Padrelladas

Collor nunca disse que tinha o saco roxo. Me lembro como se fosse hoje. Ele disse que tinha “aquilo” roxo. Podia estar se referindo ao fiofó, quem poderia dizer!

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Quaxquáx!

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Jenny.© IShotMyself

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Sangue, suor e lágrimas

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Tempo

Michelle Pucci e Alexandre Nero, em algum lugar do passado. © Vera Solda

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Playboy – Anos 60

1969|Kathy MacDonald. Playboy Centerfold

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A garota grossa

Ah, ela é assim, superautêntica, tem uma personalidade forte!

Pediram que eu tivesse paciência, porque ela havia acabado de perder um gato. O animal fora atropelado na sua frente, uma tragédia. “Ela é ótima pessoa, só está muito abalada.”

Meses depois, já com um novo bebê felino, a garota seguia dando suas patadas, sobretudo direcionadas a mim. Se eu sugeria um filme, ela já tinha visto “aquela merda”; se eu elogiava um colunista de jornal, me atacava: “Afe! Só gente que não entende nada de economia perde tempo lendo esse cara”; se eu mudava de assunto para não discutir, ela queria voltar ao tema, porque não foge de nenhuma conversa.

Peguei minha bolsa para ir embora, mas meus amigos insistiram mais uma vez: “Ah, ela é assim, superautêntica, tem uma personalidade forte!”. Não, minha gente, ela é apenas uma vaca mesmo. “Calma, Tati, e a sororidade?”

Meses depois, banhada em sororidade, sorri incansavelmente para a garota durante um jantar, até que ela me perguntou se eu estava rindo da cara dela. Entendi que toda aquela grosseria era apenas o básico 1 do Freud para crianças. A versão arrogância em livro para colorir. Ela se sentia uma bosta, e a petulância era a sua armadura. Fui tomada por um carinho materno e resolvi dar mais uma chance.

“Estou querendo me aproximar. Você está jantando na casa de um dos meus melhores amigos, e ele te adora… Acho que não me custa tentar.” Ela agiu de forma bem cínica e disse ok. Achei que o “ok” era uma piada e ri. E ela respondeu que não era uma piada. E que também ia “tentar gostar de mim”. E, pronto, fez uma cara de puta da vida e me deixou falando sozinha. É o tipo de pessoa que transforma tudo o que você fala em ofensa pessoal. E é tão boa nisso que você realmente se pergunta se não merece ser tratada daquela forma.

Meses depois, a rude senhorita apareceu em uma festa, recém-separada do namorado, e estava que era pura deseducação. Destratou garçons com a clássica desculpa dos defensores de direitos humanos que apenas “odeiam mau serviço”. Pensei que a dor a tivesse humanizado. Acho que essa é a frase que mais ouço em reuniões de roteiros: “Ah, faz o personagem sofrer para humanizá-lo!”. Senti-me como uma assinante on demand daquela baixaria. Se eu estava ali, a observando, era porque tinha visto aquela carinha escrota no carrossel de possibilidades da festa e tinha decidido clicar justamente nela, a fim de conferir o que essa temporada prometia.

Puxei papo: “Nossa! Como você está bonita hoje!”. E ela não suportou o meu elogio. Então eu não tinha nada melhor para dizer? Pensei em mandá-la à merda ou a um psiquiatra, mas resolvi olhar seus sapatos e pedir o nome da loja. “São tão elegantes!” A moça começou a espumar de raiva e tomou certa distância. Acontece que eu não podia mais parar. Elogiei seu cabelo, seus dentes, a cor das suas unhas, sua voz, seu hálito. E ela foi ficando corcunda, enjoada, terrivelmente insultada. Segurava a boca do estômago como se eu a estivesse apunhalado. Mas eu não podia parar. Elogiei seu perfume, a promoção que tinha acabado de receber no escritório de advocacia, seu braço forte, “anda malhando?”, a maquiagem.

Ela foi passando cada vez mais mal, precisou sentar, pediu que lhe trouxessem água. Mas eu era incansável. Elogiei seu mestrado, sua facilidade com as palavras, suas coxas firmes, tudo que ela era e tudo que havia se tornado, e que belo passado e que futuro promissor. A garota grossa implorou que mudássemos de assunto. Mas eu não podia mais, eu não fugia de nenhuma conversa.

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Leis, salsichas e o projeto de lei 3453/08

Uma comissão de deputados da câmara dos deputados visita estados brasileiros falando sobre o projeto de lei 3453/08. O projeto trata de uma emenda à atual lei de licitações (8.666/93) criando um apêndice no artigo 116 que trata de convênios, ajustes e acordos, com o tema das parcerias público privadas, de caráter oneroso, isto é, de obrigações essencialmente contratuais.

Neste passo, a emenda aditiva, isto é, que se agrupa aos convênios e acordos está colocada como se fosse um mero acordo, sem bilateralidade financeira, quando na verdade, o que se pretende é hipotecar à título de altíssimos investimentos os orçamentos públicos, e onerando o contribuinte com novas e intermináveis tarifas públicas.

O discurso está construído em dois fundamentos, o primeiro da necessidade de dotar o país de infraestrutura, e o outro, oculto, o de hipotecar os orçamentos públicos a longo prazo, com investimentos nos quais o povo irá pagar ao longo de décadas por meio de tarifas das mais variadas, em resumo, a privatização da infraestrutura às custas dos dinheiros do povo, mas sem consultá-lo ou preveni-lo.

Os investidores poderão ser estrangeiros, num processo de desnacionalização das empresas nacionais, e os bancos, imaginemos a rentabilidade, muito maior que a do mercado financeiro, cujos juros são os mais caros do mundo.

Quem tem medo da fiscalização e do controle?

Nos discursos da referida comissão de deputados, aplaudido pelos locais, fala-se em simplificação dos procedimentos, ausência de fiscalização, pois o ministério público e os tribunais de contas sempre atrapalham os investimentos, e digamos melam os certames, atrasam as obras e não deixam as coisas fluírem….

Realmente, o projeto prevê dentre outras coisas um teste seletivo simplificado para a escolha dos parceiros privados e tudo destravado, inclusive excluindo as demandas do Poder Judiciário, por meio de arbitragens privadíssimas. Junto ao ministério público e os tribunais de contas está o poder judiciário, outro grande empecilho para os empreendedores, justamente ao gosto dos escritórios de advocacia que assessoram os empreendedores e se apresentam como os estudiosos da matéria.

Com efeito, a atual lei de licitações está na iminência de ser revogada pelo PL 1292/95 que possui 239 apensados, portanto a emenda jacaré do referido PL 3453/08, na atual lei de licitações, é temerária. A propósito, emenda jacaré é aquela que aparece num ponto do rio e, de repente, surge aprovada, segue sorrateira nas profundezas do pântano legislativo.

Nesta discussão da lei de licitações estão coisas que não interessam ao PL 3453/08 quais sejam: seguro-garantia e novas tipificações de crimes em licitações, por isso, a inclusão das PPPs num artigo à parte, caracterizando-as como convênios e não como modalidade de licitação.

 O PL 3453/2008 possui doze apensados, dentre os quais o PL 7063/2017 que vincula valores de 20 milhões para a União, 10 milhões para os estados e 5 milhões para os municípios, valores bastante expressivos para meros convênios e certames simplificados.

O apenso, PL 2819/2008, assevera a extensão do mecanismo jurídico às organizações não governamentais, às organizações sociais e às organizações da sociedade civil de interesse público.

Ocorre que no projeto de lei das licitações há a proibição da participação de parentes dos administradores, coisa que impediria aquele conhecido expediente dos parentes de políticos ou autoridades possuírem as suas ONGs para vencer processos seletivos simplificados, daí sua discussão em apartado.

Discussões regionais não passam pela consulta do povo, este que é e será o grande pagador de tudo isso, cada vez mais onerado.

Nem muito menos passa pelo crivo popular a discussão sobre as longas hipotecas dos orçamentos públicos, a exemplo dos países que a comissão de deputados cita com toda pompa e circunstância: a Inglaterra (sic), a França e outros países do velho mundo, cujos orçamentos são muito bem discutidos pela população e, rigidamente, fiscalizados.

Em resumo, vamos a uma frase atribuída a Otto von Bismarck, “os cidadãos não poderiam dormir tranquilos se soubessem como são feitas as salsichas e as leis.”

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Greta Thunberg, a cobradora do futuro

A imagem que publico aqui é da capa da revista italiana Internazionale, de março deste ano, bem antes dos reclamos da suequinha Greta Thunberg e da meninada toda ressoar dessa forma impressionante no mundo todo, agora adquirindo o tom correto para tratar da questão ambiental, que é o da voz dos que vão arcar com as consequências do está sendo feito agora com o planeta Terra. Agora Greta está com 16 anos e nesta foto é ainda criança. Já faz tempo que a Europa vem debatendo seriamente os riscos graves que afetam nosso planeta. O aquecimento global já é mais que uma discussão teórica. O problema já se apresenta entre os europeus, com temperaturas altas que começam a afetar a agricultura e a saúde humana.

Simbolicamente, Greta é a cara dessa consciência que espero que seja avassaladora, no seu melhor sentido, como um tsunami mundial de mudança de comportamento. Quando ela e o pessoal que hoje em dia está nesta faixa de idade tiverem alcançado idade madura, por volta dos 40 anos, se algo não começar a ser feito de imediato, esses seres humanos estarão desesperados em um futuro próximo, procurando sobreviver em um planeta com problemas graves não só no meio ambiente, mas de convivência entre os povos e na administração política, econômica e da cultura do nosso mundo.

Passamos esses dias com manifestações em todo o mundo, trazendo finalmente este tom mais adequado do questionamento político, que é o clamor dos mais jovens, na cobrança da responsabilidade dos mais velhos pelo que estaremos deixando para os que estarão vivendo quando não estivermos mais por aqui. Jair Bolsonaro, como presidente do Brasil, deve discursar na ONU nesta terça-feira. No ambiente político que ele vai encontrar não será possível o encaixe de discurso algum que sequer amenize o estrago criado por ele próprio e sua equipe na sua imagem pessoal, de seu governo e na posição do Brasil em relação ao perigoso desajuste climático no mundo.

Bolsonaro não tem o que falar para resolver suas encrencas internacionais, criadas por ele mesmo. Assumiu políticas erradas em relação ao meio ambiente, aplicadas com agressividade, de forma tosca e numa incompreensão tão triste desta questão que fere até o interesse de grandes empresários da agricultura e da pecuária. Bolsonaro e seu ministro do meio ambiente, além dos demais ministros e de militares da reserva que o cercam, entendem menos deste assunto que um fazendeiro focado na lucratividade. Esses, pelo menos sabem do efeito negativo internacionalmente, no aspecto político e econômico, do estrago que se faz atualmente com o meio ambiente no Brasil.

Chega a ser idiota que no ponto em que chegamos mundialmente o Brasil tenha um governo que recusa aceitar qualidades até mesmos naturais, no potencial geográfico deste nosso canto do mundo, com tantos recursos e de tanta beleza. E ainda faz isso de forma grosseira, atuando exatamente em contrariedade ao papel que pode dar ao nosso país maior relevância internacional, gerar tecnologia de altíssima procura em muitos anos à frente, podendo trazer lucratividade em vários setores da vida econômica.

Mas infelizmente este é o governo que nos coube, produto de um erro colossal que além de tudo ocorreu numa hora totalmente errada, quando o Brasil tem que obrigatoriamente tomar outro rumo, para o qual tem pouco tempo e escasseiam os recursos. Não há mais como adiar respostas exigidas em todo o mundo.

Bolsonaro errou a mão, em grande parte pelo descaminho de seguir localmente na sua toada agressiva de campanha, atuando para a porção radical, bruta e ignorante do que há de mais básico, no desconhecimento desinteligente, de que ele próprio é um espelho fiel. Em seu governo, ele fez a opção de manter o ritmo de campanha e se animou com um debate interno facilitado pela paralisação de uma sociedade civil prejudicada por um desmonte político, econômico e cultural como nunca se viu em nossa história.

Mas uma coisa é lidar com uma oposição desmobilizada e comprometida com erros graves do passado, como o PT e seus puxadinhos do tipo Psol, que além disso mantêm ligação com esquemas esquerdistas autoritários como o criminoso regime chavista da Venezuela. Outra coisa, bem diferente e que exige articulação política e capacidade intelectual muito acima dos predicados do bolsonarismo, é lidar com um debate internacional com governantes estrangeiros e uma sociedade civil aplicados com seriedade em uma questão que na atualidade não permite mais raciocínios forçadamente encaixados em lados opostos, em manipulação política oportunista e sem benefícios, a não ser para poucos.

Isto é o bolsonarismo, uma doutrina de bate-boca, sistema talvez assoprado nos ouvidos bolsonaristas pelo guru boca-suja, com seus recados de youtuber mandados de longe, da Virgínia. Será difícil para Bolsonaro encontrar palavras para expor na tribuna da ONU — onde estará, repito, por ser presidente do Brasil — aquilo que realmente seu governo pretende implantar em questões que afetam o mundo todo.

Bolsonaro nem sabe para onde quer ir, muito menos sua equipe tem a ideia de um sistema que vá além da desconstrução que é feita desde que subiram ao poder. Desmontam tudo, quebram e desconstroem, sem nenhuma preocupação em consertar o que está errado, dar continuidade ao que vinha sendo feito acertadamente e propor práticas de qualidade. O governo é da agressão e do desmonte, da destruição vazia, na hora em que o planeta mais precisa de cooperação e esforço construtivo.

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Rui Werneck de Capistrano

Estão abertas as inscrições para o Grande Concurso Literário de Contos “Cidade de Mirapatópolis 2019”

Cada concorrente deverá apresentar apenas uma obra, inédita, com tema livre, com 2356,5 caracteres (incluindo espaços), em formato A4, impressa de um só lado do papel em Times New Roman, parágrafo de 1,26, alinhamento justificado, recuo esquerdo de 3,0, direito de 3,1, 1,37 de espaçamento, entreletras 2, em 151 vias, com controle das linhas órfãs/viúvas, sem ponta-esquerda nem volante de contenção. A página deverá ter as seguintes configurações: 3,1 na altura, 2,65 na esquerda, 3,21 na direita, 1,234 no rodapé e deverá ser numerada com caracteres chineses da Dinastia Ming.

Num envelope anexo, lacrado com lacre do Uzbequistão, o concorrente deverá apresentar a identificação, seguindo o modelo:

1. Nome da obra em três idiomas, pseudônimo (onze caracteres no máximo, com letras e números), nome completo, nome do pai, de um tio, da mãe, dos irmãos, com as respectivas cópias do registro de nascimento, carteira de identidade, CPF, carteira de vacina e comprovante de residência. Tudo em seis vias com autenticação feita em cartório.

2. Declaração autenticada de que a obra é de sua própria autoria, sem nenhuma vírgula plagiada, sem pendências judiciais nem sujeita a ação ou interpelação de terceiros ou quartos.

3. Declaração autenticada de que a obra não está sujeita a arrolamentos, penhora, chunchos ou execução de qualquer espécie legal que possa criar ônus sobre os direitos autorais.

4. Declaração autenticada do STE de que votou em todas as eleições para Presidente, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual, Governador, Prefeito, Vereador e Síndico do prédio. Sempre com cópia autenticada de cada pleito assinada pelo presidente da mesa.

5. Declaração autenticada de sanidade física e mental assinada por cada um dos membros de uma junta médica – 31 médicos – do Instituto Einstein de Estocolmo.

6. Declaração autenticada de que está ciente de que seu texto será incinerado em praça pública se não for classificado, com a presença do Excelentíssimo Senhor Governador do Estado e seus assessores diretos, bem como do Secretário da Comunicação.

7. Declaração autenticada de que não recorrerá da decisão dos jurados nem ameaçará com bomba a sede da Secretaria da Cultura.

8. Declaração autenticada garantindo que, se for vencedor, o autor apresentará, na cerimônia de premiação, um show tocando harpa com a língua e sapateando com tamancos holandeses legítimos.

9. Declaração autenticada de que todas as declarações apresentadas são legítimas e protegidas com seguro no valor de R$ 352 mil cada.

10. Declaração autenticada de que não mostrou o texto nem para si mesmo depois de pronto.

11. Declaração autenticada de que jamais ouviu falar ou leu sobre falcatruas, trutas, desfalques, subornos, propinas e corrupção em geral em qualquer órgão público Federal, Estadual e Municipal.

12. Qualquer mínima infração no presente regulamento desclassificará o concorrente que será açoitado e terá que doar o que restou do cérebro para a ciência.

Envio: A obra, devidamente lacrada, deverá ser enviada com declaração de valor, pelo SEDEX 10, e com escolta da Polícia Federal.

Premiação: O vencedor único do concurso receberá a quantia de R$ 70,00 (setenta reais), da qual será descontado o Imposto de Renda devido e mais R$ 50,00 para despesas gerais da organização. O conto será publicado no prestigioso Diário de Mirapatópolis até o ano de 2037. Os casos omissos serão eletrocutados. A todos, boa sorte! Quáquáquáquá!

Rui Werneck de capistrano é sinuqueiro e artista prático

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Aí já é demais! Dramaturgo “oficial” bolsonarista ataca Fernanda Montenegro

Fernanda Montenegro

O dramaturgo e diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte, Roberto Alvim, usou as redes sociais nesta segunda (23) para criticar Fernanda Montenegro, na esteira da publicação de uma série de reportagens sobre a atriz em razão do lançamento de sua autobiografia, “Prólogo, Ato, Epílogo”.

Assumidamente defensor de Jair Bolsonaro, Alvim disse sentir “desprezo” por Fernanda e ainda a acusou de “mentirosa”. As críticas foram motivadas pela recente capa da revista Quatro Cinco Um, que colocou a atriz vestida de bruxa em uma fogueira de livros.

“A ‘intocável’ Fernanda Montenegro faz uma foto pra capa de uma revista esquerdista vestida de bruxa”, escreve Alvim. “Na entrevista, vilipendia a religião da maioria do povo, através de falas carregadas de preconceito e ignorância. Essa foto é ecoada por quase toda a classe artística como sendo um retrato fiel de nosso tempo, em postagens que difamam violentamente o nosso presidente.”

Em seguida, o dramaturgo ataca a autora feminista Simone de Beauvoir, personagem representada por Fernanda na peça “Viver Sem Tempos Mortos”, e a chama de “sórdida”.

“Então acuso Fernanda de mentirosa, além de expor meu desprezo por ela, oriundo de sua deliberada distorção abjeta dos fatos”, diz. “Fernanda mente escandalosamente, deturpa a realidade de modo grotesco, ataca o presidente e seus eleitores de modo brutal, e eu sou grosseiro e desrespeitoso, apenas por ter revidado a agressão falaciosa perpetrada por ela?”

Em outra publicação, Alvim faz críticas direcionadas ao monólogo sobre Beauvoir. “Eu assisti à peça, infelizmente: uma nulidade estética completa, na qual Fernanda falava monocordicamente por mais de uma hora acerca das sórdidas aventuras sexuais de Beauvoir, e ‘heroizava’ sua mentalidade revolucionária. Não se tirava, daquele monólogo, nada que preste.”

Ele ainda tachou as falas de Fernanda de infantis, mentirosas e canalhas. “Já nutri alguma admiração por ela. Hoje, só o que sinto por essa mulher é o mais absoluto desprezo. Triste fim de carreira”, finaliza.

Diante das críticas, a Associação dos Produtores de Teatro (APTR) emitiu posicionamento em que repudia as declarações do dramaturgo.

“A APTR repudia veementemente as declarações do diretor de Artes Cênicas da Funarte, sr. Roberto Alvim, em suas redes sociais, onde classifica o não diálogo com a classe artística como uma ‘guerra irrevogável’. Com a mesma intensidade, repudiamos a classificação da fala de dona Fernanda Montenegro como infantil, mentirosa e canalha. É absolutamente inadmissível que uma atriz com a sua trajetória seja atacada em seu livre exercício de expressão”, diz a nota.

“Como cidadão, o Sr. Roberto Alvim pode expressar opinião, independentemente do campo social, cultural e ideológico. Já como gestor público de relevância nacional -ou seja, representando o país como um todo- o mesmo deveria atentar-se à natureza do seu cargo, pautando-se pelo respeito à classe que representa e aos profissionais consagrados por sua atuação. Cuidar da cultura como um importante setor para a economia e a formação de um país trata-se de um exercício diário, ético e respeitoso. O mesmo se aplica ao cuidado que deveria ser adotado ao se referir a uma atriz como Fernanda Montenegro, um símbolo da identidade nacional, com reconhecimento em todo o mundo.”(FolhaPress SNG)

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Os comprovantes de operações bancárias

Os comprovantes de operações bancárias são emitidos em papel termossensível, isto é, aquele de baixa durabilidade, que com o tempo apaga o que está impresso. Este fato dá o direito aos consumidores da emissão de segunda via de forma gratuita.

Assim há defeito na prestação do serviço da instituição financeira, ao emitir comprovantes de suas operações por meio de papel termossensível. A baixa durabilidade não atende as exigências e as necessidades do consumidor.

Esses serviços devem ser executados em documentos de longa vida útil, a permitir que os consumidores possam, quando lhes for exigido, comprovar as operações realizadas.

Portanto os bancos não podem cobrar nova tarifa pela emissão da segunda via do recibo pela falha do serviço. Isto também não pode gerar o aumento de tarifa ao consumidor. (Fonte: REsp. 1414774 RJ STJ)

Se o consumidor pagou pela segunda via ele pode exigir a devolução em dobro do valor que gastou.Caso o consumidor seja lesado em seus direitos diante de bancos ou instituições financeiras, ele pode abrir uma reclamação ao Banco Central (www.bcb.gov.br).

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Faça propaganda e não reclame

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Faça propaganda e não reclame

 

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