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Dia Mundial Sem Tabaco
Publicado em fraga
Com a tag biscoito fino, fraga, José Guaraci Fraga, porto alegre
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Roberto Prado lança obra de Amplo Espectro na Biblioteca Pública do Paraná
Para se ter uma ideia, com apenas 16 anos de idade, Roberto Prado já tinha seus poemas impressos em diversos jornais e revistas nacionais, lado a lado com nomes consagrados da literatura brasileira. Para ficar apenas em um exemplo, foi o único a ter seus versos publicados em um espaço que, por tradição, era ocupado há décadas apenas por obras do poeta Mário Quintana, no jornal gaúcho Correio do Povo.
Aos 18, Roberto já era um dos elementos fundamentais do Movimento Sala 17, que editou diversas obras e fez história na cena local com seus eventos que atraiam grandes públicos. No final da década de 1970, junto com seu irmão mais novo, Marcos Prado, iniciou uma produtiva carreira paralela no terreno da música popular e suas canções estão presentes em dezenas de discos de um variadíssimo time de parceiros, de estilos que passeiam sem preconceitos da música caipira de raiz ao mais puro punk rock.
O lançamento de Amplo Espectro vem cobrir esta lacuna, trazendo ao leitor, pela primeira vez, um grande conjunto de poemas de um autor que, até então, só era acessível a pequenas doses em antologias, imprensa especializada e na voz de cantores e cantoras.
Hoje, a partir das 17h30, no Grande Saguão da Biblioteca Pública do Paraná, Roberto Prado estará recebendo os que apreciam uma poesia forte, corajosa em ao mesmo tempo, cheia de um lirismo arrebatador e deliciosa sonoridade. Além de tudo, como não poderia deixar de ser em se tratando de Roberto, a festa terá o auxílio luxuoso da banda Orquestra Sem Fim, formada por músicos originários de grupos seminais como Beijo AA Força, Maxixe Machine e Contrabanda.
Currículo Resumido
Roberto Prado nasceu em Curitiba (agosto de 1959) e desde muito cedo atua nas áreas de poesia, teatro, propaganda, jornalismo, música, rádio, cinema e televisão. Participou de diversos livros e é parceiro de muitas canções gravadas por vários intérpretes e bandas. Amplo Espectro é seu primeiro livro solo.
Algumas realizações
Obras em livro: Sala 17 (1978), Reis Magros (1978), Sangra:Cio (1980), OSS (1985), O Corvo (versão do poema de Edgar Allan Poe, 1985), Feiticeiro Inventor (1986), Perolas aos Poukos & Erdeiros do Azar (1988), Os Catalépticos (versões de obras de Dante, Rimbauld, Mickiewicz, Baudelaire, Poe, Yeats, 1990), O Livro de Tao (versão do clássico de Lao-Tsé, l992), Motim (1994), Eu, aliás, nós (1994), O inspetor Geral (adaptação para prosa do clássico de Nicolai Gogol -2005), Tao, O Livro (versão completa, 2000), Passagens (2002), Fantasma Civil (2013), 101 Poetas Paranaenses (2013), Presença de Espíritos – versão impressa e audiolivro com Antônio Abujamra (Nossa Cultura, 2014).
Destacado como um dos 100 mais importantes escritores dos150 anos do Paraná (Antologia das Escritas Poéticas do Século XIX ao XXI – Organização de Ademir Demarchi, Edição da Biblioteca Pública do Paraná – 2013)
Compositor com composições gravadas:
Jogo de Espelhos (Tatára, 1981), Que me quer o Brasil que me persegue? (Beijo aa Força, 1991), Carta ao ídolo (Lábia Pop, 1991), Cemitério de Elefantes (Beijo aa Força, 1992), Network, Vol.1 (Beto Trindade, Sheffield, Inglaterra, 1993), Música Ligeira nos Países Baixos (Beijo aa Força, 1994), Sem Suíngue (Beijo aa Força, 1995), Chega de Choro (Sidail César, 1996), Fogo Mordido (Grupo Fato, 1996), Barbabel (Maxixe Machine, 1997), A Caminho do Céu (Adriano Sátiro,1998), Lototol (Diversos, 2000), O Bom do Trindade (Beto Trindade, 2001), Retrovisor (Oswaldo Rios, 2005), Aquelas Canções de Marcos Prado (Beijo AA Força, 2005), Wojciechowski (2008), ABC do lalalá (Maxixe Machine 2001), Tudo Que Respira Quer Comer (Carlos Careqa, 2009), Beijo aa Força 20 anos (2011), Sambas para Tiro de Guerra (Maxixe Machine, 2012), Punk a Vapor (Contrabanda, 2013), Retalhos (Viola Quebrada, 2013), No Batuque do Coração (Sidail Cesar, 2015), Pessoas são música (José Oliva, 2016).
Jurado em diversos certames musicais e literários, palestrante em inúmeros eventos. Escreveu prefácios para os seguintes livros já publicados:
Ultralyrics (Marcos Prado); Espilce (Adriano Sátiro); Kamikase do Espanto, (Luiz Antonio Solda); InSensu (João Gilberto Tatára); Labirintos (Wilmar Gonçalves de Lima); Ais de Cá (Roberto Bittencourt); Verbe Breve, Cri-Me e Saboro Nosuko (Antonio Thadeu Wojciechowski), Tantas Lisonjas Que Sentiu-se Nua, (Almir Feijó), Não temos nada a perder (Sérgio Viralobos e Antonio Thadeu Wojciechowski), Microcontos (Luiz Antônio Fidalgo), Eu e a Poesia (Elciana Goedert), Saci (Ulisses Iarochinski) além de estar presente com textos de abertura em muitos programas de peças teatrais e exposições de arte, catálogos de artistas plásticos e cds musicais.
Publicou por mais de dois anos a página mensal de cultura, literatura e artes gráficas Bem-me-quer/Mal-me-quer, no jornal Gazeta do Povo (1996-1999).
Já colocou no ar mais de 200 programas de uma hora sobre a história da música brasileira, o Especial E-Paraná e Especial 97.1. na rádio Paraná Educativa.
Publica regularmente a série Robertos, poemas sobre obras fotográficas do jornalista e blogueiro Zé Beto, com design de Solda.
Além de atuar nas mídias tradicionais, realiza relevante trabalho de divulgação de cultura literária e musical em diversos meios digitais.
Bolsonaro revoga Lei da Gravidade
Empenhado em substituir toda metodologia científica pela experiência pessoal das pessoas que o cercam, Jair Bolsonaro assinou um decreto extinguindo a Lei da Gravidade.
“Eu e o Osmar Terra ficamos meia hora debaixo de uma árvore e nenhuma maçã caiu na nossa cabeça. Esse negócio de gravidade só pode ser mais um estudo enviesado da Fiocruz para empoderar um fruto vermelho”, explicou o presidente, enquanto chupava uma laranja.
Bolsonaro apresentou um projeto para transformar a Fiocruz em uma imensa loja da Havan. “Aquele castelo que parece coisa de russo comunista vai dar lugar a uma estátua da Liberdade”, mostrou em uma maquete.
Emocionado, o presidente prometeu: “Vou transformar a Estação Ecológica de Tamoios na Cancún brasileira e a Fiocruz na Havan brasileira”. Ao ser informado que a Havan já era uma loja brasileira, Bolsonaro retrucou: “Tem prova disso? Você é da da imprensa, né? Fake news!”.
Em seguida, o presidente sentiu-se confortável para corrigir o princípio da inércia. “Tem que tirar a ideologia disso aí também. A partir de agora, nas escolas, os alunos vão aprender que inércia é o que acontece nessas ONGs parasitas, nos acampamentos do MST e nas reservas de terra de indígenas e quilombolas”, resumiu.
“Outra babaquice é aquela de que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo”, prosseguiu. “O cidadão de bem que fizer uso de sua arma de fogo ainda vai ter que se preocupar em separar os corpos? Nenhum país desenvolvido faz isso.”
Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, concordou. “Tem coisas que a gente só aprende com doutorado sanduíche em Harvard”.
Em homenagem a Witzel, Bolsonaro assinou um decreto autorizando o porte e a posse de diplomas de Harvard para todo o brasileiro que apresente o desejo de estudar na instituição.
Como embasamento para suas decisões, Bolsonaro citou seu mestre Olavo de Carvalho: “É incrível a rapidez com que os brasileiros arrotam conclusões gerais definitivas sobre problemas complexos sem nem pensar em como examiná-los parte por parte”. Na sequência, revelou que seu guru comprou uma TV tela plana e descobriu que o aparelho era redondo.
Estreia da Orquestra Sem Fim é a atração do projeto Música na Biblioteca de hoje
Rodrigo Barros (vocal e violão elétrico), Luiz Ferreira (cordas), Sérgio Viralobos (vocal), Walmor Douglas (guitarra), Marcelo Sandmann (teclados), Miguel Zattar (guitarra), Carlos Alberto Lins (baixo) e Ricardo Antunes Fadel (bateria) tocam ou já tocaram em bandas como Beijo AA Força, Maxixe Machine, Contrabanda e Zirigdansk. Reunidos há pouco mais de um ano como Orquestra Sem Fim, eles já preparam seu primeiro registro de estúdio, com seis faixas. No show desta sexta-feira, o grupo apresenta 12 canções inéditas, mas que carregam toda a tradição da MPB e do rock produzidos em Curitiba.
Música na BPP
Criado em 2012, o projeto tem o objetivo de colocar artistas locais de todos os estilos em contato direto com o público. Os shows são gratuitos e acontecem mensalmente e em edições especiais no hall térreo da BPP por onde passam, todos os dias, 2 mil pessoas. Os músicos podem enviar propostas para a Divisão de Difusão Cultural da Biblioteca, pelo e-mail imprensa@bpp.pr.gov.br.
Serviço: Música na Biblioteca: Show com a Orquestra Sem Fim. Dia 31 de maio (sexta-feira), a partir das 17h30, no hall térreo da Biblioteca Pública do Paraná (R. Cândido Lopes, 133, Centro Curitiba) Gratuito. Mais informações: (41) 3221-4911.
Um leitor de Cafta
Publicado em Grandes Tragédias Brasileiras
Com a tag Abraham Weintraub, Ministro da Educação, Sem palavras
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Dieta salvadora
A ciência descobre um micróbio adepto de um alimento abundante: o lixo plástico no mar
O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o câncer e produzir um “Dom Quixote”. Só não consegue dar um destino razoável ao lixo que produz. E não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas com seus próprios dejetos. Intoxica-os também com garrafas plásticas, pneus, computadores, sofás e até carcaças de automóveis. Tudo que perde o uso é atirado num curso d’água, subterrâneo ou a céu aberto, que se encaminha inevitavelmente para o mar. O resultado está nas ilhas de lixo que se formam, da Guanabara ao Pacífico.
De repente, uma boa notícia. Cientistas da Grécia, Suíça, Itália, China e dos Emirados Árabes descobriram em duas ilhas gregas um micróbio marinho que se alimenta do carbono contido no plástico jogado ao mar. Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado pelo sal, o plástico, seja mole, como o das sacolas, ou duro, como o das embalagens, fica quebradiço —no ponto para que os micróbios, de guardanapo ao pescoço, o decomponham e façam a festa. Os cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios, para que eles ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago.
Em “A Guerra das Salamandras”, romance de 1936 do tcheco Karel Čapek (pronuncia-se tchá-pek), um explorador descobre na costa de Sumatra uma raça de lagartos gigantes, hábeis em colher pérolas e construir diques submarinos. Em troca das pérolas que as salamandras lhe entregam, ele lhes fornece facas para se defenderem dos tubarões. O resto, você adivinhou: as salamandras se reproduzem, tornam-se milhões, ocupam os litorais, aprendem a falar e inundam os continentes. São agora bilhões e tomam o mundo.
Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem se tornar as salamandras de Čapek. É que, no livro, as salamandras aprendem a gerir o mundo melhor do que nós.
Com os micróbios no comando, nossos mares, pelo menos, estarão a salvo.
Publicado em Ruy Castro - Folha de São Paulo
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É fogo, torcida brasileira!
A manifestação da oposição desta quinta-feira foi mais fraca do que a dos bolsonaristas, que foram às ruas no último domingo. Apesar de que é muito mais fácil mobilizar as pessoas para uma balbúrdia no fim de semana do que na tarde de uma quinta-feira.
De qualquer forma, a manifestação anterior da oposição teve participação muito maior do que a dos governistas. Creio que uma próxima manifestação dos bolsonaristas poderá nos ajudar a tirar a dúvida sobre essa disputa de forças.
Pode ser que os seguidores de Bolsonaro tenham alguma dificuldade, porque não dará mais para gritar para que o Coaf fique com Sérgio Moro. E se demorarem muito para por o pessoal na rua é capaz de nem ser mais permitido que falem em “Centrão”, palavra que na comunicação do governo já foi proibida. E o Lula? Bem, o Lula está preso, babaca.
O negócio é correr com os preparativos, pois a fila precisa andar. A próxima manifestação tem que ser dos bolsonaristas, para depois a oposição entrar novamente em cena, com uma programação de manifestações intercaladas que deve se estender até o final do ano, para que possamos avaliar com precisão quem é afinal que está com a bola toda.
Publicado em José Pires - Brasil Limpeza
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Ivan Gélico, o terrível…
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O caminho do meio na política
Depois de um longo dia de trabalho em Oeiras, no centro-sul do Piauí, fui contemplar a lua cheia e vi um corpo brilhante sobre ela. Era Júpiter, que se aproxima todo mês, mas aparece claramente quando a lua é cheia. Fotografei com prazer aquela presença. Uma conjunção feliz, pois nos traz algo de novo ao alcance do olho nu.
Do meu posto de observação da história contemporânea do Brasil, conjunções são raras, desastres mais comuns, não é raro ver a vaca ir pro brejo.
O documento que Bolsonaro divulgou sobre as dificuldades de governar o país nos coloca diante de uma alternativa: governar com conchavos e perpetuar a corrupção ou usar a força popular para provocar mudanças, o que tende a desembocar no autoritarismo.
Existe um caminho do meio, uma nova forma de de se relacionar com o Congresso que ainda não foi experimentada amplamente. Não há garantia de êxito, mas certamente vale a pena tentar.
É uma ilusão supor que os congressistas sempre se curvam à maioria. Foram eleitos também, e para muitos a opinião de seus próprios eleitores pesa mais do que a da maioria.
Uma saída seria atrair o Congresso na execução do Orçamento, tornar políticos de uma região responsáveis também por uma série de obras programadas para ela. É uma parceria que não acaba com o fisiologismo. Mas pelo menos o isola um pouco, oferecendo aos envolvidos uma forma de superar o medo de que seus eleitores pensem que nada fazem por eles.
Pela experiência no Congresso, não considero apenas os fatores materiais. Há um grande muro simbólico a ser derrubado.
Os deputados e senadores seriam mais felizes se pudessem aprovar seus próprios projetos e não serem sufocados por medidas provisórias e pautas oriundas do governo. Há um desequilíbrio aí, e ele já existe há muitos anos.
Ainda num campo simbólico, a atenção de um presidente e uma palavra de apoio ao seu trabalho representam para um deputado mais que verbas. Não recomendo um expediente de relações públicas, como mandar um telegrama no dia do aniversário.
Seria necessário um autêntico interesse pela produção dos parlamentares, uma noção de sua trajetória, uma tentativa de impulsionar o que tem de melhor: jovens começando a carreira, veteranos especializados em alguns temas, todos amparados por um corpo técnico competente.
Pode ser bobagem o que vou dizer, mas os presidentes falharam de uma certa forma em buscar esse caminho e suas variantes.
De um modo geral, chegam ao governo depois de uma grande campanha eleitoral. Ao contrário de terem resolvido as ilusões do ego, eles aceleram a viagem e colocam-se num outro patamar: sabem mais que os outros, são acontecimentos inéditos na história, enviados de Deus. E há os mais distantes, como Collor e Dilma, que claramente não tinham esse dom.
O caminho do meio depende de um presidente que realmente leve a sério o Congresso. Isso não exclui que, em certos momentos, existam manifestações não a favor do governo, mas a favor de alguma bandeira que coincide com algo bem claro no jogo democrático.
Nesse caminho do meio não há avanços vertiginosos. Quem os espera se decepciona. Sem ilusões sobre o Congresso. Não se trata de fazer um avião decolar. Na verdade, trata-se de pôr em marcha uma geringonça.
Essa imagem não é depreciativa. Assim os portugueses chamam sua experiência relativamente exitosa. Comunistas? Nesse caso, Portugal seria o único país comunista a atrair tantos imigrantes, ricos e pobres.
A chance de superar o dilema corrupção ou autoritarismo não foi realmente tentada por Bolsonaro. Mas ainda está aberta para a virada da década.
Os candidatos sempre prometem alguma forma de resolver o impasse. Fica essa lembrança quando o tema voltar em 2020.
Há um caminho do meio. Quem sabe?
O problema é produzir políticas públicas que melhorem as condições reais de vida de milhões de pessoas. O resto são honrarias, condecorações, estátuas para pombo fazer cocô.
Prefiro acreditar que exista uma solução e contribuir para ela a continuar na velha história de que, no fundo, afirma o documento lançado pelo Bolsonaro, o Brasil não tem jeito. Como os estoicos, acham que tudo vai passar como os bárbaros por Roma, pois acabariam engolidos por ela.
Publicado em Fernando Gabeira - O Globo
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Minhoca na cabeça
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