‘Bolsonaro caipira’ é eleito prefeito no interior de SP, o 1º do novo PSL

“O pai do atual presidente da OAB era um terrorista travestido de comunista, morreu assassinado pelos próprios colegas. Felipe Santa Cruz é uma vergonha para nós, advogados“. A frase poderia ter sido dita pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi tuitada no final de julho por Everton Sodario, na época apenas um militante de direita na pequena Mirandópolis, a 600 km de São Paulo.

Um mês e meio depois, Sodario, 26, tornou-se o primeiro prefeito eleito pelo PSL desde que o presidente tomou posse, em janeiro. O discurso conservador, o estilo brigão e as prioridades administrativas fazem dele, com muito orgulho, uma espécie de Bolsonaro caipira.

“Tem gente falando que o governo sofre desgaste, mas aqui não vi nada disso. Usei o Bolsonaro o tempo todo, o número 17, a legenda, o nome do PSL. Tudo isso me ajudou muito”, disse Sodario, que deve tomar posse para um mandato tampão na cidade de 30 mil habitantes, na região de Araçatuba, no início de outubro.

Ele teve 60% dos votos e derrotou um opositor do PSC para completar o mandato da ex-prefeita, cassada devido a irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado.

No ano passado, Sodario tentou ser deputado estadual, mas não foi eleito. Acabou sendo convidado para ser assessor parlamentar do gabinete do deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP), do qual se desligou para disputar e vencer a eleição.

Sua vitória foi celebrada por caciques do partido como um prenúncio de que a força eleitoral de Bolsonaro, em que pese sua queda de popularidade, continua preservada. O PSL já traça planos de eleger centenas de prefeitos no ano que vem.

Sodario diz que o discurso de alinhamento com o presidente foi útil, mas ressalva que a pauta conservadora não foi a mais importante na campanha. “No interior não tem essa coisa tão forte de direita e esquerda. As pessoas não querem tanto saber de conservadorismo. Querem saber de emprego, saúde, asfalto, educação”, afirma.

Sua plataforma, em muitos aspectos, mimetiza o discurso do atual ocupante do Palácio do Planalto. Ele prometeu, por exemplo, enxugar cargos comissionados e unir departamentos da prefeitura. Uma fusão planejada é das áreas de agricultura e meio ambiente, algo que Bolsonaro indicou que faria, mas acabou não conseguindo.

Também teve efeito seu discurso de que a gestão municipal precisa ser reconstruída e, nesse caso, literalmente. Com o prédio da prefeitura condenado, a administração vem funcionando num ginásio de esportes.

Por fim, assim como fez o capitão reformado, o novo prefeito acenou com uma nova forma de fazer política. “Não vou fazer toma-lá-dá-cá com vereador. Isso não vai acontecer mais”, diz. Segundo sua própria estimativa, no entanto, ele terá apenas 4 dos 9 vereadores em sua base de apoio.

Mirandópolis tem duas fontes de renda principais: a cana de açúcar, inclusive com uma usina instalada no município, e a presença de três presídios estaduais, que empregam, juntos, cerca de 500 trabalhadores.

Mas a economia da cidade não dá conta de gerar trabalho para todos, diz Sodario, e por isso ele pretende atrair investimentos com a clássica receita de seduzir empresas com incentivos fiscais. “O empresário vai ter o que precisar: isenção fiscal, doação de terrenos. O que eu quero é que ele gere emprego na minha cidade”.

Outra medida promete ser mais polêmica. O novo prefeito quer acabar com um convênio municipal com presos do regime semiaberto, que exercem atividades como varrer ruas e limpar praças, recebendo pagamento por isso. Prefere que moradores da cidade façam esse serviço.

“Queremos que o preso trabalhe dentro da cadeia. Aqui fora, eu prefiro que o pai de família trabalhe”, diz ele.

Seguidor das aulas de Olavo de Carvalho e definindo-se como um “conservador ideológico”, ele diz que Bolsonaro está conseguindo, no governo, levar adiante as ideias que prometeu na campanha. Sobre o estilo do presidente ele não tem nenhum reparo, até porque faz igual.

“Sou tão brigão quanto o Bolsonaro, acho até mais do que ele. Agora que virei prefeito estou um pouco mais tranquilo, com outro foco. Mas acho que daqui a pouco eu volto a brigar com os esquerdistas”, diz.

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Clube dos Diários

teresina-2007Na frente do Clube dos Diários, Salão Internacional de Humor do Piauí. Foto do cartunista que vos digita, em algum lugar do passado.

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Acertaram nas moscas

@Eduardo Bolsonaro

A FOTO DE EDUARDO BOLSONARO de pistola à mostra quando visitava o pai no hospital levou a intelijênssia bolsoignara a explicações que fazem inveja às mais sofisticadas equações da física quântica. Vamos a elas.

1 – O deputado é perito criminal de origem e formação. Portanto tem porte de arma ex officio, ainda que afastado há oito anos do cargo. Isso permite-lhe levar a pistola aonde for: à câmara dos deputados, ao gabinete presidencial, ao STF, inclusive ao gabinete de Donald Trump, diante de quem será embaixador do Brasil.

2 – Por essa razão ele não podia ser impedido pelo GSI Gabinete de Segurança Institucional, que faz a segurança do pai presidente no hospital. Ainda que o GSI pudesse impedir, não o faria porque os generais que o dirigem borram-se de medo tanto das pistolas quanto dos tuítes da santíssima trinca de filhotes.

3 – O hospital não podia impedir o deputado de chegar armado – bem, fosse no primeiro hospital, o Albert Einstein, ele seria impedido, que a judeuzada lá entende de terrorismo. As regras de segurança do hospital, como dar um tiro em paciente, cedem diante de Eduardo, que só anda armado para louvar a Deus e Donald Trump.

4 – Tem a questão do exemplo. A oposição reclama do exemplo de que porte de arma não justifica exibir arma porque a lei que autoriza não foi votada. Ou seja, todo mundo vai querer andar de revólver na cinta para imitar o filho do presidente. Ora, exemplo serve para tudo, até para o bem. Eduardo, repetindo, usa as armas só para o bem.

5 – Tem mais, argumentam os pençadores bolsoignaros: qualquer pessoa com porte de arma pode chegar armado, revólver na cinta, para visitar o presidente. A única exigência é conferir a agenda. Agendado, até Adélio Bispo entra – desde que, repetem à exaustão, como Eduardo e a familiagem, tenha porte de arma.

6 – Por último, os argumentos decisivos: Eduardo portava arma no hospital por mais duas fortes razões. Primeiro, combater a bala os vírus da infecção hospitalar que poderiam atacar o presidente “intervido”, como diriam os médicos do PSL. Segundo, quem garante que um médico petista, com bisturi escondido, ataque o presidente.

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Hoje!

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Olha ela aí, outra vez!

Com todo o respeito ao ministro Paulo Guedes, só um canalha pode defender a volta da CPMF, que já foi IPMF e poderá ter o nome que tiver, mas continuará sendo sempre o imposto mais cruel, nocivo e indecoroso que se tem notícia.

Fernando Henrique Cardoso, que criou o tributo, então conhecido como o “imposto do cheque” e que deveria ser provisório, como dizia o nome, e foi se perpetuando, reconheceu posteriormente ser “o imposto mais perverso, porque atinge a todos indistintamente e se multiplica em cascata”.

Para o advogado e tributarista Osíris de Azevedo Lopes Filho, que foi secretário da Receita Federal de FHC quando o monstro foi criado, a CPMF é o mais nefasto de todos os impostos, exatamente porque penetra na base econômica de quase todos os tributos. E tem incidência em cascata, atingindo toda a população, sem distinção, e onerando cumulativamente toda a produção do país, além de comprometer a competitividade dos produtos nacionais.

Luiz Inácio rotulava a CPMF de “uma canalhice”, quando ainda usava barba preta e não era inquilino no Palácio do Planalto. Depois, já no trono, usufruiu, enquanto pode, da calhordice sob os falsos argumentos de fiscalizar a movimentação financeira e gerar recursos para a saúde pública.

Tudo mentira, embuste. A CPMF serviu sempre, apenas, para aumentar as burras do Tesouro, sem nenhum resultado para a população, a não ser o de empobrecê-la um pouco mais. Foi uma luta acabar com ela, em 2007. Mantega, aquele que hoje desfila com uma tornozeleira eletrônica, queria prorrogá-la, no mínimo, até 2010. Levou chumbo. Dilma tentou revivê-la, mas não tinha cacife para tanto.

Agora, chegou a vez do capitão-presidente. Jurou não ter a menor intenção de recuperar a maldição. “Votei pela revogação da CPMF na Câmara e nunca cogitei a sua volta. Ninguém mais aguenta novos impostos, temos consciência disso” – anunciou durante a campanha e no início do governo. Depois, no Twitter, Bolsonaro negou a CPMF por três vezes (O apóstolo Pedro também fez isso com Jesus). A sua turma de choque ia na mesma direção: o ministro-

chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, chamou a volta da CPMF de “a cara do petismo”; Osmar Terra (Cidadania) taxou a cobrança de “indefensável”; o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) prometia que, se dependesse dele, a CPMF não voltaria; e o senador Flavio Bolsonaro convidou seus seguidores para um abaixo-assinado contra a taxa. Parecem ter mudado de ideia.

A nova edição da patifaria partira, oficialmente, do então secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, ontem defenestrado do governo. Ao que se sabia, já teria convencido o chefe, o “Posto Ipiranga”, e começara a minar a resistência do capitão: “Já falei para o Guedes: para ter nova CPMF, tem de ter uma compensação para as pessoas”. Senão ele vai levar porrada até de mim” – fingiu Bolsonaro.

Não há e não haverá compensações, excelência. O que era para atender a saúde, agora será ajudar a previdência e a criação de novos empregos (!!!). Mentira. Na verdade, nova empulhação, novo engodo, nova cilada para os cidadãos desta nação.

O governo arrecada muito, mas gasta mal e demais. O objetivo do maldito imposto é só o aumento da arrecadação. E de forma – repita-se – solerte, atroz e intolerável em um país marcado pela pobreza da população. Basta de atirar sobre o lombo do contribuinte os efeitos dos desmandos, descaminhos e mazelas administrativas. Pior: querer resolver um problema criando outro maior.

Precisam aumentar a receita? Pois façam o que governo algum teve coragem para fazer: cobrem de quem deve e não paga. Dos poderosos, dos especuladores, dos grandes conglomerados empresariais, dos bancos, das financeiras, das igrejas… Daquela gente graúda que nunca teve o prazer de contribuir para as despesas públicas, mas apenas vale-se delas. A hora é essa.

P.S. – O idealizador da nova CPMF (agora, ITF – Imposto sobre Transações Financeiras) foi Marcos Cintra, mas Paulo Guedes estava de pleno acordo com ele. Então, se Cintra caiu pela CPMF, deveria ter levado Guedes junto.

P.S. II – Se Jair Messias não queria a CPMF ou ITF, não bastava ter dito não? É tudo encenação.

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Tempo

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Miserê

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Tempo

teatro-de-bolso-banho-de-lua-equalizadoTeatro de Bolso, na antiga praça Rui Barbosa.© Beto Bruel

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MBL: um movimento que se perdeu no caminho

A imagem parece uma gozação de adversários com o MBL, mas foi mesmo o movimento de Kim Kataguiri o criador dessa coisa muito estranha. Sintam o apelo: Michel Temer é atração do 5º congresso nacional do MBL. E os rapazes parecem entusiasmados com a confirmação da presença. Vai bombar: garanta já o seu ingresso.

É por coisas desse tipo que vem a obrigação de questionar em que mundo afinal vive esse pessoal do MBL, que aliás virou algo que ninguém mais sabe exatamente para que serve. Perdeu o sentido com o final do governo do PT e depois do grupo aderir ao governo de Jair Bolsonaro para logo mudarem de ideia. Garotada precoce: tão novos e já com uma baita crise de identidade.

Estão totalmente isolados: não atrairam intectuais, artistas, ninguém com um trabalho de destaque juntou-se ao grupo. Até uns dias atrás falava-se que pretendiam formar um partido a partir do mesmo nome, porém Kim Kataguiri já informou que por enquanto a ideia está descartada. Na prática, isso os fez virarem políticos do DEM, o que não me parece soar como algo de muito futuro.

O MBL não serve mais como movimento de rua porque perdeu o caráter apartidário e também não se reformulou como grupo político. Ficou travado na imagem daquilo que lhe deu projeção, mas acontece que mesmo essa atividade exigiria uma reformulação que eles não tiveram capacidade nem de saber afinal qual seria. As últimas tentativas de organizar grandes manifestações não deram muito certo, exatamente porque querem continuar fazendo de uma forma que já não confere com o que vive hoje o nosso país.

Atualmente o MBL é nada mais que o movimento dos deputados Arthur Mamãe Falei, em São Paulo, e de Kim Kataguiri, em Brasília, sem ter tido uma transformação com a ampliação de sua representatividade. Eles se mantêm como meros criadores de memes nas redes sociais, quando deviam ser proativos, agregando pessoas com participação política consistente.

Mas é claro que não do jeito desta promoção especial com Michel Temer. Outras figuras foram convidadas, mas com Temer como destaque nem é preciso saber dos outros. Essa bobeira demonstra uma falta de sintonia impressionante com o momento atual brasileiro. Acho que nem o DEM pensaria em tentar se apoiar numa atração como esta hoje em dia.

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Vaca

Vaca-72© Orlando Pedroso

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The fool on the hill

GENTE, só agora, passados quase 70 anos, a grande descoberta: Lennon & McCartney não compuseram nenhuma das músicas dos Beatles. Fizeram como os cantores brasileiros dos anos 1940, que pagavam aos compositores para assumir a autoria.

Então, quem foi o compositor? Surpresa! Theodor Adorno, o filósofo alemão da Escola de Frankfurt, estudioso de Marx. Quem descobriu e revelou ao mundo? Um brasileiro, perdão, um grande brasileiro, o astrólogo-sociólogo-bolsonarólogo Olavo de Carvalho.

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Elke Sommer. © MondoTopless

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Pra nunca mais esquecer

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11 de setembro

Winston Hubert McIntosh, Peter Tosh| Jamaica – 18 de outubro de 1944|11 de setembro de 1987|© Island

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