Rá!

Publicado em Sem categoria | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Faz janta?

A PIADA VELHA coube como luva. Passeio Público, domingo, o melhor dia para conferir os pobres felizes e as putas infelizes. Ambos vão bem, os pobres sempre no seu canto, as putas com o canto de sempre – uma delas me aborda: “faço tudo que tua mulher não faz”. Lembrei da piada e sapequei “você faz janta?” Xingamento pesado, saí de fino. Contei em casa, xingamento leve. A comida continua igual, ainda não tem janta. Ah, se a puta fizesse janta…

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Hoje!

Publicado em Sem categoria | Com a tag , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

O perigo da vitória do crime no ataque à Lava Jato

Num caso como este, do vazamento das mensagens roubadas de conversas entre Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, tão importante quanto avaliar o objetivo deste vazamento é prestar atenção naquilo que vai ocorrer com certeza em decorrência do que será estabelecido com um resultado favorável aos que estão por detrás disso tudo. O objetivo é o de sempre: soltar Lula, restabelecer o poder de seu partido e fazer retroceder o rigor imposto pela Lava Jato no combate à corrupção.

Visto desse modo, este conflito pesado que envolve até roubo de informações em conversas privadas pode parecer uma questão de disputa política, o que é de fato. Mas existem também outras implicações, que afeta diretamente a segurança de todos nós. Moro e os procuradores da Lava Jato e de outras operações não atuam apenas em crimes relacionados à política. O trabalho deles é também contra o crime comum, em confronto com quadrilhas violentas e de grande poder de fogo.

Como juiz, Moro já condenou líderes do narcotráfico internacional. Procuradores arriscam com coragem suas vidas enfrentando criminosos da pesada. Chefes do crime, como Fernandinho Beira-Mar e também chefões do tráfico internacional, receberam penas longas para cumprir, do mesmo modo que aconteceu com vários políticos, entre eles o centro dessa polêmica toda, este criminoso que já foi presidente da República, o Lula.

Por isso, a derrocada da Lava Jato não  está apenas no âmbito da política. O retrocesso terá consequências graves sobre o crime organizado, favorecendo todo seu aparato de hoje em dia de terror e opressão sobre os brasileiros, com um amaciamento da pressão sobre milícias, ladrões, assaltantes, homicidas, narcotraficantes e outras modalidades do chamado crime comum.

Pautas defendidas atualmente por corruptos, como o fim da prisão em segunda instância, além do impedimento de que haja maior rigor jurídico e no cumprimento de penas, se forem adiante serão obviamente usufruídas não só pelo Lula, Sérgio Cabral, Eduardo Cunha, José Dirceu e tantos outros bandidos de colarinho branco. Os bandidos que traficam, roubam, assaltam, estupram e matam também estarão neste tétrico trem da alegria.

Publicado em José Pires - Brasil Limpeza | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Quaxquáx!

Publicado em Quaxquáx! | Com a tag , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Séquisso

Publicado em Sem categoria | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Publicado em As Velhas | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Ingratidão, essa quimera

JAIR BOLSONARO divulga nota em que assegura “confiar irrestritamente no ministro Moro”. Resposta – atrasada – às conversas entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol durante a Operação Lava Jato, divulgadas pelo site The Intercept Brazil.

Diria o quê? Que não confia? Então deveria demitir o ministro. Portanto, dizer que confia é chover no molhado. E a confiança declarada não é ao juiz, é ao ministro. Se falasse um ai do juiz seria ingratidão da grossa. O juiz Moro foi decisivo na eleição do presidente.

Importante, decisivo mesmo neste momento é quanto dura a gratidão do presidente ao seu ministro. Se a fritura do ex-magistrado e a paralisia consequente ao processo das reformas resiste à dívida política do presidente com seu ministro, em vias de se tornar um cadáver insepulto.

Na política a gratidão, ou a dívida, opera num equilíbrio delicado, instável, com o instinto de sobrevivência pessoal do político. No limite do equilíbrio, o instinto pesa mais e sacrifica a gratidão. Bolsonaro já deu mostra disso ao sacrificar o ministro Gustavo Bebianno, a quem muito deve na eleição.

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Com a tag , | Comentários desativados em Ingratidão, essa quimera
Compartilhe Facebook Twitter

Ela, sempre

Monica Bellucci. © Peter Lindbergh

Publicado em Musas | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Publicado em Charge Solda Mural | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Dor elegante

Publicado em Sem categoria | Com a tag , , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

A revogação do uso obrigatório da cadeirinha para crianças nos veículos

O projeto de lei que o Poder Executivo apresentou no dia 04 de junho de 2019 para não aplicar multas, mas apenas advertências por escrito a motoristas que desrespeitarem regras de transporte de crianças em veículos é constitucional?

O Supremo Tribunal Federal ainda não aplicou a inconstitucionalidade em dispositivos revogadores. Neste caso, é uma grande oportunidade.

A proteção às crianças que são transportadas em veículos trata de direito fundamental, e pelo princípio do não retrocesso nestes direitos, este projeto não pode ser aceito como constitucional, mesmo na legislação ordinária. Não é razoável, nem muito menos proporcional aos valores constitucionais envolvidos.

Em outras palavras, não pode uma lei nova revogar lei vigente que trate de direitos fundamentais, principalmente de direitos da infância e da juventude, nas quais está em jogo a vida e a segurança.

Se acaso o projeto de lei for adiante e se transformar em lei, dificilmente o Poder Judiciário julgará nesta linha, mas seria o mais correto para a proteção de milhões de crianças que são transportadas em veículos. A regra está na Resolução de 28 de maio de 2008- CONTRAN.

Vejamos os dados estatísticos (Fonte dos dados: www.criancasegura.org):

Tipo de acidente Faixa etária Redução das mortes

de 2007 a 2016

Trânsito Total 60,54%
Menor de 1 ano 88,23%
2 a 4 anos 65,17%
5 a 9 anos (uso de cinto a partir dos 7 anos) 49,16%
10 a 14 anos 64,26%

Desta forma, entendemos que o Congresso Nacional deve resguardar a segurança das crianças que são transportadas para lhes preservar a vida, rejeitando a proposta da lei de mera advertência, encaminhada pelo Poder Executivo.

Caso contrário, estaremos num amplo retrocesso, o que, aliás, já está ocorrendo em diversos ramos do direito brasileiro.

Publicado em Claudio Henrique de Castro | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Homem feminino?

O que fizeram com o meu fetiche do décimo andar?

Meu marido não sabe, mas acho que tive um caso de dois dias e meio com um vizinho.

Sua voz doce ao violão me fazia abrir as janelas e suspirar pela casa. Sonhei com meu corpo nu entregue em seu sofá e ele, sentado no chão, perguntando absolutamente tudo sobre meus pensamentos mais obscuros. E ficaríamos tão íntimos e tão amigos que a solidão nunca mais teria encaixe na agenda. Um músico, poeta, escritor, artista. Um parceiro que sempre perguntaria: “E depois?”. E, após minha resposta, ainda indagaria: “E depois disso?”. Um eterno namorado que me beijaria a boca por horas, anos, e dançaríamos pela sala. Um amante que sempre despertaria todas as minhas células com um leve tocar de dedos e jamais salpicaria meu vaso sanitário com respingos descarados de urina desgovernada.

Um dia, apesar de o músico ostentar um golfinho de madeira no pescoço, puxei papo no elevador. Abri a boca para falar: “Acho que hoje chove”, mas, porque não suporto as frases que todo mundo fala e a vida que todo mundo leva, deixei escapar: “Sabia que fantasio muito te ouvindo da janela?”. E os olhos do músico se encheram de lágrimas, e, mais tarde, embaixo da minha porta, ele deixou um papel A4 com a letra de uma canção que estava compondo havia “mais de um ano”. Achei tão amoroso. E achei também uma perda de tempo, porque, em nome do Senhor, quem fica um ano tentando terminar uma porra de uma música ruim e não desiste?

Contudo, justamente porque meu marido não é dado a muito romance (e eu pensava que aí estava o problema), considerei por bem continuar o flerte. Um cara que, ao ser paquerado no elevador”¦ chora! Muito melhor do que um cara que segura firme meu braço e fala alguma grosseria tipo: “Ah é? Me conta mais então”. Hein?! Sei lá.

Trocamos números e entramos numa obsessão diária. Era “bom dia, minha musa”. Era “boa tarde, ser humano que venero”. Era “boa noite, talvez eu morra sem você”. E ele seguia chorando. Na piscina, na academia, no estacionamento. A vida o deixava perplexo, obliterado, chatíssimo. Durante os dois dias e meio que durou nosso arrebatamento, o músico me contou que às vezes não comia, não dormia, e estava havia muito tempo sem trabalhar “em respeito a sua alma”. Mas a arte o salvava! E me mandou a foto de uma pintura horrenda. Um buraco negro psicodélico que mais parecia um ânus arregaçado após suruba com aquarela.

Começou a me dar uma vontade tremenda de arrumar um emprego para aquele desgraçado. E de dar uns bons tapas em sua face poética, artística e sensível. Porra, mano, o que fizeram com o meu fetiche do décimo andar? Cheguei a pensar: que desgosto, um homem feminino! Mas eu sou uma mulher, e não um bebê narcísico masturbando minhas carências até jorrar vaidade disfarçada de humanidade nos outros. Não chamemos de feminino o homem bobo!

Tentei esquentar as coisas com uma foto minha de calcinha branca. Porém isso o remeteu ao Ano-Novo, que o remeteu à palavra “esperança”, e aturei umas cinco horas de elucubrações rasas sobre o vazio. Naquela noite, voltei a transar com o meu marido. Graças ao bom Deus, casei com um cara que bebe cerveja toda quinta e chama de “quinta etílica”, que pede hambúrguer com fritas toda sexta e chama de “sexta sem lei” e que, obrigada cosmos, me olha com desdém quando eu reclamo que só queria um homem sensível, poeta, romântico, artista.

Publicado em Tati Bernardi - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Todo dia é dia

História de Carnaval

Beijou a minha testa e deu alpiste pro canário
Disse que ia pegar o carro na oficina
Me senti ainda mais otário
Ao vê-la em seu casaco falso de chinchila
Saiu de casa no sentido anti-horário
Mas deixou quente meu ché de camomila
Quando a dor fica insuportável
Simplesmente deixamos de senti-la

Sérgio Viralobos

Publicado em Todo dia é dia | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Mural da História

6 de março, 2009 – O Estado do Paraná

Publicado em Charge Solda Mural | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter