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Neymar e a vida como ela é
A história da acusação de estupro contra o jogador Neymar vai ficando com jeito de minissérie, o que é péssimo para sua imagem e ocorre por conta da falta de cuidado do pessoal no entorno da milionária carreira do atleta. Sobre esta inabilidade, pode-se fazer um paralelo com outro jogador de futebol também envolvido em acusação de estupro, Cristiano Ronaldo, um processo que foi enfrentado com tanto profissionalismo pela equipe do atleta que pouquíssimo disso. Nem a imprensa exploradora de fofocas conseguiu desencavar sensacionalismo na complicação do jogador português.
No caso de Neymar, logo que o assunto veio a público foi ele mesmo que movimentou-se para dar ao enredo um tom de peça de Nelson Rodrigues, talvez travestido de Susana Flag, o pseudônimo que o genial escritor usava para escrever textos mais quentes. Para se ter uma ideia, além da sua famosa coluna “A vida como ela é”, com este heterônimo Nelson assinou outra coluna chamada “Meu destino é pecar”, publicada nos anos 40 em um jornal popular. Eu comecei falando em minissérie, pois era mais ou menos isso que Nelson fazia naquela época, só que com o nome de folhetim. Este genial escritor e dramaturgo sempre tratou do falso puritanismo e o cinismo nas relações sociais. Como “Suzana Flag”, podia falar desses pecados na primeira pessoa.
Mas e o Neymar? O tom de drama mundano começou quando ele veio com a surpresa do vídeo postado na internet, com cara de mau ator e fala de menino inocente que (oh, dó!) acabava de sofrer um abuso. O incrível vídeo expunha diálogos privados. E mais ainda: trazia fotos íntimas da mulher que o acusa de estupro. Como não estamos lidando com alguém que pode ceder a um impulso sem antes elaborar uma estratégia em equipe, parece que o objetivo era o de mostrar a moça como uma vigarista que fez maldade com o inocente do Neymar, ou “o menino Neymar”, essa idiotice que se ouviu durante todo tempo quando se falava do marmanjo.
O vídeo comprovou o velho jargão de que o estilo é o homem. Sem prejulgamentos sobre o que aconteceu entre o casal no hotel de Paris, vê-se que é o mesmo atleta que de tanto se jogar ao chão, vitimizando-se de forma descontrolada, acabou ficando com má-fama, com a torcida sempre em dúvida se ele caia na grama devido a uma canelada criminosa do zagueiro ou era simples falseta de um cínico. Além do mais, a pureza encenada no vídeo com a reclamação de ter sido usado falsamente por uma mocinha loura contrastava com a publicação de material íntimo, de posse apenas do casal.
Como observamos até agora, o desenrolar do enredo vem dando um nó nas intenções do jogador. E nesta quinta-feira encaixou-se mais um elemento dramático na história, com a presença de uma mulher contratada para sua defesa, advogada de atividade política, com larga carreira como ativista feminista e na área de direitos humanos. Seu nome é Maíra Fernandes. Numa rápida pesquisa na internet ela aparecerá em inumeráveis matérias, envolvida em causas que hoje em dia dão projeção pessoal e podem servir para aumentar ganhos profissionais.
É estratégica a chegada da advogada ativista, que entra não só para o fortalecimento da defesa jurídica. A presença feminina como protagonista na defesa serve como incremento à necessidade de amenizar o estrago na imagem de Neymar. E aqui temos um ponto no enredo que faria Nelson Rodrigues babar de contentamento. O nome de Maíra Fernandes criou uma discussão política, além de aumentar consideravelmente a quantidade de inocentes empenhados neste assunto. Depois de aceitar a causa, Maíra foi expulsa de uma entidade importante na defesa da mulher, a Cladem (Comitê Latino-americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher). A alegacão ética de suas ex-colegas feministas para a expulsão fez a OAB também entrar em sua defesa no debate.
Tanto a OAB quanto a advogada argumentam com o supremo direito de defesa. Maíra afirma que só aceitou a causa depois da leitura dos autos, que a deixou convicta de que Neymar está sendo alvo de uma falsa acusação. E ora vem só, ela diz que desmontando uma “falsa acusação de estupro” ajudará na causa feminista.
Claro, sabe-se que é pavorosa a quantidade de homens que sofrem o diabo depois de acusados de abuso. Ocorre que, sem o respaldo do atleta milionário, muitos têm a vida destruída, quando não são mortos em linchamentos ou sofrem o diabo na cadeia, antes de qualquer decisão jurídica. E não se vê grandes movimentações sociais para acabar com tanta barbaridade, que até impõe de forma oficiosa a pena de morte no país, vitimando inclusive inocentes.
As emoções tendem a esquentar. A chegada da celebridade feminista garante maior polêmica. Já estão interferindo nas redes sociais as vozes dessa direita amalucada que se empoderou nos últimos tempos, sempre no ataque ao feminismo e contra quem tem preocupação com direitos humanos. Criou-se um desafio para este ponto de vista ultradireitista, com o destino colocando do mesmo lado o ídolo político Jair Bolsonaro e a advogada feminista, ambos convictos da inocência de Neymar. Imaginem a entortada no raciocínio curto dessa tigrada. Eu bem disse que tudo parecia coisa de Nelson Rodrigues — ou Suzana Flag. Aí temos a vida como ela é: um folhetim.
Publicado em José Pires - Brasil Limpeza
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A nova Broadway
Nasce um novo gênero —musicais em que a música não tem muita importância
Os números são de estarrecer. Há dez anos a Broadway —41 teatros ao redor de Times Square— cresce 10% ao ano. Na última temporada, ela vendeu perto de 15 milhões de ingressos e arrecadou quase US$ 2 bi só de bilheteria. Alguns desses dólares podem ter vindo de nós —63% da plateia da Broadway são turistas, que chegam a Nova York com os ingressos comprados e os ônibus despejam na porta dos teatros. Só uma fração desses turistas entende inglês, mas isso não importa. O que eles assistem são musicais infantojuvenis como “The Lion King”, “Aladdin” e “Beetlejuice”, com pouco diálogo, muitos efeitos especiais e alguma música.
Os atuais produtores teatrais não trocariam esta Broadway pela Broadway clássica, de 1920 a 1970, quando ela ainda era uma operação estritamente nova-iorquina —sua plateia era de americanos adultos, que trabalhavam nos escritórios próximos, gostavam de música e riam na hora certa ao ouvir os diálogos. Um espetáculo muito bem-sucedido ficava quatro ou cinco meses em cartaz.
E, sendo um musical, o importante era a música. Foi para um musical da Broadway que Vincent Youmans compôs “Tea for Two”; Kurt Weill, “Speak Low”; Jerome Kern, “Ol’ Man River” e “Smoke Gets in Your Eyes”; George Gershwin, “Embraceable You”, “The Man I Love” e “Summertime”; Rodgers & Hart, “Manhattan”, “The Lady is a Tramp” e “My Funny Valentine”; Rodgers & Hammerstein, “My Favorite Things”, “Getting to Know You” e “Some Enchanted Evening”; Stephen Sondheim, “Send in the Clowns”, “Losing my Mind” e “Being Alive”; e Cole Porter, “All of You”, “Begin the Beguine”, “I’ve Got You Under my Skin”, “Just One of Those Things”, “Night and Day” e “I Love Paris”.
Foram canções desta qualidade que formaram o cancioneiro americano, que atravessou o século. Não sei de canções equivalentes na Broadway dos últimos 30 anos.
Talvez por isso ela esteja tão rica.
Publicado em Rui Castro - Folha de São Paulo
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1991, aniversário de algum leonino da casa. Vera, o cartunista que vos digita e Caetano. A gente era feliz. E sabia. © Sandra Solda
Playboy – Anos 60
1966|Melinda Windsor. Playboy Centerfold
Tempo
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Herrar é umano
© Orlando Pedroso
Sessão da meia-noite no Bacacheri
Amor e Anarquia – Film d’amore e d’anarchia|1973 dirigido por Lina Wertmüller e estrelado por Giancarlo Giannini e Mariangela Melato – A história, ambientada na Itália fascista antes da explosão da Segunda Guerra Mundial, centra-se em caráter de Giannini, um anarquista que permanece em um bordel enquanto se prepara para assassinar Benito Mussolini. O personagem de Giannini se apaixona por uma das mulheres que trabalham no bordel. Este filme explora as profundezas de suas emoções sobre o amor, o seu ódio para o fascismo, e seus medos de ser morto enquanto assassinar Mussolini.
Amor e Anarquia foi nomeado para o Palme d’Or no 1973 Festival de Cannes e Giannini foi premiado Melhor Ator. Film d’Amore e d’Anarchia (Original) 1973|Roteiro e direção de Lina Wertmüller, Itália, 120m
A seguir: mais protestos
As novas armas podem ser farinha, tortas, sapatos, milk-shake e até um cartaz em branco
No Reino Unido, mês passado, um cidadão protestou contra a saída de seu país da União Europeia atirando um milk-shake —de banana com caramelo, apurou-se depois— em Nigel Farage, líder do partido do brexit. Outros políticos britânicos têm sido atingidos com milk-shakes, sem distinção de sabor. O resultado é sempre constrangedor —a vítima tem o paletó, a camisa e o rosto lambuzados de sorvete, leite e xarope, o que a obriga a ir lavar-se. A não ser, claro, que se lamba.
Cada um protesta como pode. Como a maioria dos políticos não se ofende ao ter a mãe xingada, os ativistas lhes atiram coisas. O francês Nicolas Sarkozy levou uma torta no rosto em 1997, na Bélgica, e ainda nem era presidente. Seu sucessor, François Hollande, em 2012, sofreu um ataque com farinha jogada por uma mulher. Em 2009, em Bagdá, o presidente americano, George Bush, foi alvejado com dois sapatos atirados por um iraquiano. E, em 2010, José Serra, candidato à Presidência pelo PSDB, no Rio, levou uma bolinha de papel na calva. Pela violência do ato, conduziram-no a um hospital.
Não se deve confundir um protesto com um atentado. O atentado é um protesto radical, principalmente quando resulta em morte, como aconteceu com os americanos Abraham Lincoln, John Kennedy e Martin Luther King. Quando falha, vira comédia, como as tentativas da CIA de matar Fidel Castro, com um charuto envenenado, uma bomba dentro da bota e uma bola de beisebol explosiva.
O presidente Bolsonaro, que já foi alvo de um atentado, gosta de protestos. Outro dia promoveu um, a seu próprio favor. Mas, como não para de chamar o país para a briga, tudo indica que atrairá cada vez mais protestos —contra ele.
No Cazaquistão, há pouco, um jovem foi preso ao protestar com um cartaz em branco. Se fizerem isto contra Bolsonaro, ninguém sentirá falta dos dizeres. Todos saberão o que o cartaz quer dizer.
Publicado em Ruy Castro - Folha de São Paulo
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