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Lula e o primo de Vladimir
LULA é mesmo a metamorfose, tanto ambulante, quanto parado. Ontem pegou o telefone e conversou com o líder do mais perigoso grupo genocida do mundo; o grupo, aliás, já havia sido denunciado pelo próprio Lula, que o comparou ao Hamas. O chefe do grupo terrorista chama-se Isaac Herzog, presidente de Israel, a quem Lula agradeceu pela facilitação do retorno dos brasileiros retidos em Gaza. Isso se chama realismo político, a qualidade que obriga os políticos a taparem os narizes para conseguir resultados. Acostumado a fazer isso com o bodum do Centrão – menos com Juscelino Filho, ministro e cavaleiro, que espalha estrume sem consequências – Lula segura a língua e faz de conta que não chamou Israel de genocida. Nem precisa, a primeira dama, que começou a pensar, falar e ouvir pelos cotovelos, criticou Israel, substabelecida pelo marido.
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
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Biblioteca Pública do Paraná celebra o Dia da Consciência Negra com a exposição ParanÁfrica
Mostra abre nesta segunda (20), com fotografias de Fernanda Castro e Marcelo Weiss, além de uma programação paralela até o fim do mês
A Biblioteca Pública do Paraná inaugura nesta segunda (20), às 11 horas, a exposição ParanÁfrica, que celebra o Dia da Consciência Negra, com fotografias de Fernanda Castro e Marcelo Weiss. Na abertura, acontece a apresentação musical de Rubia Divino e Jean da Rosa.
A mostra evoca as imagens da herança afro-brasileira, nas fotografias de Marcelo Weiss, realizadas no Dia das Crianças em São Tomé e Príncipe, na África Central, e de Fernanda Castro, que fotografou comunidades quilombolas paranaenses. O conjunto expositivo conta histórias que nos convidam a refletir, celebrar e reconhecer a importância da Consciência Negra no Paraná e no Brasil.
Além da exposição, diversas ações serão realizadas este mês referentes à data, como palestras, rodas de conversas e contação de histórias. No encerramento, dia 30, às 17h, haverá apresentação do Coral Vozes de Angola, grupo musical de cegos angolanos que cantam músicas africanas, autorais e demais estilos musicais.
Quilombolas
“Imagens afetivas de quilombolas paranaenses”, de Fernanda Castro, é parte do resultado de sua participação em um grupo de trabalho do governo do estado do Paraná, onde estão situadas 38 comunidade quilombolas, para mapear, levantar dados e viabilizar a construção de políticas públicas voltadas para os quilombolas. Com as lentes de sua câmera, capturou a forte carga afetiva que as pessoas depositavam no seu lugar e que as conectam entre si. As imagens produzidas pela fotógrafa expressam a beleza estética das relações de benquerença. Nos rostos fotografados destacam-se os olhares afetuosos, que falam silenciosamente sobre o cuidado e a confiança. Os sorrisos mostram a alegria de vivenciar relações baseadas no afeto — a maneira com que o quilombo é construído e significado cotidianamente.
São Tomé e Príncipe
Em São Tomé e Príncipe, o Dia das Crianças, comemorado em 1º de julho, tem um significado especial: ir à escola é um motivo de orgulho, e são realizadas festas em todos os colégios. Para as meninas, o evento é ainda mais marcante. É quando suas mães capricham nos trançados de seus cabelos, transformando-os em verdadeiras obras de arte, símbolos da cultura e da dignidade resgatadas naquele momento. As 10 imagens que compõem a mostra Dignidade, de Marcelo Weiss, captam os olhares e a alegria de cada uma dessas meninas.
Serviço: Abertura da exposição ParanÁfrica, com fotografias de Fernanda Castro e Marcelo Weiss – Data: 20/11/2023 – Horário: 11h – Até dia 30 de novembro de 2023 -Local: Hall Térreo – Programação: Terça-feira, 21 de novembro – Palestra: Educação antirracista com Celina Wotcoski, agente educacional estadual e dirigente estadual sindical; Angela Castro, professora municipal e diretora municipal sindical. Local: Hall térreo- Horário: 11h
Quarta-feira, 22 de novembro
Performance: Dança africana com Demerval Silva, dançarino e professor de danças africanas. – Local: Auditório – Horário: 15h
Palestra: Oralidade e Musicalidade Africanas com Kandiero, professor, escritor, pesquisador, compositor e membro do Centro de Letras. Local: Auditório – Horário: 16h
Quinta-feira, 23 de novembro
Contação: Lendas Africanas e o Candomblé com Willian, candomblecista e membro do Terreiro Ilê asé Yemanjá Ogunté. Local: Hall térreo – Horário: 17h
Bate-papo: Cultura Preta e Pretos na Cultura com Lulo, ator, produtor e músico e João Carlos, advogado, sambista e ativista cultural. Local: Hall térreo – Horário: 17h30
Sexta-feira, 24 de novembro
Roda de conversa com a deputada federal Carol Dartora, vereadora Georgia Prates, deputado estadual Renato Freitas e vereador Anderson Prego – Local: Hall térreo – Horário: 11h
Terça-feira, 28 de novembro
Palestra: A culinária africana com Baiana Jussara Claro, certificada pela ABAM –Associação de Baianas de Acarajé e Mingau de Salvador. Local: Hall térreo – Horário: 17h
Roda das mulheres pretas com Joana Martins, Coordenadora Geral do ParanÁfrica e Jo Maccari, cantora e membra do Bloco Pretinhosidade. Local: Hall térreo – Horário: 17h30
Quinta-feira, 30 de novembro
Encerramento da exposição com o Coral Vozes de Angola, grupo musical de cegos angolanos que cantam músicas africanas, autorais e demais estilos musicais. Local: Hall térreo Horário: 17h
Publicado em Biblioteca Pública do Paraná
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Os direitos para o futuro da Terra
Direitos e deveres surgirão para tornar ou manter a Terra, minimamente, habitável?
Esses novos direitos terão como prioridade a manutenção da vida? Tal catálogo está profundamente relacionado à água potável, à suportabilidade das altas temperaturas, à escassez dos alimentos e ao novo formato das habitações.
Isso relaciona-se com a desertificação de amplas áreas, hoje agricultáveis, da poluição das nascentes, dos rios e dos mares, da extinção das florestas, às enchentes inesperadas e aos novos fenômenos que resultam em multidões de refugiados climáticos.
Serão direitos conectados ao meio ambiente e à sobrevivência. Os deveres estarão relacionados à produção econômica das grandes corporações, que jamais se submeteram aos protocolos ambientais.
A supressão da poluição aérea, terrestre e hídrica deverá compor uma nova Constituição Global e Estatal, hoje relegada às franjas ineficazes dos ordenamentos jurídicos.
Como direitos sem sanção não funcionam, – as estruturas do poder estatal obrigarão o cumprimento desse novo sistema legal ambiental.
Por enquanto, está ocorrendo a perda considerável de vidas, faunas e floras, e os painéis científicos internacionais apenas orientam e alertam, nada mais.
Tal debate está distante das novas tecnologias, da inteligência artificial e das poderosas redes sociais que arrastam milhões de pessoas à superficialidade.
Enquanto isso, nos E.U.A., cujo PIB está crescendo graças à indústria armamentista, detém 45% da produção de armas globais.
Em 2022, esse mercado movimentou US$ 2,2 trilhões, em 2023 cresceu US$241 Bi (estimado). Resumo, tais lucros poderiam promover o fim da miséria no mundo, e reduzir a marcha do aquecimento climático. Nada é feito.
Os fins do Estado estão cada vez mais esquecidos: da segurança pública; dos transportes, do fornecimento da energia e da água potável; das políticas públicas e da economia em prol da população.
Ao lado da indústria das armas estão os bancos e a especulação financeira em grande escala, que espoliam bilhões de pessoas, com lucros sempre maiores que todos os outros setores econômicos. Resultado: a economia global movimenta-se no eixo das armas e das instituições financeiras.
Os ordenamentos preocupam-se com esses temas, ora escamoteando-os, ora garantindo-lhes a legalidade. Vejamos as recentes leis e as novas decisões de tribunais sempre favoráveis aos bancos no Brasil, como também a ideologia da independência dos bancos centrais, o livre mercado que se autorregula, enfim, tudo que desencadeou a quebradeira de 1929 e 2008 (dentre outras).
Os direitos e os deveres deverão focar nos profundos problemas globais do clima, das guerras e dos genocídios.
A primeira grande medida será a extinção dos arsenais bélicos e da indústria armamentista; a segunda, a alteração na economia global para voltá-la aos cidadãos do mundo e não ao rentismo. Na última conta, as atuais armas nucleares do mundo poderiam destruir 80 vezes a Terra. Tudo isso que está acontecendo não é uma grande e terrível lição para a humanidade?
Referências:
https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(23)01859-7/fulltext
Publicado em Claudio Henrique de Castro
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Uriel Friedman e a Aula de Economia em Paris
– “Descobri um truque para comer grátis em ótimos restaurantes”.
Uriel ficou animado e quis saber: – “Ótimo! Como é?”
E o outro explicou:
– “Escolho o restaurante, vejo o horário de atendimento e chego bem tarde. Pego o cardápio, escolho sem pressa e peço uma entrada, o prato principal, um bom vinho, queijos e sobremesa. Fico um tempão tomando um café, um conhaque e fumando um bom charuto, e espero que fechem. Aí eles começam a colocar as cadeiras em cima das mesas para varrer o salão, mas não me mexo. Chega um momento em que o último garçom pergunta se posso pagar, porque já está na hora de saírem. Então eu digo que já paguei ao colega dele que foi embora antes. É assim, simples”.
Uriel perguntou se podiam jantar juntos e o amigo, prestimoso, respondeu rindo: – “Mas é claro, você é meu convidado!”
Naquela mesma noite os dois foram a um restaurante luxuoso e seguiram o roteiro descrito: começaram pela leitura demorada do cardápio e a escolha da entrada, prato principal, vinho, queijos, sobremesa, café, charuto e a indispensável displicência em relação à pressa dos funcionários, ansiosos em encerrar os trabalhos.
Quando finalmente chegou a hora de fechar, o último garçom se aproximou e perguntou se podia trazer a conta.
Nesse momento o amigo disse:
– “Desculpe, já pagamos a um colega seu que já foi embora”.
E Uriel acrescentou:
– “Estamos só esperando nosso troco”.
Publicado em Gerson Guelmann
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O irritante guru do Méier
Enterrem meu corpo em qualquer lugar.
Que não seja, porém, um cemitério.
De preferência, mata;
Na Gávea, na Tijuca, em Jacarepaguá.
Na tumba, em letras fundas,
Que o tempo não destrua,
Meu nome gravado claramente.
De modo que, um dia,
Um casal desgarrado
Em busca de sossego
Ou de saciedade solitária,
Me descubra entre folhas,
Detritos vegetais,
Cheiros de bichos mortos.
(Como eu).
E, como uma longa árvore desgalhada
Levantou um pouco a lage do meu túmulo
Com a raiz poderosa,
Haja a vaga impressão
De que não estou na morada.
Não sairei, prometo.
Estarei fenecendo normalmente
Em meu canteiro final.
E o casal repetirá meu nome,
Sem saber quem eu fui,
E se irá embora,
Preso à angústia infinita
Do ser e do não ser.
Ficarei entre ratos, lagartos,
Sol e chuva ocasionais,
Este sim, imortais.
Até que, um dia, de mim caia a semente
De onde há de brotar a flor
Que eu peço que se chame
Papáverum Millôr.
(Do livro Papáverum Millôr, Círculo do Livro, 1974)
Publicado em Millôr Fernandes
Com a tag O irritante guru do Meier, papáverum millôr
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O sapo barbudo e o escorpião alagoano
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
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Mural da História
Publicado em mural da história
Com a tag mural da história, República de Curitiba
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Traduções, translations, traductions
Veja os títulos de livros em inglês que foram mudados em francês. Alguns deles vieram pro Brasil, e ficaram até famosos, com nomes trocados. Ora traduzidos do francês, ora do inglês. Mas… e o pobre autor, onde fica?
1. Paul Bowles: The sheltering sky – Un thé au Sahara – O céu que nos protege
2. Charles Bukowski: Erections, ejaculations, exhibitions and general tales os ordinary madness – Contes de la folie ordinaire – Histórias de um velho safado – Ereções, ejaculações, exibições
3. Truman Capote: Other voices, other rooms – Les domaines hantés –
4. Raymond Carver: Cathedral – Les vitamines du bonheur. What do we talk about when we talk about love – Parlez-moi d’amour –
5. Raimond Chandler: The long good-bye – Sur un air de navaja – Um longo adeus. The man who liked dogs – Un mordu. Nevada Gas – Efacce la rouquine –
6. David Goodis: Down there – Tirez sur le pianiste – Atire no pianista
7. Chester Himes: The five cornered square – La reine des pommes. A jealous man can’t win – Couché dans le pain –
8. William Irish: Waltz into darkness – La siréne du Mississipi – A sereia do Mississipi
9. James Jones: From here to eternity – Tant qu’il y aura des hommes –
10. Bernard Malamud: Rembrandt’s hat – L’homme dans le tiroir –
11. Arthur Miller: The crucible – Les sorcières de Salem – As bruxas de Salem
12. Vladimir Nabokov: Laugther in the dark – Chambre obscure/Rire dans la nuit – Gargalhada no escuro
13. John Updike: Rabbit run – Coeur de lièvre – Coelho corre
14. William Styron: Lie down in darkness – Un lit de ténèbres – Deitada na escuridão
15. Isak Dinesen: Out of Africa – por incrível que pareça ficou Out of África – A fazenda americana
Por que não traduzem alguns nomes esquisitos de autores, também, né?
*Rui Werneck de Capistrano, por exemplo, podia virar Jean-Jacques Pierre, na França.
Flagrantes da vida real
Publicado em Flagrantes da vida real
Com a tag curitiba - cidade da gente, flagrantes da vida real, maringas maciel
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Juízes tentam ressuscitar benefício extinto (mamata de R$ 241 mi)
O Conselho de Justiça Federal deve julgar na próxima semana um pedido da Ajufe (associação que representa os juízes federais) de reajuste de um benefício extinto em 2002. É a PAE (Parcela Autônoma de Equivalência) referente ao auxílio-moradia.
Segundo a Folha, os pagamentos retroativos desse benefício custariam algo em torno de 241 milhões de reais aos cofres públicos – uma média de R$ 242 mil para cada magistrado beneficiado com a medida. O caso começou a ser julgado em 23 de outubro e tem como relatora a ministra Maria Thereza de Assis Moura (foto).
“Na sessão que iniciou a análise do pedido, em outubro, Maria Thereza fez menção a uma fala do ministro João Otávio de Noronha, também ex-presidente do CJF e STJ, que disse em 2018 que ‘não há mais tetas para serem espremidas’ em relação ao assunto. Maria Thereza votou para negar o benefício”, informa o jornal.
Na ação, a Ajufe pede correção monetária da PAE referente ao período de 1994 a 1998.
De fato, não há mais tetas para serem espremidas.
Publicado em o antagonista
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Paris por um triz
Em Paris nous Appartient/Paris nos pertence, o diretor Jacques Rivette propõe uma charada Zen ao usar como epígrafe uma pequena frase do poeta Charles Péguy que contradiz o título do filme: “Paris n’appartient à personne/Paris não pertence a ninguém.” Seja como for, a memória do ano e meio que vivi em Paris, há sessenta anos, ainda dorme toda noite e acorda todo dia comigo
Publicado em Roberto Muggiati - branca7leone
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