Todo dia é dia

Edson de Vulcanis. © Maringas Maciel

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Dinheiro resolve

No início da tarde de quarta-feira (24), quando a sessão do Congresso Nacional ainda estava mantida para análise dos vetos do presidente Lula, as negociações caminhavam para haver somente votação do que envolvesse orçamento e LDO, a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

O anúncio de adiamento feito por Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se deu, principalmente, pelo risco real de deputados e senadores derrubarem o veto de Lula no que diz respeito à criação de um cronograma para empenho e pagamento de emendas parlamentares.

O calendário, que foi aprovado pelo Congresso na LDO, evitaria que o governo privilegiasse aliados na distribuição de emendas em ano eleitoral. Com o veto, a articulação política combinou que os pagamentos, mesmo sem um cronograma estabelecido, seriam feitos normalmente.

O acerto tratava de liberação dos recursos na casa dos 11 bilhões de reais até abril. Não foi o que ocorreu. Até o momento, o governo pagou algo em torno de 5,5 bilhões.

O cancelamento da sessão foi acordado para que, até a segunda semana de maio, o Palácio do Planalto consiga cumprir a promessa e evitar a derrubada de outros vetos: os que tratas das emendas de comissão e do PL das Saidinhas.

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O irmão do Maracanã

A televisão matou a janela.

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Das portas

Ler livros não é necessário para nossa existência. Tampouco revistas ou jornais. Tudo o que eu preciso vejo na TV. Nunca aprendi nada lendo os livros que não li, nem as revistas e jornais que passaram por mim nas mãos de outros. E continuo forte e funcional e isso é o que verdadeiramente importa. Falar em porta, as portas da minha casa nunca leram um livro e de jornais só sabem o que passaram no sovaco das pessoas. Continuam fortes e funcionais, orgulhosas de seu destino de porta.

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Cinema grego

© Reuters

Yorgos Lanthimos nasceu em Atenas. Estudou direção de cinema e televisão na Escola de Cinema Stavrakos em Atenas. Nos anos 1990 dirigiu uma série de vídeos para companhias de dança-teatro grego. Em 1995 dirigiu um grande número de comerciais de TV, além de vídeos musicais, curtas-metragens e peças de teatro experimental.  Ele também foi um membro da equipe criativa que projetou a abertura e fechamento cerimônias dos Jogos Olímpicos de Verão de 2004 em Atenas.

Sua carreira longa-metragem começou com o filme convencional meu melhor amigo, onde ele compartilhou dirigir créditos com o mentor Lakis Lazopoulos e foi seguido pelo filme experimental Kinetta que estreou no Toronto Film Festival 2005. Seu terceiro longa-metragem Dogtooth ganhou o Prêmio Un Certain Regard no Festival de Cannes 2009  e foi nomeado para Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 83.  Seu quarto filme Alps (2011) ganhou o prêmio Osella para Melhor Roteiro (Yorgos Lanthimos e Efthimis Filippou) no Festival de Cinema de Veneza 68 internacionais.

O roteiro de seu quinto filme The Lobster foi premiado com o Prêmio Internacional ARTE como Melhor Projeto CineMart para 2013, o 42º Festival Internacional de Cinema de Roterdam.  O filme foi selecionado para concorrer à Palma de Ouro no Festival de Cannes 2015 .

Quando falamos sobre o Teatro Margem no Teatro Guaíra (eu e Beto Bruel) citei Yorgos Lanthimos, por Dogtooth e Athina Raquel Tsangari, de Attenberg, como referência cinematogrática para teatro e a transgressão, a paixão pra seguir (re)inventando. Não é, Felipe Hirsch?

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Aqui nem Deus dá jeito

Tendo entendido que era a hora de mudanças no Brasil, o Senhor chamou o brasileiro Noé da Silva e disse-lhe: “Dentro de seis meses, farei chover ininterruptamente durante 40 dias e 40 noites, até que todo o Brasil esteja coberto pelas águas. Os maus serão destruídos, mas quero salvar os bons e justos e um casal de cada espécie animal. Vai e constrói uma arca de madeira”.

No tempo certo, os trovões deram o sinal e os relâmpagos cruzaram o céu.

Noé da Silva, ajoelhado no quintal de sua casa, chorava, quando ouviu, novamente, a voz do Senhor, que soou furiosa, entre nuvens:

– Noé da Silva! Onde está arca?!

– Perdoe-me, Senhor – suplicou o bom homem. Fiz o que pude, mas encontrei dificuldades imensas para cumprir a tarefa que me atribuístes. Primeiro, tentei obter uma licença da Prefeitura para a construção almejada, mas, para isso, além das altas taxas para obter o alvará, ainda me pediram uma contribuição para a campanha. Não dispondo do dinheiro, recorri aos bancos e não consegui empréstimos, mesmo submetendo-me a taxas de juros de 13% ao mês.

Prosseguiu Noé:

– Depois, o Corpo de Bombeiros exigiu-me um sistema de prevenção de incêndios, que consegui contornar subornando um funcionário. Só que, aí, começaram os problemas com o Ibama para a extração da madeira. Eu disse a eles que eram ordens Vossas, mas não houve jeito. Eles queriam saber se eu tinha um tal de “projeto de reflorestamento” e um tal de “projeto de manejo”. Eu ainda tentava descobrir do que se tratava, quando o mesmo Ibama descobriu uns casais de bichos que eu estava reunindo aqui no quintal. Além de aplicar-me uma pesada multa, o fiscal ainda falou em “prisão inafiançável”, e eu acabei tendo de matar o infeliz, pois para o crime de morte a lei é mais branda.

E Noé continuou falando ao Senhor:

– Aí, tentei começar a obra. Mas apareceu o CREA e taxou-me porque eu não tinha um engenheiro responsável pela construção. Depois, veio o pessoal do sindicato, exigindo que eu contratasse seus marceneiros, com garantia de emprego por um ano e demais encargos trabalhistas, fiscais e previdenciários. Como se não bastasse, chegou a Receita Federal falando em “sinais exteriores de riqueza”, e também me multou. Finalmente, chegou a turma da Secretaria de Meio Ambiente e pediu-me um “Relatório de Impacto Ambiental” sobre a área que seria inundada. Mostrei-lhe o mapa do Brasil. Então, decidiram internar-me num hospital psiquiátrico.

Noé terminou o relato ao Senhor aos prantos. Mas notou que o céu clareava.

– Senhor – indagou – não vais mais destruir o Brasil?!

– Não – respondeu-lhe a voz entre as nuvens. Pelo que ouvi de ti, Noé, cheguei tarde demais. Alguém já se encarregou de fazer isso!

Ah, Senhor! Manda aquela chuva e esquece da arca!

P.S. – O conteúdo do acima revelado não foi descoberto nos manuscritos do Mar Morto, mas nas cavas da internet. Já publiquei aqui, mas deu-me vontade de repetir. Com a minha homenagem ao autor desconhecido.

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Giulia Wylde. © Zishy

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Um golpe contra os brasileiros

Manifestação contra o golpe na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, é reprimida pelo Exército em 1º abril de 1964 

O golpe de 1964 foi a maior tragédia da história política brasileira. Instalou uma longa e brutal noite de terror e interrompeu o rico processo democrático que marcou as duas décadas anteriores. Centenas de milhares de pessoas foram presas e dezenas de milhares torturadas. Mais de 400 brasileiros foram mortos pelos órgãos de repressão – e muitos deles figuram como desaparecidos até hoje. Os direitos de expressão, manifestação e organização foram suprimidos.

O golpe investiu também contra os direitos e conquistas dos trabalhadores. Promoveu forte concentração de renda: os ricos ficaram mais ricos, e os pobres mais pobres. Apoiado pelos Estados Unidos, o regime enquadrou o Brasil, o maior e mais populoso país da América Latina, nas diretrizes que vinham de Washington. A soberania nacional foi submetida a poderosos interesses externos.

A população, em meio a enormes dificuldades, soube encontrar brechas e abrir caminhos para resistir e reconquistar a democracia. Saiu desse período terrível mais forte, mais madura e mais experiente. A duras penas, aprendeu que a democracia pertence ao povo e não pode ser tutelada por ninguém. Ditadura, nunca mais!

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#ForaPutin!

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Agências amigas do PT vencem megalicitação de Lula

O Brasil ficou sabendo nesta quarta-feira, 24, que as agências Moringa, BRMais, Área Comunicação e Usina Digital venceram a megalicitação de comunicação promovida pelo governo Lula na expectativa de melhorar a popularidade do presidente. O Antagonista já sabia do resultado desde o dia anterior.

Saber do resultado com antecedência não deveria ser possível, já que os autores das propostas vencedoras só poderiam ser conhecidos na sessão pública desta quarta, pois o julgamento acontece sobre propostas não identificadas.

Os 197 milhões de reais alocados pelo Palácio do Planalto para “combater fake news” (dos outros) serão partilhados por quatro agências amigas do governo Lula (à direita na foto), o que desperta suspeitas sobre o processo. Elas disputavam a concorrência com outras 20 empresas, algumas delas com muito mais tradição no setor público do que as vencedora.

O resultado anunciado nesta quarta foi publicado horas antes, na terça, em postagem cifrada no perfil do X de um dos autores desta reportagem: “PP = AD+M+BRplus+US”.
Amigas

A Área Comunicação (AD) é conhecida por sua associação com Otávio Antunes, marqueteiro do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A Usina Digital (US) é vinculada a Sidônio Palmeira, marqueteiro de Lula na última campanha, que se uniu ao governo recentemente para tratar da popularidade do petista.

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Todo dia é dia

troco sílabas
pra me desvencilhar
das palavras
que eu não conheço
troco vocábulos
por ideias mirabolantes
que só vieram agora
quando deviam
ter vindo antes
muito antes

 
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Aos falsos Paideumas

William of Ockham

“A entidade Occam (Ogum, Oxum, Egum, Ogan) não existe do “real”, é um ser puramente lógico-semiótico, monstro de zôo de Maurício interiorizado no fluxo do texto, o livro como parque de locuções, ditos, provérbios, idiomatismos, frases-feitas.

O monstro não perturba apenas as palavras que lhe seguem: ele é atraído por qualquer perturbação, responsável por bruscas mudanças de sentido e temperatura informacional. Occam é o próprio espírito do texto. É um orixá azteca-iorubá encarnando num texto seiscentista.” Paulo Leminski

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Mural da História – 2011

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A vida é bela|só não vale|chute na canela|Solda|Alberto Centurião

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Playboy|1970

1972|Chris Koren. Playboy Centerfold

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