Quaxquáx!

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© John Krotowski

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Nós, os sem fé pública

Se o leitor que acompanha estas mal traçadas não sabe, precisa ficar sabendo: como motorista, sou um perigoso meliante. Não poucas vezes, fui flagrado pelos destemidos agentes do trânsito curitibano cometendo irregularidades na direção de meu velho veículo, um Vectra 2010, em excelentes condições para a prática delituosa.

Em variadas oportunidades, fui apanhado circulando a perigosos 43, 44 e até 45 km por hora em via pública onde a velocidade máxima era de 40km… Em outra ocasião, fui autuado porque dirigia segurando um celular, que não possuo, não carrego e simplesmente odeio. Poderia estar segurando qualquer coisa, até uma arma, menos um celular.

Noutra vez, recebi uma multa quando deixava uma agência bancária da Vicente Machado e, para alcançar a rua, precisei passar sobre a calçada de acesso ao banco. Segundo o agente da Setran, eu transitara sobre o passeio público…

Agora, acabo de ser surpreendido com a notificação do cometimento de infração prevista no art. 227, I, do Código de Trânsito Brasileiro, por “usar buzina que não o de toque breve como advertência a pedestre ou condutores”! Quer dizer, em plena Rua Nilo Cairo, às 17h e 28m, tive a audácia de buzinar mais alto do que devia.

O diligente agente municipal, identificado apenas pelo nº 630 e postado no local, ainda que não portasse equipamento aferidor de decibéis, concluiu que eu me atrevera a emitir publicamente ruído superior ao permitido pela lei. Infração leve, mas que me custará R$ 88,38 e três pontos no prontuário de motorista.

Se vou recorrer? E adianta? Para o pessoal da Secretaria Municipal de Trânsito pertenço à malta de infratores de trânsito sem razão, sem justificativa e – o pior – sem fé pública. O recurso, como se sabe, nem será lido. E o recorrente, a par da notificação de imposição de penalidade, receberá a comunicação-padrão de que “a defesa protocolada sob nº …, foi indeferida conforme fundamentação escrita no processo”.

A vítima poderá até valer-se da modernização da Setran e, acessando a internet, ficar sabendo da “fundamentação” contida no processo. Será uma pérola padronizada, que agride de forma lamentável todos os princípios de Direito e de cidadania: “Após a análise ao (sic) auto de infração em questão verificou-se que o mesmo apresenta todos os requisitos necessários para a sua consistência. O requerente não apresenta provas que atestem a veracidade da informação. Portanto, suas alegações são insuficientes para justificar ou comprovar o não cometimento da infração, e uma vez que o agente possui fé pública, sua palavra só poderá ser elidida mediante provas materiais irrefutáveis”.

Eis aí a fé pública. O tal agente poderá ser um incompetente ou um irresponsável ou haver se equivocado ou, ainda, ter agido de má-fé. Mas, como tem fé pública, não há conversa. Já o proprietário de veículo autuado, não tem perdão: tem de provar bem provadinho que não cometeu a infração. E não venha com prova testemunhal porque esta não tem valor para a Setran. Tem que ser prova material, embora o órgão não explique como ela poderá ser feita. Ora, quem deve provar materialmente a prática delituosa é o tal agente público, como ocorre quando o veículo infrator é fotografado. Nos casos narrados, nada disso ocorreu. Mas a palavra do agente prevalece inclusive sobre a verdade, porque, afinal, ele tem fé pública…

Publicado em Célio Heitor Guimarães - Blog do Zé Beto | Comentários desativados em Nós, os sem fé pública
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© Benett

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Caçado e cassado

OS FILHOS do presidente irão receber a Ordem do Rio Branco, a mais alta comenda do Itamaraty. Eles – com exceção de Carluxo, o Zero Dois – mais Olavo de Carvalho. Comenda não tem valor no Brasil. Funcionava no Império, tanto que os titulares usavam o título para ficar um degrau próximo dos nobres.

Confiram as ruas como nomes de comendador em Curitiba. Vêm do tempo do Império, mas já vi empresários usando o título de comendador (da república) nos cartões de visita, ainda nos anos 1980, um deles dono de popular loja de tapetes. Comenda, título de cidadania honorária é coisa de ocasião, do interesse da autoridade com poder de outorgá-la.

Ao fazer dos filhos comendadores, Bolsonaro está comendando-se a si mesmo por ser pai deles. Devia dar a comenda para a mãe dos moleques, que merece duplamente, tanto na aptidão de mãe quanto na de mulher da fera outorgante. Outorgam-se comendas e títulos que depois são retiradas. Che Guevara recebeu a do Rio Branco do presidente Jânio Quadros.

Agora é moda. Bate a desgraça política e o comendado é descomendado, o honorários é desonrado. O ex-governador Beto Richa, quando bonito e cheiroso, portando óculos e relógios de grife, encheu-se de títulos de cidadania. Agora já tem vereador querendo cassar o título, aquilo de político caçado, título cassado.

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BB

© Luiz Antonio Guinski

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No topo do sucesso

Três empresas que estavam entre as patrocinadoras do evento em Nova York que vai homenagear o presidente Jair Bolsonaro retiraram seus apoios. São elas a companhia aérea Delta, a consultoria Bain & Company e o jornal Financial Times.

A homenagem promovida pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos já sofreu outras rejeições, com a desistência do Museu de História Natural de Nova York em sediar o evento, que foi também rejeitado pelo restaurante Cipriani Hall.

A homenagem a Bolsonaro está virando o mico do ano para a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, mas ele não tem do que reclamar. Um sujeito que se esforça tanto para ser detestável tem que colher como uma grande glória o fato de ter conseguido se tornar persona non grata para tanta gente.

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Hoje!

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Flagrantes da vida real

Geraldo Leão, autografando.  © Maringas Maciel

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Hoje…

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Governar é ejacular

O INGLÊS ADOTA a forma intransitiva do verbo ejaculate.  Reproduzo: To utter suddenly and passionately; exclaim – falar repentina e apaixonadamente, exclamar. Os léxicos do português – confiro o excelente Dicionário Prático Ilustrado, de Portugal – trazem a definição: “Emitir, lançar com força para fora de si”. Ela tanto vale para a ejaculação consagrada no uso e sonhada no desuso, quanto o sentido figurado, que o dicionário também trás: “Proferir: ejacular tolices”.

Nosso presidente Bolsonaro tem ejaculações, tão frequentes quanto precoces. Ejaculação precoce, todos sabem, é aquela que acontece antes do tempo e fora do modo. Deixam a sensação de frustração aos envolvidos, ativa e passivamente. Não entro na vida sexual do presidente, nem quero, não me interessa, embora seu uso frequente de metáforas envolvendo sexo, mulheres e homossexuais seja um prato cheio para analistas freudianos. Fico na vida verbal do presidente.

Na vida verbal nosso presidente ejacula no sentido clássico latino do verbo ejaculare e no sentido figurado expresso nos dicionários: despeja opiniões de jato, sem pensar no conteúdo e nas consequências, fora de hora, fora do lugar, manchando o espaço adjacente. Têm dúvida? Confira quando desmente ministros em público, a quem sequer chama para puxar as orelhas e impor o desmentido, como nos casos do aumento do diesel e da criação de impostos.

O presidente envereda pelas, digamos, ejaculações poéticas.O que foi aquele improviso em plena cerimônia do ministério da Educação, quando alertou para o risco da perda do pênis, dos dez mil sacrificados no Brasil apenas pela falta de “água e sabão”? Não fica por aí, há essa recente advertência que deveria estar nos guichês da imigração, em pôsteres nos aeroportos: “Estrangeiro, no Brasil só pode comer mulher. Comer homem é como maionese: só em casa”. O presidente não governa. Só pensa naquilo.

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Que país é este?

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O presidente bagunçador do mercado

Será que Jair Bolsonaro ainda não percebeu que não é mais apenas um deputado bestalhão do baixo clero? Pois ele tem que tomar consciência de que atualmente o bestalhão é presidente da República. Quando fazia seus furdunços como deputado é claro que ele e os filhos políticos lucravam com as barbaridades. Eles ampliavam seu eleitorado arrumando encrenca com adversários e distribuindo vídeos grosseiros nas redes sociais. Mas hoje em dia é bem diferente. O perde-ganha afeta até as finanças do país.

Quando Bolsonaro fala, agora como presidente, fortunas trocam de mãos. Pessoas podem ficar ricas do dia pra noite. Será que alguém sabe antecipadamente o teor de suas declarações em público? Espero que não, pois inclusive seria um crime. Nesta segunda-feira, em uma feira agropecuária ele pediu ao presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, para reduzir juros de empréstimos a produtores rurais. Foi o que bastou para uma queda das ações do banco na Bolsa, que chegaram a cair 1,5%, depois de operarem em alta de 1,9% pela manhã.

Imaginem a dinheirama que vale a informação antecipada de que Bolsonaro vai fazer um singelo pedido como este ao presidente do banco estatal. Foi de um jeito parecido que há poucos dias ele derrubou as ações da Petrobras, quando mandou revogar o aumento do preço do diesel decidido pela diretoria da empresa. Pelo que consta, nem o ministro da Economia, Paulo Guedes, estava sabendo que ele iria anular desse jeito o aumento. E sendo do ramo, claro que Guedes sabe o valor de uma interferência como esta. É coisa que, com certeza, enriquece muito mais rápido que passar a mão em salário de funcionário nomeado em gabinete.

Claro que não estou acusando ninguém, pois teria que ter provas, daí a ter que manter o assunto apenas no plano do estranhamento, porque apesar de ser um sujeito totalmente sem noção para a função de presidente da República, Bolsonaro conhece muito bem o valor de uma polêmica pública, já que subiu na vida explorando esse tipo de coisa. Então qual é a razão da movimentação que ele vem criando no mercado desde que tomou posse? Não tem como não suspeitar de um falatório que movimenta tanta grana. Mas também pode ser ele esteja fazendo isso apenas porque ainda não tomou consciência da sua importância como bestalhão.

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Aviso aos navegantes

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Na agenda – Sylvio Back

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