À montanha que os pariu

DOS MILHARES de hackings da quadrilha dos araraquackers, só poucas dezenas serão aproveitadas, informa a PF, que investiga o caso. Como disse aquele romano, o Horácio, ao plagiar o ministro Sergio Moro, “a montanha pariu um hacker”, quer dizer, um rato.

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Falsas verdades absolutas

Os antigos viviam na Antiguidade, e outras besteiras que escrevemos sem pensar

Com frequência leio em livros e artigos que, durante a República Velha —a do “café com leite”, entre 1889 e 1930—, os paulistas e mineiros se revezavam no poder à custa de força militar, supremacia econômica e eleições roubadas. Fico imaginando o presidente Arthur Bernardes dizendo ao seu sucessor Washington Luiz: “Decretei o estado de sítio para garantir a República Velha”. Mas é claro que esse diálogo não aconteceu. O regime era mesmo aquilo tudo, mas só se tornou a “República Velha” porque foi derrubada em 1930 e substituída por uma “nova”, que logo desandaria em ditadura.

Da mesma forma, os antigos gregos e romanos nem desconfiavam de que estavam vivendo “na Antiguidade”, assim como, em 1300, ninguém se ofenderia se fosse chamado de “medieval” —porque ainda não havia o conceito de “Idade Média”. E é claro que Dom João 6º não trouxe a corte portuguesa para o Rio em 1808. Quem fez isto foi o príncipe regente Dom João, filho da rainha, dona Maria. Só quando ela morreu e ele foi coroado, em 1816, é que se tornou Dom João 6º.

A guerra de 1914-18 também não era a “1ª Guerra Mundial”. Para seus contemporâneos, ela era a Grande Guerra, e isso já bastava. Em 1939, veio a 2ª Guerra e, só então, a Grande Guerra ficou sendo a 1ª.

Entre 1895 e 1927, o cinema era mudo, e ninguém o chamava assim, nem sentia falta do som. Mas, com o filme “O Cantor de Jazz”, com Al Jolson, começou o sonoro e descobriu-se que, antes, era o “cinema mudo”. Aconteceu também com o disco hoje chamado de “vinil”. Em seu tempo, ele era o “LP” ou apenas “disco”. Quando surgiu o CD, o LP tornou-se o “vinil”, para diferenciar. Eu preferiria que o LP continuasse a ser o LP, e o CD fosse chamado de “metal”.

Mas, para mim, o mais perturbador foi quando Millôr Fernandes me chamou a atenção para o fato de que o inventor do alfabeto era analfabeto. Eu nunca tinha pensado nisso.

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Supostos hackers: suposta suposição supõe hipótese

 

O suposto cartunista Benett fala da suposta prisão de supostos hackers

Supostos hackers foram supostamente presos pela Polícia supostamente Federal por supostamente serem os responsáveis pela suposta invasão dos supostos celulares do ministro da suposta Justiça Sergio Moro e do suposto chefe da força tarefa da Lava Jato, o suposto procurador Deltan Dallagnol.

O suposto advogado de um dos quatro presos supôs, para supostos jornalistas, que a suposta intenção de um deles era vender as supostas mensagens obtidas de forma supostamente criminosa para o suposto Partido dos Trabalhadores.

A PF supostamente não confirma a suposta ligação dos supostos hackers com o conteúdo da Vaza Jato, que têm mostrado como os supostos juristas brasileiros tratam a suposta democracia do suposto país chamado supostamente de Brasil.

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Flagrantes da vida real

Sentado à beira do caminho. © Maringas Maciel

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Mural da História

7 de novembro|2008 

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Piauí

Laureni Dantas e o cartunista que vos digita, Teresina, 28º Salão Internacional de Humor do Piauí, em algum lugar do passado. © Vera Solda

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Mural da História

Dezembro|2005

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Saúde

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© Tiago Recchia

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Piauí

Teresina, Salão Internacional de Humor do Piauí, 2007. Foto do cartunista que vos digita, em algum lugar do passado.

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Fraga

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Alguém de olho ou na escuta

É o fim do sigilo e da privacidade — exceto para trambiques e propinas

Uma amiga minha foi flagrada outro dia aos beijos com uma famosa cantora no elevador de seu prédio. Os porteiros viram a cena pelo monitor, os vizinhos ficaram sabendo e houve certo tititi —não pelos beijos, mas por serem com a famosa cantora. E se você acha que, por levar uma vida opaca e neutra, está a salvo de ter sua intimidade exposta, engana-se. As câmeras do seu prédio registram quando, sozinho no elevador ou saindo do carro na garagem, você espirra, se coça ou tira ouro do nariz. A poucos metros dali, há um porteiro vendo tudo, numa tela cheia de telinhas.

As câmeras nos seguem pelas calçadas, suspensas nos postes e portões. Mesmo quando cochichamos com um amigo em qualquer lugar, pode haver alguém lendo nossos lábios. E, no futebol, não é mais possível dar um discreto toco no adversário ou fazer de conta que a bola bateu na nossa mão —o VAR, esse monstro de mil olhos, avisa logo o juiz.

Uma consulta ao Google sobre o assunto mais bobo deflagra uma operação digital, em que todos os nossos gostos pessoais se tornam do conhecimento da Amazon, e esta começa a nos bombardear com anúncios. Enfim, não há mais sigilo ou privacidade.

Nem os bebês estão a salvo. Um tradicional fabricante de fraldas inventou um sistema em que um sensor inserido nelas avisa quando eles fazem xixi ou cocô, e manda um alerta aos pais através de um aplicativo. Outra empresa criou chupetas que avisam a hora de botar o garoto para mamar. E ainda outra oferece um aparelho para tapear o bebê reproduzindo a voz de sua mãe.

E, naturalmente, todas as nossas conversas, por telefone, email e celular, legais ou ilegais, estão sendo escutadas, gravadas e hackeadas, e, um dia, serão usadas contra nós. Exceto as que envolverem trambiques, propinas e cabeludas movimentações financeiras. Estas estão a salvo de investigação —a não ser que autorizada pelo ministro Toffoli.

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Playboy – Anos 70

1973|Christine Maddox. Playboy Centerfold

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Pra lançar um livro, todo escritor tem que entrar na arena com os  leões do mercado editorial brasileiro. Disputa ferrenha, não está fácil ter algo publicado, em virtude da crise. Amigo de Toninho Vaz, fizemos muitas coisas juntos – a capa da biografia de Torquato Neto, Pra Mim Chega, Editora Nossa Cultura, 2013, é uma delas. Esta capa (à esquerda)  da biografia do Zé Rodrix foi feita enquanto havia negociações com editoras. Acabei dançando.  Mande bala, Toninho Vaz!

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