcinha preta GG sem costura. Que marido? Esse capotado no sofá dormindo de boca aberta? Oito da noite eu tomo pregabalina para dor crônica e, quando dá nove horas, o meu maior orgasmo é enfiar um travesseiro no meio das pernas e dormir pensando que não gostaria de morrer, mas gostaria de descansar eternamente.

O pudim faz a dança do acasalamento para mim. Move-se muito delicadamente para a direita e para a esquerda. “Vem, pancinha, vem”, ele sussurra no meu ouvido. Mas não posso. Preciso perder peso porque estou insatisfeita com este corpo.

Espera! Antes, quando eu não tinha esse bucho indolente, eu já estava insatisfeita com este corpo. Talvez o corpo não tenha nada a ver com isso.

Quero emagrecer para ganhar parabéns do nutricionista. Ele pinçou a pele dependurada do meu braço e fez uma cara de nojo. Eu preciso que ele me veja e… O quê? Eu caguei para o nutricionista.

Ele que use os dedos para pinçar o próprio pênis e que na hora passe um vento e ele fique para sempre com a mesma cara de horror.

Ah, Tati, mas e os problemas de saúde? Sabia que flutuar numa piscina de pudim deitada numa boia de gordura é uma das maiores causas de morte por parada cardíaca? Oi? Cinco quilos acima do peso não são 50.

É uma merda ter ido das calças modelo “por que eu entro em um lugar e todo mundo me olha com intensidade?” tamanho 36 para as calças estilo “mamãe descolada só usa coisa largona e tem uma fome bizarra por carboidratos, mas todo mundo me adora” tamanho 42 em tão pouco tempo (dez anos é pouco tempo?)? Sim.

Porém o mundo está cheio de problemas piores, confere? Aff! No dia em que uma concentração escrota de banha for considerada grave no contexto “Brasil de 2019”, você me avisa que eu paro a vida para fazer dieta. Mas… hmmmm… antes disso… hmm… o danado ainda tem leite condensado!

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Meninos, eu vi!

© Roberto José da Silva

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Bolsonaro, o demolidor de regras e leis

Já vão aparecendo os maus resultados da irresponsabilidade do presidente Jair Bolsonaro com seu discurso continuado contra regras de controle e leis que punem infratores. Já ficou claro o estímulo negativo das falas de Bolsonaro, com os problemas criados pela falta de atenção e controle do governo sobre o desmatamento e queimadas de florestas, além de outros problemas dramáticos ligados ao meio ambiente, que nos últimos meses causou um sério estrago na imagem internacional do nosso país.

Um prejuízo grave vem sendo criado pelo governo Bolsonaro no desmonte dos mecanismos de fiscalização e controle do governo em vários setores da vida nacional, anulando inclusive leis importantes que afetam a segurança e integridade física da população. Bolsonaro vem criando problemas terríveis para a vida das pessoas, alguns deles com a capacidade de acumular danos que já começam a pesar em algumas áreas.

Esta pode ser sua herança maldita, já que o desmonte afetará a vida dos brasileiros durante muito tempo. Uma insensatez que já traz os primeiros números negativos é a determinação recente do presidente do afrouxamento da fiscalização feita pela Polícia Rodoviária Federal. Ele chegou a ordenar o cancelamento de contratos para a instalação de radares nas rodovias federais.

Com isso, Bolsonaro como de costume libera o que há de pior nesse pessoal plenamente irresponsável que não aceita regras de respeito à convivência. Felizmente governos estaduais não foram atrás do péssimo exemplo dado pelo presidente, pois a interferência desse sujeito sem noção já pode ser sentida no número de acidentes de trânsito. Reportagem publicada pelo jornal O Globo mostra que houve uma redução de 54% nas infrações por excesso de velocidade em setembro.

O cara é tão estúpido que em meio a esta penúria econômica fez o seu próprio governo perder dinheiro. Numa comparação com o ano passado, em setembro foram aplicadas 200 mil multas a menos por excesso de velocidade em rodovias federais. Cerca de R$ 30 milhões deixaram de ser arrecadados, em verbas que seriam aplicadas no próprio setor. Enquanto as multas caíram, os acidentes cresceram, um efeito que já havia sido alertado logo que Bolsonaro começou a falar do assunto, acenando para o desmonte da fiscalização e aplicação de leis.

Segundo O Globo, o empenho de Bolsonaro em favorecer maus motoristas fez aumentar o número de acidentes graves 5,6% em setembro e 8,4% em outubro. E a tendência é que haja um agravamento do problema, conforme for se disseminando a percepção de que ninguém vem sendo multado ao colocar em risco a vida do próximo, além de sua própria segurança.

Bolsonaro é uma piada que vem acrescentar um absurdo a mais na gozação do cantor Tim Maia, que dizia que o Brasil é um país em que prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita. Pois temos aí um militar contrário a regras e leis. Tim Maia iria gostar de mais esta discrepância, embora os custos de tamanha cretinice sejam muito altos, em dinheiro, perdas de vidas e sofrimento dos brasileiros.

Publicado em José Pires - Brasil Limpeza | Deixar um comentário
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Hoje!

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