Benett

© Alberto Benett – Plural

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A caminho da cura

NELSON RODRIGUES numa simples crônica (como se as crônicas de Nelson fossem simples) elaborou um tratado de antropologia social do Brasil. Foi no ‘Complexo de Vira-Latas’, em que, sob o fundo da decepção pela derrota da Seleção, descreveu a essência do caráter do brasileiro: temos complexo de inferioridade diante do estrangeiro.

MUITO de nosso ser e estar decorre do complexo. Tem o jeito acanhado no Exterior. Tem a compulsão de imitar o estrangeiro em tudo, roupas, hábitos, expressões, até defeitos. O complexo avança na colonização cultural, no consumo de filmes, teatro e literatura estrangeiras. O estrangeiro tem sido, ainda é, melhor que nós.

TRATAR O COMPLEXO é demorado, caro, cansativo. Exigem-se medidas radicais, drásticas, de horizontalidade geral e brutal. Ainda é praticado em outros países. Consiste em fechar-se cega e orgulhosamente ao estrangeiro, repudiá-lo, recusar o apoio e a ajuda que oferece. Há exemplos, o Haiti, Cuba, Coreia do Norte. O Brasil já ensaia o experimento.

SEREMOS CURADOS do complexo por alguém ignorante do caráter nacional, do ser, da cultura, da essência e dos valores brasileiros. Que não é educador, cientista social, psicólogo social, artista popular ou pregador evangélico. Mas nos irá suprir a carência de auto-estima. A cura virá de Jair Bolsonaro. Com ele, seremos todos vira-latas.

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Paulo Leminski, 75 anos

A obra de Paulo Leminski tem duas marcas principais: a força poética e a carga polêmica. Leminski teve uma visão crítica feroz da realidade. Não se limitava ao Paraná – não pode ser visto como um “poeta paranaense”: foi um cidadão do mundo. Sua obra dialoga com autores e ideias de procedências múltiplas. Esse diálogo a elas impõe uma espécie de tremor: Leminski – como as crianças curiosas – gostava de sacudir os pensamentos para descobrir o que transportavam dentro de si.

Foi um homem de espírito exaltado, mas essa exaltação, em vez de ferir sua força poética, a aumentou. Como todo polemista, transformou-se em um personagem da cultura. Não temos, portanto, só uma obra para analisar, mas um personagem para interpretar.

No aspecto do desempenho, teve uma força incomum. Ainda hoje sentimos os efeitos de suas sacudidelas e dos solavancos que provocou no meio das ideias prontas. Revista Ideias|154|Agosto|Travessa dos Editores

Jose_Castell - Matheus-DiasJosé Castello é escritor e crítico literário.Vive em Curitiba

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Tempo

Antonia Eliana Chagas, Tonica, em algum lugar do passado. © Lucilia Guimarães.

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Além da utilidade

O amor. A amizade. O convívio. O júbilo do gol. A festa. A embriaguez. A poesia. A rebeldia. Os estados de graça. A possessão diabólica. A plenitude da carne. O orgasmo. Estas coisas não precisam de justificação nem de justificativas. Paulo Leminski

A Arte e Outros Inutensílios,  Folha de S. Paulo, caderno Ilustrada, 1986.

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Hoje – Itararé, 126 anos

Antiga estação ferroviária de Itararé, São Paulo, pertencente a um ramal da Estrada de Ferro Sorocabana. Atualmente funciona como centro cultural. © Divulgação

Itararé é um município brasileiro do estado de São Paulo situado na divisa do estado de São Paulo e do Paraná. O município é formado pela sede e pelos distritos de Pedra Branca de Itararé e Santa Cruz dos Lopes

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Planeta Água

planeta-água-paulo-brasil© Paulo Brasil

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Siri não é lagosta

O BRASIL brigou uma vez com a França. Foi durante a Guerra da Lagosta, entre 1961 e 1963, quando pesqueiros franceses foram apreendidos após invadir o mar territorial, em Pernambuco. Um navio de guerra francês de um lado, diversos navios de guerra brasileiros de outro, fez mais barulho que a Batalha de Itararé.

A ENCRENCA recebeu comentário do presidente Charles de Gaulle: “Le Brésil n’est pas un pays sérieux”, o Brasil não é um país sério. Ficou nisso, os franceses com nossas lagostas e nós com cara de tacho. De Gaulle, imperial nos dois metros de altura, não pediu desculpas pelo insulto ao Brasil. Nem Jânio Quadros, presidente na época, o exigiu.

O HOJE presidente do Brasil diz que aceita o dinheiro oferecido pelo G-7 para o combate do fogo na Amazônia. Desde que o presidente da França se desculpe pelos insultos a ele, Bolsonaro. O aprendiz de ditador confunde o Brasil com sua pessoa, pois os insultos não foram ao Brasil, diariamente ofendido por Bolsonaro.

SE A COISA virou fosquinha de recreio escolar, como ficam os insultos de Bolsonaro à primeira-dama da França? Bolsonaro cobre o Brasil de vexame a cada vez que abre a boca. O Brasil de 1961, de Jânio, era mais sério que o de 2019, de Bolsonaro. Diria de Gaulle, “Bolsonaro n’est pas un président serieux”

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Tempo

Tiago Recchia, em algum lugar do passado.  © Orlando Pedroso

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Mural da História

hérniaEm algum lugar do passado

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Orlando Pedroso

Duvida-Orlando-Pedroso

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Quaxquáx!

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Corpo, não, alma, sim

ESSE RAPAZ, o ministro Sergio Moro, apanha mais que “cachorro de índio”. (A expressão é de Álvaro Dias em comício de sua primeira eleição para o Senado.) O índio é Jair Bolsonaro e o cachorro, bem, precisa apontar?

DUAS VEZES na semana sobrou para o caigangue de Maringá. Num dia diz “não tenho problema com Moro”. Redundante, mas desagradável, pois todos sabem que Moro é quem tem problema com Bolsonaro.

EM OUTRO afirma que “Moro não esteve comigo na campanha”. Meia verdade, mentira completa. Não esteve porque impedido, como juiz; mas só de corpo. Mentira inteira: e aquilo de liberar material da Lava Jato antes do segundo turno? Foi a alma em campanha.

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Juíza de Sergipe diz que colegas do Judiciário fazem “teste do sofá”

Desenho de Alcy

A juíza de Sergipe Patrícia Cunha Paz Barreto de Carvalho deu uma declaração polêmica durante um congresso que discutia o papel da mulher no Judiciário. Ela disse que muitas advogadas e servidoras tiveram que fazer “teste do sofá”.

“Ouço a história de várias carreiras, de delegadas, advogadas, advogadas com juízes, para uma liminar, teste do sofá. Meus colegas fazem às vezes teste do sofá”, afirmou a magistrada em maio de 2018, durante o painel “gênero e a feminização da magistratura” no XXIII Congresso Brasileiro de Magistrados, promovido em Maceió.

“É muito delicado o tema, e não vem à tona. A gente ouve. Lógico que não vem a público. De repente você tem uma amiga que é servidora, então ela se sente à vontade para dizer. Mas é uma coisa velada, escondida, privada”, completou Patrícia.

Consultor Jurídico

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