eu escrevo assim,
na lata,
misturo supensório
com batata,
o que me dá na telha
transforma-se em bravata
poesia, amigo,
não é dar nó em gravata
não ponho a mão no fogo
por versinhos de ogro
prefiro os acrósticos
do meu sogro

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Imperdível!

Na década de 1970, os habitantes da cidade de Hamburgo sofrem quando os jornais começam a noticiar o desaparecimento sucessivo de vários cidadãos seguindo um padrão específico. Começa então uma das mais complexas investigações de assassinatos em série que o local já havia presenciado até o momento.

O Bar Luva Dourada (Der Goldene Handschuh) 2019, Fatik Akin, Alemanha.

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A anistia do cartel das empreiteiras

Num movimento coordenado e sob aval do presidente Lula, empreiteiras do cartel descoberto na operação Lava Jato resolveram deixar de pagar multas acertadas nos acordos de leniência com a União. Ato contínuo, passaram a pleitear a “revisão” das condições de pagamento das dívidas, que ultrapassam os 7 bilhões de reais. O objetivo estratégico das empresas, segundo fontes a par das articulações, é não pagar um centavo a mais ao governo.

Ao todo, segundo dados obtidos pelo Bastidor, seis construtoras têm parcelas em atraso nos acordos de leniência: OAS, Nova Participações (ex-Engevix), Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Novonor (ex-Odebrecht) e UTC. Quatro delas – Camargo, Engevix, OAS e Odebrecht – pediram ao governo Lula a revisão de seus respectivos acordos logo após interromperem ou informarem que interromperiam os pagamentos.

A Andrade já havia pedido a “repactuação” em 2020, após dar calote em 2019. A UTC está com seu acordo sob análise, também após anos de calote. É a única que não pediu revisão. Tanto Andrade quanto UTC ainda negociam com o governo. Na prática, portanto, nenhuma das empreiteiras sofreu qualquer sanção por descumprir as cláusulas dos acordos. O movimento coordenado de pedidos de revisão fortalece a posição de todas para negociar, embora as tratativas oficiais sejam individuais.

Os acordos de leniência – uma espécie de colaboração premiada de empresas – foram celebrados pelas empreiteiras junto a Controladoria-Geral da União, entre 2017 e 2019. É a CGU o órgão responsável pela fiscalização do cumprimento das cláusulas, seja quanto ao pagamento das multas, seja quanto aos programas de integridade prometidos. A Advocacia-Geral da União auxilia o trabalho da CGU. Os dois órgãos respondem à Presidência da República.

O movimento das construtoras começou em janeiro, sem alarde. A primeira a pedir a revisão foi a Camargo. Em abril, foi a vez da Engevix – a empresa comunicou a CGU que interromperia os pagamentos dez dias antes do vencimento da parcela. Em setembro, a OAS fez o mesmo. No mês seguinte, a Odebrecht. De acordo com dois articuladores das empreiteiras, o movimento de buscar a revisão aconteceu após aprovação do presidente Lula.

Entre advogados e lobistas que trabalham pelas empreiteiras, com os quais a reportagem conversou nas últimas semanas, a leitura política é óbvia: diante da orientação de Lula, e da postura anti-Lava Jato do presidente, há uma oportunidade única para anular as sanções previstas nos acordos sem que haja prejuízo às empresas. Ou seja, não pagar – mesmo que uma resolução definitiva demore, formalmente, anos. A estratégia é enrolar até a Justiça apontar vícios ou nulidades, de maneira a permitir à CGU e à AGU latitude para aprovar revisões que seriam, em realidade, anistias. 
                       
Somos todos Odebrecht – O caso da Odebrecht é exemplar. Emílio Odebrecht, o patriarca do grupo, tem uma relação histórica e profunda com Lula. Como as evidências obtidas na Lava Jato demonstraram, Odebrecht e Lula se beneficiaram mútua e financeiramente dessa relação. A tal ponto que tanto Emílio quanto seus executivos, além da própria empresa, firmaram acordos com as autoridades nacionais e estrangeiras, nas quais admitiram seus crimes transnacionais.

A Odebrecht firmou seu acordo de leniência com a CGU em 2018. Comprometeu-se a pagar 2,7 bilhões de reais em 22 parcelas anuais reajustadas pela Selic. Começou a pagar somente em 2020 -um pagamento de apenas 2,2 milhões de reais. Voltou a fazer pagamentos em outubro e novembro do ano passado. Logo parou novamente. Não gastou um centavo desde o começo do governo Lula. Ao todo, pagou 172 milhões de reais do total devido – ou 6% do total.

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Chile

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Flagrantes da Vida Real

© Reuters

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Elas

Geena Davis, que junto com Susan Sarandon, fez de Thelma & Louise, de Ridley Scott, um grande sucesso de bilheteria. © Reuters

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As artes de Coyote

Ao final de cada estação do ano tenho a grata surpresa de receber em minha porta, gentil leitor, uma das mais bem elaboradas revistas de literatura e arte do Brasil, talvez única em seu gênero, que é a muito nossa Coyote. Fundada pelo impagável trio de poetas Ademir Assunção, Marcos Losnak e Rodrigo Garcia Lopes, em Londrina, a revista acaba de atingir a 19.ª edição, numa trajetória, até aqui, que a coloca como referência do jornalismo cultural feito no País.

Não poderia ser diferente com o número de outono, distribuído nacionalmente pela editora Iluminuras, desde meados de junho. Da capa à contra-capa, ainda outra vez, Coyote diz, alto e bom som, a que veio. Acho que gozo alguma autoridade para falar da matéria. Vivi, e sofri, epifanias e angústias, por mais de 8 anos, à frente do hoje legendário Nicolau, o premiado tablóide que aliado a uma brava e pequena equipe criamos cá no Paraná. Mesmo patrocinado pelo Governo, alcançamos disturbar a sempre morna cena cultural brasílica.

E tornar Nicolau tudo, menos oficialesco! O que foi, convenhamos, uma rara proeza…

A cada edição de Coyote, que aqui recebo, e a recebo desde o número O, me surpreendo com sua invariável qualidade. Visível o desejo de fazer o novo, de surpreender o leitor, de nos dar, de uma forma generosa, o que há de melhor, sobretudo da cena literária – brasileira ou internacional.

Insisto sempre que jornalismo cultural tem que ser realizado por quem é do ramo -poetas, ficcionistas, críticos. Com algumas altas exceções, entre as quais destaco o meu amigo Alcino Leite Neto, um editor histórico, e que é exclusivamente jornalista. A ele devemos alguns dos grandes momentos do gênero cá na Terra de Vera Cruz. Exceção, repito. Ainda que haja, sim, outras e poucas.

Nesta Coyote outonal, não exagero, tudo são ouros. Entretanto, a entrevista, inédita, de João Cabral de Melo Neto, criteriosamente feita por Thomaz Albornoz Neves; o belíssimo Garrafa ao mar do futuro, da espanhola, radicada no Paraguai, Montserrat Alvarez, na preciosa tradução de Luiz Roberto Guedes e a safra de novos poemas de Ademir Assunção, esse incansável poeta-inventor, além da “punch-prosa” do americano Donald Barthelme, por Caetano Galindo, são os momentos máximos da edição.

E por último mas não menos importante, convém lembrar que Coyote não tem nem nunca teve editoriais. São, de um modo original e particularíssimo, substituídos por trechos, às vezes de uma só frase, de alguém, de qualquer tempo, que pensa a arte e a vida. Neste número, o editorial-epígrafe, comovente, é do quase centenário escritor argentino Ernesto Sábato. Só lendo, pra ver!

O Estado do Paraná (12|7|2009)

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Mural da História – 2010


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Mural da História – 2011

Blog do Fábio Campana

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Flagrantes da vida real

Nautílio Portela e Regina Bastos. © Maringas Maciel

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O irritante guru do Méier

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Los 3 Amigos

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Mural da História – 2003

2003: O humor paranaense em Teresina, no Salão Internacional de Humor do Piauí. 10enhistas de Humor do Paraná.

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Tempo

O cartunista que vos digita, posando de Mark Knopfler. Careca, nosso pequinês, apavorado, tenta acabar com a confusão, em mil novecentos e dercy gonçalves.  © Vera Solda

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