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Publicado em a bunda mais bonita da cidade
Com a tag © Perry Gallagher, desbunde, fotografia
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Devolvam meu país
Quando eu era criança, nossos pracinhas foram lutar na Itália contra o nazi-fascismo. Os que conseguiram voltar para casa foram recebidos como heróis e nos legaram um tesouro. Esse tesouro consistia em nos orgulharmos de ser brasileiros. E tínhamos motivo para sentir orgulho porque o gesto de nossos soldados foi muito importante para a vigência da Democracia. Lembro-me que enfrentávamos com bravura as filas para conseguir carne, ou café, ou leite. Fazia parte do esforço da Guerra. Então, foi como se passássemos a ser pessoas melhores: um ajudando o outro a se reerguer, um confiando no outro. Havia esperança nos olhos das crianças, retidão de caráter nos adultos. E o ódio, esse jazia morto nos campos de batalha.
Em que momento nos perdemos, em que esquina deixamos para trás a cidadania, em que dia exato trouxemos o Ódio para jantar em nossa casa? Será que estamos tomando o lugar daqueles pobres e equivocados soldados que destruíram seu país e parte do mundo em nome da ideologia da violência, comandados por um antigo militar insano e cheio de ódio?
A volta da besta-fera
Te prepara que vem bote
Um coro grego veste túnicas amarelas estampadas com o logo da CBF.
Corifeu:
Libertaro a besta-fera
Tranca bem as tuas porta
Fecha bem tuas janela
Que as cabeças ele corta
Ele já deixou a cela
Pra morder tuas canela
Vai comer tua família
Os teus pais e tua filha
E depois a besta imunda
Vai comer a tua…
Coro:
O monstro voltou
O monstro voltou
Corifeu:
Acordaro a jararaca
Invocaro o Boitatá
No céu todos os urubu
Tão chamano o carcará
Chatearo o Curupira
Artiçaro a sucuri
Tá vino de Curitiba
O filhote de Saci
Libertaro o jacaré
Cutucaro o crocodilo
Sacudiro a cascavé
Provocaro o Belzebu
Ele vai comer teu rabo
Ele vai comer teu…
Coro:
Quem foi que mandou?
Quem foi que mandou?
Corifeu:
Te prepara que vem bote
No trote do pangaré
O galope da jiboia
Vai comer todas tuas joia
Te prepara que ela é loca
A cachorra de mil boca
Vai comer todo teu ouro
Acabou a tua festa
Chegou onça na floresta
Bem no meio da tua testa
Ela vai abrir um talho
Vai morder o teu…
Coro:
A besta acordou
A besta acordou
Corifeu:
Ela entrou na tua casa
Proveitou que cê dormia
Mas em vez de te matar
Lavou louça na tua pia
Arrumou o teu armário
E até o lixo ela esvazia
Enfeitou a casa grande
Encerou a prataria
Por essa ninguém esperava
Ninguém mais disso sabia
O gigante era um moinho
O bicho-papão, papinho
E num gesto de muita astúcia
O tal monstro comilão
Que mostrou-se de pelúcia
Com as sobras da festança
Conseguiu encher a pança
Dos pobres na portaria
Coro:
A besta era um pet
A besta era um pet
Publicado em Geral
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Evo Morales: lições da renúncia
Depois de renunciar à presidência da Bolívia, desistindo também de assumir pela quarta vez o cargo que ganhou em eleição fraudada, Evo Morales já fugiu para o México, fechando de forma vergonhosa uma história pessoal que, independente de divergências políticas que se tenha com ele, poderia ter sido gloriosa.
O desfecho pode servir para a esquerda latino-americana repensar o que vem fazendo nas últimas décadas em vários países do continente, a partir de resultados tão desastrosos quanto o do ex-presidente boliviano e algumas vezes até piores. Desta vez a Bolívia não viveu a tragédia típica de sua história, feita de crueldades espantosas até para uma América tão repleta de dores.
O próprio final da carreira de Evo Morales trouxe uma novidade política na América Latina, com as Forças Armadas atuando com bom senso, apenas avisando ao fraudador político para que ele saísse de cena antes da Bolívia ser envolvida pela violência. Esta forma de interferência dos militares acentua a desonra da esquerda e sua falta de semancol e irresponsabilidade, mas bem que isso podia servir para uma autoavaliação sobre equívocos que vão se acumulando não só entre os bolivianos como em outros países, inclusive no nosso Brasil, onde ainda que tenha sido com mais sutileza, militares andaram dando pitos exigindo mais responsabilidade da classe política.
Como eu disse, Morales poderia ter deixado uma marca histórica positiva, no entanto se deixou levar pela ambição da permanência eterna no poder, defeito grave de toda a esquerda da América Latina, que ao contrário do que propaga com seu discurso coletivista, sofre há décadas dessa fixação em um poder personalista, com um apego até contraditário a figuras que não passam de caudilhos falsamente se fazendo de líderes socialistas.
O ex-presidente da Bolívia desrespeitou o resultado de um referendo de 2016, convocado por ele mesmo, quando a população boliviana disse que não queria que ele tentasse um quarto mandato consecutivo. Mesmo assim, a partir de ingerência sua na Suprema Corte e no Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), abriu-se a possibilidade pretensamente legal da reeleição para um quarto mandato. Com a tentativa de fraude, vieram os protestos nas ruas e a renúncia depois do aviso militar para que ele desse o fora.
Já faz tempo que a esquerda brasileira devia estar se aprimorando com lições vindas de lugares de maior complexidade no debate político, como por exemplo a Comunidade Europeia, de modo que fica até chato ter que aprender com uma realidade política tão atrasada como a da Bolívia. Mas como não tem outro jeito, que bom seria que criassem juízo a partir desse episódio lamentável. Para isso, claro que teriam que aceitar algo que parece impossível encaixar no ideário esquerdista, que é a alternância no poder, com a rotatividade que dá vigor à atividade política e estimula na população a confiança no sistema representativo.
Sei muito bem que não é fácil para a nossa esquerda a mudança de hábitos antigos, com a exigência do respeito ao adversário e a aceitação de opiniões contrárias, mas que fique o alerta dos acontecimentos que levaram o companheiro de Lula, Maduro, Ortega e do falecido Fidel Castro a desocupar às pressas a cadeira de presidente. Como esquerdista gosta muito de dizer, são avisos da História, que é bom escutar com maior atenção de vez em quando, até para que depois ninguém seja obrigado a atender ao aviso de um fardado.
Publicado em José Pires - Brasil Limpeza
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Sigamos Carluxo
Distância das redes pode tornar o ‘pit bull’ do presidente um cidadão mais civilizado e sóbrio
Carluxo saiu das redes sociais. Quem diria, o Bolsonaro que leva a pecha de maluco parece ter mais juízo do que todos nós. Ok, especula-se que não tenha sido um lampejo de sabedoria, mas que o 02 tenha apagado parte de seus rastros digitais por causa de um pito do pai ou por medo da CPI das Fake News.
A distância, forçada ou não, do Twitter, do Facebook e do Instagram pode ser a chance do “pit bull” do presidente se tornar um cidadão um pouco mais civilizado e sóbrio do que a maioria que enlouquece um pouquinho a cada dia com essa hiperconexão. No mínimo, deixará de infernizar e insultar seguidores, opositores e jornalistas.
Até pouco tempo, luxo para mim era ter tempo. Hoje, não tenho a menor dúvida de que a maior riqueza que se pode ostentar é não depender psicologicamente e profissionalmente das redes sociais. Nesta segunda (11), meu colega de coluna, Ronaldo Lemos, escreveu que “no mundo de hoje talvez seja preciso ser um bilionário do nível de Bill Gates para se dar ao luxo de não ter um smartphone”.
Concordo em partes. Se estivesse com a vida ganha, adeus likes, compartilhamentos, stories. Mas nem só o dinheiro determina a decisão de permanecer nessas gaiolas recheadas de uma galera muito louca, nas quais as redes sociais se transformaram. Conheço gente que não tem um puto no bolso, mas muito juízo na cabeça para não cair nessa armadilha.
Consegui me libertar do Facebook, onde já nem entro mais, o que não pode ser considerada uma vitória. A plataforma envelheceu junto com seus usuários e o ambiente parece tão atraente quanto uma aula de hidroginástica pra terceira idade. Mas Twitter, Instagram e Whatsapp ainda tomam parte do meu tempo e levam junto a minha sanidade mental todos os dias. Um dispositivo no meu celular conta que passo mais de oito horas diárias conectada a gente tão ou mais surtada, todos com a ilusão de que assim somos mais bem informados, muito engajados e peças necessárias numa engrenagem sem a qual o mundo não gira.
Há também a impressão de que não existimos, se não estamos conectados. E a de que dependemos das redes para divulgar trabalhos, para nos relacionar com pessoas interessantes e para fazer nosso marketing pessoal diário. E essa fantasia nos impede de nos afastarmos desses ambientes cada vez mais tóxicos.
Por enquanto, numa escala Carluxo, meu comportamento digital não é assim uma “rainha da Inglaterra”, mas também estou bem longe de um “Abraham Weintraub”. Mas o ser humano não desiste nunca e sempre pode ser pior a cada dia. Infelizmente falta coragem, juízo ou medo para deletar meus perfis e viver feliz para sempre.
Lula lá!
Publicado em prof. thimpor
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Sem redes sociais, Carlos Bolsonaro só se comunica pelo interfone
Carlos Bolsonaro está de castigo. A punição ocorre poucos dias depois da postagem do vídeo do Leão cercado de hienas e do tweet mentiroso sobre as fábricas que pretendiam deixar a Argentina. “Todo dia uma coincidência, porra”, afirmou o Presidente da República.
Jair Bolsonaro, então, determinou que o filho ficasse um mês sem redes sociais para refletir sobre seus atos. O Presidente também proibiu Carluxo de brincar com seus playmobils, jogar videogame e comer fritura.
Ansioso para denunciar as prostitutas do sistema, os isentões, o “conluio daqueles que são contra a maneira diferente de governar e usam mascaradamente um discurso bonito”, enfim, todos aqueles que vendem sua alma pelo SISTEMA, Carlos Bolsonaro procurou outras maneiras de se expressar.
Tentou sinais de fogo, mas suas mensagens se mesclavam com as queimadas na Amazônia. Pombo-correio, teletrim e telefone sem fio tampouco funcionaram. Carluxo, portanto, só se comunica agora pelo bom e velho interfone.
Publicado em Renato Terra - Folha de São Paulo
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Amor, cego, surdo, mudo
VIU ESSA do Carlos Vereza, o ator de novela? Era Saverio Marrone, primo, de retorno da Alemanha, onde aproveitou a licença especial. Respondi que não tinha visto, que Vereza saiu de meu radar há séculos. Saverio explicou que Vereza disse que Jair Bolsonaro não tem autoridade sobre os filhos. Saverio nunca foi entusiasta de Bolsonaro. Também nunca foi Haddad, Lula, Dilma, nem sequer Ciro. Ele é desses escapistas que salvam a alma dizendo que votaram em Amoedo. Ficou sem falar comigo alguns meses quando lhe disse que Amoedo é homeopatia, que não dói, mas também não cura.
SAVERIO NÃO CHEGA a ser solidário a Bolsonaro por causa dos filhos, que fazem o pai passar vergonha o tempo todo. Saverio é solidário consigo mesmo. Na volta da Alemanha nos encontramos para um café, quando chorou as pitangas. Ele de novo: você lembra como meu pai, meu avô, nosso bisavô e este que vos fala foram disciplinadores dos filhos. Não tinha tapa, cinta, castigo, nada, era respeito, temor reverencial, educação semi-rígida. Todos olhavam e os filhos sabiam o que os pais estavam pensando, o que queriam. Tudo temperado com muito amor, de lado a lado.
QUANDO VI meus netos visigodos, os alemães, o mundo veio abaixo – Saverio a lamentar. Ainda que italiano, sou germânico de alma, adoro a disciplina e o respeito. Os garotos xingam os pais, dão piti em restaurantes, não cumprimentam visitas; aos avós tratam como paisagem, ignoram. E berram para o mundo inteiro ouvir. O pai, como Bolsonaro, passa o dia colando os potes quebrados pelos moleques. Como o outro, aplaude, protege e abona os fedelhos. Mas nem por isso vou me abraçar ao Lula – Saverio insiste – porque ele também dava muito espaço para seus lulinhas.
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
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A fiança em internamento hospitalar
O consumidor-paciente é internado em hospital e lhe exigem cheque com o valor em branco, nota promissória sem valor definido ou fiança de valor indeterminado – ou ainda que assine um contrato que estipula pagamento sem a definição do valor máximo ou algo semelhante.
Isso acontece normalmente nos casos de emergência, nas quais os familiares do paciente estão abalados psicologicamente e desesperados, ainda mais se o momento for logo após acidente de trânsito ou situação análoga.
Aproveita-se da fragilidade emocional dos familiares para que se assine até a venda de um bem imóvel, de veículo ou em valores astronômicos como garantia do internamento particular. Isso porque, sabem os que impõem a situação, o que importa é salvar a vida do internado.
Recentemente o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de uma clínica que exigiu o pagamento de uma fiança no valor de 125 mil reais em desfavor do internamento de 34 dias de UTI em hospital privado, cujo paciente morreu.
O internamento se deu em virtude de acidente automobilístico e na dúvida se uma seguradora iria pagar as despesas e colheu-se a fiança dos familiares do paciente depois de 30 dias do internamento.
O STJ entendeu como inválida a fiança e julgou improcedente o pedido do hospital privado.
Estados emocionais profundamente alterados no momento da contratação, combinados com expediente maliciosos ou ilegais, resultam na invalidade do contrato ou da garantia exigida.
A prática abusiva, é fato, se vale da fraqueza do consumidor-paciente.
Nunca é demais lembrar, portanto, que Sistema Único de Saúde (SUS), apesar de algumas deficiências normais de um sistema que atende 200 milhões de habitantes, é modelo para muitos países do mundo.
Publicado em Claudio Henrique de Castro
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Brave Nude World
Publicado em Sem categoria
Com a tag http://www.ishotmyself.com/public/main.php
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Zé da Silva
Sabia que algo ia me acontecer assim que dobrasse a esquina das ruas escuras. Uma garoa forte molhava as pedras da calçada. Foram elas que me avisaram. Não parei. Quando entrei na rua do crime… Um sol quase me cegou. Ele iluminava diretamente uma árvore cujo desenho da copa era o do cabelo de uma mulher do século XVIII numa corte europeia. Parei e fiquei emocionado.
Era o mal dos meus pensamentos sendo varrido pelo bem da realidade. Era a fantasia do medo tenebroso do que pode acontecer sendo engolido pela sensação do que é normal, do que está aí, da vida, enfim. Parei e a garoa apertou. Me senti como uma plantação banhada pela energia vinda do céu.
Minhas raízes beberam o elixir mais sublime do planeta Terra: água, divina, benta, pura. Mais tarde, ao me esticar na cama, apaguei as luzes e fiquei olhando na direção do teto. Vi tudo de novo. Por dentro. E dormi feito anjo a me proteger.
Publicado em amigos do peito
Com a tag Fotógrafa tcheca, fotografia, sára saudková, tetas ao léu
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De volta à vitrine
MUITO IMPORTANTE a informação que a corte lulista apressou-se em divulgar: o frete foi pago com recursos próprios do PT. Quando o PT fala em “recursos próprios” é para ninguém pensar que foi dinheiro de empreiteiro propineiro. Se foi isso, caiu no ato-falho de quem quer enxaguar os lençois.
SE OS RECURSOS foram realmente próprios, quem pensa pergunta se os recursos não vieram do fundo partidário. Se vieram do fundo, bom lembrar que Lula não é dirigente nem candidato oficial do partido. Mas para que pensar nisso? No Brasil tudo se mistura na geleia sem cara, cor e sabor.
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
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Faltava a ameixa no pudim do governador. Para ele não era suficiente a eleição consagradora, o gosto do poder e a adulação que vinha junto. O governador usava o poder para ser mais grosso e aos aduladores tratava aos pontapés. Ele tinha um sonho desde a adolescência, quando começou na política como líder estudantil no ensino secundário. Seu sonho era conhecer o jornalista, crítico e escritor Paulo Francis, estrela do Pasquim.
Não tinha vergonha de dizer que queria o autógrafo de Paulo Francis no Opinião Pessoal, o livro que leu e releu quatro vezes. Mas o governador era tímido, sempre foi, pelo menos sem público ou auxiliares por perto. Ele não tinha coragem de pegar o telefone e marcar hora com Paulo Francis.
Mas ser governador tem vantagens e o governador aproveitou a vantagem. Chamou o jornalista Carlos Nasser para fazer o meio de campo. Nasser era uma mistura de Beto Rockefeller com o Great Gatsby, cara bem falante, bem vestido, enturmado no Paraná e enturmadíssimo no Rio, onde circulava desde Roberto Marinho até as mulatas do samba, passando pelo pessoal do Pasquim, até levava Nelson Rodrigues para espantar o Sobrenatural de Almeida. Nasser procurou Paulo Francis, explicou o sonho do governador. Francis fez um pouco de doce, deu trabalho para ser convencido. Antes fez um questionário sobre o governador: “épreto? É judeu?”. Aos costumes, Nasser respondeu que não.
Veio o grande dia da visita, o governador como menino que vai ao motel. Estava tão entusiasmado que caiu no seu natural de contar vantagens. Disse que tinha visitado a China, conversado com todos os Xus, Dengs e Chus de lá. Francis parecia que levava a conversa a sério, deu corda, o governador só faltou dizer que rebocou a muralha e andou na grande marcha.
Lá pelas tantas Francis pergunta em que língua o governador falou com os chineses. Foi em inglês, francês ou mandarim? O governador engasgou, quase engoliu a língua monoglota. Carlos Nasser morreu contando a história e arrancando risadas.
Publicado em Sem categoria
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