Ivan Gélico, o terrível…

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, pisou na bola mais uma vez ao comentar sobre a Ciclovia Tim Maia, na Zona Sul. Ao responder a jornalistas mulheres sobre a polêmica declaração de que o local passaria a se chamar “Vasco da Gama porque cai muito”, Crivella reiterou que foi uma brincadeira e que “os meninos sabem”. “Vocês são meninas. Vocês não entendem nada”. Quiuspariu!

Publicado em Sem categoria | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

O caminho do meio na política

Depois de um longo dia de trabalho em Oeiras, no centro-sul do Piauí, fui contemplar a lua cheia e vi um corpo brilhante sobre ela. Era Júpiter, que se aproxima todo mês, mas aparece claramente quando a lua é cheia. Fotografei com prazer aquela presença. Uma conjunção feliz, pois nos traz algo de novo ao alcance do olho nu.

Do meu posto de observação da história contemporânea do Brasil, conjunções são raras, desastres mais comuns, não é raro ver a vaca ir pro brejo.

O documento que Bolsonaro divulgou sobre as dificuldades de governar o país nos coloca diante de uma alternativa: governar com conchavos e perpetuar a corrupção ou usar a força popular para provocar mudanças, o que tende a desembocar no autoritarismo.

Existe um caminho do meio, uma nova forma de de se relacionar com o Congresso que ainda não foi experimentada amplamente. Não há garantia de êxito, mas certamente vale a pena tentar.

É uma ilusão supor que os congressistas sempre se curvam à maioria. Foram eleitos também, e para muitos a opinião de seus próprios eleitores pesa mais do que a da maioria.

Uma saída seria atrair o Congresso na execução do Orçamento, tornar políticos de uma região responsáveis também por uma série de obras programadas para ela. É uma parceria que não acaba com o fisiologismo. Mas pelo menos o isola um pouco, oferecendo aos envolvidos uma forma de superar o medo de que seus eleitores pensem que nada fazem por eles.

Pela experiência no Congresso, não considero apenas os fatores materiais. Há um grande muro simbólico a ser derrubado.

Os deputados e senadores seriam mais felizes se pudessem aprovar seus próprios projetos e não serem sufocados por medidas provisórias e pautas oriundas do governo. Há um desequilíbrio aí, e ele já existe há muitos anos.

Ainda num campo simbólico, a atenção de um presidente e uma palavra de apoio ao seu trabalho representam para um deputado mais que verbas. Não recomendo um expediente de relações públicas, como mandar um telegrama no dia do aniversário.

Seria necessário um autêntico interesse pela produção dos parlamentares, uma noção de sua trajetória, uma tentativa de impulsionar o que tem de melhor: jovens começando a carreira, veteranos especializados em alguns temas, todos amparados por um corpo técnico competente.

Pode ser bobagem o que vou dizer, mas os presidentes falharam de uma certa forma em buscar esse caminho e suas variantes.

De um modo geral, chegam ao governo depois de uma grande campanha eleitoral. Ao contrário de terem resolvido as ilusões do ego, eles aceleram a viagem e colocam-se num outro patamar: sabem mais que os outros, são acontecimentos inéditos na história, enviados de Deus. E há os mais distantes, como Collor e Dilma, que claramente não tinham esse dom.

O caminho do meio depende de um presidente que realmente leve a sério o Congresso. Isso não exclui que, em certos momentos, existam manifestações não a favor do governo, mas a favor de alguma bandeira que coincide com algo bem claro no jogo democrático.

Nesse caminho do meio não há avanços vertiginosos. Quem os espera se decepciona. Sem ilusões sobre o Congresso. Não se trata de fazer um avião decolar. Na verdade, trata-se de pôr em marcha uma geringonça.

Essa imagem não é depreciativa. Assim os portugueses chamam sua experiência relativamente exitosa. Comunistas? Nesse caso, Portugal seria o único país comunista a atrair tantos imigrantes, ricos e pobres.

A chance de superar o dilema corrupção ou autoritarismo não foi realmente tentada por Bolsonaro. Mas ainda está aberta para a virada da década.

Os candidatos sempre prometem alguma forma de resolver o impasse. Fica essa lembrança quando o tema voltar em 2020.

Há um caminho do meio. Quem sabe?

O problema é produzir políticas públicas que melhorem as condições reais de vida de milhões de pessoas. O resto são honrarias, condecorações, estátuas para pombo fazer cocô.

Prefiro acreditar que exista uma solução e contribuir para ela a continuar na velha história de que, no fundo, afirma o documento lançado pelo Bolsonaro, o Brasil não tem jeito. Como os estoicos, acham que tudo vai passar como os bárbaros por Roma, pois acabariam engolidos por ela.

Publicado em Fernando Gabeira - O Globo | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Minhoca na cabeça

© Rafael Araújo

Publicado em Sem categoria | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Fraga

Publicado em fraga | Com a tag , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

De juízes e de sentenças

Certa ocasião, quando eu escrevia para O Estado do Paraná e ainda advogava, recebi uma pergunta de uma leitora:

“O senhor, que é do meio e parece conhecer bem o Poder Judiciário, poderia me responder: há diferença entre a Justiça brasileira e a Justiça norte-americana?”

No e-mail que me mandou, Maria de Lourdes, desta Capital, se confessava preocupada com o Judiciário nacional: magistrados denunciados por corrupção, sentenças contaminadas por interesses escusos, autoridades judiciárias na cadeia [era tempo do juiz Nicolau] e interesses políticos nos tribunais superiores.

Sustentou: “Sabe de uma coisa, prezado colunista? Acho que o nepotismo é um mal menor no atual Judiciário brasileiro”.

Respondi-lhe que era ela que estava dizendo e pedi-lhe que não me comprometesse com o pessoal da toga, mais do que eu já estava comprometido.

Expus que fizera parte do Poder, como integrante do baixo clero e, depois, como advogado militante, era obrigado a seguir certa liturgia para não prejudicar a clientela. Acrescentei não saber se o Judiciário americano, que conhecia apenas por ouvir dizer e pelo cinema, era diferente do brasileiro. Parecia que sim, e muito. Mas podia ser, também, que, no final das contas, fosse a mesma coisa.

E para ilustrar, contei-lhe alguns episódios que me tinham sido enviados pela internet, em épocas diferentes, envolvendo situações a propósito do tema, ocorridas nos Estados Unidos e no Brasil. Os primeiros eram tidos como verdadeiros; o último tinha característica de chiste, embora muitos dos jurisdicionados nacionais não achassem nenhuma graça nele.

Nos EUA, Stella Liebeck, uma senhora de 81 anos, comprara um café no McDonald’s e se queimou com o líquido quente enquanto tentava bebê-lo e dirigir o automóvel ao mesmo tempo. Ganhou uma bruta indenização da cadeia de lanchonetes e, em sua homenagem, foi criado o Prêmio Stella, para sentenças judiciais verdadeiras, mas absurdas. Eis aqui duas delas:

1. Carl Truman, 19 anos, de Los Angeles, foi reembolsado de despesas médicas e ganhou US$ 74 mil de indenização do motoristas de um carro que passou em cima de sua mão. O motorista deu partida e andou, sem perceber que Truman estava roubando as calotas de suas rodas.

2. Terence Dickson, de Bristol, roubou uma casa e quis sair pela garagem. O portão estava enguiçado. Tentou voltar para casa, mas a porta tinha batido e ficara trancada. Ele passou oito dias na garagem, apenas com algumas latas de Pepsi e um saco de ração para cachorro. Só saiu quando os donos da casa voltaram de viagem. Ganhou US$ 500 mil de indenização por haver sofrido “angústia mental indevida”.

Aqui no Brasil, consta que em uma comarca do interior, distante da capital, assumiram, ao mesmo tempo, o juiz e o promotor de Justiça, ambos aprovados em 1º lugar nos respectivos concursos. Com muita teoria na mente, os dois arrotavam conhecimentos jurídicos, quando deu entrada no cartório uma medida cautelar contra o município e o juiz se viu obrigado a despachar o pedido urgente de liminar.

Sem saber o que fazer, despachou: “Vistas ao Ministério Público”.

O processo foi remetido ao promotor, que, na mesma situação do magistrado, registrou nos autos: “Vi”.

O juiz não gostou do parecer do promotor e despachou novamente: “Diga o Ministério Público o que viu”.

O promotor não teve dúvida: “Vi tudo, ora!”

Sem saber o que fazer, o juiz proferiu a seguinte decisão:

“Tudo visto, sem mais objetivo, arquive-se”.

P.S. – Há coisas que só acontecem no Brasil: na terça-feira, o presidente Bolsonaro reuniu, em um café da manhã no Alvorada, os presidentes dos três Poderes da República. Objetivo: firmar um pacto de entendimento e harmonia entre eles – algo já previsto na lei. E na Lei Maior, a Constituição Federal. Pactuaram também em favor das reformas do governo federal. Coube ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, levar o esboço do acordo. Logo ele, que nem deveria estar presente, já que compete ao Judiciário o exame e julgamento de questões envolvendo as autoridades públicas.

Publicado em Célio Heitor Guimarães - Blog do Zé Beto | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Estreia da Orquestra Sem Fim é a atração do projeto Música na Biblioteca desta sexta

Amanhã,  31 de maio (sexta-feira), a partir das 17h30, no hall térreo da Biblioteca Pública do Paraná (R. Cândido Lopes, 133, Centro – Curitiba). Imperdível!

Publicado em Geral | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Que país é este?

Publicado em Que país é este? | Com a tag | Comentários desativados em Que país é este?
Compartilhe Facebook Twitter

Até quando?

carli-filho-Henry-Mille-Gazeta-do-povoLuiz Fernando Ribas Carli Filho.   © Henry Milléo|Gazeta do Povo

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Sapiosexual. © IShotMyself

Publicado em Amostra Grátis | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Todo mundo lá!

Publicado em Geral | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Que país é este?

Publicado em Que país este? | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Consultores de investimentos

Bezerra, Eike, Queiroz e Flávio deviam ensinar suas técnicas para fazer dinheiro do nada

Certas notícias são de tirar o fôlego. Na semana passada, a Justiça bloqueou R$ 258 milhões da conta bancária do senador Fernando Bezerra Coelho, ex-PSB-PE, hoje MDB-PE, por suspeita de envolvimento nas aventuras da Petrobras com construtoras e refinarias durante os anos Dilma. Bezerra Coelho é o atual líder do governo Jair Bolsonaro no Senado. Apesar desse rombo nas suas economias, ele não parece estar perdendo o sono. Pelo menos, em foto tirada no mesmo dia ao lado do presidente, estava feliz da vida. 

Dias depois, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) aplicou uma multa de R$ 536 milhões no empresário Eike Batista, por uso de informação privilegiada para negociar ações de suas antigas empresas de petróleo e gás. Você se lembra de Eike. Há poucos anos, chegou a ser um dos homens mais ricos do mundo —hoje, não pega nem quinta divisão. Mas não se queixa. Em seu apogeu, quando lhe perguntavam como podia ser tão rico, ele respondia: “Eu faço riquezas do nada”. Sabemos agora que não estava mentindo.

E esta é a chave para quem quiser ficar rico —fazer dinheiro do nada. Fabrício Queiroz, ex-motorista do então deputado estadual FlávioBolsonaro, também explicou como conseguia movimentar milhões com seu miserável salário na carteira: “Eu sei fazer dinheiro”. E como era isto? Segundo ele, comprando e vendendo carros com lucros fabulosos. Mas, para outras correntes filosóficas, seria recheando o gabinete do chefe com funcionários fantasmas e dando interessantes destinos ao dinheiro.

O próprio Flávio Bolsonaro é outro que sabe fazer dinheiro. Por mais elásticos o salário e as verbas de gabinete de um deputado estadual, só mesmo a vocação para fazer dinheiro explica tantos imóveisnegociados em tão pouco tempo e com lucros de 400%.

Se não fossem tão ocupados, Bezerra, Eike, Queiroz e Flávio seriam insuperáveis como consultores de investimentos.

Publicado em Ruy Castro - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Estreia da Orquestra Sem Fim é a atração do projeto Música na Biblioteca desta sexta

Publicado em Biblioteca Pública do Paraná | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Tempo

miran-by-guiOswaldo Miranda, Miran, aos 30 e poucos anos.  © Agnalda Trinkel

Publicado em tempo | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Todo dia é dia

© O Globo

Publicado em Todo dia é dia | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter