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Sem perdão, Bolsonaro!
Dormi a noite passada com a frase de Enio Mainardi encalacrada na cabeça e confesso que se não fossem os horrores que ela suscita, teria dado boas risadas: “Tem dias que ele, Bolsonaro, deveria trancar a boca com cadeado” – escreveu Enio mencionando a declaração do presidente“… de que poderíamos perdoar o Holocausto, mas não esquecê-lo“….
Gosto e apoio o novo governo e acho mesmo que ele superou todas as minhas expectativas em menos de quatro meses…mas confesso que fico muito constrangido toda vez que o presidente tenta saltar por sobre atrocidades, reduzindo a importância delas…
É minha opinião, mas digo que atrocidade não se perdoa e nem se pode usar qualquer pretexto para justificá-la…toda vez que isso é feito, quebra-se um dos elos do processo civilizatório e a humanidade caminha para trás: é como se disséssemos aos tiranos de todas as épocas – vão em frente, matem, censurem, torturem, estuprem que um dia vocês serão perdoados….
O Holocausto foi feito de pura atrocidade; o governo de Josef Stalin foi feito de muita atrocidade; o regime de Augusto Pinochet foi feito de muita atrocidade…O regime de Nicolás Maduro também é feito de atrocidades…
Houve muitas atrocidades também no regime militar brasileiro e a pergunta que cabe aqui é: qual foi a contribuição efetiva, na repressão à esquerda, da tortura, da censura e das chácaras de extermínio de Atibaia? Eu mesmo respondo: nenhuma!
Doses massivas de inteligência teriam produzido os mesmos resultados e as Forças Armadas não teriam de carregar esses estigmas…
Publicado em Sem categoria
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Até posso respeitar, mas não entendo a mulher que quer ser sustentada
Já quis homem rico, mas nenhum deles foi mais importante que o meu trabalho
Aos 20 anos, eu queria um homem rico. Isso ficou claro quando meu namoro com um rapaz parecido com o Johnny Depp não foi adiante porque ele dividia conta de sorveteria e tinha voz de mano: as palavras saíam parcas e sofridas, como soquinhos secos no ar.
O tipo de personalidade que nunca convenceria ninguém a lhe dar um emprego bem remunerado.
Eu tinha fetiche em homem com carrão, que me levasse para viajar com hospedagem em hotéis caros e para jantar em restaurantes chiques. E que falasse de reuniões e projetos e intrigas, e deixasse claro o tamanho do seu poder perante funcionários solícitos.
Eu estava comendo o cara que mandava, então eu estava no topo da cadeia alimentar. Eu interpretava o papel “gatinha caipira me ensina a viver nossa você é o máximo”, e o jogo dava tão certo que alguns deles se apaixonavam pra valer.
O sucesso que eu fiz no quesito amor, naqueles tempos em que vestia o uniforme de sonsa deslumbrada, eu jamais farei de novo na vida.
Cheguei a namorar alguns playboys coxas de São Paulo. Aquele estilo que invade acostamento na estrada porque se acha bom demais para ficar parado no trânsito. Que escuta música eletrônica de DJ gringo amigo do amigo e toma droguinhas e dá murrinhos no teto solar do carro pra comemorar uma vibe superintensa que emana do seu ânus de riquinho trouxa.
Nunca peguei um feioso ou burro ou do mal. Eram ricos, mas eram limpinhos.
Eu tinha preferência pelo empresário self-made man com angústia de artista. Aquele que viera de porra nenhuma e vencera na vida, mas estava só esperando fazer o primeiro milhão para voltar para as aquarelas e o violão. Nada era mais sexy do que o homem que comia como pobre, mas pagava a conta como rico (e depois tomava antiácido, porque queria mesmo era estar fazendo poesia).
Mas eu tinha 20 e poucos anos, e uma hora eu fiz 20 e muitos, e depois 30, e agora 40. Há muito tempo entendi que os ricos eram uma fase estranha, e não um gosto real.
Depois deles tive a fase esportistas, comediantes, depressivos, gays, cardiologistas (era muito tesudo ter um homem que a qualquer momento poderia me auscultar e dizer que estava tudo bem ou me fazer uma receita de betabloqueador), psiquiatras (era muito maravilhoso brincar de “a cada ponto que você fizer no ‘DSM – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais’, tira uma peça de roupa”).
E, quem diria, tive também uma longa fase “intelectuais pobres que ganham dois mil reais para ficar três meses traduzindo um livro do russo para o português” e gostam de encher a boca (de amendoins baratos) e rir desse Brasil que tem rico, mas não tem elite. Não são nem mais felizes nem mais infelizes que os outros.
Com a idade, aprendi a substituir fases por relações e personagens por amores. Dito isso, nunca nenhum deles foi mais importante que o meu trabalho. Portanto, posso até respeitar mulheres que procuram uma relação que as sustente, mas jamais as entenderei.
Publicado em Tati Bernardi - Folha de São Paulo
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Eram duas caveiras que conversavam
Aprendendo a conviver com a morte na Cidade Maravilhosa
— Outra enchente no Rio de Janeiro?
— Não acredito! Que surpresa! É uma coisa totalmente imprevisível!
— Eu não entendo… A cidade já não tinha sido abençoada pelo papa?
— Será que foi uma inundação de água benta?
— Graças a Deus, foram só 10 vítimas fatais… Sem contar aquelas dodesabamento dos prédios da ENGEMILI, Milícia Empreendimentos Imobiliários.
— Mas se Deus é tão Todo-Poderoso, não seria melhor evitar a tragédia toda? Por que ele não salvou todo mundo? É muita incompetência…
— Isso me lembra aquela anedota sobre Deus criando o Mundo. Ele explicava para os anjos: “Aqui vai ser o Japão, com vulcões e tsunamis…Aqui vai ser os Estados Unidos, com furacões e terremotos…E aqui vai ser o Rio de Janeiro. Vai ter só umas chuvas mais fortes de vez em quando, mas vocês vão ver só o prefeito que eu vou botar lá.”
— É, mas, na verdade, não foi Deus que botou o cara lá. Você não votou no pastor? Foi você que botou o cara lá. Não bota a culpa em Deus, coitado.
— Pois é, eu votei no pastor porque achei que ele tinha um contato direto com o Todo-Poderoso, mas parece que ele não está articulado com o esquema do poder divino.
— Acho que Deus não está no comando e nem no serviço. E se ele é brasileiro mesmo, deve estar desempregado. Perdeu o emprego e agora deve estar por aí pedindo uma esmola, pelo amor dele mesmo.
— É, o cara não está nem aí. Deixou até a catedral de Notre-Dame pegar fogo! É muito amadorismo…
Publicado em Geral
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De liberdade de pensamento – e imprensa
Escalada preocupante de investidas contra a liberdade de pensamento (CF, art. 5º, inc. IV), mais especialmente contra a liberdade de imprensa (CF, art. 220). Agentes do Poder Executivo, do Presidente da República a Governadores, de Ministros a Secretários de Estado têm instado a opinião pública a fechar questão contra a liberdade de pensamento.
Renato Kanayama*
Nenhuma reação dos Parlamentos, de coluna vergada pelo fisiologismo, esquecidos de que a liberdade de opinião, palavra e voto (CF, art. 53) está compreendida na liberdade de pensamento, cerne inalterável da Constituição (CF, art. 60, § 4º), parafraseando a locução de Pontes de Miranda sobre a rigidez constitucional (Democracia – Liberdade – Igualdade), cerne que rege a orientação filosófica, política e jurídica das demais normas constitucionais.
Tampouco reação do Judiciário, que tem mantido, por intermédio dos Tribunais, algumas investidas contra a liberdade de pensamento, como no caso de ação judicial de parente do Presidente do Senado movida contra O Estado de São Paulo, perdendo a oportunidade de impedir que essas decisões possam produzir o “efeito do arrefecimento” – chilling effect –, do direito americano, que é o temor que essas decisões podem causar a futuras manifestações do pensamento, funcionando como verdadeiras censuras prévias, omissões desses Poderes que garantem a supremacia do Executivo e deserção ao equilíbrio que devem manter nas relações – independentes e harmônicas – entre si (CF, art. 2º).
Fosse a História a advertência para, principalmente, não se repetirem erros, e os Parlamentos, compulsando os anais, já teriam reagido a essas investidas contra a liberdade de pensamento, ouvindo a parlamentares que reagiram e fizeram uma História diferente da que vivemos hoje. Mais particularmente ouviriam a Afonso Arinos de Melo Franco, para se fazerem à imagem e semelhança dele, que defendeu e cumpriu a Constituição, os valores nela expressos ou implícitos, como a liberdade de imprensa, para serem, enfim, menos esse núcleo de moral mole vergada pelo fisiologismo.
Por que ouvir mais a Afonso Arinos? Porque lavrando voto que ofereceu à Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados a propósito do projeto governamental que tratava da liberdade de imprensa, Afonso Arinos lembrava do perigo de pequenos meios de fuga admitindo a violação ao princípio da liberdade de imprensa, como aquele do governo soviético, que adotou um sistema de eliminação dos direitos individuais de que o monopólio sobre a imprensa é um dos aspectos. Do nazismo, que regulando a profissão de jornalista definiu que esta era um serviço público, e por conta disso a transformou em dócil instrumento à disposição de um grupo de governantes criminosos e fanáticos, pois minuciosamente regulamentada pelo Estado. Do fascismo, que exigia da imprensa a defesa dos interesses do Estado.
Lembremos, pois, Afonso Arinos e esqueçamos dos Parlamentos de agora, que omitindo reação contra essa escalada para restringir a liberdade de imprensa se aproximam da técnica habitual dos liberticidas – e muitos deles, fantasmas da ditadura estadonovista[atualmente, fantasmas da ditadura da militar], se encontram novamente em postos de governo no Brasil – que é denunciar os vícios da imprensa corrompida e tirar daí medidas repressivas para toda a imprensa; como se a corrupção de alguns pudesse justificar a supressão da liberdade de todos e, principalmente, como se nos regimes sem liberdade a corrupção não fosse muito pior, as injustiças muito maiores, a morfinização e o engodo do povo muito mais propícios aos crimes e abusos do poder.
Ainda que tenhamos casos na imprensa de transformação da liberdade em instrumento de calúnia ou injúria, de desmoralização, de crime, até mesmo, a liberdade de imprensa tem por finalidade a verdade e o direito, não os ataques grosseiros, os sarcasmos, as perfídias, a desordem e anarquia, como advertia, já no Século XIX Pimenta Bueno, mas melhor que tenhamos a imprensa livre do que nos livrem da imprensa.
Fundamental para isso que escolhamos sempre parlamentares que reajam às tentativas claras ou subliminares de restringir a liberdade de pensamento, nos despindo de sentimentos que possam nos fazer enrubescer daqui a alguns anos, para que possamos preferir, como preferiu Clémenceau, segundo Afonso Arinos, ser governados por homens honestos chamados de ladrões, do que por ladrões chamados de homens honestos.
(* Texto produzido quando O Estado de S. Paulo foi submetido a censura judicial a matérias sobre negócios da família do ex-presidente José Sarney. A censura só veio a ser suspensa quatro anos mais tarde.)
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
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Urgente: PGR arquiva inquérito das “Fake News”
O órgão informou que enviou manifestação ao relator, Alexandre de Moraes, afirmando que as medidas já autorizadas — que incluem a censura à Crusoé e a O Antagonista –, não foram pedidas nem acompanhadas pelo Ministério Público.
Por isso, esclareceu que “nenhum elemento de convicção ou prova de natureza cautelar produzida será considerada pelo titular da ação penal ao formar sua opinio delicti. Também como consequência do arquivamento, todas as decisões proferidas estão automaticamente prejudicadas”.
Como o Ministério Público é responsável por eventual apresentação de denúncia, qualquer acusação contra os alvos do inquérito se inviabiliza quando o órgão considera que as provas foram colhidas de forma irregular.
“A providência tem como fundamento o respeito ao devido processo legal e ao sistema penal acusatório estabelecido na Constituição de 1988, segundo o qual o Ministério Público é o titular exclusivo da ação penal, fato que provoca efeitos diretos na forma e na condução da investigação criminal.”
Publicado em o antagonista
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Museu de História Natural de Nova York não quer nada com Bolsonaro
O evento da Câmara de Comércio Brasileira-Americana, que inclui uma homenagem ao presidente Jair Bolsonaro não vai mais acontecer no Museu de História Natural de Nova York conforme estava previsto. A diretoria do museu recusou sediar a festa, depois de manifestações contrárias de personalidades e nas redes sociais à presença do presidente brasileiro. Em nota divulgada para a imprensa, a instituição explicou o seguinte: “O evento, de nenhuma maneira, reflete a posição do museu que há uma necessidade urgente de conservar a Amazônia, que tem profundas implicações para a diversidade biológica, as comunidades indígenas, mudança climática e o futuro da saúde do nosso planeta”. De fato, nada mais antinatural que uma homenagem a Bolsonaro em um museu de história natural.
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, também criticou a escolha de Bolsonaro, considerando que o presidente brasileiro é capaz de exercer um impacto negativo ao que acontece com a Amazônia. A Câmara de Comércio Brasileira-Americana ainda não divulgou a personalidade americana a ser homenageada, mas deve estar sendo difícil encontrar alguém disposto a arriscar sua imagem em um evento com todo este repúdio e que pode ter ainda mais más repercussões. Até fiquei curioso em saber qual é o gringo otário que vai cair nessa.
A situação deveria servir para a equipe de Bolsonaro refletir sobre o desgaste para a imagem do Brasil, devido ao posicionamento do presidente e de seu governo, além da porção de bobagens que ele fala quando trata de assuntos que envolvem a preocupação de outros países com a atual situação mundial no plano político, da segurança internacional e na questão ambiental.
Por causa de Bolsonaro e sua equipe de alucinados, nosso Brasil vem sendo visto como uma republiqueta de bananas, sem direcionamento político de qualidade, onde é total a falta de inteligência e bom senso para compreender este tempo terrivelmente delicado deste nosso planeta.
Publicado em José Pires - Brasil Limpeza
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A mão na boca
Estão tramando algo contra nós — e não pelas nossas costas, mas pela nossa frente
Há dias vimos nos jornais uma foto em o que presidente Jair Bolsonaro, de mão na boca, cochicha alguma coisa para seu valete OnyxLorenzoni, o qual também faz uma parede bucal com os dedos. Já assistimos a esta cena muitas vezes. No passado, ela era cometida pelo então presidente Lula e seu também valete Antonio Palocci. Hoje, não se passa uma semana sem que a vejamos protagonizada pelos treinadores de futebol e seus auxiliares à beira do gramado ou entre jogadores de vôlei no meio da quadra.
Historicamente, o simples ato de cochichar em público sempre foi falta de educação —que segredos alguém teria que não pudesse partilhar conosco? E falar com a mão na boca só podia significar que a pessoa era desdentada ou tinha mau hálito. Hoje, a mão na boca está liberada. É usada para que se possa cochichar à vontade sem que os enxeridos façam a leitura labial do que se está dizendo.
É possível a qualquer amador traduzir em voz alta um palavrão ou uma interjeição grosseira que se esteja vendo sem som —às vezes, o próprio gestual do dedo em riste ou das mãos à cabeça já diz tudo. Mas como entender frases inteiras, complexas, principalmente quando são emitidas por pessoas com dicção horrorosa, como Bolsonaro e Lula, que só deviam falar com legendas?
Não me consta que, entre os seus incontáveis profissionais qualificados, o Brasil disponha de legiões de técnicos em leitura labial. Eu próprio já fui apresentado a ventríloquos, intérpretes em 12 línguas e até pessoas capazes de assobiar óperas inteiras, mas nunca a um leitor labial. E quantos estarão assistindo àquela mão na boca naquele exato momento? E, se entenderem tudo, o que poderão fazer?
Ainda mais porque, ao ver autoridades cochichando com a mão na boca, não precisamos de leitura labial para saber que estão tramando algo contra nós — e não pelas nossas costas, mas pela nossa frente.
Publicado em Ruy Castro - Folha de São Paulo
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Original Beto Batata – Ano 10
Notre Dame e o corcunda
A igreja que ardeu em chamas estava para ser derrubada no século 19 quando o escritor Victor Hugo criou, em 1833, o romance entre o corcunda Quasímodo e a bela Esmeralda, tendo como pano de fundo a catedral. Entendiam os franceses que era uma construção feia na bela Paris e deveria desaparecer. O livro de Victor Hugo foi um sucesso, tornando-se a obra prima de sua carreira, e já ninguém mais falava em demolir a construção, mas em preservá-la. O Cinema lançou em 1923 o filme O Corcunda de Notre Dame, com Lon Chaney e Ptasy Ruth Miller, direção de Wallace Worsley. Em 1939 aconteceu a primeira refilmagem, com Charles Laughton e Maureen O’Hara, direção de William Dieterle; e em 1959 nova versão com Anthony Quinn e Gina Lollobrígida, direção de Jean Dellanoy .
Publicado em Nelson Padrella - Blog do Zé Beto
Comentários desativados em Notre Dame e o corcunda
20 anos de casados
Marido e mulher vão ao psicólogo após 20 anos de matrimônio. Quando são perguntados sobre o problema, a mulher tira uma lista longa e detalhada dos problemas que teve durante os todos esses anos: pouca atenção, falta de intimidade, vazio, solidão, não sentir-se amada, não sentir-se desejada.
A lista é interminável. Finalmente o terapeuta se levanta, se aproxima da mulher, pede a ela que pare e lhe dá um abraço e a beija apaixonadamente enquanto o marido os observa desconfiado. A mulher fica muda e senta-se na cadeira meio aturdida. O terapeuta se dirige ao marido e lhe diz:
— Isto é o que sua esposa necessita três vezes por semana. Pode fazer isso?
O marido medita um instante e responde:
— Bem, posso trazê-la nas segundas e quartas, mas nas sextas tenho futebol.
Publicado em Sem categoria
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