O bode na sala

Prometi a mim mesmo que não faria, esta semana, mais um artigo defendendo prisão em segunda instância. Não são nossos argumentos que pesam.

Os ministros do STF já estão decididos. Tudo o que podem fazer é ampliar o prazo do anúncio da decisão. Usar de novo a tática do bode na sala. Anunciam ou indicam uma decisão arrasadora para uma semana e guardam sete dias mais para apresentar algumas atenuantes. Esperam com isso reduzir o desgaste de sua imagem, que não é pequeno.

Observaram o desgaste de Moro. De vez em quando, deram um empurrão com frases indiretas ou mesmo o discurso desqualificador de Gilmar Mendes. O otimismo que alguns tiveram com as eleições não se justificou. Nem governo nem Congresso decidiram enfrentar a corrupção de frente.

Está tudo começando, diziam alguns. Estão sendo sabotados, acreditavam outros. A qualquer momento as coisas podem mudar, concluíam.

Não mudam fácil no Brasil. Um dos dramas que nos perseguem é este: ser governado por ladrões ou ditadores. Nos momentos históricos piores, as duas características se concentram num só governo.

Mas existem alguns fatores que podem libertar dessa inevitabilidade. Um deles é a inter-relação cada vez mais estreita do Brasil com o mundo.

A volta da tolerância com a rapina pode nos trazer inúmeras dificuldades. Entrar na OCDE, por exemplo, vai para o espaço. Atrair investidores sérios também será problemático, pois, certamente, o esquema de propinas vai ser restabelecido.

Os juízes dizem que não. A esquerda limita-se a afirmar que isso não tem importância: a corrupção é uma nota de pé de página na brilhante história que pretende escrever.

Um outro fator é o nível de informação da sociedade, num período de revolução tecnológica. Nunca se falou tanto de política e, com todas as distorções, as pessoas hoje têm mais consciência do que se passa, conhecem mais a realidade.

Um dos argumentos que usam contra a decisão dos ministros não me emociona: o de que milhares de presos serão libertados.

Desde quando o país mudaria com uma simples decisão de 11 ministros? As prisões estão abarrotadas, e muitas pessoas nem foram julgadas, quanto mais em segunda instância.

O fim da prisão em segunda instância tem um alvo inequívoco: os políticos envolvidos na Lava-Jato e outras operações. Os pobres continuarão presos. O Supremo não se lembra deles, exceto em episódicas campanhas de mutirão. O que os interessa mesmo é julgar e absolver os iguais.

Viveremos, segundo eles, num estado de direito perfeito. Os advogados vão celebrar, os partidos vão celebrar, mas todos sabemos que esse estado de direito concebido por eles apenas autoriza o saque aos recursos nacionais, sem nenhum perigo de cadeia.

Há duas perspectivas para os grandes ladrões: empurrar o processo até a prescrição ou levar para o túmulo o risco de ser preso. As consequências de decisões como essa trazem um profundo descrédito na democracia. E aí reside o perigo maior. Esgotadas as formas legais de combate, sobretudo as desenvolvidas pela Lava-Jato, a memória de muitos se volta para os militares.

Os próprios militares, indiretamente, dão sinais de descontentamento com a volta da impunidade. Mas eles também se comprometeram com o governo Bolsonaro. E sem examinar algumas evidências. Bolsonaro não combateu a corrupção de frente no seu período de deputado. Ele era do PP, apoiou o Severino Cavalcanti.

Mesmo se Bolsonaro fosse de fato decidido nesse campo, dificilmente teria competência para enfrentar STF, Congresso, partidos, parte da burocracia estatal, grandes advogados.

Ele encontrou a coexistência pacífica com as diferentes dimensões do poder. Aliás, os militares sempre foram contra a corrupção de esquerda. Na hora H, abraçavam os seus aliados, como foi o caso de Maluf na eleição indireta para a Presidência da República.

O buraco é mais embaixo. Nenhuma força política isolada conseguirá desatar o nó da impunidade. É tarefa de longo alcance.

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Visita ao rinoceronte

Bolsonaro nunca aproveitou seu circo matinal no Alvorada para dar uma declaração de estadista

Com a viagem de Bolsonaro ao Japão, China e adjacências, Brasília está privada de sua maior atração turística: a saída do presidente do Palácio da Alvorada, todas as manhãs, e os minutos que ele concede aos cerca de cem sujeitos que chegam de ônibus, vindos das mais remotas grotas, e se postam ali desde a madrugada à sua espera. Por volta das 10h, surge Bolsonaro e não os decepciona. Posa para selfies e, para gáudio geral, distribui agressões, afrontas e imprecações contra os inimigos e até contra os amigos. Como tudo é gravado por eles, não pode haver desmentidos.

Mas não há o que desmentir. Bolsonaro usa esse canal para mandar recados. Só não se sabe quem ele atacará, difamará ou fulminará naquele dia –um alvo importante é seu ministro de estimação, Sergio Moro, em cuja face ele aplica frequentes bofetadas verbais, para mantê-lo em seu lugar. O próprio Bolsonaro, em seu português de quinta, foi quem melhor se definiu nessa pantomima: “É o zoológico. Quando você vai no zoológico, você vai sempre na jaula do rinoceronte. Eu sou o rinoceronte da política”. Mas logo se corrigiu: “O chifre é no nariz, hein, não é na testa, não!”. A plateia teve frouxos de riso.

Bolsonaro nunca aproveitou esse circo matinal para fazer uma declaração digna de um estadista. Nunca disse uma palavra de estímulo sobre o trabalho de recuperação do Museu Nacional. Nunca demonstrou comoção pelos mortos de Brumadinho ou do Ninho do Urubu. Nunca lamentou a perda de símbolos nacionais, como Bibi Ferreira ou João Gilberto. O país não existe.

Reduziu a presidência à função de um vereador. Para ganhar a eleição, precisou do povo, mas, como governante, seu único mérito é o de estar unindo contra si todas as forças conscientes do país.  Em breve, só lhe restarão os filhos e os cem robotizados que o prestigiam no papel de, segundo ele próprio, rinoceronte do zoológico.

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Elas

Estelle Léfebure, Karen Alexander, Rachel Williams, Linda Evangelista, Tatjana Patitz & Christy Turlington, Malibu, 1988. © Peter Lindbergh

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Poluicéia Desvairada!

Vive la différence! Porta de restaurante em Pinheiros. © Lee Swain

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Kombreta

 © Chico Ungunha

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Brasil Limpeza

Enfim o próprio deputado Eduardo Bolsonaro confirmou a desistência de ser embaixador nos Estados Unidos, o que já se sabia quando ele se atirou nesta briga feia para ocupar o cargo de líder do PSL na Câmara. Não quero entrar nessa de “eu avisei”, mas logo que apareceu esta ideia totalmente absurda escrevi que seria complicada sua realização, por causa do alto grau de comprometimento de imagem para os senadores, na sua obrigação de votar a indicação do presidente da República, que por uma incrível coincidência, neste caso é o pai do pretenso embaixador.

A realidade demonstrou com relativa rapidez o que ambos não tiveram capacidade pessoal de compreender quando se lançaram em direção ao objetivo inalcançável. O Senado que aí está é composto em grande parte por políticos dispostos a negociar muita coisa em benefício próprio. Aliás, a própria eleição de muitos senadores vem dessa intenção de se dar bem com o uso da política para fins pessoais. Porém, essa disposição só vai até o ponto em que esta atividade altamente lucrativa pode ser afetada negativamente pelo negócio.

Simplificando de uma forma que até Bolsonaro entenderia, não se corre o risco de matar a galinha de ovos de ouro, ainda que se apresentasse como altamente cobiçosa a transação para favorecer a caprichosa intenção de Bolsonaro em presentear o filhão com a embaixada dos Estados Unidos. Pelo desbalanço entre custo e benefício, claro que o negócio não daria certo. Agora está dado o ponto final em algo que nem deveria ter sido iniciado. O próprio filho mimado do presidente anunciou nesta terça-feira que desistiu do presente dificílimo de obter. Claro que com o orgulho fútil sempre impedindo a sinceridade, ele e o pai vieram com a alegação da necessidade da atuação dele para “pacificar” o PSL.

O alegado motivo da saída é demonstrativo da absoluta incapacidade de avaliação que levou pai e filho a empurrarem o governo em mais esta encrenca, complicando ainda mais a articulação política do governo, de um modo que eles evidentemente são incapazes de entender. É uma atrapalhação comum na “sabedoria” de Bolsonaro, que sabe como ninguém colher prejuízos sem que a ação sequer tenha sido colocada em prática. A relacão do Brasil com outros países, área em que o filho de Bolsonaro se julga um expert, está cheia de complicações criadas por esta dificuldade de planejamento de Bolsonaro e sua equipe, todos com uma inaptidão até meio idiota com o uso das palavras, que nas relações internacionais podem detonar bombas a partir de uma simples declaração informal de intenções.

Mas, enfim, está cancelada a indicação do garoto prodígio para a embaixada. Não deixa de ser uma boa notícia, ainda que seja no sentido do bode na sala e também traga junto uma preocupante informação para todos, mais grave ainda para o governo: o filho de Bolsonaro vai permanecer no Brasil.

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Álbum

© Jan Scholz

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A maquiagem dos produtos

Vários produtos de higiene, produtos de limpeza, comestíveis e tantos outros reduzem o conteúdo, mas mantém a embalagem anterior e o preço pode continuar o mesmo ou até aumentar, sem a redução proporcional. Resultado: os consumidores são enganados.

Quando o produto é reduzido, a embalagem deve informar em letras maiúsculas e garrafais na nova embalagem, por exemplo: “REDUÇÃO DE 250 ML PARA 200 ML (REDUÇÃO DE 50 ML, OU SEJA 20%) (Fonte: Migalhas).

Com efeito, deveríamos ter uma regra de proibição dessa maquiagem.

A fiscalização deveria ocorrer também na composição dos produtos, pois pode ser alterada a composição e se manter o volume o preço.

A multas aplicadas às empresas são de pequena monta e assim compensa a redução do volume. Ela pode ocorrer na metragem no rolo de papel higiênico, no tablete de chocolate, no bombom, no sabonete, na pasta dental, no sabão em pó, dentre outros produtos.

O consumidor segura o produto quando compra e tem aquela sensação que ele está mais leve ou menor, pesando menos, mas a conta ao final continua a mesma ou até maior.

Nos supermercados o consumidor, na maior parte das vezes, não tem o direito de escolha, pois as marcas que dominam o mercado impõem às redes varejistas a limitação dos produtos concorrentes nas prateleiras, mediante favores comerciais.

Com isto, as pequenas e médias empresas não têm acesso às gôndolas dos supermercados, o que caracteriza domínio de mercado pelas grandes corporações, na maior parte, estrangeiras.

No Brasil algumas empresas, de forma abusiva, seguem maquiando produtos e obtendo lucros em cima dos consumidores.

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Brasil Limpeza

A deputada Joice Hasselmann postou neste domingo um vídeo na internet em resposta ao colegas governistas que andam falando dela depois da sua destituição por Jair Bolsonaro do cargo de líder do governo no Congresso. Na gravação, a deputada responde especialmente ao deputado Eduardo Bolsonaro, refutando acusações que o filho do presidente vem fazendo. Esta briga é uma daquelas de pegar a pipoca para assistir, porém mesmo sem confiar em nenhum dos lados é possível constatar que Joice desmente Eduardo com fatos.

O jogo é sujo de ambos os lados, no entanto na briga feia que vem desde o início de mais esta crise no governo, o filho de Bolsonaro procura desconstruir a imagem da colega de uma forma que qualquer um que venha acompanhando a política nacional sabe que não tem relação real com o que já foi notícia. Mas a deputada Joice sabe se defender bem e também é perigosa no ataque. E mesmo quem não gosta dela não tem como discordar que seu espaço político se deve a um esforço pessoal e não à proteção paterna. Além dessa diferença essencial, os fatos lhe dão vantagem em relação ao filho mimado de Bolsonaro.

Esta é uma briga que não se deve apartar. A troca de porrada entre os dois tem a utilidade de revelar coisas que não viriam a público se não houvesse o estranhamento. Do vídeo de Joice, a informação interessante é sobre os bastidores do governo comandado por Bolsonaro, que segundo ela diz é um ambiente da maledicência e do palavrão. Para refutar Eduardo Bolsonaro em seu mimimi sobre os xingamentos a Bolsonaro que apareceram em áudio de reunião de seus adversários no PSL, a deputada conta que o cotidiano com Bolsonaro e sua equipe é uma permanente baixaria.

Veja o que Joice fala sobre a normalidade das discussões no governo: “Eu estou ali no meio [do governo]. Palavrão ali é praticamente interjeição, xingamento é interjeição, é ponto e vírgula, é exclamação. Quantas vezes pessoas com mandatos, governadores, senadores, foram xingados de coisas até mais pesadas em reunião internas, que ninguém gravou”.

Não é que não desconfiássemos da baixaria nos bastidores deste governo, mas é importante ouvir esta confissão de uma pessoa que até há pouco fazia parte da cúpula governista. O que Joice traz pode ser definido com a expressão “informação de cocheira”, neste caso até literal, dado às patadas que ela afirma ser a normalidade nas conversações de trabalho em torno de Bolsonaro. Curiosamente, a grosseria é mais uma aproximação de Bolsonaro com os hábitos de Lula e seus companheiros de partido, que na intimidade também eram extremamente grosseiros ao tratar das questões da política nacional.

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Playboy – Anos 70

1975|Ingeborg Sorensen. Playboy Centerfold

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Tempo

Teatro Margem. Alberto Centurião, Manoel Carlos Karam e o cartunista que vos digita, brincando de estátua, década de 70. © Beto Bruel

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Joyce, a outra

JOICE HASSELMANN, ontem no programa Roda Viva. Nada de novo. Ela conhece o meio, que domina como jornalista de rádio e televisão. Ensaia uma nova mensagem, digamos, meia mensagem, a de que os filhos do presidente mantêm uma milícia digital com perfis falsos, da qual ela é a vítima mais recente. No entanto, lembrando os velhos estalinistas, a deputada diz que se mantém fiel ao presidente, com quem troca mensagens por WhatsApp.

A entrevista foi o mais do mesmo por parte da deputada. Se alguém acreditava em Joice pelo radicalismo que a elegeu, embarcada na nau dos insensatos bolsonáricos, sua credibilidade sofreu ligeira erosão (ligeira, porque difícil haver redenção e conversão ao bem dentro da seita que nos governa). Não se nega a inteligência da deputada, mas ela nega a inteligência de quem a assistia ontem: por que só agora ela vem a público expor as mazelas dos filhos do presidente?

Resposta óbvia: disputa por poder, espaço político. Joice foi ameaçada em sua posição dentro do Legislativo com o prêmio de consolação da liderança que o pai presidente deu ao filho Eduardo. Ao resistir à graça concedida, a deputada perdeu a posição e as vantagens políticas da liderança do governo no Congresso, da qual foi destituída pelo presidente da República. Como acreditar na fidelidade que ela agora apregoa a Jair Bolsonaro com a patética confissão de que trocam mensagens?

Na apregoada fidelidade ao presidente está a velada admissão de que seu espaço pode ser reduzido ainda mais, pois nosso capitão-mor não recolhe feridos no campo de batalha. Joice morde os filhos e sopra o pai. Só ela acredita nisso. Ela assegura que nas crises que enfrentou na vida sempre “caiu em pé”. Deixemos as insinuações do cair em pé ao baixo e rico glossário da milícia bolsonárica. A entrevista de Joice foi ligeiramente útil, mas nem um pouco convincente. Melhor ouvir a outra Joyce, doce cantora.

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Rabino Alpern

São empreendedores da fé como ele que constroem a humanidade

No dia 11 de novembro, na Hebraica, meu rabino, o grande rabino Alpern, realiza o leilão de arte do ano. Ele reuniu um inacreditável acervo de obras da mais alta qualidade com a curadoria de Pedro Mastrobuono, que vão a leilão com um delta para o lindo Projeto Felicidade do meu querido rabino.

Por meio desse projeto, ele traz crianças que tem câncer a São Paulo e lhes proporciona uma semana de imensa alegria, uma semana memorável.

Para uma criança que vive esse desafio da vida, esse momento lúdico de felicidade tem consequências maravilhosas de alegria e de esperança.

O rabino Alpern é baixinho, americano, fofo. E lá vai ele pedindo dinheiro para as suas obras assistenciais. Eu adoro que ele pede mesmo. E eu me lembro de Irmã Dulce, que pedia mesmo.

Deus diz na Bíblia: Do que adianta a fé sem obras?

O grande líder espírita da Bahia e do Brasil Divaldo Franco é um grande empreendedor. O empresário Henrique Prata, do Hospital do Amor de Barretos, é um grande empreendedor. É essa fé empreendedora de rabinos, de freiras, de pastores, de irmãs, de monges budistas (e também de empresários e empresárias de fé) que constrói a humanidade. E é por isso que esta Folha organiza o prêmio de empreendedorismo social.

A Universidade Harvard foi fundada por pastores protestantes e hoje ela é o templo mundial do conhecimento.

Estou tentando que a Harvard Business School faça um case de empreendedorismo da fé sobre essa rabina chamada Irmã Dulce.

Jesus, Maria, José e a Sagrada Família eram todos judeus. Deus é um só. Ele tem nomes diferentes, mas Ele é a fé inquebrantável que move homens e mulheres a fazerem coisas divinas. São seres incansáveis como esse rabino, que me mostra a sua sinagoga feliz e que me convoca a ajudá-lo, a ajudar as suas crianças.

São homens e mulheres que removem montanhas. Uma fé que faz coisas gigantes. Ela fez o Hospital Sírio-Libanês, fez o Hospital Albert Einstein. E pelo mundo inteiro fez creches, conventos, hospícios, sanatórios, orfanatos…

Quando disse que Irmã Dulce era empreendedora, houve desconforto em setores conservadores que acham que esses assuntos não são da religião e que religiosos são pessoas quase desocupadas que ficam soltando pombas.

Mas santos trabalham e muito. Olha como o Martin Luther King trabalhava ou o que o Dalai Lama realiza.
O amor bate ponto, o amor é operário. O amor trabalha, dia e noite.

E trabalha entusiasmado, apesar de ser mal pago e tantas vezes operar nas piores condições do mundo.
Um dia um milionário americano disse a uma freira que cuidava de leprosos no Oriente: “Irmã, eu não faria o que a senhora faz por dinheiro nenhum do mundo”. E a freira replicou: “Eu também não, meu filho”.

Rabino Alpern, são empreendedores da fé como o senhor que constroem a humanidade. Como diz o dito popular: mente desocupada é a morada do diabo.

E desse mal o senhor não sofre. Porque diariamente almas obreiras e santas como a sua correm atrás de recursos para ajudar pessoas necessitadas, vivendo angustiadas a cada fim de mês com os custos da obra divina.

A cada fim de mês o amor precisa trabalhar em dobro porque o amor não é desocupado. Ele precisa multiplicar os pães porque tem milhares de bocas para alimentar e milhares de almas para confortar.

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A despedida do Vampiro de Dusseldorf

# Se a deputada disse que o presidente Bolsonaro tem – 20 de inteligência emocional significa que ele tem burrice emocional? A outra burrice não estava de bom tamanho?

# Dona Gleisi ‘copeia’ o que Lula disse na última entrevista: que o PT, como a seleção brasileira, não pode deixar Pelé no banco dos reservas. Verdade. Mas bem que podia ter aposentado essa Maria Chuteira. Não demora, vem aí Janja, o novo técnico.

# O presidente quer se abraçar com outros partidos, aqueles marotos de sempre, como o MDB, agora que foi desprezado e desprezou o partido que o elegeu. Vender a alma ao diabo tem seu preço. Lula que o diga.

# Anitta, a cantora da bunda poderosa, informa que passou por experiência de “quase morte” com a turbulência do avião em que viajava. Devia estar acostumada depois das transas que propagandeava com o ex-marido de Luana Piovani. Quase morte era como os franceses descreviam o orgasmo.

# O governo Bolsonaro veio com o viés anti ambiental e sua grande crise é o desentendimento entre dois bichos, de um lado Peppa Pig e de outro o Bambi.

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Flagrantes da vida real

Maringas Maciel, mais assustado que cachorro em canoa. Autorretrato

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