Procurador que reclamou de salário ganha bem mais que R$ 24 mil por mês

Entre salário, indenizações e outras remunerações, ele recebeu média de R$ 68,2 mil por mês entre janeiro e julho deste ano, segundo dados que constam no portal da transparência do MPMG

O procurador de Justiça Leonardo Azeredo dos Santos, que se queixou em uma reunião com colegas de receber o ‘mizerê’ de R$ 24 mil por mês, ganha, na verdade, bem mais que o reclamado, segundo dados do portal da transparência do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Isso, devido a indenizações e outras remunerações que se somam ao salário. Somente em março, mês em que obteve o menor valor, foi mais que o dobro de R$ 24 mil. Nesses sete meses, a média recebida por ele foi de R$ 68.275,34.

As informações que constam no portal da transparência do MPMG mostram que o rendimento líquido total do procurador é, realmente, um pouco abaixo de R$ 24 mil. Mesmo assim, outros valores se somam ao salário. Em julho, por exemplo, que é o último mês com os dados disponíveis para consulta, Leonardo recebeu indenização de R$ 9.008,30, e remunerações retroativas/temporárias, de R$ 32.341,19. Ao todo, o valor recebido, incluindo o salário, foi de R$ 65.152,99.

Em janeiro, ainda segundo os dados que constam no setor de transparência do MPMG, os valores foram ainda mais alto. Além do rendimento líquido total, de R$ 23,803,50, o procurador recebeu indenização de R$ 42.256,59, e o valor de R$ 21.755,21, relativo de outras remunerações retroativas/temporárias. Os procuradores ainda têm outros benefícios, como o auxílio-alimentação, de R$ 1,1 mil, e o auxílio-saúde, valor equivalente a 10% do subsídio.

Em janeiro, ainda segundo os dados que constam no setor de transparência do MPMG, os valores foram ainda mais alto. Além do rendimento líquido total, de R$ 23,803,50, o procurador recebeu indenização de R$ 42.256,59, e o valor de R$ 21.755,21, relativo de outras remunerações retroativas/temporárias. Os procuradores ainda têm outros benefícios, como o auxílio-alimentação, de R$ 1,1 mil, e o auxílio-saúde, valor equivalente a 10% do subsídio.

Resposta do MP

Em nota, o MPMG confirma que na sessão “houve manifestação de cunho pessoal de um dos integrantes do colegiado sobre a política remuneratória da instituição”. Afirma, porém, “que não há nenhum projeto em andamento sobre a adoção de benefícios pecuniários para a carreira de membros (procuradores e promotores de Justiça) ou de servidores, em vista da grave crise financeira vivenciada pelo estado e da necessidade de observação da Lei de Responsabilidade Fiscal para gastos com pessoal”.

O texto informa ainda que o órgão “vem tomando medidas de austeridade para aumentar a eficiência administrativa e reduzir os gastos, principalmente com pessoal”. Segundo a nota, as medidas têm se mostrado eficiente para manter o Ministério Público dentro do limite legal de 2% da Receita Corrente Líquida.

O Estado de Minas

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Mural da História

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Os reis do gatilho

A FOTO vale por mil palavras. O deputado entra armado em hospital. A lei que libera o uso de armas não foi votada.

Um presidente que não se peja da foto. Um país que aceita tal pai como presidente, tal filho como deputado, tal família no poder.

Retrato da nova normalidade brasileira. A nova anormalidade é o beijo gay. Nunca antes na história desse país desceu-se tão baixo.

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Modinhas De Fêmea. Não Estou Só!

© Playboy

Que modinha de fêmea mais sem graça essa dos pêlos diagramados, desenhadinhos, parecendo aquelas firulas de estádio em dia de jogo-festa da seleção brasileira! Parecendo os desenhos da grama do Serra Dourada, outra coisa mais parnasiana e danada. Ai que saudade daquela velha Playboy de Sônia Braga, e ainda mais da classe de Claudia Ohana, aquela linda mata atlântica dos tempos coloniais, floresta negra, dantesca, amazônica, labiríntica, amém!

Chamam a tal modinha de “depilação artística”, reparem só no descalabro. Prefiro recorrer ao Ministério Público e denunciar esse vergonhoso crime de desmatamento pubiano. É o maior desatre ecológico do País desde que os franceses e portugueses comerçaram a roubar toras de pau-brasil – aliás, crime com pau no meio não desperta o menor interesse deste carapuceiro que vos fala.

Estão, acabando com as nossas matas mais nobres. Em nome de diagramações ridículas. As depiladoras que inventam moda vibram nas revistas do gênero. As clientes pedem coraçõezinhos, letras iniciais do namorado ou do urso, um antimimo sem o menor apelo erótico, morte do lirismo, fim das nossas lindas reservas.

Xico Sá|Modos de Macho|O Ex-do Paraná|17 de dezembro|2006

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A vida vale pouco

No Brasil de 2019, todo mundo anda armado e mata-se por qualquer coisa

As imagens chocaram o país: o jovem negro, de 17 anos, nu e amordaçado, sendo chicoteado por dois homens com fios elétricos trançados, por ter roubado uma barra de chocolate. O fato aconteceu há algumas semanas, nos fundos de um supermercado em Vila Joaniza, zona sul de São Paulo. Mas só agora as cenas vieram a público. Elas nos remetem a um Brasil que ainda não chegou a 1888.

O de 2019 não está muito melhor. Em junho, no Vale do Ribeira, interior de São Paulo, Vanderléia Inácio, 25 anos, mãe de quatro filhos, sendo o mais velho com oito anos, foi morta com três tiros no rosto em uma festa junina. O crime aconteceu após uma discussão causada por um pedaço de bolo oferecido à esposa do suspeito. Em julho, no Grajaú, também na zona sul de São Paulo, o desempregado Joab Dias Costa, 23 anos, foi desafiado a um jogo de cartas valendo R$ 10. Ganhou. Seu adversário, inconformado, agrediu-o ali mesmo e, semanas depois, matou-o a tiros na rua.

Ainda em julho, em Dourados, a 250 km de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, o policial militar Dijavan dos Santos matou também a tiros o bioquímico Júlio César Cerveira, na sequência de uma discussão sobre lugares marcados num cinema. Os dois, vítima e assassino, estavam acompanhados de seus filhos adolescentes. O filme era “Homem Aranha: Longe de Casa”. O tiroteio aconteceu com a sessão já começada, e o cinema cheio de crianças.

Há poucos dias, em fins de agosto, um PM ordenado a intervir para que se abaixasse o som de uma festa no bairro de Brotas, em Salvador, foi recebido com hostilidade pelo dono da festa e por alguns convidados. Eles tentaram agredi-lo e roubar seu revólver. Com a chegada de reforço policial, tiros foram disparados e houve feridos.

Todo mundo anda armado. Discute-se, briga-se e mata-se por qualquer coisa. A vida vale pouco. Não, nem sempre foi assim.

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Michele Bachelet e o governo da Venezuela

Michelle Bachelet denunciou a ditadura da Venezuela nesta segunda-feira. A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos acusa o governo de Nicolás Maduro de assassinato, tortura e de maus-tratos nos últimos meses. Segundo a ex-presidente do Chile, apenas neste mês de julho foram registrados 57 supostos casos de tortura. Bachelet denuncia também o aumento de execuções extrajudiciais, ou seja, os seguidores do ditador venezuelano sequestrando e matando oposicionistas nas ruas.

O novo relatório sobre violações cometidas pelo regime de Nicolás Maduro foi apresentado durante reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Em discurso na 42ª sessão do conselho, em Genebra, Bachelet disse o seguinte: “Meu escritório continuou documentando casos de execuções extrajudiciais cometidas por membros das Forças de Ação Especiais da Polícia Nacional em algumas comunidades do país. A deterioração dos Direitos Humanos continua afetando milhões de pessoas na Venezuela, e isso tem claros impactos desestabilizadores na região”.

Então vamos ficar aqui — sem pipoca, pois o assunto é muito grave — esperando a militância bolsonarista descer a lenha nessa comunista da Bachelet, que depois do ataque ao governo brasileiro agora difama também o presidente de um país amigo.

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© Orlando Pedroso

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Fotografia

© Orlando Kissner

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Weintraub, um ministro que parece que fugiu da escola

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, já virou uma piada com seus erros de português e confusões que demonstram uma certa deficiência intelectual. Entre várias mancadas graves, ele já escreveu a palavra incitaria com “s”, que virou “insitaria” em uma mensagem no Twitter. Também já se equivocou de um modo ridículo, referindo-se ao escritor Franz Kafka como “cafta”, nome de um prato árabe.

O mais engraçado é que os erros ocorreram exatamente quando Weintraub estava se achando muito esperto, querendo dar uma lacradinha. O ministro acredita que é um bom comunicador, capaz de encarar embates com adversários políticos usando a linguagem de humor. Não passa de um mal educado. Como não tem autocrítica, tornou-se um animado colecionador de gafes. Na semana passada ele teve uma grotesca participação na polêmica entre o governo Bolsonaro e Emmanuel Macron. No Twitter, o trapalhão chamou o presidente francês de “calhorda oportunista”.

Pois nesta sexta-feira o ministro aprontou mais uma de suas trapalhadas gramaticais. Ele enviou um ofício ao ministro da Economia, Paulo Guedes, com erros risíveis de português. Falando sobre as verbas previstas para a Educação em 2020, Weintraub escreveu duas vezes a palavra “paralisação” com a letra “z”. O ministro também escreveu “suspenção” em vez de “suspensão”.

As gafes seriam lamentáveis para qualquer ministério, mas na sua pasta isso é de doer. O ministro que não se ofenda, mas ele me parece um tanto ágrafo para um educador. E os erros crassos chamam ainda mais a atenção porque o padrinho de Weintraub é Olavo de Carvalho, que fez fama como crítico feroz do ensino brasileiro, dirigindo críticas agressivas especialmente às universidades públicas, segundo ele tomadas por professores comunistas, responsáveis pela péssima formação dos estudantes.

A falência da educação brasileira é uma dessas conspirações internacionais, uma trama diabólica do gramscismo, como costuma dizer Olavo, que chama seus desafetos o tempo todo de “analfabetos funcionais”. Seria interessante saber em qual categoria do analfabetismo ele encaixa um ministro que erra desse jeito a grafia de palavras.

Nessa mesma linha, com agressividade e falta de elegância idênticas, já faz um certo tempo que Weintraub imita o mestre que o indicou para o ministério. Ele manda o pau nas críticas às universidades, destratando professores e estudantes, especialmente os de esquerda, apontados como responsáveis pelo baixo nível de qualidade do ensino.

Claro que suas críticas ficam bastante comprometidas quando ele comete erros crassos que seria inaceitáveis mesmo em um aluno do ensino médio. Caso o professor de um bom colégio recebesse o ofício enviado ao ministro Paulo Guedes, com certeza os pais de Weintraub seriam aconselhados a colocar o filhão em muitas aulas de reforço de português.

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Ela

Fernanda Young – 1970|2019

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Playboy – Anos 70

1971|Liv Lindland. Playboy Centerfold

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Rei do underground de Curitiba, dono do Lino’s Bar morre aos 82 anos

© Hugo Harada|Gazeta do Povo

Figura central da música e da cultura underground de Curitiba, o empresário Antônio José Lino, dono do Lino’s Bar, morreu aos 82 anos nesta sexta-feira (30). Lino teve quadro de pneumonia no último fim de semana e estava internado na UTI do Hospital São Lucas, em Campo Largo, na região de Curitiba, desde segunda (26).

Ex-pescador, ex-soldado Boina Azul da missão da ONU no Egito nos anos 1950, ex-caixeiro-viajante e ex-cantor sertanejo, Lino se converteu em dono de bar em 1980.

Em torno de sua figura e de seu bar se formou a maior cena underground de música e literatura em Curitiba nos últimos 40 anos.

Tudo começou em 1982, quando se tornou dono do Lino’s Bar, na esquina das ruas Alameda Cabral e Augusto Stellfeld, no Centro de Curitiba. Lino foi abordado por um vizinho, o músico Rodrigo Barros Del Rey, o Rodrigão, vocalista da banda Beijo AA Força, uma das primeiras bandas punks da cidade.

A banda buscava um local para ensaiar. Lino cedeu o domingo, dia de menor movimento da casa.  Do encontro, resultou boa parte da música underground produzida em Curitiba nas décadas seguintes. Punk, metal ou psychobilly e outras vertentes.

Os ensaios abertos do BAAF viraram shows. Logo, bandas ocuparam o palco improvisado entre os engradados e a mesa de sinuca. “Aquilo nasceu do nada. Começou a juntar gente. Eu disse tudo bem e eles nunca mais foram embora”, disse Lino em entrevista à Gazeta do Povo, em 2017.

Além da música, parte importante da literatura produzida na cidade também passou pelo balcão do Lino’s.

Escritores como Marcos Prado (1961–1996), Paulo Leminski (1941-1989) Thadeu Wojchiechowski e Sérgio Viralobos também frequentavam o bar. Em entrevista à Gazeta, ele lembrou de como eram aqueles tempos.

A frequência de tipos estranhos tornou o bar “o inimigo numero 1” da polícia nos anos 1980 e 1990. “Não precisava nem a polícia mandar a moçada por a mão na parede, tudo mundo conhecia o procedimento”, disse Lino.

Ele diz que quase se arrepende de sua atitude à época. “Eu era muito atacado pela sociedade e fiquei contra a sociedade por um tempo. Comecei a me preocupar mais em defender a molecada, que era minha clientela, do que com a sociedade”.

O padrinho do punk concluiu, porém, que valeu a pena. “A maioria ali virou engenheiro, advogado, médico, juiz, escritor, jornalista…”

Em 2005, o imóvel do Centro foi vendido. Lino tentou renovar o contrato na Justiça – sem sucesso. Em 2008, o bar se mudou para uma rua meio escondida, na margem do trilho do trem, entre os bairros da Boa Vista e Barreirinha, nos fundos da casa do dono.

Biografia

Lino nasceu de uma família de 13 irmãos na cidade de Imaruí, no litoral catarinense – perto da famosa Praia do Rosa – então uma vila de pescadores de camarão.

Ele contou que viveu como “caiçara” até os 16 anos. “Foi só nessa idade que eu comecei a usar sapato”. “O meu pai era “picareta de camarão” e eu ajudava ele. Comprava o camarão dos pescadores e trazia pra Curitiba e Florianópolis”.

Aos 18 anos, foi convocado para servir o Exército no Rio de Janeiro. Após o serviço cumprido com louvor, surgiu a oportunidade de se juntar às Forças de Manutenção da Paz das Nações Unidas, convocada para garantir a nacionalização do Canal de Suez pelo Egito em 1956.

Lino vestiu a boina azul e foi para a faixa de Gaza onde ficou por 13 meses. “Foi um sofrimento do cão. Os americanos mandavam em tudo lá. A gente era meio escravo deles”.

Ele conta que se manteve firme por causa do soldo de quatro mil dólares que ajudava a sustentar toda a família. “Era complicado, mas o que vale é a experiência que a gente consegue na vida”. Daquela época, só sobrou o hábito de usar óculos ray-ban, modelo aviador.

No ano seguinte veio morar em Curitiba. Casou, teve quatro filhos e nunca mais saiu. Foi vendedor e gerente de loja dos Tapetes Pedroso.

Depois, viveu os “11 anos mais felizes da vida” como representante da marca para a região Sul. “Saía na segunda-feira e voltava só na sexta à noite”, lembra. “Foi o melhor tempo. A empresa pagava tudo e o Pedroso não aceitava que seus empregados ficassem em hotel barato”.

Como as viagens ficaram caras demais, a empresa as cortou. Lino não aguentou voltar para o serviço burocrático, no balcão da loja. Fez um “acerto” com a firma e comprou um bar. “Acostumei com a liberdade. Quando eu viajava sempre olhava os botecos e pensava que um dia eu abriria o meu. Mas nunca imaginei que seria tudo isso”.”

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