Regabofes

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Condor ou corruíra

POR QUE RATINHO JÚNIOR não reedita a Escolinha de Governo? Ele tem mais traquejo de auditório que Roberto Requião. Está no DNA. Mais traquejo e mais conteúdo. Nosso governador nasceu para voo de condor, não para corrimaça de corruíra. A vice-presidência da República já se vislumbra. Dois mandatos no governo do Estado é um porre, um tédio só.

Não precisa usar o modelo de Roberto Requião, nem o nome. Modelo, até o de Chico Anísio era melhor. O nome? Programa do Júnior, que pode ser retransmitido pelo SBT/Rede Massa. Ou – sem ofensa, no bom e melhor sentido – Rede Rato. O Executivo não deve ficar atrás do Legislativo, que terá o Show do Romanelli e a Roleta do Alexandre na TV Traiano.

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Ideias feitas

A jabuticaba não é exclusiva do Brasil. Mas a arrogância, a pretensão e a ignorância querem ser

As ideias feitas são um perigo. Elas nos dispensam de pensar. Como circulam sem contestação, tendemos a ouvi-las, aceitá-las e usá-las como se sobre elas não restasse a menor dúvida. Mas e se estiverem erradas? Eu próprio escorreguei em uma, outro dia (17/4). Referi-me à impressionante afirmação do presidente Jair Bolsonaro, de que onazismo era uma ideologia de esquerda, como uma ideia que, “como a jabuticaba”, só existia no Brasil. Ninguém discutiu a exclusividade brasileira da frase de Bolsonaro —onde mais alguém teria tal ideia? Mas, a da jabuticaba, sim.

Um leitor escreveu para alertar que a ideia de que a jabuticaba só existe no Brasil, que todos repetem, não é verdadeira. Segundo ele, encontram-se pés de jabuticaba também no México, Bolívia, Peru, Paraguai e nordeste da Argentina. Apanhado no contrapé, fui investigar. Consultei amigos com notório saber em jabuticabas —um já produziu um “paper” acadêmico sobre elas— e fui informado de que, de fato, nativa do Brasil, a jabuticaba saiu flanando por aí e pode ser encontrada nos países citados. Donde a famosa frase sobre ela é, no máximo, meia verdade.

A ideia feita, dependendo do assunto, resulta da arrogância, da pretensão ou da ignorância. Mas contará, quase sempre, com o aval da unanimidade —aquela que Nelson Rodrigues chamava de burra porque, quando pensamos com a unanimidade, não precisamos pensar.

No século 19, Gustave Flaubert começou a escrever um “Dicionário das Idéias Feitas”, que antevia como uma “enciclopédia da estupidez humana”. O livro saiu, mas incompleto, porque ele morreu antes. Tudo bem. Mesmo que tivesse vivido mil anos, Flaubert também não o concluiria, porque a estupidez não tem fim.

A jabuticaba fez bem em expandir seus domínios fora do Brasil. O Brasil é que está se esforçando para concentrar toda a arrogância, pretensão e ignorância mundiais.

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hard_femmeHard_Femme. © IShotMySelf

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Mural da História

asnodois5 de abril de 2011 – Blog do Fábio Campana

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Tempo

No Casarão do Cunha, o Beto Batata de Paraty, em 2003: Vera Solda, Julio Covello, Joaquim Alves, Alice Ruiz, Antonio Thadeu Wojciechowski, Robert Amorim e o cartunista que vos digita. © Myskiciewicz

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Quaxquáx!

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New York

Bolsonaro, d’après Milton Glaser

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26º Salão Internacional de Humor do Piauí

© Joyce Vieira

O cartunista que vos digita, indignado com a violência praticada na calada da noite, que retirou obras de diversos artistas, expostas na Avenida Frei Serafim. Bola preta para o prefeito Silvio Mendes. Os banners da mostra “Ostras Parábolas” não foram recuperados.

“Foi determinação do prefeito Sílvio Mendes”. Essa foi a resposta de João Tadeu, funcionário do setor de Postura e Licenciamento da SDU Centro/Norte da Prefeitura de Teresina, quando perguntado o motivo da retirada das exposições de arte do 26º Salão Internacional de Humor do Piauí (2009) que estavam na Avenida Frei Serafim.

A organização do Salão de Humor foi pega de surpresa com o recolhimento de grande parte das exposições de arte do evento. A ação foi feita durante a madrugada sem nenhum aviso prévio ou formal por parte da Prefeitura de Teresina. E, mais, realizada por pessoal não habilitado para retirar as exposições ou desmontar as obras de arte lá expostas.

O material recolhido foi amontoado em cima de um caminhão da prefeitura e levado para SDU Centro/Norte, sendo colocado em seu estacionamento. Temendo pelo bom estado das obras de arte e exposições do salão, a assessoria de comunicação foi enviada ao local para se inteirar sobre o assunto e foi proibida de fotografar a situação em que estava depositado todo material.

A SDU Centro/Norte, órgão da Prefeitura Municipal de Teresina, alega em nota oficial que “todo o material recolhido por fiscais da SDU C/N estavam fixados em local proibido e não possuíam permissão para a utilização do espaço”, ainda segundo a SDU, o “acordo feito entre o poder municipal e a organização do evento permitiu apenas a utilização da área entre a estátua do ex-prefeito Wall Ferraz e a Rua Coelho de Resende”.

A organização do evento, por sua vez, estranha tal argumento. Visto que, desde a primeira reunião entre organização do Salão de Humor e a PMT, o prefeito Silvio Mendes se colocou a favor de exposições na Frei Serafim estendidas da Igreja São Benedito até a Coelho de Resende. Além disso, após essa reunião, a liberação desse trecho da avenida foi publicizada por matérias publicadas em vários veículos da capital.

E mais, na solenidade de abertura do evento, o organizador do Salão de Humor, Albert Piauí, agradeceu à Prefeitura de Teresina por ter cedido a Frei Serafim para exposições de arte do evento. Entretanto, mesmo após se falar tanto nessa liberação, nenhum dos representantes da PMT presentes falaram algo contra nesse assunto.

O Salão Internacional do Humor do Piauí, que tem em seu poder ofícios de requerimento da área citada, ainda busca esclarecimento mais convincente sobre essa ação inesperada, que impede o esforço do evento em levar bens culturais de forma gratuita para a população de Teresina.

Coordenação do Salão de Humor do Piauí (2009)

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Quaxquáx!

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Vaintroba e basta

LEITOR FIEL e amigo de todas as horas, Salomão Goldstein reclama de meu jeito de escrever o nome do ministro da Educação: Abrão Vaintroba em vez de Abrahão Weintraub. “Ele é judeu, doutor e ministro, não é o dono da assistência técnica de eletrodomésticos”.

Salo estava fora quando o ministro disse que era “judeu por parte de avô”. Ofendeu o titular do Insulto, 0,03% judeu por parte de uma pentavó cristã nova e por parte de filhos e netos. Os técnicos em eletrodomésticos não merecem a comparação. São socialmente mais úteis que o ministro.

Vaintroba não pode ser chamado de doutor, ainda que o seja, porque no ministério faz tudo que o título ensina não fazer. Quanto a isso de ser ministro, no Brasil de hoje – mais que no de ontem e anteontem – é vitupério, xingamento.

Pergunte a Sérgio Moro, ou mesmo à mulher que mora com ele, se tem orgulho de ser ministro. Até Damares Alves, o símbolo maior do governo Bolsonaro, já pediu a lata de goiabada e até dezembro volta a subir na árvore para o tête-à-tête com Jesus.

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Números perdidos

A tecnologia nos lembra diariamente da nossa própria obsolescência

Como todo mundo, sou assolado por ofertas pela internet. Uma amiga recebeu, durante meses, mensagens sobre como aumentar o pênis e custou a descobrir como bloqueá-las. A avó dela distraiu-se e fez assinaturas de revistas de que não precisava, como Vela e Motor, MMA World e Aprenda a Falar Mandarim. No meu caso, são os leiloeiros. Recebo três ou quatro catálogos de leilões por dia, de antiguidades, numismática ou colecionismo. Fico me perguntando quem disputa tantos Laliques e Gallés, poncheiras de opalina, licoreiras de cristal, porta-ovos de porcelana, patacas do Primeiro Reinado e flâmulas de Cambuquira. 

Mas, há dias, certo leilão me chamou a atenção. Oferecia “LPs de 78 rotações”, com quatro peças não identificadas em cada lote. Acontece que nunca existiram “LPs de 78 rotações”. Os LPs, com seis faixas de cada lado, eram de 33 rotações por minuto —informação que, de 1950 a 1990, quando eles dominaram gloriosamente o mercado, não era segredo para ninguém. Os discos avulsos, quebráveis, com duas músicas, é que eram de 78 rotações.

 Da mesma forma, alguém se referiu há tempos a um “LP de 33 polegadas”. O que seria? Se a matemática não falha, 33 polegadas são cerca de 84 cm. De que tamanho seria um toca-discos capaz de tocar um LP com quase um metro de diâmetro? A pessoa queria dizer, naturalmente, um LP de 33 rotações. O qual, por sua vez, era um disco de 12 polegadas —a não ser confundido com os compactos, aqueles pequenininhos, de 7 polegadas. Eram números tão conhecidos que nem se pensava neles.

Incrível como a memória sobre objetos que bilhões de pessoas manusearam e amaram até há menos de 30 anos já está perdida. Em breve, ninguém mais saberá descrever também como funcionava um CD. 

Para isto serve a tecnologia. Para nos lembrar diariamente da nossa própria obsolescência.

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Playboy – Anos 80

1988|Eloise Broady.© Playboy Centerfold

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Na agenda

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Nova York, um amor de cidade

Nesses dias em que Jair Bolsonaro deve estar sentido muito ódio por Nova York, lembrei de um dos logotipos mais importantes do Século 20, uma declaração de amor à cidade. O trabalho gráfico passou depois a influenciar a comunicação mundial. Ao contrário de Bolsonaro, milhões de brasileiros deve estar amando o que Nova York fez nesses dias, então vamos lá.

É esta imagem que publico aqui, criada por Milton Glaser, um dos grandes artistas gráficos que já existiu e também grande desenhista, criador outras imagens também muito marcantes. É um dos modernizadores da ;e comunicação de massa, genial ilustrador e publicitário, um dos bambas que no século passado movimentaram o mundo com sua criatividade.

O logotipo fez parte de uma campanha publicitária de 1977 para promover o turismo em Nova York, que teve também uma música, da autoria de Steve Karmen. A música é competente, mas o que ficou mesmo foi logotipo, para o qual foi usada uma tipologia que era novidade na época, a American Typewriter, inspirada nos tipos de máquina de escrever — a fonte foi criada em 1974 por Joel Kaden e Tony Stan.

Cabe apontar que era dessa forma que a gente escrevia nesses tempos distantes do computador e ainda mais da internet, batendo letra por letra as frases na fita da máquina, que passava para o papel o que pensávamos.

A grande sacada de Milton Glaser foi a colocação do coração formando a frase. Esse grande artista, atualmente com 89 anos, deu ali o toque inicial do uso da imagem do coração, depois transferida para uma diversidade de formas de comunicação. O logotipo declarando amor a Nova York virou um dos ícones mais famosos do mundo.

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