Aí já é demais! Dramaturgo “oficial” bolsonarista ataca Fernanda Montenegro

Fernanda Montenegro

O dramaturgo e diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte, Roberto Alvim, usou as redes sociais nesta segunda (23) para criticar Fernanda Montenegro, na esteira da publicação de uma série de reportagens sobre a atriz em razão do lançamento de sua autobiografia, “Prólogo, Ato, Epílogo”.

Assumidamente defensor de Jair Bolsonaro, Alvim disse sentir “desprezo” por Fernanda e ainda a acusou de “mentirosa”. As críticas foram motivadas pela recente capa da revista Quatro Cinco Um, que colocou a atriz vestida de bruxa em uma fogueira de livros.

“A ‘intocável’ Fernanda Montenegro faz uma foto pra capa de uma revista esquerdista vestida de bruxa”, escreve Alvim. “Na entrevista, vilipendia a religião da maioria do povo, através de falas carregadas de preconceito e ignorância. Essa foto é ecoada por quase toda a classe artística como sendo um retrato fiel de nosso tempo, em postagens que difamam violentamente o nosso presidente.”

Em seguida, o dramaturgo ataca a autora feminista Simone de Beauvoir, personagem representada por Fernanda na peça “Viver Sem Tempos Mortos”, e a chama de “sórdida”.

“Então acuso Fernanda de mentirosa, além de expor meu desprezo por ela, oriundo de sua deliberada distorção abjeta dos fatos”, diz. “Fernanda mente escandalosamente, deturpa a realidade de modo grotesco, ataca o presidente e seus eleitores de modo brutal, e eu sou grosseiro e desrespeitoso, apenas por ter revidado a agressão falaciosa perpetrada por ela?”

Em outra publicação, Alvim faz críticas direcionadas ao monólogo sobre Beauvoir. “Eu assisti à peça, infelizmente: uma nulidade estética completa, na qual Fernanda falava monocordicamente por mais de uma hora acerca das sórdidas aventuras sexuais de Beauvoir, e ‘heroizava’ sua mentalidade revolucionária. Não se tirava, daquele monólogo, nada que preste.”

Ele ainda tachou as falas de Fernanda de infantis, mentirosas e canalhas. “Já nutri alguma admiração por ela. Hoje, só o que sinto por essa mulher é o mais absoluto desprezo. Triste fim de carreira”, finaliza.

Diante das críticas, a Associação dos Produtores de Teatro (APTR) emitiu posicionamento em que repudia as declarações do dramaturgo.

“A APTR repudia veementemente as declarações do diretor de Artes Cênicas da Funarte, sr. Roberto Alvim, em suas redes sociais, onde classifica o não diálogo com a classe artística como uma ‘guerra irrevogável’. Com a mesma intensidade, repudiamos a classificação da fala de dona Fernanda Montenegro como infantil, mentirosa e canalha. É absolutamente inadmissível que uma atriz com a sua trajetória seja atacada em seu livre exercício de expressão”, diz a nota.

“Como cidadão, o Sr. Roberto Alvim pode expressar opinião, independentemente do campo social, cultural e ideológico. Já como gestor público de relevância nacional -ou seja, representando o país como um todo- o mesmo deveria atentar-se à natureza do seu cargo, pautando-se pelo respeito à classe que representa e aos profissionais consagrados por sua atuação. Cuidar da cultura como um importante setor para a economia e a formação de um país trata-se de um exercício diário, ético e respeitoso. O mesmo se aplica ao cuidado que deveria ser adotado ao se referir a uma atriz como Fernanda Montenegro, um símbolo da identidade nacional, com reconhecimento em todo o mundo.”(FolhaPress SNG)

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Os comprovantes de operações bancárias

Os comprovantes de operações bancárias são emitidos em papel termossensível, isto é, aquele de baixa durabilidade, que com o tempo apaga o que está impresso. Este fato dá o direito aos consumidores da emissão de segunda via de forma gratuita.

Assim há defeito na prestação do serviço da instituição financeira, ao emitir comprovantes de suas operações por meio de papel termossensível. A baixa durabilidade não atende as exigências e as necessidades do consumidor.

Esses serviços devem ser executados em documentos de longa vida útil, a permitir que os consumidores possam, quando lhes for exigido, comprovar as operações realizadas.

Portanto os bancos não podem cobrar nova tarifa pela emissão da segunda via do recibo pela falha do serviço. Isto também não pode gerar o aumento de tarifa ao consumidor. (Fonte: REsp. 1414774 RJ STJ)

Se o consumidor pagou pela segunda via ele pode exigir a devolução em dobro do valor que gastou.Caso o consumidor seja lesado em seus direitos diante de bancos ou instituições financeiras, ele pode abrir uma reclamação ao Banco Central (www.bcb.gov.br).

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Faça propaganda e não reclame

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Faça propaganda e não reclame

 

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Mural da História

30 de julho|2011

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Maneiras de morrer

Em vez de agir para que se morra menos, nossos governantes propõem matar mais

Uma recente pesquisa internacional classificou o Brasil em 64º lugar, num universo de 67 países, quanto ao grau de adequação para um estrangeiro viver. Mais um pouco e nem estaríamos entre os países considerados. A enquete se refere a 2018 e foi feita com 14.272 expatriados de 174 nacionalidades, a maioria funcionários de multinacionais e seus familiares. O Brasil recebeu notas vergonhosas em saúde, educação, transportes, segurança pública, estabilidade política e criminalidade.

Uma pesquisa idêntica, apenas entre brasileiros residentes no país, não resultaria muito diferente. No fator criminalidade, por exemplo, os números podem dizer que, entre homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais fatais, o número de mortes violentas intencionais caiu de 64.021 em 2017 para 57.431 em 2018 –mas que país se orgulharia desses números? E as provocadas por intervenção policial subiram de 5,1 mil para 6,1 mil. Você dirá que, não sendo nem policial, nem bandido, essa estatística não o afeta. Só se esquece de que, pela frequência com que os confrontos ocorrem, há sempre a possibilidade de se estar no meio deles.

No Brasil, uma mulher é agredida a cada quatro minutos. As notificações cresceram de 139 mil em 2017 para 145 mil em 2018 e se referem apenas às mulheres que sobreviveram. Entre essas, houve 66 mil casos de violência sexual –180 casos por dia–, dos quais 54% cometidos contra menores de 13 anos. E como saber quantas não notificaram?

No Brasil, morre-se aos 8 anos com um tiro nas costas. Morre-se nas ruas escuras, nas chacinas urbanas, no genocídio rural, nas contendas por terras, por execução, racismo, homofobia e uma miríade de motivos. Em vez de tomar providências para que se morra menos, nossos governantes propõem matar mais. 

Mas o brasileiro não tem, como eles, essa curiosa fixação por homens armados e de farda.

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Padrelladas

Às quatro e meia da manhã sou acordado pelo esporro dos sabiás no quintal. Imagino que seja essa a hora que os machos chegam da gandaia e são recebidos pelas furiosas pássaras, ou então não sei. Ali pelas cinco horas entram em acordo, ou seja, ficam acordados. E eu também.

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Agenda

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Portfólio

Primeira edição do livro Anseios Crípticos, lançado pela Criar Edições, de Roberto Gomes, em algum lugar do passado.

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Luiz Rettamozo e Reynaldo Jardim, em algum lugar do passado. © João Urban

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Lula livre

Não por ele ou pelo PT, mas em defesa de um precioso bem público: o Estado de Direito

STF examinará, logo mais, as condenações impostas a Lula. Hoje sabemos, graças à Vaza Jato, que os processos tinham cartas marcadas. O conluio entre Estado-julgador e Estado-acusador violou as leis que regulam o funcionamento do sistema de Justiça. A corte suprema tem o dever de preservar o Estado de Direito, declarando a nulidade dos julgamentos e colocando o ex-presidente em liberdade.

Lula livre. Evito adicionar o clássico ponto de exclamação porque, sob a minha ótica, Lula é politicamente responsável pela orgia de corrupção que se desenrolou na Petrobras.

A corrupção lulopetista nasce de uma tese política elaborada, em versões paralelas, por José Dirceu e Luiz Gushiken. O PT, no poder, deveria modernizar o capitalismo brasileiro, encampando o programa que uma “burguesia nacional” submissa ao “imperialismo” recusava-se a conduzir. Lula converteu a tese em estratégia, articulando a aliança entre empresas estatais, fundos de pensão e setores do alto empresariado privado que reativaria nosso capitalismo de Estado. Numa segunda volta do parafuso, parte da renda gerada pelo mecanismo financiaria o projeto de poder, assegurando ao lulopetismo uma maioria parlamentar estável e a hegemonia perene na arena eleitoral.

O mecanismo corrupto provocou uma erosão nos alicerces da democracia. Lula e o PT devem ser julgados por isso, mas no tribunal certo, que é o das urnas.

Não creio em bruxas. Do Planalto, Lula avalizou pessoalmente a colonização de diretorias da Petrobras por agentes do PT, do PMDB e do PP que aplicaram as regras do jogo da corrupção, distribuindo contratos ao cartel de empreiteiras e cobrando propinas destinadas tanto a seus amos políticos quanto a formar patrimônios próprios.

A promiscuidade entre o presidente e as empreiteiras estendeu-se para além das fronteiras nacionais, gerando contratos corruptos, financiados pelo BNDES, com governantes amigos na América Latina e na África. Lula beneficiou-se diretamente do mecanismo, por meio de palestras no exterior patrocinadas pelas empreiteiras. Nelas, um ex-presidente que detinha a palavra final no governo da sucessora traficava influência, trocando seus bons ofícios por remunerações milionárias.

Segundo minha convicção, o tribunal dos eleitores não cobre toda a responsabilidade de Lula. Acho que ele deve responder perante a lei por uma cadeia de atos de corrupção que lhe propiciaram benefícios políticos e materiais. Mas, felizmente, na esfera jurídica, o que eu penso —e o que você, leitor, pensa— não tem valor nenhum. No Estado de Direito democrático, juízes independentes ignoram o “clamor popular”, escrevendo sentenças embasadas na lei e informadas por um processo delimitado por formalidades que protegem os direitos do réu. Fora disso, ingressamos no mundo da Justiça politizada, que é o de Putin, Erdogan e Maduro.

Sergio Moro agiu como juiz de instrução italiano, uma espécie de coordenador dos procuradores —mas no Brasil, onde inexiste essa figura, não na Itália, onde um juiz diferente profere a sentença. Batman e Robin. Moro e Dallagnol, comparsas, esculpiram juntos cada passo do processo, nos tabuleiros judicial e midiático. No Partido dos Procuradores, milita também a juíza Gabriela Hardt, que copiou a sentença de Moro para fabricar a do sítio —e que, num trecho original de sua peça plagiária, trata José Aldemário Pinheiro e Leo Pinheiro, nome e apelido da testemunha-chave, como pessoas distintas.

Batman, Robin e cia merecem sentar no banco dos réus sob a acusação de fraudar o sistema de Justiça. Lula livre, não por ele ou pelo PT, mas em defesa de um precioso bem público, de todos nós, ao qual tantos brasileiros pobres precisam ter acesso: o Estado de Direito. Que o ex-presidente seja processado novamente, segundo os ritos legais, e julgado por magistrados sem partido.

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Amazônia!

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Bolsonaro colhendo o que plantou nas relações exteriores

Jair Bolsonaro precisou de pouco tempo para obter os resultados da sua tresloucada política de relações exteriores, que tem seu filho Eduardo como ousado articulador, com poder que parece acima do próprio ministro das Relações Exteriores, o inacreditável Ernesto Araújo. Logo depois de botar na cabeça o boné de campanha da reeleição de Donald Trump para o ano que vem, o filho que Bolsonaro pretende nomear como embaixador nos Estados Unidos fez várias preleções sobre a política internacional. Em poucos meses, movimentações em vários lugares mostram que todas eram furadas.

Os problemas começam com o ídolo máximo da família Bolsonaro, o presidente Donald Trump, que ao contrário do que se pensava não tem uma reeleição garantida. O presidente americano já está tendo que lidar com graves questões econômicas causadas por equívocos de seu governo. Especialistas em economia alertam até para uma recessão nos Estados Unidos, que pode pegar Trump no meio da campanha.

E mesmo um ignorante total em economia como Bolsonaro, conforme ele próprio confessou, já deve estar sabendo do panorama perigoso na economia mundial, causado em grande parte pelos conflitos desastrados e desnecessários que foram sendo armados por seu ídolo americano. Com quem Trump não brigou até agora? Ah, sim: ele mantém uma amizade sólida com Kim Jong-um, da Coréia do Norte. As complicações externas dos Estados Unidos já afetam os negócios de uma parcela importante do eleitorado de Trump, com a queda da exportação agrícola para a China deixando enfezados seus simpatizantes no meio rural americano.

Bolsonaro também acenou com bravatas arriscadas, onde até então o Brasil não entrava em encrencas desnecessárias, como a mudança da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém e a perigosa hostilidade com o governo da Venezuela. O conflito militar que o filho dele e o chanceler Araújo queriam com Nicolás Maduro felizmente foi barrado pelos militares brasileiros, que sabem melhor do custo inclusive em vidas que pode ter uma coisa dessas. Quase o Brasil vira joguete de Trump na América Latina. Mas o moço não se emenda. Há alguns dias o poderoso estrategista dizia que “diplomacia sem armas é como música sem instrumentos”.

No Oriente Médio também ficou configurado um cenário que coloca no ridículo as opiniões de Eduardo Bolsonaro, com a desatinada estratégia dele e do pai para a região. Quando foi questionado sobre os problemas que inevitavelmente seriam criados com a mudança da embaixada brasileira em Israel, o deputado do PSL disse que bastava o governo brasileiro aproveitar-se de desavenças antigas entre os países árabes e o Irã, buscando dessa forma amenizar o problema. Com uma dica muito simples, o gênio deu uma destravada numa questão que é mais antiga que o Brasil.

Na verdade, a base da proposta da mudança vinha da confusa preocupação de políticos evangélicos com a cidade bíblica, além de ter uma forte relação da admiração irrestrita de Eduardo e seu pai pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o Bibi. A tentativa do alinhamento do Brasil de forma praticamente incondicional com este político direitista se deu pela tola convicção de uma política de relações externas tendo como base relações pessoais, quando se sabe que isso ocorre entre Estados. Governos passam, sem falar que “amizades” entre governantes também.

No Oriente Médio em menos de três meses a tese bolsonarista já furou. Havia uma admiração pelo pretenso poder político e eleitoral de Netanyahu, que aos olhos de Bolsonaro era um eterno vitorioso. Pois depois da última eleição em Israel é difícil que o ídolo do governo Bolsonaro se mantenha como premier. E com o ataque com drones em postos petrolíferos da Arábia Saudita, pode-se inclusive fazer um teste mais rigoroso da tese de Eduardo do aproveitamento da inimizade entre os países árabes e o Irã. Porém, acho muito difícil que o filho de Bolsonaro encontre um cabo e um soldado do Exército Brasileiro para irem com ele dar um jeito nesta situação no Oriente Médio.

Bolsonaro não colheu nenhum resultado positivo na reviravolta cretina que deu nas relações externas do nosso país. Com a Argentina possivelmente ele terá más notícias em breve, tendo que se acertar com um presidente que ele chamou de “bandido”. Nosso presidente tem dificuldade até de viajar para o exterior, pois onde colocar os pés, seja na Europa ou nos Estados Unidos, poderá encontrar manifestações de protesto.

Entre os europeus nem é preciso falar das encrencas com o ambientalismo, que na atualidade não tem lado político naquele continente. Depois do insulto à Brigitte Macron, Bolsonaro comprou briga com todo o mulherio daquele continente, também independente de posição política. Só falta Donald Trump não ser reeleito. E não é pequena esta possibilidade.

É difícil saber o que Bolsonaro e seu filho pretendiam lucrar ao comprar brigas com a União Européia, a China, a Argentina e posicionar o Brasil de forma nada diplomática em uma região explosiva, hostilizando o Irã e os países árabes. Mas já dá para ter um conhecimento perfeito sobre as perdas e danos que a dupla de trapalhões criou para o nosso país.

Publicado em José Pires - Brasil Limpeza | Com a tag | Deixar um comentário
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Hoje!

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