Todo dia é dia

giselle-hishida-kraw-penasGiselle Hishida. © Kraw Penas

Publicado em Todo dia é dia | 1 comentário
Compartilhe Facebook Twitter

© Jack Torrance 

Publicado em Sem categoria | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Chamem o psiquiatra!

© Roberto José da Silva

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Brasil Limpeza

Corre pela internet notícias de que Eduardo Bolsonaro foi oficializado líder do PSL na Câmara. Segundo o que se diz, conseguiram uma nova lista de apoio com 29 deputados da chamada ala bolsonarista. Só Bolsonaro mesmo, de braços dados com os filhos, poderia ter seu próprio partido dividido ao meio desse jeito e se matando numa briga. Também só Bolsonaro e seus filhos para não compreenderem que nem a vitória justifica certas guerras políticas.

Com Eduardo Bolsonaro como líder do PSL ele vai liderar exatamente o quê? Ademais, qual é exatamente a estratégia dessas figuras? Esse garoto prodígio não era aquele que ia ser embaixador nos Estados Unidos? Creio que mesmo alguém da família Bolsonaro pode ser capaz de reconhecer que a expectativa baixou um bom tanto com essa luta encarniçada pela liderança do PSL.

Bem, como critério de qualidade política só pode ser o mesmo nível da liderança de seu pai como presidente da República. Nem dá para dizer que Eduardo como líder do PSL seria uma “vitória de Pirro”. Esta mitologia não cabe em tamanha baixaria. Eduardo Bolsonaro e seus companheiros do PSL como missão está mais para outro mito, aquele do exército de Brancaleone, do filme genial e muito engraçado dirigido pelo italiano Mario Monicelli, com o grande Vittorio Gassman como ator principal.

Claro que lembro disso apenas pela estupidez do “exército” do filme e não pelo caráter dos malucos. Eram inocentes e lá também não tinha rachadinha. Nem milicianos, virtuais ou de mão armada dominando com crueldade bairros no Rio.

O “exército Brancaleone”, formado por Gassman no filme, virou sinônimo de ajuntamento de doidos depois do sucesso dessa obra no Brasil nos anos 70 e 80. O bando de incompetentes malucos bolsonaristas pode até usar o mesmo refrão cantado pelos alucinados e igualmente ineptos combatentes da cruzada medieval do filme italiano. Eles cantavam “Branca! Branca! Branca! Leone! Leone! Leone!”. Basta uma pequena mudança, para “Bolso! Bolso! Bolso! Naro! Naro! Naro!” e vai ficar perfeito.

Publicado em José Pires - Brasil Limpeza | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Arlette Pinheiro Esteves Torres

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Arranha-céu de vidro

Governo quer saber sua voz, digitais, cor dos olhos. É o atalho para o controle

Em 2013, as incursões de Edward Snowden por computadores a que não fora convidado revelaram que a Agência Nacional de Segurança dos EUA podia vigiar a população americana através de um programa de interferência nos celulares, adquirido das empresas de telecomunicação. Ou seja, a mulher do sujeito podia não saber que ele estava tendo um caso com a Beyoncé, mas o governo sabia. 

O Brasil acaba também de instituir por decreto o Cadastro Base do Cidadão —uma “base integradora” de dados pessoais dos brasileiros. Segundo li, constará de dados cadastrais —nome, data do nascimento, sexo, filiação, RG, CPF, CNPJ, PIS, Pasep, título de eleitor etc. A estes serão acrescidas, em devido tempo, as “bases temáticas”, incluindo dados biométricos: palma das mãos, digitais, cor dos olhos, formato do rosto, voz, maneira de andar. Serão dados “interoperáveis”, ou seja, circularão pelos ministérios, agências e demais órgãos do governo.

Não sei se gosto da ideia de ver minhas particularidades circulando alegremente entre pessoas que não conheço. Como todo brasileiro da minha geração e, se não bastasse, jornalista, já convivi o suficiente com censores, burocratas e aspones para saber que, até por questões higiênicas, convém manter distância deles.

Não se trata de temer que eles descubram o que eu penso, se é que penso. Para isso, basta ler esta coluna —que ocupo desde 2007, dia sim, dia não. É pelo tipo de controle moral, econômico e social que, com as novas tecnologias, o Estado pode ter sobre o cidadão e pelas chantagens que disso podem decorrer. E não importa quem exerça esse controle, se esquerda ou direita. Ambas nos
vedam a saída.

Lembrei-me de um asfixiante poema de Cassiano Ricardo, em que Deus convoca Adão. E este diz: “Ouvi a Tua voz soar no jardim e temi, porque estava nu, e escondi-me. Escondi-me neste arranha-céu de vidro”.

Publicado em Ruy Castro - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Padrelladas

Mais barris da Shell vão dar às praias do Brasil. Que saudade daquele tempo que as latinhas eram outras e chegavam cheias de hierba buena…

Publicado em Nelson Padrella | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

O Vampiro de Dusseldorf

# Os vereadores de Curitiba preparam a lei dos artistas de rua. Se lei prestasse para alguma coisa além de engordar político, os artistas de rua é que deveriam fazer lei sobre o trabalho dos vereadores. No primeiro artigo podiam obrigar os vereadores a trabalhar na rua, não trancados nos gabinetes e fazendo jogo de cena no plenário da câmara. Daí essa gente que diz que os artistas de rua enchem o saco iria ver o que é encher e o que é saco.

# O presidente Bolsonaro passou rapidinho em Portugal a caminho da China e aproveitou para deixar mensagem de cumprimentos ao primeiro-ministro António Costa, recentemente reeleito pelo Partido Socialista. O presidente mudou muito desde que rejeito os nazistas por serem comunistas. Vai visitar até a China Comunista. Ele aprendeu na carne que os piores socialistas são os Sociais Liberais. Social liberal, por sinal, é que nem jabuticaba: só dá no Brasil. # Finalmente acabou o horário de verão, ordem do presidente Bolsonaro, que sempre erra no atacado e de vez em quando, muito de vez em quando, acerta no varejo.

Publicado em O Vampiro de Dusseldorf - Blog do Zé Beto | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Eduardo Bolsonaro e Ernesto Araújo fracos em história e geopolítica

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro  (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, precisam voltar imediatamente aos estudos. É que geopolítica e história não são o forte dos dois.

Duas notas publicadas pelo jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no jornal carioca O Globo, mostram que os dois não entendem da história do século 20 nem de seu contexto.

O deputado Eduardo Bolsonaro evita expor seus conhecimentos sobre geopolítica contemporânea. Segundo Lauro Jardim, o filho do presidente que quer ser embaixador nos Estados Unidos  confessou a um amigo, recentemente, que não entende muito bem por que os Estados Unidos e Cuba vivem às turras. A embaixada, pelo jeito, está cada vez mais distante e não é apenas por falta de votos, mas também por falta de conhecimento.

Já o ministro Ernesto Araújo também mostrou que não conhece nada de guerra fria e história da segunda metade do século passado. Ele agora implicou com um busto do ex-chanceler San Tiago Dantas. Por ordem de Araújo, o busto foi retirado da entrada da sala batizada com o nome do ex-ministro. Foi na gestão de Dantas, como se sabe, que o Brasil reatou relações diplomáticas com a antiga União Soviética (URSS).

E isso aconteceu em novembro de 1961, no governo do primeiro-ministro Tancredo Neves e do presidente João Goulart. Tancredo lembrou à época que o reatamento não implicava nenhuma concessão de ordem ideológica.

Publicado em Geral | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Extra!

Publicado em Jornal Bandeide | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

“Bacurau”: era uma vez no nordeste

O texto seguinte foi produzido por um dos participantes do 4.º Workshop Crítica de Cinema realizado durante o 27.º Curtas Vila do Conde – Festival Internacional de Cinema.

Dir-se-ia não ser estranha a figura do forasteiro na filmografia de Kleber Mendonça Filho. Forasteiros, a bem dizer, e sem ser alguém de passagem, já conhecemos os agentes de segurança d’O Som ao Redor (2013) ou os (igualmente agentes) imobiliários de Aquarius (2016). Elementos perturbadores que, vindos de súbito, sem que saibamos muito bem de onde e com que reais intenções, irrompiam sobre uma ordem estabelecida, colocando em causa um status quo comum a uma comunidade – a de uma rua, a de um prédio ou, agora, a de uma pequena cidade do interior do Brasil.

Em Bacurau (2019), cidade fictícia – e, como tal, verdadeiramente fora do mapa –, esta ideia do forasteiro é ainda mais potenciada por Mendonça Filho e Juliano Dornelles, seu colaborador de longa data que agora também assina a realização, através da aproximação que se faz sentir, de forma desvelada, a um género cinematográfico que tipicamente recorre a este conceito: o western. A pacata cidade que baptiza o filme (e que designa também um ave noctívaga), sita num “Oeste brasileiro” (enunciação curiosa que é, simultaneamente, definida e indefinida), vê a sua pacatez e tranquilidade perturbada pela chegada de dois viajantes aparentemente de passagem – brasileiros, sim, mas também outsiders: dizem ser do Sul do país e, conforme nos avisa uma vendedora à entrada de Bacurau, auguram mau presságio.

Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles transpõem essa ambiência a que usualmente associamos ao western para o Brasil e suas complexas idiossincrasias.

O casal de viajantes nacionais trabalha afinal, saberemos mais tarde, para um grupo de estrangeiros – e não será despropositado referir que este conjunto se compõe por americanos, alemães e italianos (nacionalidades com relativa presença no país graças a sucessivas vagas migratórias) – fazendo-o com o obscuro desígnio de cercar a cidade e levar a cabo uma chacina. O referido dispositivo transporta-nos, assumida e abertamente, para as premissas do western na história do cinema, em que os cercados são impelidos a defenderem-se por si próprios e, não raras vezes, com o auxílio de outlaws aceites pela comunidade, mas não pelo poder institucional. Em Bacurau, será Lunga que assumirá esse papel com especial graça e impacto.

Ecoa no filme o signo de Howard Hawks e de Sergio Leone, presenças que remetem para uma forma de tratar um género e as suas declinações, mas o maior eco deste filme será porventura John Carpenter na sua variação do western que, a bem dizer, enquadrou na contemporaneidade, nesse extraordinário filme ao qual se deu o nome de Assault on Precinct 13 (Assalto à 13.ª Esquadra, 1976).

Não descurando, a bem dizer, tais signos e fantasmas, Mendonça Filho e Dornelles transpõem essa ambiência a que usualmente associamos ao western para o Brasil e suas complexas idiossincrasias. Aliás, para um Brasil, como se disse, do futuro, mas bem poderia ser o Brasil de hoje – sintomático, porventura, da aparente irresolubilidade  dos problemas que desde o início consomem a sociedade brasileira na longa cronologia: a violência (que o filme incorpora com particular vividez), o jugo de uma população a um poder corrupto, a dicotomia entre regiões do país, mas também o Brasil na sua relação com o exterior, com o “primeiro mundo”.

Se é verdade que a dupla de cineastas pernambucanos namoram o género do western, a verdade é que também dele se afastará (como aliás o já fazia Carpenter), ainda que aceitando determinadas codificações que são caras ao aludido género. Rejeita, todavia, o pastiche: basta pensar na própria paisagem brasileira, que é contrastante daquela a que nos habituamos a ver no dito género (embora igualmente impactante), mas também a desvelada incorporação da dimensão do místico, do popular, e até mesmo do onírico a que estas terras propiciam.

Feitas as contas, Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles fazem entoar nesta elegia a uma cidade interior (e que podia ser qualquer outra cidade), um sentimento de esperança de que as coisas podem mudar, como nos demonstrou a determinação dos habitantes de Bacurau no combate ao inimigo comum (pois sim – afinal não é um western, não, mas será afinal um filme militante…!)

Publicado em Sem categoria | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Desbunde!

Alia. © IShotMyself

Publicado em a bunda mais bonita da cidade | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Do faroeste soviético às guerras mundiais

Cinéfilo de carteirinha, curitibano vai ao Rio conhecer o faroeste soviético

Cinéfilo de carteirinha, em 2016 um amigo chegou a ir de Curitiba ao Rio de Janeiro só para conhecer de perto o chamado faroeste vermelho. Isso porque tinha lido uma matéria de Paulo Virgílio, da Agência Brasil, sobre uma mostra retrospectiva (inédita no país) na Caixa Cultural: 17 filmes produzidos ao longo do século 20 “em países do então bloco soviético com as mesmas características do western, gênero clássico do cinema norte-americano”.

Embora influenciados pelo western, esses filmes faziam uma inversão ideológica das figuras do cowboy do Velho Oeste e do indígena. Caso de O Sol Branco do Deserto, de Vladimir Motyl, produção soviética de 1969, em que o mocinho é um soldado soviético no leste europeu, e Os Filhos da Grande Ursa, de Josef Mach (Alemanha Oriental, 1966), no qual “o índio é apresentado como protagonista da luta contra o imperialismo”.

Bangue-bangues aventurosos

Ainda da Agência Brasil: de acordo com um dos curadores, Pedro Henrique Ferreira, os filmes que integram a mostra diferem das demais produções soviéticas exibidas no Brasil no século passado.

– Não imaginamos uma produção mais popular quando pensamos em arte soviética de modo geral. São bangue-bangues aventurosos, que lembram filmes americanos e italianos. Eles tinham uma plena consciência do que acontecia cinematograficamente no resto do mundo.

Além da programação de filmes, a mostra promoveu debates e a exibição das duas partes do épico Siberíada (1979), de Andrei Konchalovsky, um dos mais importantes cineastas russos.

Voltando ao cinéfilo de carteirinha: semana passada, numa banquinha de revistas, encontrou um exemplar da revista Super Interessante/Dossiê:

– 101 FILMES DE GUERRA – As batalhas mais épicas, os traumas dos veteranos, os heróis solitários. Um guia para você ir direto às melhores produções.

Comprou um exemplar. E, entre outras coisas, ficou sabendo que, entre os cineastas veteranos de guerra, está Oliver Stone, que ganhou o Oscar de melhor diretor com os filmes Platoon (1986) e Nascido em 4 de Julho (1989). Stone participou da guerra do Vietnã e recebeu a Estrela de Bronze de Honra ao Mérito.

Mas, na página 22, no texto sobre A Queda – As Últimas Horas de Hitler, o leitor topa com o que se poderia chamar de tiro no pé ou coisa de quinta-coluna: Eva Anna Paula Braun, a Eva Braun, é citada como Eva Brown.

Publicado em Geral | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Poluicéia Desvairada!

Levei meu calhambeque pro mecânico outro dia. Em alguma avenida da Zona Sul.  © Lee Swain

Publicado em poluicéia desvairada! | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Zé da Silva

Minto a idade. Eu posso. Quem manda em mim sou eu. Aprendi isso quando não mandava porra nenhuma – mas gostei. Há teorias sobre minha mentira. Eu invento. O que a gente não inventa? Inventamo-nos 24 horas por dia/noite. Uma é A que estive perto de morrer aos cinquenta. É verdade, mas pode ser mentira. Quem manda em mim… ah, já falei! Eu minto que tenho muito mais do que o carimbado desde que nasci numa maternidade com o nome da mulher de um dos políticos mais ladrões da história do país – o que não é pouca coisa. Coloco 10 anos em cima o que diz o calendário – e nessa idade é coisa para ser chamado do Matusa, como um amigo que carrega o apelido desde os tempos colégio. O “não parece” que sempre vem é como elixir para aguentar mais um ou dois anos até esticar as canelas, se não for atropelado antes na calçada. Minto. Até nisso. Fiz o pacto. Quem manda em mim sou eu – e eu sou.

Publicado em Roberto José da Silva - Blog do Zé Beto | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Sair da versão mobile